terça-feira, 16 de abril de 2024

O mundo vive atualmente, pela segunda vez em dez anos, um episódio em massa de branqueamento de corais devido às temperaturas recordes dos oceanos, alertou esta segunda-feira a agência norte-americana de observação oceânica e atmosférica (NOAA).

© DAVID GRAY/AFP via Getty Images
Por Lusa  16/04/24
 Branqueamento de corais? Mundo está a passar por outro episódio em massa
O mundo vive atualmente, pela segunda vez em dez anos, um episódio em massa de branqueamento de corais devido às temperaturas recordes dos oceanos, alertou esta segunda-feira a agência norte-americana de observação oceânica e atmosférica (NOAA).


Este declínio ameaça a sobrevivência dos recifes de coral em todo o mundo, incluindo a Grande Barreira de Corais, perto da Austrália.

"À medida que os oceanos continuam a aquecer, o branqueamento dos corais torna-se mais frequente e severo", alertou Derek Manzello, coordenador do Observatório de Recifes de Coral da NOAA.

Ligado ao aumento da temperatura da água, este processo que resulta na descoloração pode levar à morte destes organismos vivos em caso de exposição prolongada ou severa ao stress térmico.

Mas o fenómeno pode ser reversível: os corais afetados podem sobreviver se as temperaturas baixarem e outros fatores de stress, como a pesca excessiva ou a poluição, forem reduzidos.

O atual episódio de branqueamento é o quarto registado pela NOAA desde 1985. Os anteriores foram observados em 1998, 2010 e 2016.

"A escala e a gravidade do branqueamento em massa dos corais são uma prova clara dos efeitos nocivos das alterações climáticas hoje", apontou Pepe Clarke, da organização não-governamental (ONG) ambiental WWF.

A NOAA estima que o planeta já perdeu 30 a 50% dos seus recifes de coral e que estes poderão, sem grandes alterações, desaparecer completamente até ao final do século.

A temperatura dos oceanos, que desempenham um papel fundamental na regulação do clima global, atingiu um novo recorde absoluto em março, com uma média de 21,07°C medida na superfície, excluindo áreas próximas dos polos, segundo o Observatório Europeu Copernicus.

As colónias de corais são compostas por pequenas criaturas chamadas pólipos, que produzem um exoesqueleto de calcário. As ondas de calor matam os animais simplesmente pelo excesso de calor ou pela expulsão dos seus corpos das algas que lhes fornecem nutrientes: isto é o branqueamento dos corais.

"De fevereiro de 2023 a abril de 2024, foi observado um branqueamento significativo de corais nos hemisférios norte e sul de cada grande bacia oceânica", vincou Derek Manzello da NOAA.

Tais fenómenos foram observados desde o início de 2023 na Florida (sul dos Estados Unidos), nas Caraíbas, no Brasil e até no Pacífico tropical oriental.

O mar Vermelho e o Pacífico Sul também são fortemente afetados, assim como a Grande Barreira de Corais ao largo da costa da Austrália. Este recife de coral, o maior do mundo e o único visível do espaço, está a sofrer um processo de "branqueamento em massa", anunciaram as autoridades australianas no início de março.

As consequências de tais fenómenos são múltiplas: afetam os ecossistemas oceânicos, mas também as populações humanas, impactando a sua segurança alimentar e as economias locais, particularmente o turismo.

Segundo a WWF, cerca de 850 milhões de pessoas em todo o mundo dependem dos recifes de coral para a sua alimentação, o seu trabalho e até mesmo para a proteção das costas.

Desempenham também um papel importante nos ecossistemas marinhos, onde mais de um quarto das espécies marinhas fixaram residência.

Os recifes de coral constituem assim "um exemplo visual e contemporâneo do que está em jogo com cada fração de grau de aquecimento", sublinhou Pepe Clarke da WWF.



Leia Também: Presidente cabo-verdiano apela a parcerias para salvaguardar oceanos  



segunda-feira, 15 de abril de 2024

Saúde: Cientistas podem ter descoberto "vacina universal"... Esta novidade chega dos Estados Unidos.

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Por Lusa   15/04/24
Cientistas da Universidade da Califórnia (Estados Unidos) revelaram uma nova estratégia para a vacina baseada em RNA que é eficaz contra qualquer estirpe de um vírus e segura mesmo para bebés e para quem tem o sistema imunitário enfraquecido.

A vacina, como funciona e uma demonstração da sua eficácia em ratos são descritas num artigo publicado hoje na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, indica um comunicado da Universidade da Califórnia - Riverside (UCR).

"O que quero destacar em relação a esta estratégia de vacina é que ela é ampla (...) aplicável a qualquer número de vírus, (...) eficaz contra qualquer variante de um vírus e segura para um amplo espetro de pessoas. Esta pode ser a vacina universal que procurávamos", disse Rong Hai, virologista da UCR e autor do artigo, citado no comunicado.

Todos os anos, os investigadores tentam prever as quatro estirpes do vírus da gripe com maiores possibilidades de prevalecer na próxima temporada da doença e a vacina atualizada deve ser tomada anualmente.

O mesmo aconteceu com as vacinas contra o SARS-CoV-2, coronavírus que causa a covid-19, que foram sendo reformuladas para atingir subvariantes das estirpes dominantes em circulação.

Ao visar uma parte do genoma viral que é comum a todas as estirpes de um vírus, a nova estratégia eliminará a necessidade de criar vacinas diferentes.

"Tradicionalmente, as vacinas contêm uma versão viva, morta ou modificada de um vírus. O sistema imunológico do corpo reconhece uma proteína no vírus e organiza uma resposta imunológica", produzindo "células T que atacam o vírus e impedem a sua propagação" e "células B 'de memória' que treinam o sistema imunológico" para evitar futuros ataques.

A vacina agora revelada "utiliza uma versão viva modificada de um vírus", mas "não depende" da referida resposta imunitária -- por isso pode ser tomada por bebés com um incipiente sistema imunitário ou por imunocomprometidos -, mas sim de pequenas moléculas de RNA que silenciam os genes causadores da doença.

