quinta-feira, 13 de março de 2025

Portugal. O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou as eleições Legislativas antecipadas para 18 de maio.

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images  por Notícias ao Minuto  13/03/2025
Que disse Marcelo sobre a eleição que "ninguém esperava"? Eis o discurso

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou as eleições Legislativas antecipadas para 18 de maio.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou esta quinta-feira ao país, depois de dias 'mexidos' em Belém e São Bento, com a queda do Governo, a reunião do chefe de Estado com os partidos e, numa último passo, o Conselho de Estado que antecedeu a declaração.

O 'caminho' que se avistava era o da dissolução do Parlamento, algo que Marcelo confirmou durante um discurso em que, primeiro, contextualizou o início da crise, e, seguidamente, deixou uma mensagem de alerta para o futuro.

Partidos ouvidos e contas feitas, Portugal volta a ir a votos, antecipadamente, a 18 de maio.

Após a declaração, o discurso de Marcelo foi colocado no site da Presidência.

Leia abaixo o discurso na íntegra:👇

"Portugueses,

Disse-vos em final de 2024, na mensagem de Ano Novo e, há quinze dias, aquando da visita do Presidente Francês:

O Mundo mudou imenso nos últimos meses e tudo indica que irá mudar mais.

É um virar de página rápido e profundo.

Os Estados Unidos da América parecem distanciar-se de aliados europeus.

A Federação Russa pode, desse modo, aumentar o seu papel internacional.

A União Europeia tem de se unir ainda mais, recuperar na economia, melhorar na defesa, sem perder o apoio social dos europeus, e evitar ficar descartável ou enfraquecida entre americanos e russos.

A pensar na Ucrânia, em que se espera que a trégua seja uma oportunidade e não uma ilusão, mas também na segurança de todo o Continente.

Em tempos assim, a economia mundial fica imprevisível e isso poderá cair sobre países mais sensíveis às mudanças internacionais.

Portugal soube, nos últimos anos, equilibrar as contas do Estado, reduzir a dívida externa, crescer na economia, reduzir o desemprego, atrair grandes projetos, como o novo da Autoeuropa, subir nas classificações das agências financeiras. Isto, apesar de continuar com questões que a todos preocupam – não desperdiçar fundos que vêm lá de fora e são únicos, gerir melhor a Saúde e a Educação, acelerar na Habitação.

Tudo a aconselhar a estabilidade, ou seja, não haver crises nem sobressaltos que atrasem o que é urgente fazer e fazer bem.

Inesperadamente, num mês – entre fevereiro e março – surgiu uma crise aparentemente só política, como tantas outras.

Tínhamos superado a sucessão de Governos, há um ano. Tínhamos aprovado o Orçamento do Estado há quatro meses. Íamos e vamos ter eleições locais daqui a seis meses e presidenciais quatro meses depois.

Tudo começou com questões levantadas quanto ao Governo e, a seguir, ao Primeiro-Ministro.

Questões sobre atividades passadas e seus efeitos no presente.

Em cerca de um mês, o debate ocorreu na comunicação social e na Assembleia da República, envolvendo duas moções de censura, votadas e rejeitadas, e uma moção de confiança, votada e também rejeitada.

Esta última rejeição, nos termos da nossa Constituição, implicou, de imediato, a demissão do Governo.

Porque é que o Governo, por um lado, anunciou e apresentou a moção de confiança, e, por outro lado, as oposições, salvo um partido, rejeitaram essa moção, provocando a demissão do Governo?

O tema central respeitou à confiança que o Primeiro-Ministro e, portanto, o Governo, mereceriam para continuar a governar Portugal.

Do lado do Governo, foi afirmado que o Primeiro-Ministro, na sua atividade patrimonial passada e presente, havia agido sempre no respeito da lei, da legitimidade política e da ética ou moralidade, ou seja, da transparência e da não confusão entre política e interesses económicos.

Do lado das oposições, foi contraposto que tinha havido ou podia ter havido desrespeito da lei, da legitimidade política e da ética ou moralidade, ou seja, confusão entre política e interesses económicos.

O Governo entendeu que, depois dos esclarecimentos dados, o prolongamento no tempo deste choque de juízos tornaria impossível continuar a governar. E, portanto, se impunha que a Assembleia da República exprimisse a sua confiança, e, não sendo esse o caso, o Povo, em eleições, resolvesse um conflito sem acordo à vista.

As oposições entenderam que se impunha, em face dos esclarecimentos dados, recusar a confiança, e, em última análise, recorrer ao voto popular.

Este choque, não apenas legal, nem político, mas sobretudo de juízo ético ou moral sobre uma pessoa e sua confiabilidade, o Primeiro-Ministro, suscitou uma questão nova, é que todos os esforços de entendimento, mesmo mínimo, se revelaram impossíveis. Porquê?

Porque, para uns, com os factos invocados e os esclarecimentos dados, a confiança ética ou moral era óbvia.

Porque, para outros, com os mesmos factos invocados e os esclarecimentos dados, a desconfiança moral ou política é que era óbvia.

