terça-feira, 15 de abril de 2025

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) disse esta segunda-feira à Lusa que encontrou "várias centenas" de depósitos de armas no sul do Líbano

Por LUSA 

ONU encontra arsenais do Hezbollah abandonados no sul do Líbano

 A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) disse esta segunda-feira à Lusa que encontrou "várias centenas" de depósitos de armas no sul do Líbano.

"Temos estado a encontrar, a par com o exército libanês, um grande número de depósitos de armas e túneis em diferentes partes do sul do Líbano na nossa zona de operações", disse o porta-voz da Finul Andrea Tenenti.

Uma outra fonte da ONU, que pediu para não ser identificado, confirmou à Lusa que o grupo xiita libanês Hezbollah está a entregar as posições militares no sul do Líbano ao exército libanês, numa decisão surpreendente e inédita.

O grupo já transferiu pelo menos 190 de 256 postos militares na região sul para as mãos do exército libanês, de acordo declarações de um responsável do Hezbollah à imprensa local. 

A retirada do grupo apoiado pelo Irão estava prevista no acordo de cessar-fogo assinado em novembro com Israel. No entanto, a rendição militar do Hezbollah, considerado em tempos mais poderoso que o exército libanês, foi sempre considerada improvável.

Esta operação mostra o estatuto enfraquecido do grupo, numa altura em que o Hezbollah se vê quase abandonado pelo Irão, o aliado e financiador histórico, especialmente agora que Teerão tem interesses maiores a defender nas novas negociações com os Estados Unidos, no sábado.

A decisão surgiu ainda na sequência da visita, na semana passada, da vice-representante especial dos EUA para o Médio Oriente, Morgan Ortagus, a Beirute durante a qual afirmou que o Líbano não ia receber qualquer tipo de ajuda internacional, incluindo para a reconstrução, até que o Hezbollah entregasse as armas. 

A par do enfraquecimento do Hezbollah está também um reforço das forças militares libaneses e uma nova vontade política pelas mãos do novo governo reformista de Nawaf Salam e sobretudo pela presidência de Joseph Aoun, antigo chefe das forças armadas.

Tenenti disse à Lusa que, apesar do exército libanês ter estado sempre presente no sul do Líbano, a "situação politicamente era muito diferente", descrevendo agora um verdadeiro empenho para recuperar a soberania do Estado na região, com mais de 300 operações realizadas diariamente.

"Podemos dizer que agora vemos as autoridades libaneses, sob o novo Presidente e primeiro-ministro, e o exército libanês 100% dedicados a implementar a resolução 1701 [que prevê a retirada do Hezbollah do sul do Libano]", disse.

Enquanto isso, as forças israelitas continuam a violar o acordo de cessar-fogo através de bombardeamentos e da ocupação de parte do território libanês.

Na segunda-feira, o Presidente libanês afirmou que "a decisão de limitar as armas ao Estado foi tomada" e que "estão a ser trocadas mensagens com o Hezbollah para tratar da questão do monopólio estatal das armas". 

O deputado do Hezbollah, Ali Fayyad, também afirmou que o grupo está pronto para apoiar reformas, uma marcada mudança de estratégia, confirmando que o movimento tenta reposicionar-se como um aliado do governo reformista numa aparente tentativa de manter a presença na política interna.

Presidente guineense anuncia taxa aduaneira de 10% na importação dos EUA

Por
LUSA 
O presidente guineense, Umaro Sisssoco Embalo, anunciou hoje que o país vai assumir "o princípio de reciprocidade" e fixar também uma tarifa aduaneira de 10% aos produtos importados dos Estados Unidos de América com quem admite "conversar depois".

"Já disse que não existem Estados pequenos, existem países pequenos", observou Umaro Sissoco Embaló, à margem de uma visita às obras de construção de um "novo hospital de referência", em Bissau, financiado pelos Emirados Árabes Unidos.

A administração do presidente norte-americano, Donald Trump fixou uma taxa de 10% aos produtos provenientes da Guiné-Bissau, uma medida que Umaro Sissoco Embalo considera normal.

