terça-feira, 24 de junho de 2025

É "impossível um humano pilotar manualmente" o bombardeiro que os EUA usaram contra o Irão

Bombardeiros B2  © CNN Portugal

Nos bombardeiros B-2, que os Estados Unidos da América usaram no ataque feito ao Irão, o ser humano nada seria sem a tecnologia. “É impossível este avião ser pilotado manualmente por um humano”, explica José Correia Guedes, antigo piloto.

Ainda assim, os humanos não estão fora da equação nesta “asa voadora”. Há dois pilotos ao serviço, que “são fundamentais para programar a viagem, a rota, a gestão dos motores e dos combustíveis - e também o lançamento das bombas”, diz o especialista.

Como o avião não tem cauda, o que lhe confere instabilidade a nível aerodinâmico, só consegue voar “devido à ação de dezenas de computadores com centenas de ações por segundo”. “Só com recurso à eletrónica e à informática é que o podemos fazer voar. Sem eles seria impossível”, explica o antigo piloto.

“Não há possibilidade de o piloto voar manualmente. Se o sistema avariar, o piloto ejeta-se. Ninguém teria a capacidade de reação suficiente para fazer as correções necessárias em tempo útil”, conclui.

O bombardeiro está avaliado em dois mil milhões de dólares e conta com quatro sistemas “FBW Fly by Wire”. É preciso que falhem todos para que os pilotos tomem a derradeira decisão: ejetar-se.

Os B-2 começaram a ser produzidos em 1987 e terão sido inspirados numa ave chamada falcão peregrino.

Segundo José Correia Guedes, a forma do B-2 permite-lhe ser “furtivo, ou seja, não é detetável pelos radares”. “As formas angulosas nas pontas das asas e os materiais com que é construído... tudo é pensado para defletir as ondas de radar. Em vez de regressarem à origem, passam para outro lado qualquer.”

Alem disso, permitem missões extremamente longas aos pilotos no cockpit, como esta no Irão, que durou 36 horas.

No ataque dos EUA ao Irão foram utilizados seis destes bombardeiros.

Presidente da Câmara Municipal de Bissau, José Medina Lobato reage denúncia de Sindicato de Base.

Ministro da Defesa israelita acusa Irão de ter violado cessar-fogo

Por LUSA 

O Ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse hoje que o Irão violou completamente o cessar-fogo entre Israel e o Irão, lançando mísseis após a entrada em vigor da trégua.

Katz adiantou que deu instruções às Forças Armadas israelitas para retomarem o ataque contra alvos paramilitares e governamentais iranianos.

As forças de Israel disseram ter identificado mísseis lançados do Irão para o espaço aéreo israelita menos de três horas após a entrada em vigor do cessar-fogo tendo as sirenes de alerta soado no norte de Israel.

A última barragem ocorreu depois de Israel e o Irão terem aceitado um plano de cessar-fogo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra de 12 dias que afetou o Médio Oriente.


Leia Também: Israel e o Irão concordaram com o plano de cessar-fogo 

Estudo. Bactéria comum consegue transformar plástico em paracetamol

Por LUSA 

Investigadores da Universidade de Edimburgo descobriram que a Escherichia coli, uma bactéria comum e geralmente inofensiva, consegue fazer algo único: converter resíduos de plástico de garrafas de água ou recipientes de comida em paracetamol.

Várias investigações científicas já comprovaram a eficácia de diferentes micróbios na desintegração de plásticos, apresentando-se como possíveis soluções para ajudar na problemática ambiental.

Agora, investigadores da Universidade de Edimburgo descobriram que a Escherichia coli, uma bactéria comum e geralmente inofensiva, consegue fazer algo único: converter resíduos de plástico de garrafas de água ou recipientes de comida em paracetamol, noticia o jornal ABC.

O estudo publicado esta segunda-feira, 23 de junho, na Nature Chemistry, concluiu ainda que este método não gera praticamente nenhuma emissão de carbono e é mais sustentável do que a atual forma de fabrico do medicamento.