E, entre as duas posições, o acordo não era possível. Não se pode, ao mesmo tempo, confiar e desconfiar ética ou moralmente de uma pessoa, neste caso do Primeiro-Ministro, e, portanto, do Governo. Não havia meio caminho.

Portugueses,

Este panorama aparecia, nestes termos, pela primeira vez, na nossa Democracia.

Um choque que não tanto sobre políticas quanto sobre a confiabilidade, ou seja, a ética da pessoa exercendo a função de Primeiro-Ministro.

Os partidos, ouvidos após a demissão do Governo, pronunciaram-se, por unanimidade, pela dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições legislativas. Embora, todos, como caminho que não desejavam, mas imposto pela realidade.

O mesmo foi o parecer unânime do Conselho de Estado. Não desejando, mas tendo de aceitar a saída determinada pela realidade.

Ao Presidente da República, o primeiro interessado na estabilidade e na dispensa de novas eleições, e que tudo fez ao seu alcance para o salvaguardar, não restava senão anunciar a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições para o dia 18 de maio de 2025, a data preferida pela maioria dos partidos.

Portugueses,

Perante esta terceira eleição para a Assembleia da República em quatro anos, – que eu diria, que muito provavelmente, ninguém esperava e, sobretudo, que ninguém queria –, começam, agora, a correr dois meses de debate eleitoral.

É inevitável que o tema da crise ocupe parte desse debate, em particular nas primeiras semanas.

Debate que pode e deve pesar, e pesar bem, os sinais e os riscos para a Democracia, de situações de confronto em que não é possível haver consensos, nem que parcial seja, porque se trata de conduzir a becos, de natureza pessoal e ética, que não têm saída, que não sejam as eleições.

Mas seria um desperdício imperdoável não discutir aquilo que tanto preocupa no dia a dia dos Portugueses nestes e nos próximos tempos.

Quem propõe o quê e se apresenta para liderar o Governo e resolver problemas concretos.

A economia e o seu crescimento, o emprego, o controlo da inflação, os salários e os rendimentos, a saúde, a habitação, a educação, as desigualdades, a justiça, a mobilidade humana, o lugar dos menos jovens e também o lugar dos mais jovens na nossa sociedade, a segurança, e, claro, a transparência e o combate à corrupção.

Tudo num quadro de paz e de guerra e de uma muito difícil situação económica internacional.

Tudo isto ocorre com um Orçamento viabilizado pelos principais partidos, e que está em plena execução, com estabilidade económica e crédito internacional e com condições que o Presidente da República garante para que se não pare a execução do PRR, mesmo com Governo de gestão, sem atropelo, claro, das regras eleitorais. Qual o objetivo? Permitir uma transição, se possível, tão pacífica como a vivida em 2024. Só que agora em dois meses e meio e não em cinco, como então.

Impõe-se que haja um debate eleitoral claro, frontal, esclarecedor, mas sereno, digno, elevado, tolerante, respeitador da diferença e do pluralismo. Que fortaleça, não enfraqueça a Democracia. Não abra, ainda mais, a porta a experiências que se sabe como começam e se sabe como acabam.

É o apelo para todos – e creio – de todos os Portugueses.

Um debate que dê força a quem nos vier a representar na Assembleia da República, que dê força a quem nos vier a governar, que dê força aos Portugueses para controlarem os seus representantes e os seus governantes, que dê força à Democracia e, com ela, e a sua capacidade de enfrentar e superar crises, que só a Democracia tem, não a Ditadura, que dê força a Portugal."


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Leia Também: O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em funções desde 2016, anunciou hoje uma nova dissolução do parlamento nacional e a convocação de eleições antecipadas para 18 de maio. Marcelo Rebelo de Sousa já tinha dissolvido a Assembleia da República em dezembro de 2021 e em 09 de novembro de 2023. 


UNICEF: CHAMADA PARA MANIFESTACAO DE INTERESS N0. 2025/01

UNICEF: CHAMADA PARA MANIFESTACAO DE INTERESS N0. 2025/01

No âmbito do seu compromisso com uma concorrência aberta e justa, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) nos países Guiné-Bissau lança uma chamada para manifestação de interesse.

Esta iniciativa visa identificar e mapear fornecedores e prestadores de serviços qualificados, capazes de garantir o fornecimento de bens e serviços que atendam às necessidades do mercado local, otimizando ao mesmo tempo os custos de compra.

Você pode manifestar seu interesse se:

✅ Sua empresa é reconhecida pelas autoridades locais.

✅ Sua empresa está legalmente constituída e possui documentos comprobatórios de pelo menos três exercícios fiscais.

✅ Sua empresa já colaborou com o UNICEF ou deseja fazê-lo.