"Nós também vamos fixar-lhes as tarifas. É vice-versa (...). Trump é presidente dos Estados Unidos, Umaro Sissoco Embaló é presidente da Guiné-Bissau", defendeu Embalo.

Na comitiva presidencial que visitou as obras do futuro novo hospital, se encontrava o ministro da Economia, Soares Sambu, a quem Umaro Sissoco Embalo pediu que identificasse os produtos importados dos Estados Unidos para serem taxados em 10%.

 "Depois conversamos", disse Umaro Sissoco Embalo e lembrou ter dado a mesma resposta quando os Estados Unidos sancionaram o país, em 2023, alegando falhas no combate ao tráfico de seres humanos.

"É como quando nos sancionaram, nós também produzimos um decreto e sancionar os Estados Unidos. Simples. Depois conversamos, entendemos que foi um erro (da parte dos Estados Unidos) e nós também retiramos as nossas sanções (contra eles), tudo isso sempre numa dinâmica de que não existe Estado pequeno", sublinhou o presidente guineense.

No passado dia 18 de março e à saída de uma audiência com Sissoco Embalo, em Bissau, o embaixador norte-americano para o Senegal e Guiné-Bissau, Michael Raynor desmentiu que o seu país tenha imposto alguma sanção à Guiné-Bissau.

"Quero agradecer a oportunidade de esclarecer que nunca houve sanções impostas à Guiné-Bissau sobre o tráfico de pessoas ou outras quaisquer", afirmou Raynor para acrescentar que "houve sim restrições nas relações e parcerias".

 O diplomata norte-americano observou que as restrições foram levantadas em 2024 devido aos esforços no combate ao tráfico de pessoas, fazendo com que a Guiné-Bissau fosse retirada da categoria menor nessa luta.

Leia Também:  A lei de reciprocidade em comércio externo que permite ao Governo brasileiro adotar medidas contra países que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil entrou hoje em vigor, em resposta às tarifas de 10% anunciadas pelos Estados Unidos.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) lançou esta segunda-feira, na cidade da Praia, um programa regional para reforçar a resiliência da agricultura face às alterações climáticas em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau

Por LUSA   14/04/2025

FIDA lança programa agrícola em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) lançou esta segunda-feira, na cidade da Praia, um programa regional para reforçar a resiliência da agricultura face às alterações climáticas em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

Oprograma Adaptação dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento da África Ocidental e Central (Adapt), tem a duração de cinco anos e um orçamento de 10,5 milhões de euros que visa "reforçar a resiliência dos pequenos produtores e sistemas de produção agrícola face à mudança climática", afirmou o diretor do FIDA, Bernard Hien, durante o lançamento do projeto.

O programa prevê formação técnica, acesso a novas tecnologias e a elaboração de planos de ação que cada país vai adaptar às suas realidades.

"A prioridade é dar-lhes conhecimento e ferramentas para se adaptarem melhor às mudanças do clima", frisou.

O responsável referiu que, além da componente ambiental, o projeto também procura responder a fragilidades económicas e sociais, em especial no meio rural, com foco na inclusão de mulheres e jovens.

"Todos os projetos apoiados pelo FIDA têm uma forte componente social. Trabalhamos para integrar os jovens e as mulheres nas atividades e reforçar o seu poder económico. Este programa também tem isso em conta", garantiu.

Em Cabo Verde, o projeto será articulado com o Projeto de Promoção de Oportunidades Socioeconómicas Rurais (POSER), que visa criar oportunidades de emprego e rendimento para as populações rurais mais vulneráveis.

O ministro da Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, Gilberto Silva, adiantou que o projeto vai ser desenvolvido no vale de Rabil, na ilha da Boa Vista para "substituir a acácia americana, que é uma espécie invasora, por tamareiras".

O objetivo passa ainda por trabalhar para uma maior resiliência e adaptação do sistema agroalimentar, não só na agricultura, mas também na pecuária, na conservação da natureza para que os cabo-verdianos não abandonem o meio rural.