Tradicionalmente, o paracetamol é fabricado a partir de reservas de combustíveis fósseis, como petróleo, cada vez mais escassas, contribuindo para as alterações climáticas. De acordo com especialistas, citados pelo referido jornal, são necessárias milhares de toneladas de combustíveis fósseis para produzir o paracetamol e outros medicamentos e produtos químicos.

A conversão feita pela E. coli pode ainda ajudar na redução de lixo, uma vez que envolve a reutilização do plástico politereftalato de etileno (PET), que se encontra em muitos produtos de uso diário, e que gera mais de 350 milhões de toneladas de resíduos por ano.

Os autores do estudo descobriram que um tipo de reação química chamada 'rearranjo de Lossen' pode ocorrer em células vivas, catalisada pelo fosfato da E. coli. Esta reação química produz um tipo de composto orgânico que contém azoto, essencial para o metabolismo celular.

Os cientistas modificaram a bactéria em laboratório para transformar uma molécula derivada do PET, conhecida como ácido tereftálico, no ingrediente ativo do paracetamol. Para este método, foi utilizado um processo de fermentação, semelhante ao utilizado na produção de cerveja, para acelerar a conversão de resíduos industriais de PET em paracetamol em menos de 24 horas.

Apesar desta técnica não ter praticamente gerado emissões de carbono, e apresentar-se como uma forma sustentável de produzir paracetamol, o estudo indica que é necessário um maior desenvolvimento antes de poder ser produzido comercialmente.

"Este trabalho mostra que o plástico PET não é apenas um resíduo ou um material destinado a tornar-se mais plástico, mas pode ser transformado por microrganismos em novos produtos valiosos, incluindo aqueles com potencial para tratar doenças", afirmou Stephen Wallace, autor principal do estudo, citado pela referida publicação.

Você sabia que o B-2 Spirit, o famoso bombardeiro furtivo dos Estados Unidos, é uma das máquinas de guerra mais poderosas já criadas? Capaz de voar por milhares de quilômetros sem ser detectado, ele pode carregar armas nucleares e atacar alvos estratégicos com precisão cirúrgica.

Em um país pequeno ou com defesas frágeis, esse avião sozinho tem potencial para causar destruição total, literalmente mudando o rumo de uma guerra. É o verdadeiro “fantasma dos céus”, uma força que pode decidir conflitos antes mesmo de serem vistos.

Imagina o poder dessa tecnologia no campo de batalha? O B-2 não é apenas um avião, é um símbolo da supremacia militar moderna.

@Fatos

Estas são as novas regras para ter a nacionalidade e regular a imigração em Portugal

Por  CNN Portugal

Conselho de Ministros debruçou-se sobre as alterações à política migratória e chegou a este leque de medidas

- Naturalização passa a exigir residência legal de sete ou 10 anos, conforme o país de origem, bem como o conhecimento da “língua, cultura, organização democrática e valores democráticos” do país. O candidato não pode ter “condenações graves” nem representar “ameaça à segurança nacional”.

- Filhos de estrangeiros: só terão direito à nacionalidade, à nascença, se um dos pais tiver residência legal em Portugal há pelo menos três anos.

- Direito à nacionalidade alargado até bisnetos de portugueses: e com “requisitos de ligação efetiva”.

- “Sanção acessória” de perda de nacionalidade para quem comete crimes graves: aplicada por juízes a  juízes a cidadãos naturalizados há menos de dez anos que cometam "crimes graves" com penas de prisão superiores a cinco anos.

- Fim do regime para novos pedidos de nacionalidade portuguesa para os descendentes de judeus sefarditas.

- Visto de procura de trabalho: passa a ser apenas para “atividades altamente qualificadas”.

- CPLP: é eliminada a possibilidade de obter autorização de residência CPLP com visto de turismo ou isenção de visto.

- Reagrupamento familiar: passa a ser exigido prazo de dois anos, com exceção dos estrangeiros com autorizações de residência por serem quadros qualificados. Os únicos candidatos admitidos para reagrupamento familiar que já residam em Portugal serão os menores. Haverá “maiores exigências” em relação aos alojamentos e meios de subsistência, bem como sobre a aprendizagem da língua e “conhecimento dos valores constitucionais portugueses”.