As áreas de atuação abrangidas por esta chamada estão agrupadas em duas grandes categorias:

I. Categorias de Serviços:

  • 1. Construção
  • 2. Logística, Trânsito & Armazenamento
  • 3. Transferência de Dinheiro & Microfinanças
  • 4. Monitorização por Terceiros: Auditoria & Microavaliação
  • 5. Comunicação: Produção, Desenvolvimento & Gestão de Eventos
  • 6. Limpeza & Manutenção
  • 7. Restauração & Catering
  • 8. Segurança & Vigilância
  • 9. Hospitalidade & Aluguer de Salas deReunião
  • 10. Evacuação médica e aluguel de ambulância

II. Categorias de Bens:

  • 1. Fornecimento de Água & Saneamento: Bombas, Geradores & Tratamento de Água
  • 2. Fornecimentos de higiene e produtos sanitários
  • 3. Fornecimentos de Emergência: Tendas, Lonas, Cobertores, Colchões, Roupa, Utensílios de Cozinha, Pano Africano, Armazenamento, Telhados
  • 4. Fornecimento & Equipamento Médico
  • 5. Impressão e promoção
  • 6. Equipamento de Transporte: Veículos, Motociclos, Bicicletas
  • 7. Fornecimentos educativos e móveis para escolas
  • 8. Equipamento Informático & Audiovisual
  • 9. Equipamentos de monitoramento e detecção
  • 10. Ar condicionado (Instalação e manutenção)

Não perca esta oportunidade e junte-se à rede de parceiros qualificados do UNICEF submetendo sua candidatura agora mesmo.

Para isso, envie as seguintes informações: nome da sua empresa, área principal de atuação, nome do principal contato, número de telefone e e-mail.

E-mail.: unicefmailboxsupport@tn.ey.com 

Telefone: +221 78 671 63 86

Data limite para participação: 04/04/2025 às 23h59 GMT

Cada candidatura será avaliada, e a inclusão na base de dados dependerá dos resultados da avaliação que seguirá esta chamada para manifestação de interesse. Esta operação será conduzida pela empresa Ernst & Young em nome do escritório do UNICEF na África Ocidental e Central.


Refugiada da Guiné-Bissau denuncia abusos na Bélgica. Chaila Barry fugiu da Guiné-Bissau para escapar à mutilação genital e a um casamento forçado. Pensou ter encontrado segurança na Bélgica, mas o que esperava era outro tipo de violência.

TV VOZ DO POVO  março 13, 2025

Refugiada da Guiné-Bissau denuncia abusos na Bélgica

 Chaila Barry fugiu da Guiné-Bissau para escapar à mutilação genital e a um casamento forçado. Pensou ter encontrado segurança na Bélgica, mas o que a esperava era outro tipo de violência.

"A mutilação genital é um crime, abusar de refugiados políticos também", denuncia. Chegou ao país em 2013, com 19 anos, esperando recomeçar a vida. Em vez disso, diz ter sido tratada como um fardo, estigmatizada pelo sistema, medicada contra a sua vontade e impedida de se reinventar.

Além da burocracia e da discriminação, sofreu exploração direta: "Tinha de lavar roupa, cozinhar, tomar conta de crianças… Era uma escrava".

O seu testemunho expõe uma dura realidade: refugiados políticos, que fogem da opressão, muitas vezes encontram novos abusos nos países que deveriam protegê-los.

O Parlamento Europeu abordou esta situação, destacando a necessidade de proteção efetiva para refugiados e a urgência de combater abusos dentro dos próprios sistemas de acolhimento. O caso de Chaila ilustra falhas estruturais que não só dificultam a integração, mas também expõem refugiados a novas formas de exploração e violência.

A denúncia reforça o debate sobre políticas de asilo na União Europeia, especialmente quanto à vigilância sobre instituições de acolhimento e mecanismos de denúncia para vítimas de abusos. A questão central é garantir que aqueles que fogem da perseguição encontrem segurança real, e não um novo ciclo de sofrimento.

quarta-feira, 12 de março de 2025

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi hoje desafiado a ser campeão do combate à mortalidade materno-infatil, considerado dos "desafios mais urgentes e doloroso" no país.

Por Lusa  12/03/2025 

Embaló desafiado a ser campeão do combate à mortalidade materno-infantil

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foi hoje desafiado a ser campeão do combate à mortalidade materno-infatil, considerado dos "desafios mais urgentes e doloroso" no país.

O desafio foi lançado pelas Nações Unidas com a entrega antecipada e simbólica de um troféu com o nome do chefe de Estado e a inscrição e o título de campeão da luta contra a mortalidade materno-infantil na África Ocidental e Central.

A entrega foi feita pelo diretor regional do Fundo para a População das Nações Unidas (FNUAP) para a África Ocidental e Central, Sennen H. Hounton, no dia em que decorre, em Bissau, a Conferência de alto nível sobre o tema "Parceria Reforçada e Alargada essencial para a Resolução da Mortalidade Materno-Infantil".

A conferência é uma iniciativa presidencial para mostrar que o Governo guineense "decidiu considerar a mortalidade materno-infantil como uma das suas exigências e prioridades".