"Um hospedeiro -- uma pessoa, um rato, quem quer que esteja infetado - produzirá pequenos RNAs interferentes como resposta imunológica à infeção viral. Esses RNAi então abatem o vírus", explicou Shouwei Ding, professor de microbiologia da UCR e principal autor do artigo, citado no comunicado.

Dado que os vírus causam doenças porque produzem proteínas que bloqueiam a resposta de RNAi do hospedeiro, a criação de um vírus mutante que não consegue produzir a proteína para suprimir o RNAi, enfraquece o vírus.

"Ele pode-se replicar até certo ponto, mas depois perde a batalha para a resposta do RNAi do hospedeiro", disse ainda Ding, acrescentando: "Um vírus enfraquecido desta forma pode ser usado como vacina para reforçar o nosso sistema imunitário RNAi."

A nova estratégia foi testada em ratos mutantes, sem células T e B, e descobriu-se que com uma injeção de vacina os ratos ficavam protegidos de uma dose letal do vírus não modificado durante pelo menos 90 dias (alguns estudos mostram que nove dias em ratos equivalem aproximadamente a um ano humano). Mesmo os ratos recém-nascidos produzem pequenas moléculas de RNAi, pelo que a vacina também os protegeu.

A UC Riverside já obteve uma patente nos Estados Unidos para esta tecnologia de vacina RNAi e o próximo passo dos investigadores é criar uma vacina contra a gripe para proteger as crianças.

"Se tivermos sucesso, elas deixarão de depender dos anticorpos das mães", referiu Ding.

Os cientistas dizem ainda ser pequena a hipótese de um vírus ter uma mutação para evitar esta estratégia de vacinação.

"Os vírus podem sofrer mutações em áreas não visadas pelas vacinas tradicionais. No entanto, neste caso, o alvo dos milhares de pequenos RNAs é todo o seu genoma. Eles não podem escapar ", disse Hai.

Com um processo de "corta e cola" da estratégia, os investigadores acreditam igualmente poder fazer uma vacina única para qualquer tipo de vírus.

"Existem vários patógenos humanos bem conhecidos, como o dengue e o SARS. Todos eles têm funções virais semelhantes", pelo que a nova estratégia "deve ser adequada a esses vírus", adiantou Ding.



Leia Também: Investigadores estão a desenvolver uma vacina contra o cancro do pulmão  

Vítimas de ataque contra consulado iraniano eram terroristas, diz Israel

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Por Lusa   15/04/24

O porta-voz do Exército israelita disse hoje que as vítimas do bombardeamento contra o Consulado iraniano em Damasco eram terroristas mobilizados contra Israel, no primeiro comentário oficial das forças de Telavive sobre o ataque ocorrido há duas semanas.

"As pessoas mortas em Damasco eram membros da Força Quds [braço de operações especiais estrangeiras da Guarda Revolucionária]. São pessoas envolvidas no terrorismo contra o Estado de Israel", disse Daniel Hagari em conferência de imprensa.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, ocorrida em 01 de abril, na qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais, e seis cidadãos sírios, e cuja autoria Telavive nunca reconheceu.

A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando para a máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre as forças de Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Chefe do Estado-Maior do Exército de Israel garante resposta a Irão

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Por Lusa  15/04/24
O chefe do Estado-Maior do Exército israelita, Herzi Halevi, garantiu hoje que Israel vai responder ao ataque perpetrado pelo Irão no fim de semana contra território israelita.

O líder militar indicou estarem ainda a ser considerados os passos a dar, mas garantiu que o ataque iraniano de mísseis e 'drones' "será objeto de uma resposta", em declarações durante uma visita à base aérea de Nevatim.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem mantido nas últimas horas reuniões com altos responsáveis para discutir uma possível resposta ao Irão.

Também hoje, o exército israelita divulgou um curto vídeo mostrando uma cratera pouco profunda que indicou ter sido causada pelo impacto de um projétil iraniano quando caiu sobre a base aérea de Nevatim.

O porta-voz do exército, Daniel Hagari, afirmou: "Faremos tudo o que for necessário para proteger o Estado de Israel, e faremos isso na ocasião e no momento que escolhermos".

Os líderes mundiais têm instado Israel a não retaliar depois de o Irão ter lançado na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.

A operação, batizada de "Escudo de Ferro", foi conduzida em coligação com forças internacionais, afirmou o governo de Israel.

Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, ocorrida a 01 de abril, na qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais, e seis cidadãos sírios.

A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre as forças de Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou hoje que o ataque do Irão contra Israel foi "um fracasso espetacular e embaraçoso".

"Vi informações de que os iranianos planeavam falhar, que esse fracasso espetacular e embaraçoso era deliberado. Também vi o Irão dizer que deu o alerta para ajudar Israel a preparar as suas defesas e limitar qualquer dano potencial. Tudo isso é categoricamente falso", declarou Kirby.

"Este ataque falhou porque Israel, os Estados Unidos e uma coligação de outros parceiros comprometidos com a segurança de Israel o fizeram falhar", afirmou.

"Sejamos claros: dada a magnitude deste ataque, a intenção do Irão era claramente causar destruição e vítimas significativas", acrescentou.

O ataque iraniano marcou a primeira vez que o Irão lançou um ataque militar direto contra Israel, apesar de décadas de hostilidades que remontam à Revolução Islâmica de 1979.

O ataque ocorreu menos de duas semanas após um suspeito ataque israelita na Síria que matou dois generais iranianos em um edifício consular iraniano.


Leia Também: Israel avisa palestinianos para não regressarem ao norte da Faixa de Gaza 

Guiné-Bissau: Governo guineense inicia recolha coerciva de sacos de plástico em 90 dias

© Lusa
Por Lusa   15/04/24

O Governo da Guiné-Bissau vai avançar dentro de três meses com a campanha de recolha coerciva de sacos plásticos, que são proibidos no país, disse hoje à Lusa a Inspetora-Geral do Ambiente, Isabel Sanha.
Governo guineense inicia recolha coerciva de sacos de plástico em 90 dias


Em 2013, o Governo guineense aprovou uma lei que proíbe a utilização, fabrico, importação, comercialização e distribuição de sacos plásticos, mas até hoje a medida não tem sido observada por comerciantes, que os importam, e a população, que os utiliza no seu dia-a-dia.