- Autorizações de residência: autorizações de residência que vencem até 30 de junho terão a sua validade prorrogada até 15 de outubro.

- Criada a Unidade Nacional Estrangeiros e Fronteiras (UNEF): permite à PSP assumir de “forma plena as funções policiais” relacionadas com a fiscalização da imigração.


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segunda-feira, 23 de junho de 2025

Ataque dos EUA a instalações nucleares iranianas divide apoiantes de Trump

Por LUSA 

O ataque norte-americano a três instalações nucleares iranianas no fim de semana expôs divisões no Partido Republicano, entre apoiantes e críticos do Presidente Donald Trump, eleito com a promessa de não entrar em guerras.

A maioria dos deputados conservadores não tomou posição em relação à decisão do Presidente de entrar no conflito Israel-Irão, mas alguns, como o congressista Thomas Massie, criticaram Trump por voltar a envolver Washington em conflitos estrangeiros.

"As gentes do MAGA (movimento de apoio a Trump) não votaram por outra guerra no Médio Oriente", disse Massie hoje numa rádio local.

Massie, que tem mantido consistentemente posições opostas a Trump, condenou a decisão de atacar as instalações sem a permissão do Congresso.

 "Foi o que foi feito no Iraque e no Afeganistão, a mesma coisa quando [Barack] Obama (ex-Presidente democrata) quis entrar na guerra na Síria. É preciso ir ao Congresso e obter autorização. Não se pode financiar a operação sem a autorização da Câmara dos Representantes", acrescentou.  

O legislador apresentou uma iniciativa no Congresso para vetar a participação de Washington no conflito, que, segundo ele, conta com o apoio de "quatro republicanos" e afirma que não há mais porque "têm medo de Trump".

Depois de o legislador do Kentucky ter também comentado que os planos de Trump no Irão não incluem colocar "a América em primeiro lugar", como tinha prometido na campanha, o Presidente lançou uma campanha para o expulsar da Câmara dos Representantes.

"Tirem este 'preguiçoso' do cargo!", publicou Trump na sua plataforma Truth Social, referindo-se ao congressista, que já se tinha oposto ao plano fiscal e orçamental promovido pela Casa Branca e que, depois de aprovado na Câmara, está agora a ser discutido no Senado.

"Massie é fraco, ineficaz e vota 'não' em praticamente tudo o que tem pela frente", acrescentou Trump.

Também a republicana Marjorie Taylor Greene, normalmente uma das mais acérrimas defensoras de Trump, atacou o Presidente por ir contra o que tinha prometido durante a campanha.

"Seis meses depois, já estamos a quebrar promessas de campanha. E estamos a colocar bombas no Irão em nome de Israel", disse num podcast.

Numa longa mensagem no X, a parlamentar demarcou-se do Presidente: "Trump não é um rei, o MAGA não é uma seita, e eu posso e TENHO a minha própria opinião".

A republicana da Geórgia insistiu que gastou "milhões de dólares do seu próprio bolso" para defender ideias que Trump está agora a violar.

"Parece um completo isco para agradar aos neoconservadores, belicistas, negociadores de contratos do complexo militar-industrial e personalidades neoconservadoras da TV que odeiam o MAGA e que NUNCA foram TRUMPISTAS!", acrescentou.

No entanto, Trump conta com o apoio dos dois republicanos de mais alto nível no Congresso: o presidente da Câmara, Mike Johnson, e o líder da maioria no Senado, John Thune.

Outros membros do Congresso foram mais longe e apoiaram-no quando este sugeriu que deveria haver uma mudança de regime no Irão.

"Como sempre, o Presidente Trump tem toda a razão no seu desejo de Tornar o Irão Grande Novamente, mudando o regime, seja através do seu comportamento ou com uma nova liderança", comentou o senador Lindsey Graham.  