O chefe de Estado presidiu à abertura e gostou de saber que a Guiné-Bissau, que apresenta das mais elevadas taxas do mundo, conseguiu "reduzir a mortalidade materna de 746 para 548 mortes por 100 mil nados vivos, entre 2018 e 2022".

Embaló salientou que "estes progressos ainda são insuficientes e estão a acontecer a um ritmo muito mais lento" do que o desejado para alcançar a meta mundial de 70 por cada 100 mil nascimentos, até 2030, dentro de cinco anos.

O chefe de Estado garantiu que o Governo guineense já começou a trabalhar várias ações para esse fim, nomeadamente nas áreas da qualificação de recursos humanos da saúde e do acesso à população.

Para a representante do Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Geneviéve Boutin, a mortalidade materno-infantil "representa um dos desafios mais urgentes" do país.

Segundo disse, a taxa de mortalidade materna é alta e a taxa de mortalidade infantil "também é preocupante, com aproximadamente 42 mortes por mil nascidos vivos".

A representante das Nações Unidas reconheceu que há avanços no sistema de assistência às mulheres e crianças com os programas em parceria, nomeadamente entre o Governo guineense e as Nações Unidas e a União Europeia.

Insistiu ainda para que os investimentos não sejam feitos apenas nas capitais, mas em todo o país.

O programa Integrado para a redução da Mortalidade Materno-Infantil (PIMI) da União Europeia apresentou, em 2024, como resultados de uma década de trabalho a redução das taxas para menos de metade.

O embaixador da União Europeia na Guiné-Bissau, Artius Bertulis, disse hoje que a mortalidade materno-infantil "continua a ser um dos desafios mais urgentes e dolorosos" e "o combate é por isso uma prioridade".

O embaixador lembrou que o programa PIMI, lançado em 2013, está na terceira fase e que "os resultados falam por si".

Segundo descreveu, através de 137 estruturas de saúde do país foi melhorado o acesso e cuidados e foi criada uma cadeia de abastecimento de medicamentos essenciais, com mais de mil instituições em todo o território nacional.

O programa contribui também para a capacitação de recursos humanos e instalou a primeira plataforma de telemedicina dedicada a esta área, no Hospital Militar Principal, em Bissau.

"Porém os desafios permanecem e a coordenação entre atores deve ser reforçada. O financiamento nacional da Saúde deve aumentar em linha com os recursos internacionais", defendeu.

O embaixador da União Europeia alertou ainda para que não sejam ignoradas "as práticas nefastas que continuam a afetar as mulheres e meninas, que comprometem a saúde materna e os direitos fundamentais", nomeadamente a mutilação genital feminina.

Vamos continuar lutar para com o Bem deste País.

Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional

Estudo alerta para atores de desinformação que se fazem passar por meios confiáveis como a BBC

Por  SIC Notícias
O estudo concluiu que entre os meios de comunicação mais vezes falsificados por agentes de desinformação estão a BBC, CNN e USA Today.

Atores de desinformação estão a copiar a identidade visual e o tom editorial de meios de comunicação confiáveis para espalhar alegações falsas e dar-lhes uma aparência de legitimidade, revela um estudo desenvolvido pela NewsGuard's Reality Check.

"desde 2018 os malfeitores divulgaram 88 alegações falsas com base em notícias fabricadas que se passavam por 40 organizações de media confiáveis" alegou a mesma organização.

Para isso, os agentes de desinformação replicam a identidade visual e o tom dos meios tradicionais, explorando a credibilidade dessas organizações, de forma a aumentar as hipóteses de que a falsa narrativa se espalhe amplamente e com aparente credibilidade.

A investigação destaca que a grande maioria dessas campanhas (71,6%) teve origem em operações de influência russa com o objetivo de difundir desinformação anti-Ucrânia usando relatórios falsos com o estilo de veículos de comunicação como a BBC.

Outros casos identificados (19,3%) tiveram origem nos Estados Unidos da América e no Reino Unido, centrando-se principalmente na manipulação de gráficos e na divulgação de notícias falsas na área da política.

Além disso, oito publicações (9,1%) foram criadas por atores estatais iranianos usando táticas semelhantes às campanhas russas.

A NewsGuard identificou a BBC, CNN e USA Today como os meios de comunicação mais vezes falsificados pelos agentes de desinfomação. O estudo concluiu ainda que a lista de atores malignos tem origem principalmente em agentes do Governo russo.

A NewsGuard's Reality Check explora notícias e a forma como a desinformação se espalha 'online' e pretende descobrir as forças que moldam as narrativas falsas disseminadas na internet.

Ministério dos Negócios Estrangeiros C.I.C. reage a situação dos guineenses na Mauritânia.

 
Radio TV Bantaba

Ministerio da Educação Nacional: Despacho N.° 0008


Discurso do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, na Conferência de Alto Nível...