Neste momento decorre uma campanha de sensibilização nas rádios de Bissau, lançada pelo Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática, finda a qual, dentro de 90 dias, a Inspetora do Ambiente promete atuar para fazer cumprir a lei.

"É uma campanha para sensibilizar as pessoas, alertá-las quanto ao perigo de uso do saco plástico", observou Isabel Sanha, salientando que a Guiné-Bissau, embora não produza o plástico, "importa e usa muito" aquele produto.

A Inspetora-Geral do Ambiente admite que a lei contra o uso de sacos plásticos no país "nunca foi implementada com firmeza", o que espera alterar desta vez com a ajuda das autoridades e um reforço do controlo nas fronteiras terrestres.

Em 2014, o Governo até chegou a apreender e mandar guardar num armazém em Bissau toneladas de sacos plásticos importados, mas Isabel Sanha lamenta que a instabilidade governativa tenha feito esmorecer o processo de recolha.

A Inspetora-Geral do Ambiente não tem uma ideia da quantidade de sacos plásticos importados anualmente e a que atualmente existe no país, apenas sabe que "há plástico por todo o lado".

"Há muito plástico (...) no chão, às vezes, basta fazer um vento pequeno e já vêm os plásticos a voar. Temos muito plástico, nas ruas, no chão, nas nossas casas, no mar", sublinhou.

A dirigente diz ter ficado chocada ao ver um filme recentemente exibido no seu Ministério que mostra que há barcos de pesca que evitam certas zonas dos rios do país por causa do excesso de "ilhas de plástico".

A Inspetora-Geral do Ambiente chamou também a atenção das pessoas que usam o plástico para, por exemplo, guardarem comida quente, sobre os riscos que isto comporta.


A União Europeia revogou a segunda camada de sanções de vistos contra os Gâmbianos, reduzindo a taxa de visto para 80 euros para deslocações para o espaço Schengen.

Esta decisão segue a cooperação melhorada da Gâmbia em readmissões, incluindo a organização de voos de volta e operações, levando a uma reversão do aumento das taxas de visto impostas em dezembro de 2022 devido à falta de cooperação anterior.
A alavanca de processamento de vistos da UE resultou no restabelecimento das taxas normais de visto e na facilitação das viagens para os cidadãos gâmbianos.

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 Fatunetwork.net

Portugal com maior número de sempre de queixas por discriminação e crimes de ódio

Por sicnoticias.pt  15/04/2024 

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) refere um aumento considerável de pedidos de ajuda via internet para situações de discriminação e incitamento ao ódio e à violência. A nacionalidade é o fator que leva a mais situações de discriminação, seguido da cor de pele.

Portugal registou o maior número de sempre de queixas por discriminação e crimes de ódio, sobretudo de cidadãos brasileiros.

O Ministério Público instaurou 262 inquéritos por crimes de ódio. A informação é avançada pelo Jornal de Notícias, que indica um aumento de 38% em comparação a 2019.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) refere um aumento considerável de pedidos de ajuda via internet para situações de discriminação e incitamento ao ódio e à violência.

A nacionalidade é o fator que leva a mais situações de discriminação, seguido da cor de pele. Os cidadãos brasileiros são os mais visados.

Em 2022, a APAV registou 13 contraordenações relacionadas com o acesso a bens e serviços.

A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género reportou, no ano passado, 70 casos.

A Polícia de Segurança Pública e a Guarda Nacional Republicana registaram 347 crimes de discriminação e incitamento ao ódio, mais 77 casos do que em 2022.

Sociedade - Secretário-geral da ACOBES responsabiliza Governo pela escassez de arroz no mercado nacional

Bissau, 15 Abril 24 (ANG) – O  secretário-geral da Associação dos Consumidores de Bens e Serviço (ACOBES)  responsabiliza o   Governo pela escassez  de arroz no mercado nacional, particularmente do tipo cem por cento partido (Nhélem).

ACOBES em conferência de imprensa @Radio TV Bantaba
Bambo Sanhá que falava, esta segunda-feira, em conferência de imprensa, diz que o Executivo não tem cumprido a sua responsabilidade no que diz respeito a subvenção dos importadores.
Segundo Sanhá, os importadores alegam que ficam prejudicados caso vendessem o Nhelen a 17.500fcfa, sem subvenção do Governo e  advertiu que a escassez de arroz no mercado está a beneficiar os que têm este produto em mau estado de conservação e prejudicial para o consumo humano por lhes permitir  ganhar espaço para vendê-los por causa da fome   por que passa a população.

Diz existir em Bissau 30 mil toneladas  de arroz armazenado , há dois meses, por  incumprimento de responsabilidades por parte do Governo quanto a necessidade de  subvenção dos  importadores.

Revelou que para além dos 30 mil toneladas estocados no armazém, outro importador havia trazido 20 mil toneladas de Nhélem que era vendido ao preço  de 17.500 francos CFA para o consumidor final, enquanto que o arroz grosso(PAM) era vendido a 15.000fcfa..

Sanhá defendeu  que  uma vez que foi aprovado o preço final ao consumidor, não deve haver negociações   em cada importação, se o governo estiver a  cumprir o acordado.

Apelou ao Executivo para manter o preço de arroz e farinha trigo,  enquanto  não consegue  baixar os preços de açúcar, óleo alimentar e outros.

O presidente da ACOBES  pediu ao Governo para que harmonize o preço de  medicamentos  porque, diz, há uma grande disparidade nos preços nas farmácias, em todo o território nacional. 

ANG/JD/ÂC//SG

Hezbollah confirma ataque a soldados israelitas que entravam no Líbano

© Reuters
Por Lusa   15/04/24 

 O movimento xiita libanês Hezbollah informou hoje ter ativado "dispositivos explosivos" quando soldados israelitas cruzaram a fronteira para o lado do Líbano, com Israel a reportar quatro soldados feridos.