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada em meados de junho por bombardeamentos israelitas contra território iraniano, levando à retaliação de Teerão.

O conflito, que já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados, assumiu uma nova dimensão com os bombardeamentos pelos Estados Unidos de várias instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordo.

Fordo, que tem com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizado a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão, cuja área metropolitana tem uma população de 14 milhões de pessoas.

O Irão retaliou o ataque norte-americano atacando a base de Al-Udeid, no Qatar, uma das principais instalações militares norte-americanas no Médio Oriente.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, visitou nesta segunda-feira as obras finais do novo Terminal de Autocarros de Bissau, que vai acolher mais de vinte autocarros urbanos doados no âmbito da cooperação com Portugal.

A visita estendeu-se ao Centro de Pesagem de Veículos Pesados, financiado pela UEMOA. A Guiné-Bissau era o único país membro que ainda não dispunha desta infraestrutura.

@Presidência da República da Guiné-Bissau

Trump pede a Rússia para não usar "levianamente" termo "nuclear"... O presidente norte-americano instou esta segunda-feira a Rússia a não usar "levianamente" o termo "nuclear", depois do antigo presidente Dimitri Medvedev ter afirmado numa mensagem que vários países estavam dispostos a fornecer ogivas ao Irão.

© Win McNamee/Getty Images   Lusa   23/06/2025

"Terei ouvido o ex-presidente Medvedev deixar escapar a 'palavra começada por N'? Nuclear!", perguntou Trump na sua rede social, Truth Social.

"Ele disse mesmo isso, ou é apenas produto da minha imaginação? Se ele disse isso e for confirmado, por favor, avisem-me imediatamente", pediu, sem se referir a ninguém em particular.

"Suponho que é por isso que [Vladimir] Putin é 'o chefe', acrescentou Trump, numa mensagem em que voltou a defender o poder militar dos Estados Unidos, um dia após os bombardeamentos de três instalações nucleares do Irão.

Donald Trump deu como exemplo dessa capacidade militar, que tem "20 anos de avanço", os submarinos nucleares, "as armas mais poderosas e letais alguma vez construídas" e a partir dos quais foram lançados no domingo 30 mísseis Tomahawk que "atingiram perfeitamente" o alvo.

Israel lançou a 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.

Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordo, e foram também eliminados comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.

As autoridades da República Islâmica indicaram que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 400 mortos e 3.056 feridos, ao passo que o Governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas e ferimentos em 1.272, em território israelita.

No sábado, o conflito assumiu uma nova dimensão com a entrada dos Estados Unidos na guerra, bombardeando as três principais instalações envolvidas no programa nuclear do Irão, entre as quais a unidade de Fordo, com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, e com Trump a ameaçar o regime teocrático de Teerão de mais ataques, se "a paz não chegar rapidamente".

A operação norte-americana que devastou o programa nuclear iraniano resultou de meses de preparação e não visou militares nem a população civil do Irão.


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"Perfurem, perfurem!" Trump pede aumento da produção de petróleo... O presidente norte-americano pediu esta segunda-feira que os Estados Unidos e outras economias produtoras de petróleo aumentem a produção, já que os preços do petróleo continuam voláteis após os ataques às instalações nucleares iranianas.

© Anna Moneymaker/Getty Images    Lusa   23/06/2025

Donald Trump pediu o aumento da produção, enquanto a Casa Branca intensificava as advertências ao Irão contra a ameaça de possível encerramento do estreito de Ormuz, uma rota marítima vital para o transporte de petróleo e gás, em retaliação aos ataques norte-americanos ao programa nuclear iraniano.

"Ao Departamento de Energia: PERFUREM, PERFUREM, PERFUREM!!! E quero dizer AGORA!!! TODOS, MANTENHAM OS PREÇOS DO PETRÓLEO BAIXOS. ESTOU DE OLHO! ESTÃO A FAZER O JOGO DO INIMIGO. NÃO FAÇAM ISSO!", publicou Trump nas redes sociais.