Radio TV Bantaba

STJ: CIRCULAR N.° 03/2025


Tarbadju ka para ...Novo Aeroporto internacional Osvaldo Veira

 @Estamos a Trabalhar

Tem nacionalidade russa o capitão de cargueiro português envolvido em colisão com petroleiro dos EUA

CNN Portugal12/03/2025

Homem, de 59 anos, é suspeito de homicídio involuntário por negligência grave. Está detido

O comandante do cargueiro de bandeira portuguesa, detido na sequência da colisão com um petroleiro de bandeira norte-americana ao largo da costa de Inglaterra, no Mar do Norte, tem nacionalidade russa, informou na quarta-feira a empresa alemã proprietária do navio citada pela Reuters.

 O Solong chocou com o Stena Immaculate na segunda-feira. Um dia depois, a polícia britânica prendeu o capitão do Solong por suspeita de homicídio involuntário por negligência grave.

O capitão, de 59 anos, continua detido.

O proprietário da Ernst Russ, de Hamburgo, revelou que o capitão do Solong era russo, acrescentando que o resto da tripulação era uma mistura de cidadãos russos e filipinos.

O incidente, que suscita receios de danos ambientais, ocorreu na manhã de segunda-feira desencadeando uma operação de salvamento coordenada pela guarda costeira britânica, para ajudar as tripulações dos navios em chamas e rodeados por colunas de fumo.

As causas do incidente estão ainda por determinar.

Um dos tanques do "Stena Immaculate", que continha parafina, partiu-se, disse o operador, acrescentando que toda a tripulação conseguiu abandonar o navio.

O cargueiro, de bandeira portuguesa, transportava uma quantidade desconhecida de álcool e 15 contentores de cianeto de sódio, um gás inflamável e altamente tóxico, segundo o portal especializado Lloyd's List Intelligence.

Um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, descreveu a situação como extremamente preocupante, enquanto a guarda costeira está ainda avaliar a situação para decidir quais as medidas de combate à poluição que podem vir a ser adotadas na sequência da colisão.

Saúde – A taxa de mortalidade materna na Guiné-Bissau reduziu de 746 para 548 até 2022 em cada 1000 nados vivos

Abertura da Conferência de Alto Nível, sob o tema: Parceria Reforçada e Alargada Alavanca Essencial Para a Redução da Mortalidade Materna na Guiné-Bissau...👇

Bissau, 12 Mar 25 (ANG) – A taxa de mortalidade materna na Guiné-Bissau reduziu  de 746 para 548 até 2022, em cada mil nados-vivos,  segundo os dados apresentados hoje pela Diretora da Saúde Materna Infantil, Waldina Barbeiro, na Conferência de Alto Nível para Redução da Mortalidade Materna no país.

Ao presidir a abertura do evento, o Presidente da República pediu as mulheres para se abdicarem do recurso a medicina tradicional e usarem a medicina  convencional que é mais segura e com medicamentos doseados.

Umaro Sissoco Embaló lamentou as altas taxas de mortalidade materno-infantil  na África Ocidental, registadas em  2022, e que eram de 60 por cento, e que agora estão a  reduzir, principalmente na Guiné-Bissau.

Parabenizou os profissionais da saúde pela redução, considerada significativa, da mortalidade materno-infantil  e recomendou mais empenho aos técnicos da saúde para o cumprimento da meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis 2030 ,relativos a  redução da mortalidade para menos de 70 mortes em cada cem mil nascimentos.

Embaló referiu que, para que haja uma redução é preciso um investimento nos recursos humanos, meios materiais e financeiros para a obtenção de  resultados almejados por todos.

Segundo o chefe do Estado, o Governo  já  implementa várias   ações para garantir melhor qualificação profissional dos quadros da saúde, que deverão implicar a  expansão de instalações sanitárias pelas  comunidades mais carenciadas.

Para o  ministro da Saúde Pública,Pedro Tipote, a questão da saúde materna,  não é só uma questão da saúde pública, mas também  um pilar essencial para o desenvolvimento e progresso socioeconómico do país.

“Uma nação forte é aquela que valoriza e protege as mães, pois são elas que garantem a continuidade e o futuro.   Infelizmente, o índice da mortalidade-materna  continua a ser o maior desafio que o país enfrenta, refletindo no acesso aos cuidados de saúde de qualidade, desde falta de infraestruturas até nas necessidades do reforço das políticas públicas eficazes”, disse o governante.

Pedro Tipote reiterou que o Governo, através do Ministério da Saúde Pública, se compromete em  intensificar os esforços para garantir assistência pré-natal eficiente,  parto seguro e acompanhamento pós-parto adequado para todas as mães.

Disse estar ciente de que a redução da mortalidade materna exige um esforço conjunto e coordenado entre o Governo, os parceiros internacionais, as organizações  da sociedade civil e as comunidades locais.

Destacou que  ao longo dos anos têm trabalhado arduamente  para fortalecer o Sistema Nacional de Saúde na Guiné-Bissau, com ênfase na formação dos profissionais,  melhoria das infraestruturas hospitalares e  promoção da campanha de sensibilização, para garantir que todas as mulheres, independente das suas condições socioeconómica, tenham acesso aos cuidados de saúde de qualidade.

