sábado, 2 de fevereiro de 2019

Militares guineenses lamentam vulnerabilidade da zona marítima

O chefe de Estado-Maior da Marinha da Guiné-Bissau lamentou a vulnerabilidade da zona marítima do país, que favorece várias formas de comércio ilícito, contrabando, emigração ilegal para Europa e ainda roubo dos recursos pesqueiros pelos países vizinhos.


“O nosso espaço marítimo espera muito de nós, pois a ameaça marítima, tais como pesca ilícita, contrabando de armas, narcotráfico, pirataria e fluxos migratórios clandestinos para a Europa são cada vez mais frequentes”, afirmou o contra-almirante Carlos Mandungal, chefe do Estado-Maior da Marinha guineense.

O contra-almirante falava sexta-feira na sessão de encerramento de um curso para 40 oficiais da Marinha, ministrado pelo português José Mário Silva, consultor da ONU, sobre direito marítimos.

Carlos Mandungal frisou que o momento é de o Governo agir, disponibilizando meios navais e pessoas qualificadas em matéria de direito do mar “para permitir uma abordagem científica qualificada” durante as operações no alto mar.

O chefe da direção dos recursos humanos das Forças Armadas guineense, general Júlio Nhaté, disse que a vulnerabilidade do território marítimo “é do conhecimento de todos”, mas também “todos sabem que não é da responsabilidade dos militares”.

“Todos nós sabemos que isso não é da nossa competência. O Governo é que nos faz funcionar. O problema é do Governo”, defendeu o general Nhaté, antigo comandante do regimento dos Comandos da Guiné-Bissau.

O militar afirmou que para colmatar as dificuldades, as Forças Armadas guineenses “não se cansam” de pedir apoios aos parceiros da comunidade internacional de forma a controlar melhor todo território da Guiné-Bissau que disse ser alvo de exploração de recursos pelos vizinhos.

“Toda gente sabe como é que o nosso território é explorado pelos nossos vizinhos. A Marinha tem esse problema [de falta de meios], mas alguém tem de dar esses meios”, acrescentou Júlio Nhaté.

interlusofona.info

Sem comentários:

Enviar um comentário