Esta é a primeira vez que o Hezbollah - movimento pró-iraniano, que intensificou o clima de tensão e as trocas de tiros com Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há mais de seis meses - anuncia uma operação deste género.

Segundo um comunicado do grupo, os combatentes do Hezbollah "colocaram cargas na área de Tal Ismail", uma região perto da fronteira israelita, que diz terem explodido depois de os soldados israelitas cruzarem a zona fronteiriça.

Por seu lado, o Exército israelita anunciou que quatro dos seus soldados, que operavam numa zona da fronteira norte, ficaram feridos durante a noite, incluindo um que foi gravemente atingido na sequência de uma explosão de origem desconhecida.

Telavive não confirmou, porém, que os militares estivessem a cruzar a fronteira.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita Hamas, em 07 de outubro de 2023, tem havido trocas de tiros diárias entre o Exército israelita e o Hezbollah, que afirma apoiar o seu aliado palestiniano, que controla o enclave sitiado e bombardeado pelas forças israelitas.

O ataque hoje confirmado pelo Hezbollah ocorre após um aumento do clima de tensão neste fim de semana.

Na noite de sábado para domingo, o Irão lançou um ataque sem precedentes contra Israel utilizando 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) e mísseis, em resposta a um ataque à sua embaixada em Damasco, Síria.

Ao mesmo tempo, o Hezbollah anunciou que tinha disparado 'rockets' Katyusha contra posições militares israelitas localizadas nos Montes Golã (no sudoeste da Síria), que são controlados quase na totalidade por Israel.

Israel, por sua vez, realizou vários ataques em território libanês.



Leia Também: Israel bombardeia leste do Líbano  

Cánabis: Qualquer que seja o consumo de marijuana aumenta o risco de ataque cardíaco e AVC. Estudo alerta para "combinação potencialmente perigosa"

Por cnnportugal.iol.pt, 15/04/2024 Sandee LaMotte
Investigadores olham para o crescente aumento do consumo de canábis como algo preocupante e garantem: "O fumo da canábis não é muito diferente do fumo do tabaco, exceto no que diz respeito à droga psicoactiva: THC"
Fumar, vaporizar ou ingerir marijuana através de qualquer método está associado a um risco significativamente mais elevado de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, mesmo que a pessoa não tenha historial de problemas cardíacos ou não fume ou vaporize tabaco, segundo um novo estudo.

Embora os consumidores diários e não diários apresentem um risco acrescido de ataque cardíaco e AVC em comparação com os não consumidores, o risco de AVC aumentou 42% e o risco de ataque cardíaco aumentou 25% se a canábis fosse consumida diariamente, aponta o estudo. O risco aumenta à medida que aumenta o número de dias de consumo de marijuana.

"O fumo da canábis não é muito diferente do fumo do tabaco, exceto no que diz respeito à droga psicoactiva: THC (tetrahidrocanabinol) vs. nicotina", afirmou a autora principal do estudo, Abra Jeffers, analista de dados do Massachusetts General Hospital, em Boston, que investiga o tabaco e a cessação tabágica.

"O nosso estudo mostra que fumar canábis tem riscos cardiovasculares significativos, tal como fumar tabaco. Isto é particularmente importante porque o consumo de canábis está a aumentar e o consumo de tabaco convencional está a diminuir", afirmou Jeffers num comunicado.


As conclusões do estudo espelham outras investigações que concluíram que o consumo diário de marijuana está associado a um aumento das doenças coronárias, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais, afirmou Robert Page II, professor de farmácia clínica e medicina física na Escola de Farmácia e Ciências Farmacêuticas Skaggs da Universidade do Colorado em Aurora, Colorado.

O fumo da marijuana contém muitas das "mesmas toxinas, irritantes e carcinogéneos que o fumo do tabaco", segundo a American Lung Association. (juanma hache/Moment RF/Getty Images)

"As conclusões deste estudo têm implicações muito importantes para a saúde da população e devem ser um apelo à ação para todos os profissionais, uma vez que a investigação contribui para a crescente literatura de que o consumo de canábis e as doenças cardiovasculares podem ser uma combinação potencialmente perigosa", afirmou Page num comunicado.

Page, que não esteve envolvido neste estudo, presidiu ao grupo de redação voluntário de uma declaração científica de 2020 sobre o consumo medicinal e recreativo de marijuana e a saúde cardiovascular.

O perigo é real para jovens e idosos

O estudo, publicado na quarta-feira no Journal of the American Heart Association, analisou dados sobre 430.000 adultos recolhidos de 2016 a 2020 através do Behavioral Risk Fator Surveillance System, um inquérito telefónico nacional realizado todos os anos pelos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA.


A idade dos participantes no inquérito variava entre os 18 e os 74 anos, com uma média de 45 anos. Cerca de 90% dos adultos não consumiam marijuana, enquanto mais de 63% nunca tinham consumido tabaco. Entre os actuais consumidores de marijuana, perto de 74% referiram o consumo de tabaco como a forma mais comum de consumo; 4% eram consumidores diários, enquanto 7% consumiam menos do que diariamente. Cerca de 29% dos consumidores diários de marijuana e 44% dos consumidores não diários nunca consumiram cigarros de tabaco.

Os adultos mais jovens - definidos como homens com menos de 55 anos e mulheres com menos de 65 anos - que consumiam marijuana apresentavam um risco 36% mais elevado de doença coronária, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, independentemente de também consumirem produtos de tabaco tradicionais.

Doenças cardíacas e consumo de marijuana: uma ligação conhecida
Investigações anteriores já encontraram uma ligação entre as doenças cardíacas e o consumo de marijuana.

Um estudo realizado em fevereiro de 2023 concluiu que o consumo diário de marijuana pode aumentar em um terço o risco de uma pessoa sofrer de doença arterial coronária, em comparação com as pessoas que nunca consomem estes derivados da canábis. A doença arterial coronária é causada pela acumulação de placas nas paredes das artérias que fornecem sangue ao coração. Também designada por aterosclerose, a DAC é o tipo mais comum de doença cardíaca, de acordo com o CDC.