Tipote disse que esta iniciativa se alinha com o Roteiro Regional para a aceleração da redução da mortalidade materna na África Ocidental e Central, composto por  três eixos principais, sendo  o primeiro, a proteção das mulheres e meninas.

O  Fórum de Alto Nível com a duração de um dia  é de iniciativa presidencial e é  realizado pelo Ministério da Saúde Pública em colaboração com o Ministério da Saúde de Portugal.

ANG/JD/ÂC//SG

Reação do PR, sobre a criança assassinada em São Domingos...

Radio TV Bantaba

Alimentação: Crianças que comem pouco peixe são menos sociáveis, diz estudo... Cientistas recomendam que que as crianças consumam pelo menos duas porções de peixe por semana.

© Shutterstock  Por Notícias ao Minuto  12/03/2025 

Sim, leu bem. Recentemente, um estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, encontrou uma ligação entre o consumo de peixe e o desenvolvimento comportamental das crianças. Peixe tem muitos nutrientes essenciais para as crianças, "incluindo os ácidos ómega-3, o selénio e o iodo", explicam os cientistas, em comunicado

Mais especificamente, os cientistas descobriram que as crianças que consumiam menos peixe, entre os sete e os nove anos, eram menos sociáveis, amigáveis e altruístas do que as que o consumiam regularmente. 

Tendo isto em conta, os cientistas recomendam que as crianças consumam pelo menos duas porções de peixe por semana, sendo uma delas algum tipo de peixe gordo, como o salmão ou a cavala. 

Para chegarem a esta conclusão, publicada na European Journal of Nutrition, os cientistas analisaram dados recolhidos ao longo de dois anos de quase seis mil crianças. 


Guerra na Ucrânia: O chanceler alemão remeteu hoje para o líder russo, Vladimir Putin, o futuro imediato da guerra na Ucrânia, depois de Kiev ter aceitado uma proposta norte-americana para um cessar-fogo imediato de 30 dias.

© Getty Images  Lusa  12/03/2025
 Guerra na Ucrânia? "Bola está agora no campo de Putin" diz Olaf Scholz

O chanceler alemão remeteu hoje para o líder russo, Vladimir Putin, o futuro imediato da guerra na Ucrânia, depois de Kiev ter aceitado uma proposta norte-americana para um cessar-fogo imediato de 30 dias.

"A bola está agora no campo de Putin", disse Olaf Scholz nas redes sociais, citado pela agência de notícias France-Presse.

Scholz considerou a ideia de um cessar-fogo de um mês como "um passo importante e justo para uma paz justa na Ucrânia".

"Apoiamos a Ucrânia e os Estados Unidos e congratulamo-nos com as propostas de Jeddah. Agora, cabe a Putin", insistiu o chanceler, que será em breve substituído pelo líder dos conservadores, Friedrich Merz.

A Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, durante negociações realizadas na terça-feira entre representantes das duas partes na cidade saudita de Jeddah.

Ao mesmo tempo, Washington concordou em levantar a suspensão da ajuda militar a Kiev e em retomar da partilha de dados dos serviços de informação norte-americanos com as autoridades ucranianas.

As duas delegações referiram numa declaração conjunta que os Estados Unidos dirão às autoridades de Moscovo "que a reciprocidade russa é fundamental para alcançar a paz".

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, também já se tinha congratulado na terça-feira com o resultado das conversações em Jeddah.

"Pode tornar-se um importante ponto de viragem na aspiração da Ucrânia a uma paz e segurança duradouras", afirmou, de acordo com a agência de notícias EFE.

Baerbock reafirmou que a Alemanha vai apoiar o povo ucraniano, juntamente com os restantes aliados, para que prossiga na via da paz.

"Cabe agora à Rússia pôr fim à sua guerra de agressão", acrescentou.

A guerra em curso foi desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" a antiga república soviética, disse Putin na altura.


Leia Também: A Guarda Nacional russa disse hoje que as tropas ucranianas estão a retirar-se da região fronteiriça de Kursk, parcialmente controlada por Kyiv desde agosto de 2024. 

PR General Umaro Sissoco Embaló preside a cerimônia de celebração _42º Aniversário da Polícia Judiciária.


Médio Oriente. China, Irão e Rússia realizam exercícios navais conjuntos

© Reuters   Lusa  11/03/2025 

A China, o Irão e a Rússia realizaram hoje exercícios navais conjuntos no Médio Oriente, numa demonstração de força num aumento de tensão numa região crucial para o transporte de petróleo.

Os exercícios conjuntos, designados "Maritime Security Belt 2025", tiveram lugar no Golfo de Omã, perto do estratégico Estreito de Ormuz, a estreita foz do Golfo Pérsico por onde passa um quinto de todo o petróleo bruto comercializado no mundo.

Na área em torno do estreito, o Irão apreendeu navios comerciais e lançou ataques desde que o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump retirou unilateralmente o país do acordo nuclear com as potências mundiais.