"A África inteira contribui com 4% das emissões, e nós destacamos, neste conjunto de países, pelo facto de sofrermos fortemente as consequências das mudanças climáticas", apontou.

DECLARAÇÃO DE CHEFE DE ESTADO GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO .

BAFATÁ CAMINHA-SE PARA UMA NOVA ERA.

A cidade de Bafatá está a viver um momento único da sua história. 
Pela primeira vez em décadas, a cidade passa por transformações profundas que prometem mudar por completo o cenário urbano. 
As obras de restauração e construção de novas vias urbanas estão a trazer uma nova imagem à cidade. 

Ruas que antes eram intransitáveis estão sendo modernizadas. 
Essas mudanças não são apenas físicas, elas carregam o sentimento de esperança de uma população que sonha com uma cidade mais digna, mais bonita e mais funcional. 

Bafatá está a tornar-se um símbolo de progresso e resiliência.

O Presidente da República, visita os trabalhos da Engenharia Militar no antigo Hospital 3 de Agosto, onde será construído o novo Hospital de Referência da Guiné-Bissau.

Este projecto resulta de uma solicitação feito pelo Chefe de Estado ao seu homólogo dos Emirados Árabes Unidos, Sua Alteza Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan. 

A obra, que ocupará cerca de 33 mil metros quadrados, contará com tecnologia de ponta e marca um passo importante no reforço do sistema nacional de saúde. ‎

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Começam os trabalhos preliminares para o início das obras do Hospital de Referência em Bissau. O PR General Umaro Sissoco Embaló visita antigas instalações do Hospital 3 Agosto em demolição para iniciar a construção de raiz o Hospital de Referência sob o financiamento dos Emirados Árabes Unidos.

Arranca a Demolição do Complexo Hospitalar 3 de agosto para Construção de Novo Hospital de Referência em Bissau

 

Mulher suíça raptada no Níger

Por LUSA 

 Uma cidadã suíça foi raptada em Agadez, no norte do Níger, três meses após o rapto de uma mulher austríaca na mesma cidade, informaram hoje o Departamento dos Negócios Estrangeiros (FDFA) em Berna e um governador regional no país africano.

"A FDFA foi informada do rapto de uma cidadã suíça no Níger. A representação suíça em Niamey está em contacto com as autoridades locais. Os esclarecimentos estão em curso", declarou o departamento num e-mail, acrescentando que não podia, por enquanto, partilhar mais informações.

O governador da região de Agadez, o brigadeiro-general Ibra Boulama Issa, confirmou "o rapto de uma mulher estrangeira de nome Claudia, de nacionalidade suíça", à porta da sua casa, em Agadez, no domingo à noite.  

Segundo o portal de notícias Air Info, a suissa, que nasceu no Líbano, é casada com um cidadão do Níger, onde vive há vários anos e trabalha para uma organização que ajuda os artesãos locais.  

"Esta situação segue-se ao rapto de uma outra estrangeira de nome Eva, na cidade de Agadez, na noite de 11 de janeiro", declarou o governador num comunicado.  

Eva Gretzmacher foi raptada na mesma região de Agadez, uma das mais problemáticas do país.  

O Níger é um país governado por um regime militar hostil aos países ocidentais, que se retirou da Organização internacional da Francofonia em março.  Leia Também: Níger anuncia retirada da Organização internacional da Francofonia

Leia Também:  Turista britânico está desaparecido há quatro semanas na Tailândia...   Foi visto pela última vez em Koh Phi Phi.


O Presidente da República, regressou hoje ao país após ter participado no Fórum de Investimento de Abu Dhabi e na quarta edição do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia.


JUADEM visita Secretário de Estado e secretário Nacional de MADEM-G15 José Carlos Macedo Monteiro ....Zé Carlos Sta muito bem

Por  Estamos a trabalhar

Coordenador da Plataforma Republicana "Nô Cumpu Guiné", Botche Candé, fala de possível reconciliação de Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló e o Braima Camara.

