Erros médicos adicionados à falta de condições de trabalho nos centros de saúde das aldeias mais longínquas do setor têm colocado em risco muitas mulheres das aldeias do setor de Farim, região de Oio, em situações de muitas dúvidas se podem ou não ser mães, revelou uma fonte a O Democrata. A mesma fonte disse ao repórter do semanário guineense que os erros às vezes decorrem da incapacidade ou da falta de preparação do pessoal de saúde colocado nos postos avançados para atender às patologias mais frequentes ou para prestar os primeiros socorros à população.
Outra situação dramática relatada pela nossa fonte tem a ver com o sofrimento que as mulheres de Bafatá Oio, setor de Farim, enfrentam no parto. Os partos, segundo a mesma fonte, são feitos às vezes, às escuras porque falta luz ou por falta de painéis solares para produzir corrente e dar a iluminação ao centro.
Na localidade de Binta, por exemplo, uma outra fonte confidenciou ao repórter de O Democrata que devido à falta de meios de transporte adequado (ambulância), muitas mulheres perderam vidas ou filhos a caminho do hospital setorial, que por sinal também apresenta cenários mais medonhos do que os dos centros ou postos hospitalares das aldeias.
“Estamos na absoluta precariedade e sou vítima de erros médicos. Desde então não consegui ter mais filhos, além dos quatro que já fiz com o meu marido. Sou muito nova! As motorizadas são alternativas das mulheres em caso de parto, mas representam muito perigo as nossas vidas. Não temos ambulância e estamos com falta de eletricidade. Ou seja, todo o trabalho é feito com alto grau de risco”, lamentou a nossa fonte na aldeia de Binta.
A falta de medicamentos nos postos sanitários e abusos sexuais e violência doméstica surgem como algumas das preocupações relatadas pelas nossas fontes das duas tabancas de Farim (Bafatá Oio e Binta).
Por : Filomeno Sambú
OdemocrataGB
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