A pressão de Trump surge num momento de incerteza, com as embaixadas e instalações militares dos Estados Unidos no Médio Oriente em alerta máximo por causa de uma possível retaliação.

Os mercados globais estão a tentar determinar o que está por vir depois dos ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares importantes do Irão com centenas de bombas e mísseis Tomahawk.

O parlamento iraniano aprovou o bloqueio do estreito de Ormuz, rota marítima no golfo Pérsico por onde passa cerca de 20% do petróleo e gás global. Cabe agora ao Conselho de Segurança Nacional do Irão decidir se vai avançar com a ideia, o que poderá levar a um aumento no custo de bens e serviços em todo o mundo.

O preço do petróleo subiu 4% logo após o início das negociações na noite de domingo, mas rapidamente recuou. Os mercados de futuro do petróleo oscilaram entre ganhos e perdas nas negociações de hoje de manhã e ainda permanecem mais altos do que estavam antes do início dos combates, há pouco mais de uma semana.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, alertou Teerão novamente contra o encerramento do estreito, sublinhando que "o regime iraniano seria tolo em tomar essa decisão".

Washington duplicou o número de voos de emergência que está a disponibilizar para os cidadãos dos Estados Unidos que desejam deixar Israel e ordenou a partida do pessoal não essencial da embaixada no Líbano, estando também a intensificar os alertas de viagem em todo o Médio Oriente devido às preocupações de que o Irão possa retaliar contra os interesses dos EUA na região.

Num alerta enviado aos norte-americanos em todo o mundo e divulgado no domingo, o Departamento de Estado alertou para que todos tomem precauções.

Muitos analistas do setor energético estão céticos quanto à possibilidade de o Irão avançar com o fecho total do estreito, algo que já ameaçou fazer no passado. Caso o faça, Teerão enfrentará a possibilidade de retaliação contra os próprios carregamentos e a possibilidade de que a medida trazer problemas à China, o maior comprador de petróleo bruto iraniano.

Os Estados Unidos e os aliados pressionaram a Rússia antes da invasão de Moscovo à Ucrânia em 2022 com ameaças à indústria petrolífera e, em seguida, cumpriram a promessa, com muitas empresas petrolíferas ocidentais a retirarem-se do país e os EUA e a Europa a imporem sanções à indústria russa.

Mas o Irão está muito menos integrado na economia global do que a Rússia, que depende dos mercados europeus para as exportações de petróleo e gás e ainda assim avançou com a invasão, apesar das advertências dos Estados Unidos.

"Tem havido muitas sugestões de que isso não é algo muito provável, e isso geralmente é atribuído à interdependência económica, que não quero sugerir que não seja importante. É absolutamente importante", disse Colby Connelly, investigador sénior do Instituto do Médio Oriente.

"Se a década de 2020 nos ensinou alguma coisa até agora, é que os laços económicos nem sempre impedem conflitos", acrescentou Connelly.


Leia Também: Qatar encerra espaço aéreo após ameaças contra bases norte-americanas

Um momento histórico para a África Ocidental: o Presidente Bola Tinubu entrega oficialmente a liderança da CEDEAO ao Presidente Maada Bio da Serra Leoa. Esta transição significativa reforça o nosso compromisso coletivo com a paz, estabilidade e prosperidade na África Ocidental. O Presidente Julius Maada Bio enfatizou a necessidade de união e crescimento inclusivo à medida que avançamos juntos.


 Ecowas - Cedeao 

#LiderançaCEDEAO #UnidadeAfricanaOcidental #DesenvolvimentoRegional #Diplomacia #CEDEAO #ÁfricaOcidental #TransiçãoDeLiderança #UnidadeEProgresso

Declaração Final da 67a Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo






Ecowas - Cedeao 

Filho do último Xá iraniano diz que "o fim do regime está próximo"... O filho mais velho do último Xá do Irão e opositor no exílio, Reza Pahlavi, previu hoje que "o fim do regime está próximo", referindo-se a um momento semelhante à queda do Muro de Berlim.