Chefe de Estado General Umaro Sissoco Embalo Regressa ao País após Participar na abertura do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia.

 

Estudo. Homens portugueses só desabafam quando chegam a ponto de rutura... Além disso, um em cada quatro homens não fala com ninguém quando se sente emocionalmente em baixo.

Por  Notícias ao Minuto

Um novo estudo realizado em Portugal procurou respostas sobre se os homens falam abertamente sobre as suas emoções. Metade dos inquiridos disse que isso só acontece raramente ou, então, nunca acontece.

O estudo 'O Autocuidado masculino em Portugal', desenvolvido pela Dove Men+Care em parceria com a Netsonda, concluiu que os homens ainda têm tendência para resolver os seus problemas sozinhos e sentem-se socialmente pressionados a mostrarem-se fortes. Isso leva a que muitos deles apenas se manifestem, ou procurem ajuda, quando já estão num ponto de rutura. 

"No que respeita às suas fragilidades, os homens são muito mais reservados do que as mulheres", refere Madalena Lupi, Técnica Qualitativa da Netsonda, em comunicado.

51 por cento dos homens encontra apoio na pessoa com quem mantêm uma relação amorosa, enquanto 31 por cento procura os amigos para expor os seus problemas.

O mesmo estudo afirma que a percentagem que recorre a um profissional de saúde não chega a dez por cento e que, um em cada quatro afirma mesmo não falar com ninguém quando não se sente bem.

As principais causas que preocupam os homens são: o sucesso profissional e financeiro, a comparação com os pares, e o receio de falhar, seja no contexto de trabalho ou na vida pessoal.

"Por um lado, ainda é difícil para um homem lidar com o facto de não ser a principal fonte de rendimento da sua família. No caso das gerações mais novas, nota-se ainda alguma ansiedade por não terem independência financeira para saírem de casa dos pais. Por outro, notamos que os homens sofrem com a comparação com outros homens, nomeadamente ao nível da carreira, ganhos financeiros e aparência física", conclui Madalena Lupi.

Para manter a sua saúde mental, os homens parecem procurar uma solução no desporto (42 por cento).

O Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação ARN-TIC, assumiu a partir de 10 de abril de 2025, a Presidência rotativa da Associação de Reguladores da África Ocidental (WATRA/ARTAO), para um mandato de um ano.

 GUINÉ-BISSAU ASSUME A PRESIDÊNCIA DA WATRA/ARTAO  

O Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação ARN-TIC, assumiu a partir de 10 de abril de 2025, a Presidência rotativa da Associação de Reguladores da África Ocidental (WATRA/ARTAO), para um mandato de um ano. 

O Dr. Cheikh Amadú Bamba Koté, Presidente do Conselho de Administração da ARN, substitui no cargo, o Presidente da Autoridade Reguladora da Serra Leoa, Sr. Amara Brewah.

Veja (em direto) a missão da Blue Origin que levará Katy Perry ao Espaço

 Por noticiasaominuto.com

Além da cantora ‘pop’, entre as tripulantes estará também a namorada do fundador da Blue Origin e da Amazon, Lauren Sánchez.

Tal como estava previsto, será esta segunda-feira, dia 14, que descolará a missão NS-31 - a mais recente missão da Blue Origin que levará até ao Espaço uma tripulação composta por seis mulheres. 

New Shepard Mission NS-31 Webcast

Trata-se da primeira vez que uma missão espacial é 100% feminina e será transmitida em direto a partir do canal da Blue Origin no YouTube. Pode ver todos os desenvolvimentos no vídeo que incluímos abaixo.

Lembrar que esta missão será composta pela cantora e artista da música ‘pop’ Katy Perry, a amiga de Oprah Winfrey e apresentadora de televisão Gayle King, a ativista Amanda Nguyen, a produtora Kerianne Flynn, a cientista Aisha Bowe e também a piloto e jornalista Lauren Sánchez - conhecida sobretudo como namorada de Bezos.