O exercício deste ano, o quinto em cinco anos entre os três países, terá provocado um aviso, na segunda-feira, do Centro de Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido, que afirmou ter havido interferência do GPS no estreito, com interrupções que duraram várias horas e obrigaram as tripulações a recorrer a métodos de navegação de reserva.

"É provável que tenha havido interferência do GPS para reduzir a capacidade de mira de drones e mísseis", escreveu Shaun Robertson, analista de informações do EOS Risk Group, acrescentando que, "no entanto, já foram registadas interferências no sistema de navegação eletrónica nesta região durante períodos de maior tensão e exercícios militares."

O Ministério da Defesa da Rússia identificou os navios que enviou para o exercício como sendo as corvetas Rezky e o Herói da Federação Russa Aldar Tsydenzhapov, bem como o navio-tanque Pechenega. O Ministério da Defesa da China afirmou ter enviado o contratorpedeiro de mísseis guiados Baotou e o navio de abastecimento abrangente Gaoyouhu. Nenhum deles forneceu uma contagem do pessoal envolvido.

Nem a China nem a Rússia patrulham ativamente o Médio Oriente, cujas vias navegáveis continuam a ser cruciais para o abastecimento energético mundial, em vez disso, cedem essa tarefa às nações ocidentais, em grande parte lideradas pela 5ª Frota da Marinha dos EUA, sediada no Bahrein. Entre os observadores do exercício contam-se o Azerbaijão, o Iraque, o Cazaquistão, Omã, o Paquistão, o Qatar, a África do Sul, o Sri Lanka e os Emirados Árabes Unidos.


Leia Também: O comissário europeu da Defesa alertou hoje que a Europa "deve preparar-se para o pior para evitar o pior", sublinhando que a Rússia pode estar pronta para um confronto com a NATO "dentro de cinco anos ou menos". 

A Primeira-Dama da República, Dinísia Reis Embaló, realizou a entrega de duas ambulâncias para reforçar o atendimento de emergência no Hospital de Bula e no Centro de Saúde do Bairro Militar.

Este gesto faz parte do compromisso do seu gabinete em apoiar o sistema nacional de saúde, beneficiando diretamente a comunidade local.


Presidência da República da Guiné-Bissau

terça-feira, 11 de março de 2025

Crise política: O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou os partidos para audições no Palácio de Belém na quarta-feira, e o Conselho de Estado para o dia seguinte, na sequência da queda do Governo PSD/CDS-PP.

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images   Lusa  11/03/2025

 Marcelo ouve partidos quarta-feira e Conselho de Estado no dia seguinte

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou os partidos para audições no Palácio de Belém na quarta-feira, e o Conselho de Estado para o dia seguinte, na sequência da queda do Governo PSD/CDS-PP.

De acordo com uma nota publicada na página oficial da Presidência da República, na sequência da rejeição da moção de confiança ao Governo liderado por Luís Montenegro, e a sua consequente demissão, "o Presidente da República decidiu convocar os partidos políticos com representação parlamentar" para audições na quarta-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa convocou ainda uma reunião do Conselho de Estado para as 15h00 de quinta-feira, acrescenta a nota.

O PSD será o primeiro partido a ser recebido no Palácio de Belém, pelas 11h00, seguido do PS às 12h00, Chega pelas 13h00 e Iniciativa Liberal cerca das 14h00.

Durante a tarde, o chefe de Estado vai ainda ouvir o BE às 15h00, o PCP pelas 16h00, Livre às 17h00, CDS-PP às 18h00 e, por último, o PAN.

A moção de confiança ao Governo PSD/CDS-PP chumbou hoje com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa já tinha antecipado que, caso a moção fosse rejeitada no parlamento, convocaria de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.

De acordo com o artigo 145.º da Constituição, entre as competências do Conselho de Estado inclui-se a de se pronunciar "sobre a dissolução da Assembleia da República e das Assembleias Legislativas das regiões autónomas".

São membros do Conselho de Estado, por inerência, os titulares dos cargos de presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, provedor de Justiça, presidentes dos governos regionais e antigos presidentes da República.

Nos termos da Constituição, este órgão de consulta integra ainda cinco cidadãos designados pelo chefe de Estado e cinco eleitos pela Assembleia da República.

Os atuais cinco membros nomeados pelo Presidente da República são Leonor Beleza, Lídia Jorge, Joana Carneiro, António Lobo Xavier e Luís Marques Mendes.

Os conselheiros eleitos pelo parlamento para a atual legislatura são Francisco Pinto Balsemão e Carlos Moedas, por indicação do PSD, Pedro Nuno Santos e Carlos César, pelo PS, e André Ventura, pelo Chega.

A moção de confiança foi anunciada pelo primeiro-ministro a 05 de março, na abertura do debate da moção de censura do PCP ao executivo minoritário PSD/CDS-PP, perante dúvidas levantadas quanto à vida patrimonial e profissional de Luís Montenegro.

Em democracia, esta é a 12.ª moção de confiança apresentada por governos ao parlamento, tendo a última sido aprovada em 31 de julho de 2013, no executivo PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho.