Dois estudos publicados em novembro revelaram que os adultos mais velhos que não fumam tabaco mas que consomem marijuana correm um risco mais elevado de ataque cardíaco e de acidente vascular cerebral quando hospitalizados, enquanto as pessoas que consomem marijuana diariamente têm 34% mais probabilidades de desenvolver insuficiência cardíaca.

O consumo de marijuana está a aumentar entre os adultos mais velhos. Outro estudo de 2020 revelou que o número de idosos americanos com mais de 65 anos que fumam marijuana ou consomem produtos comestíveis aumentou duas vezes entre 2015 e 2018.

A American Heart Association aconselha as pessoas a absterem-se de fumar ou vaporizar qualquer substância, incluindo produtos de canábis, devido aos potenciais danos para o coração, os pulmões e os vasos sanguíneos.

"A investigação mais recente sobre o consumo de canábis indica que fumar e inalar canábis aumenta as concentrações de carboxihemoglobina no sangue (monóxido de carbono, um gás venenoso), (e) alcatrão (matéria combustível parcialmente queimada) semelhante aos efeitos da inalação de um cigarro de tabaco, ambos associados a doenças do músculo cardíaco, dores no peito, distúrbios do ritmo cardíaco, ataques cardíacos e outras condições graves", disse Page à CNN numa entrevista anterior.

"É preciso tratar isto como se fosse qualquer outro fator de risco (de doença cardíaca e AVC) e compreender honestamente os riscos que se corre", disse.

Diabetes: Inimigo silencioso. Sinais nada óbvios a que deve prestar muita atenção... Muitos deles podem passar despercebidos.

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Por Notícias ao Minuto   15/04/24
Os casos de diabetes no mundo podem chegar a 1.300 milhões em 2050, mais do dobro face a 2021. Nesse ano, existiam 529 milhões de diabéticos. A diabetes tipo 2 representava 90% de toda a prevalência da doença. Os dados constam de numa série de estudos publicados, na segunda metade de 2023, pelo The Lancet e The Lancet Diabetes and Endocrinology, que alertavam para a necessidade de estratégias eficazes.

Em declarações ao Mirror, o farmacêutico Graham Phillips, responsável pela empresa ProLongevity, alerta para sinais de alerta críticos que podem indiciar um risco elevado de diabetes. "Se o perímetro da cintura for superior a metade da sua altura, pode estar em risco de diabetes", começou por apontar, advertindo que "quando os níveis de insulina são elevados, o corpo bloqueia efetivamente as reservas de gordura, dificultando o acesso a elas". "Isto pode levar a uma situação em que os indivíduos ganham cada vez mais peso e, simultaneamente, sentem mais fome", explica.

Condições como acantose, uma doença que se caracteriza por manchas escuras na pele, espessas e de textura aveludada, também podem ser sinais de alerta para problemas metabólicos subjacentes.

Com mais de três décadas de experiência, Graham Phillips destacou também sintomas de síndrome metabólica, incluindo pressão arterial alta, níveis elevados de açúcar no sangue, excesso de gordura corporal à volta da cintura e níveis alarmantes de colesterol. Esta condição não só aumenta o risco de diabetes, como também indica uma possível redução de 10 anos na esperança de vida.

Além disso, o farmacêutico referiu que ficar zangado quando se tem fome também pode ser um sinal de níveis de açúcar no sangue "em montanha russa". Este sinal é muitas vezes uma consequência de uma dieta desequilibrada que deixa os indivíduos com fome, cansados e irritadiços.

"Detetar estes sinais de alerta precocemente e atuar sobre eles agora pode fazer uma diferença significativa para travar a diabetes e aumentar a esperança de vida em geral", rematou.


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Israel/Irão: E agora? Como o ataque do Irão contra Israel deixou o mundo em alerta

© HOSSEIN BERIS/Middle East Images/AFP via Getty Images
Notícias ao Minuto  15/04/24

Ataque do Irão a Israel levou a uma série de condenações e reuniões de emergência. Países pedem agora contenção e temem uma escalada do conflito no Médio Oriente.

O Irão acabou por lançar, na noite de sábado e madrugada de domingo, um ataque contra Israel, como retaliação pelo bombardeamento ao consulado iraniano em Damasco, em 1 de abril, que matou sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios e que aumentou as tensões entre Teerão e Telavive, já marcadas nos últimos tempos pela ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

O mundo pede agora contenção, temendo uma escalada do conflito na região. Mas o que se passou e o que foi dito?

O ataque do Irão recorreu ao uso de mais de 300 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, com o apoio dos aliados, nomeadamente pelos Estados Unidos.

Ao início da manhã, o chefe das forças armadas iranianas disse que o ataque realizado "alcançou todos os seus objetivos", especificando que nenhum centro urbano ou económico foi alvo de 'drones' (aeronaves não tripuladas) e mísseis.

O general Mohammad Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram "o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias" para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco a 1 de abril, bem como "a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas 'F-35' que bombardearam as instalações diplomáticas do Irão na capital síria.

Por seu lado, o comandante em chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami, advertiu que Teerão contra-atacará de forma "mais severa que os bombardeamentos" de sábado à noite se Israel iniciar uma ofensiva contra interesses ou cidadãos iranianos em qualquer parte do país.

Israel, que vinha alertando há vários dias que a retaliação iraniana era iminente, deixou claro que planeia uma resposta ao ataque iraniano.

Apesar deste posicionamento, os Estados Unidos da América vieram dizer que não querem uma escalada nem uma "guerra alargada" no Médio Oriente, pela porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, ao mesmo tempo que um alto responsável norte-americano garantiu à AFP que o país não irá participar em qualquer ação de retaliação israelita contra o Irão.

Esta informação surgiu já depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisar os Estados Unidos de que Teerão atacará "inevitavelmente" as bases militares norte americanas no Médio Oriente se estas forem usadas para "defender e apoiar" Israel.

Condenação e reuniões de emergência

O ataque suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à "contenção" e levou a uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e de uma convocação do G7.