A missão contará com uma duração de cerca de 11 minutos e levará as tripulantes até à fronteira do Espaço, conhecida como linha de Kármán. A descolagem está prevista para as 14:30 (hora de Lisboa).


Leia Também: Missão 100% feminina da Blue Origin é lançada esta segunda-feira


Conferência de imprensa do Liga Guineense dos Direitos Humanos sobre a suposta perseguicão do seu presidente Bubacar Turre

 



Veja Também: Frente Social, em conferência de imprensa...

"As autoridades ganesas não protegeram os direitos humanos de centenas de vítimas acusadas de feitiçaria e de rituais que as obrigaram a fugir das suas comunidades, temendo pelas suas vidas", afirma a Organização Não-Governamental (ONG) Amnistia Internacional, num novo relatório

Por LUSA   14/04/2025

A Amnistia Internacional denunciou hoje que as autoridades do Gana não protegem centenas de mulheres acusadas de bruxaria, especialmente no norte do país, onde essas acusações podem ser fatais, o que leva a violações sistemáticas dos direitos humanos.

"As autoridades ganesas não protegeram os direitos humanos de centenas de vítimas acusadas de feitiçaria e de rituais que as obrigaram a fugir das suas comunidades, temendo pelas suas vidas", afirma a Organização Não-Governamental (ONG) Amnistia Internacional, num novo relatório.

Segundo a organização, as acusações, que podem conduzir a ameaças, agressões físicas ou mesmo à morte, começam frequentemente no seio da família ou entre os membros da comunidade após um acontecimento trágico, como uma doença ou uma morte.

As mulheres idosas que vivem na pobreza, com problemas de saúde ou deficiências, estão mais expostas a riscos, assim como aquelas que não se conformam com os estereótipos dos papéis de género, explica a organização no relatório.

"As acusações de feitiçaria e os abusos conexos violam os direitos de todas as pessoas à vida, à segurança e à não discriminação", afirmou a investigadora principal da Amnistia Internacional, Michèle Eken, em comunicado, acrescentando que "esta prática profundamente enraizada e generalizada tem causado um sofrimento e uma violência incalculáveis".

Apesar da persistência da prática, a organização denunciou a inação do Governo do país na criação de um ambiente adequado para investigar e processar os ataques relacionados com a feitiçaria.

A diretora nacional da Amnistia Internacional no Gana, Genevieve Partington, defendeu que "as autoridades têm de aprovar legislação que criminalize explicitamente as acusações de bruxaria e dos rituais, incluindo medidas de proteção para potenciais vítimas".

O Governo do Gana, defendeu ainda Partington, deve conduzir uma campanha nacional de consciencialização a longo prazo, com "recursos adequados para desafiar as práticas culturais e sociais que discriminam as mulheres e os idosos, incluindo as acusações de bruxaria".

As mulheres acusadas de bruxaria no país da África Ocidental encontram pouco refúgio fora dos campos nas regiões norte e nordeste do país, controlados por líderes religiosos.

A organização denunciou ainda o fracasso das autoridades ganesas em assegurar condições de vida adequadas aos residentes destes campos, localizados em zonas remotas, onde as mulheres, na sua maioria idosas e extremamente pobres, são particularmente vulneráveis.

O relatório, que se baseia em pesquisas realizadas pela organização entre julho de 2023 e janeiro de 2025, observa também que, embora a crença na bruxaria, protegida pelo direito internacional, esteja enraizada em várias comunidades, a simples criminalização das acusações de bruxaria "não resolveria o problema".

Leia Também: .A Amnistia Internacional alertou este sábado que as práticas "autoritárias" de líderes como Donald Trump conduzem não só à "violação massiva" dos direitos humanos, mas também à "tentativa de acabar com o direito internacional" através da "desumanização" de refugiados ou migrantes.

Agência de Hajj e Turismo da Guiné-Bissau é aberta hoje. O Alto-Comissário para a Peregrinação a Meca preside a cerimónia.