© REUTERS   Lusa   23/06/2025

"O regime está a entrar em colapso. Devemos facilitar este movimento ficando ao lado (do povo iraniano), não lançando uma nova tábua de salvação para este regime", disse Pahlavi, referindo-se à liderança do ayatollah Ali Khamenei, pedindo para que Europa e Estados Unidos não continuem a tentar negociar com Teerão.

"O fim do regime está próximo. E será, para nós, um momento semelhante à queda do Muro de Berlim, disse o antigo príncipe herdeiro do Irão, numa entrevista à agência France Presse, em Paris.

"Não consigo imaginar que um regime tão severamente diminuído e efetivamente humilhado esteja disposto a voltar a negociar", acrescentou Pahlavi, que vive exilado nos Estados Unidos.

Hoje, a Casa Branca assegurou que o Presidente norte-americano, Donald Trump "continua interessado" numa solução diplomática com o Irão, embora já tenha falado na possibilidade de uma "mudança de regime".

Desde 13 de Junho que Israel tem vindo a realizar ataques aéreos contra o Irão, numa tentativa de minar os seus programas nuclear e de mísseis balísticos.

Os Estados Unidos lançaram no domingo ataques sem precedentes contra o local subterrâneo de enriquecimento de urânio em Fordo e instalações nucleares.

O paradeiro do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, permanece incerto, uma vez que Israel se recusou a descartar o seu assassinato.

"De acordo com as informações que temos até agora, ele ainda está num bunker algures e, infelizmente, está a usar pessoas como escudos humanos", disse Reza Pahlavi, acrescentando que "recebeu relatos credíveis sobre os preparativos para a saída (do Irão) de muitas autoridades de alto nível, incluindo membros da sua própria família".

De acordo como Pahlavi, alguns membros das forças de segurança iranianas estão prontos para mudar de lado.

"Estão a começar a comunicar connosco através dos militares e das agências de inteligência. (...) As pessoas vão ver isto de forma mais tangível nos próximos dias e semanas", assegurou o opositor no exílio, que há muito apoia o restabelecimento de laços com Israel.


NATO não vê ilegalidade nos ataques aéreos norte-americanos... Em conferência de imprensa de antecipação da cimeira da NATO, em Haia, nos Países Baixos, o secretário-geral da Aliança Atlântica disse que os 32 países que integram a organização político-militar "concordaram há muito tempo que o Irão não pode desenvolver armas nucleares".

Por  sicnoticias.pt

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) rejeitou esta segunda-feira que os Estados Unidos da América (EUA) tenham violado a lei internacional durante os bombardeamentos ao território iraniano.

"Não considero que o que os EUA fizeram é contrário à lei internacional", respondeu Mark Rutte, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre o envolvimento dos Estados Unidos da América no conflito no Médio Oriente entre Israel e o Irão.

Em conferência de imprensa de antecipação da cimeira da NATO, em Haia, nos Países Baixos, o secretário-geral da Aliança Atlântica disse que os 32 países que integram a organização político-militar "concordaram há muito tempo que o Irão não pode desenvolver armas nucleares".

Os países da NATO "instaram repetidamente o Irão a respeitar as suas obrigações ao abrigo" Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.

Questionado sobre as implicações económicas do possível encerramento do Estreito de Ormuz, uma das principais rotas comerciais, situado entre o território iraniano, dos Emirados Árabes Unidos e de Omã, o secretário-geral da NATO disse que o seu papel é assegurar que os países da Aliança Atlântica investem na sua segurança e que a Ucrânia tem o que necessita para fazer frente à invasão russa, optando por não responder em concreto à pergunta.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada em meados de junho por bombardeamentos israelitas contra território iraniano, levando à retaliação de Teerão.

O conflito, que já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados, assumiu uma nova dimensão com os bombardeamentos pelos Estados Unidos de várias instalações nucleares iranianas, incluindo o complexo de Fordo.

Fordo, que tem com capacidade de enriquecimento de urânio a 60%, segundo os especialistas, fica localizado a cerca 100 quilómetros a sul de Teerão, cuja área metropolitana tem uma população de 14 milhões de pessoas.