O Conselho de Segurança da ONU acabou por terminar sem consenso. Enquanto o Irão defendeu que "não teve outra escolha senão exercer o seu direito à autodefesa", Israel disse que o seu país tem o direito de retaliação, apesar dos apelos do secretário-geral e de todos os países para se desanuviar a escalada, e pediu sanções contra o Irão.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, havia dito que população do Médio Oriente enfrenta o perigo real de um "conflito devastador em grande escala" e tinha apelado à "máxima contenção", frisando que "é hora de recuar do abismo".

o líderes do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, "condenaram unanimemente o ataque sem precedentes do Irão a Israel", no final da reunião. "Todas as partes devem dar provas de contenção", disse Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.

Por sua vez, a presidente da Comissão Europeia, que também condenou o ataque, disse que a União Europeia (UE) vai discutir novas sanções contra o Irão para conter os programas de drones e mísseis deste país, após Teerão ter usado estas armas no ataque.

E a posição de Portugal?


Face ao sucedido, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, condenou o ataque, apelando à contenção nas hostilidades para "evitar uma escalada de violência".

Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros emitiu uma recomendação aos cidadãos nacionais, na sequência do agravamento da situação no Médio Oriente, a desaconselhar viagens para a região e pediu que se respeitem as instruções de segurança das autoridades locais.

Já o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas garantiu que "está tudo preparado se for preciso" retirar portugueses expatriados de Israel e revelou ainda que havia 47 a sair do Irão.

Presidente convoca Conselho Superior de Defesa Nacional

Face ao sucedido,  o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, para a próxima terça-feira, para discutir a situação no Médio Oriente.

Nos termos da Constituição, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico, presidido pelo Presidente da República, de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.

No mesmo dia, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da UE vão também reunir-se, de forma extraordinária e por videoconferência.

A reunião extraordinária foi convocada pelo Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, que anunciou que a reunião terá como objetivo "contribuir para a desescalada e a segurança na região". 



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Brasil. Polícia Federal investiga se barco com cadáveres vinha de África

© Ministério da Justiça e da Segurança Pública
Por Lusa  15/04/24

A Polícia Federal do Brasil está a investigar se o barco encontrado no estado do Pará, na Amazónia brasileira, com vários cadáveres em decomposição, partiu de um país africano, informaram hoje fontes oficiais.

Um grupo de peritos vai examinar a embarcação na segunda-feira e efetuar uma "análise preliminar dos corpos" para confirmar ou descartar a tese de que provém do continente africano, informou a Polícia Federal numa nota enviada à agência de notícias espanhola EFE.

Hoje, equipas das forças de segurança rebocaram para terra a pequena e precária jangada e os cadáveres que se encontravam no seu interior, para uma inspeção detalhada.

A embarcação foi encontrada no sábado na região do Salgado, no estado amazónico do Pará (norte), onde existem várias reservas protegidas e habitada principalmente por comunidades tradicionais que vivem da pesca, do artesanato e da captura de caranguejos.

Pouco depois de a tragédia ser conhecida, um comissário da polícia local disse ao jornal O Liberal que havia "cerca de 20 corpos em avançado estado de decomposição" no barco e afirmou que poderiam ser "refugiados do Haiti", país que atravessa uma grave crise política, social e económica.

No entanto, a Polícia Federal alargou o possível raio de origem da embarcação ao continente africano, onde conflitos armados em alguns países têm provocado um arriscado êxodo migratório em direção à Europa.

No sábado, uma equipa da Polícia Federal, incluindo um grupo de peritos do distrito federal de Brasília, iniciou a sua viagem para o local para "descobrir quem eram as pessoas que estavam no barco".

"O número, a nacionalidade e a causa da morte das vítimas ainda não são conhecidos", informou a polícia em comunicado.

A Polícia Federal brasileira informou que está a investigar o caso "em colaboração com diversos órgãos de segurança pública" do Pará, que também disse ao jornal O Liberal que as vítimas podem ter morrido como consequência de um naufrágio.



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Maputo: Excesso de elefantes no parque de Maputo leva a equacionar contraceção

© Lusa
Por Lusa  15/04/24
Os elefantes no Parque Nacional de Maputo, ainda há poucos anos em declínio, recuperaram totalmente, para uma estimativa de 500 animais, provocando conflitos com a população e que colocam em cima da mesa a introdução de contraceção.

"O excesso pode tornar-se um problema. Nós vamos fazer esta avaliação dos elefantes (...) e já se começa a ter um impacto grande na vegetação, o que vai ter consequentemente impacto nas diferentes populações, incluindo a do elefante", começou por explicar, em entrevista à Lusa, Miguel Gonçalves, o administrador do Parque Nacional de Maputo, a cerca de 70 quilómetros a sul da capital moçambicana.

Oficialmente, o censo da população realizada regularmente aponta para 400 elefantes naquele parque, mas a equipa técnica estima que sejam pouco mais de 500 na realidade, o que vai levar à revisão dos métodos de contagem e à definição, nos próximos meses, de um plano para a espécie no Parque Nacional de Maputo.

"Esta avaliação vai levar depois a que tenhamos um plano concreto para a gestão do elefante. Pode incluir coisas como, por exemplo, a contraceção, para reduzir a taxa de natalidade, para que o crescimento não seja tão grande como agora e a translocação, se possível, para outras áreas, entre outras medidas", explicou, apontando a conclusão da definição deste plano para um prazo de três meses.

"Conceito temos, queremos é ir buscar números mais concretos, mas já estamos no terreno para ver a possibilidade de contraceção. Mas queremos ter números concretos para saber exatamente que investimento é que temos que fazer, que financiamento é que temos que ir buscar, porque não são operações baratas e é preciso saber exatamente com o que é que estamos a lidar", assumiu.

A presença dos elefantes naquela área é histórica, o que motivou a criação de uma reserva de caça, em 1932. Antes, os elefantes daquela zona eram caçados por causa do marfim que, segundo a história, era depois enviado para a Europa, sobretudo a Inglaterra, a partir da Ilha dos Portugueses, ao largo de Maputo, e que se chegou a chamar, por isso mesmo, Ilha dos Elefantes.

"Em 1960, na altura acreditava-se que era uma subespécie de elefante, que era um elefante costeiro, e criou-se então a Reserva dos Elefantes de Maputo, que tinha o objetivo de proteção dos elefantes. Não só porque acreditava que poderia ser uma subespécie na altura, mas por causa do declínio que tinha sofrido a população de elefantes por causa da caça que houve", recordou Miguel Gonçalves.

Durante os 16 anos de guerra civil, após a independência de Moçambique, o declínio do número de elefantes naquela área foi tal que se estima terem chegado a "menos de uma centena".

"Mas a proteção que pusemos e o esforço de fiscalização, a população de elefantes cresceu naturalmente, ao ponto de que, em 2022/2023, translocámos mais de 40 elefantes. Estamos na posição de ter sucesso agora e poder doar para outras áreas de conservação", sublinhou.

"A contagem aérea não nos parece nesta altura que seja eficaz. Temos muita floresta e com o barulho dos helicópteros os elefantes acabam por esconder-se. Temos outro problema porque os números estão a aumentar e eles começam a sair do parque para as zonas de residência das comunidades, o que causa conflito. E por isso também porque não só estamos a ter excesso de elefantes, estamos a ter excesso de outras espécies", assumiu ainda.

Face a este crescimento, à comunidade local já foi concessionada uma área de quase 10.000 hectares, para "conservação comunitária ao longo dos limites" do parque, para que "possam ter benefícios destes excessos" de animais.

Ceder elefantes para outros parques ou áreas de conservação também está em cima da mesa, "sempre que solicitado".

"E estamos disponíveis até para ver, possivelmente, mais áreas de conservação aqui ao nosso redor, privadas ou comunitárias, idealmente comunitárias, para que esse excesso seja movido para lá. Consequentemente, é um ganho em termos de proteção", disse.



Leia Também: Elefante mata turista e fere cinco durante safári. Vídeo captou ataque

Tripulação do cargueiro com bandeira portuguesa capturado pelo Irão foi libertada

AP
SIC Notícias  15/04/2024

Em entrevista à RTP, o embaixador do Irão em Portugal garantiu que o cargueiro MSC Aries, propriedade de um empresário israelita, foi apreendido por "questões técnicas".
A tripulação do cargueiro com bandeira portuguesa, capturado pelo Irão, foi libertada, garantiu este domingo o embaixador iraniano em Portugal.

Em entrevista à RTP, Seyed Majid Tafreshi afirma que os 25 tripulantes não estão a ser controlados, nem interrogados.

O navio com bandeira portuguesa foi capturado no sábado, no estreito de Ormuz, entre o Irão e os Emirados Árabes Unidos, por forças especiais iranianas.

O cargueiro MSC Aries pertence a uma empresa que faz parte do grupo Grupo Zodiac, do bilionário israelita Eyal Ofer.

Na entrevista à RTP, o embaixador iraniano em Lisboa explicou que o cargueiro foi apreendido por "questões técnicas" e está nesta altura "em água iranianas".

   “Percebi que eles têm um sistema AIS - Sistema de Identificação Automática. Parece que estava desligado, houve uma queixa sobre isso, a tripulação está livre, não há qualquer apreensão, nenhuma detenção", sublinhou.

domingo, 14 de abril de 2024

Israel: Ministros untranacionalistas querem resposta forte contra o Irão

© Nir Keidar/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  14/04/24

Vários ministros israelitas apelaram hoje a uma resposta firme ao ataque iraniano de sábado à noite, que dois ministros da coligação governamental, radicais e ultranacionalistas, consideram ser uma oportunidade para "moldar o Médio Oriente", noticiou a EFE.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, declarou hoje, num discurso gravado na rede social X, que "os olhos de todo o Médio Oriente e de todo o mundo" estão a olhar para Israel e apelou a que se aproveitasse a ocasião para formular uma resposta que "ressoe em todo o Médio Oriente durante as gerações vindouras".

"Se o ignorarmos, Deus nos livre, colocar-nos-emos a nós próprios e aos nossos filhos numa ameaça existencial imediata", argumentou Smotrich, após o ataque iraniano de sábado com cerca de 300 drones e mísseis.

Simultaneamente, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, também ele anti-árabe e residente num colonato da Cisjordânia ocupada, afirmou que Israel tem de reagir para "criar dissuasão no Médio Oriente".

Ben Gvir afirmou que, desde o ataque do Hamas em 07 de outubro, que causou 1.200 mortos em solo israelita, o país está a exercer novas doutrinas de contenção e proporcionalidade, e alegou que a resposta de Israel não pode ser fraca.

O ministro da Cultura e dos Desportos, Miki Zohar, afirmou também que "uma resposta laxista" apenas serviria para dar continuidade ao "conceito obsoleto de lógica razoável face a terroristas brutais" e referiu que este conceito já "falhou" contra o Hamas antes de 07 de outubro, contra o Hezbollah, que "continua os seus ataques no norte de Israel", e avisou que "falhará contra o Irão, que "não hesitou em atacar diretamente Israel".

Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra israelita, líder do partido da oposição Unidade Nacional e principal adversário político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irão é "um problema global" e um desafio para Israel, e considerou que este é um bom momento para uma maior cooperação regional.

"Este incidente ainda não terminou: a aliança estratégica e o sistema de cooperação regional que construímos, que resistiram ao grande desafio (do Irão), devem ser reforçados agora mais do que nunca", sublinhou Gantz.

"Perante a ameaça do Irão, construiremos uma coligação regional e garantiremos que o Irão pague o preço da forma certa e no momento certo para nós", concluiu.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque contra Israel em resposta ao bombardeamento israelita do consulado iraniano em Damasco.

O Exército israelita garantiu que foi capaz de repelir a maior parte dos ataques lançados pelo Irão e observou que nenhum dos 'drones' lançados por este país atingiu o território israelita.

As Forças Armadas israelitas também afirmaram ter intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os mísseis balísticos, "mais de 120", que o Irão lançou contra Israel, em ataques que deixaram uma criança gravemente ferida em Israel e outras oito pessoas com ferimentos ligeiros.

Por seu lado, o Governo do Irão descreveu o ataque a Israel como um "sucesso" e, embora tenha anunciado que não tem intenção de continuar com a ofensiva, avisou que voltará a agir se necessário "para proteger os seus interesses".

Entretanto, os Estados Unidos da América não querem uma escalada nem uma "guerra alargada" no Médio Oriente, referiu o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, após o ataque do Irão contra Israel.



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Poço de Jacó você já ouviu falar desse lugar? Muito lindo porém muito perigoso também...

Israel diz que vai retaliar contra o Irão “quando for a hora certa”

Avião F-15 da força aérea israelita    
VOA Português  14/04/2024

EUA terão informado Israel que não participarão em qualquer retaliação israelita

JERUSALÈM — Israel reabriu o seu espaço aéreo que havia sido encerrado após o ataque iraniano com misseis e drones contra Israel.

Varias copmpanhias de aviação internacionais mantêm no entanto por enquanto a sua suspensão a vôs de para Israel e países vizinhos.

Israel disse que as suas defesas aéreas tiveram sucesso em defender o país contra os ataques do Irão e este país avisou que haverá mais ataques se Iraeli retaliar.

A principal força militar do Irão, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, emitiu um comunicado hoje afirmando que o ataque foi uma retaliação pelo que as autoridades iranianas dizem ter sido um ataque israelita que matou vários comandantes militares iranianos em na capital síria Damasco no dia 1 de Abril. Israel não confirmou nem negou a responsabilidade pelo ataque de 1 de Abril.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse no domingo que o Irão lançou mais de 300 drones e misseis contra Israel, incluindo lançamentos do Iémen e do Iraque, com 99% interceptados pelas defesas aéreas israelita fora do seus espaço aéreo.

Destroços do motor de um missil abatdio por Israel e feriu gravemente uma criança de sete anos de idade da comunidade beduína no sul de Israel

Os mísseis e drones foram interceptados pelas defesas israelitas com a participação de meios dos Estados Unidos, Grâ Bretanha e Jordânia

O Irão instou Israel a não retaliar pelos ataques.

“O assunto pode ser considerado concluído”, disse a missão do Irão nas Nações Unidas numa publicação na plataforma de redes sociais X.

“No entanto, se o regime israelita cometer outro erro, a resposta do Irão será consideravelmente mais severa”, afirmou a missão.

Os líderes dos principais países industrializados do G7 realizarão uma videoconferência hoje para discutir os ataques do Irão a Israel.

A sessão foi convocada pela Itália, que detém a presidência rotativa do grupo, cujos membros também incluem Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Canadá.

Antes de uma reunião do gabinete de guerra de Israel, o ministro da defesa Benny Gantz alertou que Israel retaliará "quando chegar a hora certa".

"Construiremos uma coligação regional e cobraremos o preço ao Irão da forma e no momento certo para nós", disse Gantz num comunicado.

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse no programa Meet the Press da NBC que repelir o ataque em massa de drones foi uma "conquista militar incrível" de Israel e seus parceiros e mostrou como Israel não está isolado no cenário mundial.

"Agora, se e como os israelitas responderão, isso dependerá deles. Nós entendemos isso e respeitamos isso. Mas o presidente tem sido muito claro: não buscamos uma guerra com o Irão", disse Kirby.

O presidente Joe Biden disse ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos não participariam de nenhuma contra-ofensiva israelita contra o Irão, de acordo com relatos de domingo da cadeia de televisão CNN e do diário Wall Street Journal.

Falando com Netanyahu na noite de sábado, Biden sugeriu que mais respostas eram desnecessárias, e altos funcionários dos EUA disseram aos seus homólogos que os Estados Unidos não participariam de uma resposta ofensiva contra o Irão.

John Kirby, o principal porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, disse no domingo ao programa "This Week" da ABC que os Estados Unidos continuarão a ajudar Israel a se defender, mas não querem a guerra com o Irãp.

“Não buscamos o aumento das tensões na região. Não buscamos um conflito mais amplo”, disse Kirby.

O Conselho de Segurança da ONU deerá reunir ainda hoje a pedido de Israel.

 

 Leia Também: O presidente do Irão afirmou hoje que o ataque lançado no sábado contra Israel foi "uma lição contra o inimigo sionista", avisando Telavive que qualquer "nova aventura" irá contar com uma resposta "ainda mais dura" de Teerão. 

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Médio Oriente: Irão avisa que atacará bases dos EUA usadas para "apoiar" Israel

© Fatemeh Bahrami/Anadolu via Getty Images
Por Lusa  14/04/24  

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos de que Teerão atacará "inevitavelmente" as bases militares norte americanas no Médio Oriente se estas forem usadas para "defender e apoiar" Israel, avança a Efe.

Segundo aquela agência de notícias espanhola, que cita a congénere iraniana, a agência ISNA, Hosein Amir Abdolahian alertou que "se o espaço aéreo ou o território dos países referidos forem utilizados pelos EUA para defender e apoiar o regime de Telavive, a base americana nesse país será inevitavelmente atacada".

O chefe da diplomacia do Irão deu por concluída a resposta de Teerão ao ataque contra o consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, que o governo do seu país atribuiu a Israel, e que matou seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo dois generais.

Hosein Amir Abdolahjan referiu também que os países da região foram informados da operação 72 horas antes do seu início: "Informámos os nossos vizinhos e os países da região de que a resposta da República Islâmica do Irão no quadro da legítima defesa é certa", disse Abdolahian.

O objetivo da ofensiva, lançada na noite de sábado, foi, segundo Abdolajhan, "apenas e só para o regime israelita".

"O facto de nos limitarmos à legítima defesa e ao castigo do regime sionista significa que não definimos qualquer alvo civil na nossa resposta e que as nossas forças não visaram um local económico e populacional", afirmou.

O ministro salientou que, desde o início da guerra em Gaza, a 07 de outubro, o Irão sempre se opôs ao aumento da tensão na região, segundo a Efe.

Na noite de sábado, o Irão atacou Israel com cerca de 300 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, como resposta ao bombardeamento do consulado iraniano na Síria, atribuído a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

O ataque sem precedentes do Irão a Israel, que provocou ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito, suscitou fortes condenações em todo o mundo e apelos à contenção.



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