O XXIV Governo Constitucional tornou-se assim o segundo executivo na história da democracia a cair na sequência da apresentação de uma moção de confiança, depois da queda do I Governo Constitucional, em 1977, dirigido pelo socialista Mário Soares.


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Trump avisa que detenção de estudante pró-Palestina será "primeira de muitas"

SIC Notícias

Mahmoud Khalil, um residente legal dos Estados Unidos que era estudante de pós-graduação na Universidade de Columbia até dezembro, foi detido no sábado por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega, em Nova Iorque, e transportado para uma prisão de imigração no Louisiana.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou segunda-feira que a detenção e possível deportação de um ativista pró-Palestina que ajudou a liderar os protestos na Universidade de Columbia será a primeira "de muitas que virão".

À medida que a administração Trump reprime as manifestações no campus contra Israel e a guerra em Gaza, Mahmoud Khalil, um residente legal dos Estados Unidos que era estudante de pós-graduação na Universidade de Columbia até dezembro, foi detido no sábado por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) em Nova Iorque e transportado para uma prisão de imigração no Louisiana.

O Departamento de Segurança Interna afirmou que Khalil foi detido em resultado das ordens executivas de Trump que proíbem o antissemitismo. Khalil não foi acusado de nenhum crime devido às suas atividades durante a agitação no campus da universidade no ano passado.

"Sabemos que há mais estudantes em Columbia e noutras universidades em todo o país que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e anti-americanas", escreveu Trump numa publicação nas redes sociais.

"Vamos encontrar, prender e deportar estes simpatizantes do terrorismo do nosso país - para nunca mais voltarem", acrescentou o Presidente.

A administração republicana também alertou cerca de 60 faculdades que poderiam perder o financiamento federal se não conseguissem tornar os seus espaços seguros para estudantes judeus.

O Departamento de Educação disse que tomaria medidas se as escolas, incluindo Harvard, Columbia e Cornell, não cumprissem as leis de direitos civis contra o antissemitismo e garantissem "acesso ininterrupto" às instalações do campus e às oportunidades de educação.

A administração Trump já está a retirar 400 milhões de dólares à Columbia e ameaçou cortar mais milhares de milhões.

Detenção gera indignação imediata

A detenção de Khalil suscitou a indignação imediata de grupos de defesa dos direitos civis e de defensores da liberdade de expressão, que acusaram a administração de utilizar os seus poderes de controlo da imigração para reprimir as críticas a Israel.

"A decisão ilegal do Departamento de Segurança Interna de o deter apenas devido ao seu ativismo pacífico contra o genocídio representa um ataque flagrante à garantia de liberdade de expressão da Primeira Emenda, às leis de imigração e à própria humanidade dos palestinianos", afirmou o Conselho das Relações Americano-Islâmicas, um grupo nacional muçulmano de defesa dos direitos civis.

As autoridades federais de imigração também visitaram uma segunda estudante internacional em Columbia na sexta-feira à noite e tentaram levá-la sob custódia, mas não foram autorizadas a entrar no apartamento, de acordo com um sindicato que representa a estudante.

A estudante não foi identificada e não se sabe ao certo que motivos levaram a agência de Imigração e Alfândega a efetuar a visita.

O Student Workers of Columbia, um sindicato de estudantes de pós-graduação que representa a estudante, disse que os três agentes não tinham um mandado de captura e foram "legitimamente afastados à porta".

Khalil é a primeira pessoa conhecida a ser detida para deportação sob a prometida repressão de Trump aos protestos estudantis.

Donald Trump argumentou que os manifestantes perderam o direito de permanecer no país por apoiarem o grupo palestiniano Hamas, que controla Gaza.

Khalil e outros líderes estudantis do Apartheid Divest da Universidade de Columbia rejeitaram as alegações de antissemitismo, afirmando que fazem parte de um movimento antiguerra mais amplo que também inclui estudantes e grupos judeus.

Contudo, a coligação de protesto, por vezes, também manifestou apoio aos líderes do Hamas e do Hezbollah, outra organização islâmica designada pelos Estados Unidos como grupo terrorista.

Ainda não se sabe quando é que Khalil terá uma audiência no tribunal de imigração. Os porta-vozes do ICE não forneceram imediatamente pormenores sobre o seu caso.

Normalmente, a expulsão de uma pessoa que tem residência permanente nos Estados Unidos exige um elevado grau de exigência, como o facto de essa pessoa ter sido condenada por determinados tipos de crimes.

Nascido na Síria, filho de pais palestinianos, Khalil surgiu como um dos ativistas mais proeminentes nos protestos em Columbia.

Serviu de mediador em nome dos ativistas pró-palestinianos e dos estudantes muçulmanos, um papel que o colocou em contacto direto com os dirigentes da universidade e a imprensa - e chamou a atenção dos ativistas pró Israel, que nas últimas semanas apelaram à administração Trump para o deportar.


O ciberataque que esta segunda-feira inutilizou por alguns períodos a rede social X teve origem na Ucrânia, segundo o bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma.