terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Vai visitar o país vizinho? Este é o aeroporto que mais malas perde... Aeroporto de Lisboa ocupa o terceiro lugar de reclamações.

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Notícias ao Minuto   06/02/24 

Quando embarcamos num voo e enviamos as malas para o porão, há uma preocupação que nos acompanha durante todo o percurso: será que as bagagens vão chegar ao destino?

Não são poucos os relatos de quem fica sem malas quando vai de viagem, ficando temporariamente sem os seus bens e pertences.

Assim, é bom que esteja ciente de onde há mais riscos de isso acontecer, porque se sofrer muito com isso, convém estar preparado para o perigo.

Assim, segundo a empresa Reclamio, especializada na gestão de reclamações de passageiros aéreos, o aeroporto que mais queixas recebe é o Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas.

O aeroporto da cidade madrilena é líder de queixas não só em Espanha, bem como em toda a Europa. Ao todo, 26,5% das reclamações apresentadas na Europa em 2023 foram naquele aeroporto.

O segundo na lista fica igualmente em território espanhol. Com 13,2% das reclamações encontra-se o aeroporto de Barcelona El Prat e, no fim do Top 3, contam as infraestruturas da capital portuguesa. O aeroporto Humberto Delgado recebeu 5,8% das reclamações.

Segue-se o aeroporto de Orly Paris, em França, e o de Palma de Maiorca, em Espanha.


Passageiro vindo da Guiné Bissau traz mais de 32kg de droga em bagagens... A cocaína estava "dissimulada no interior de duas malas de porão".

© Autoridade Tributária e Aduaneira

Notícias ao Minuto   

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) informou que apreendeu 32,8 quilos de cocaína, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Em comunicado, divulgado esta segunda-feira nas redes sociais, a AT adiantou que a apreensão ocorreu no "âmbito das suas competências de controlo da fronteira externa da União Europeia".

A cocaína estava "dissimulada no interior de duas malas de porão transportadas por um passageiro proveniente da Guiné Bissau" e foi detetada na sequência de uma "verificação física à bagagem".

O passageiro foi detido e o produto estupefaciente apreendido pela AT e entregue à Polícia Judiciária (PJ).

"Estas operações são efetuadas com base em métodos e técnicas de análise de risco desenvolvidas e implementadas pela AT, na luta contra a fraude, a evasão aduaneira e fiscal e os tráficos ilícitos", pode ler-se ainda na nota.


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Portugal: Autoridades de saúde detetaram 238 casos de mutilação genital feminina entre 2023 e 2024

Por cnnportugal.iol.pt,  06/02/2024

No total, desde 2014, as autoridades de saúde registaram 1.091 casos de MGF.

As autoridades de saúde detetaram 223 casos de mutilação genital feminina em 2023, o que representa um aumento de mais de 17% face ao ano anterior, havendo já registo de 15 situações nos primeiros 31 dias de 2024.

De acordo com dados da Direção-geral da Saúde (DGS), enviados à agência Lusa, por ocasião do Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, que se assinala esta terça-feira, entre 1 de janeiro e 01 de fevereiro foram registados 15 casos de mutilação genital feminina (MGF) na plataforma “Registo de Saúde Eletrónico”.

Já durante o ano de 2023 foram detetados 223 casos, o que significa um aumento de 17,3% face às 190 situações sinalizadas durante o ano de 2022, que já representavam também um crescimento no número de casos de 27,4% face ao período homólogo.

No total, desde 2014, as autoridades de saúde registaram 1.091 casos de MGF.

“A identificação ocorreu em diversos âmbitos: consultas de vigilância da gravidez, parto, puerpério, e em consultas e internamentos nos cuidados de saúde hospitalares e cuidados de saúde primários”, refere a DGS, relativamente aos casos identificados em 2023.

Acrescenta que nesse ano não foi detetado nenhum caso de MGF realizado em Portugal e que os casos identificados ocorreram na Eritreia, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Senegal, Serra Leoa e Somália, não especificando o número exato de casos por país.

Adianta que mais de metade (50,7%) dos casos detetados nos cuidados de saúde hospitalares e primários foram do tipo I (remoção total ou parcial do clítoris e/ou do prepúcio), totalizando 113 situações.

Houve também registo de 96 casos do Tipo II (43%), em que é removido total ou parcialmente o clítoris e os pequenos lábios, podendo ou não haver excisão dos grandes lábios, além de 10 situações sinalizadas como de tipo III (4,5%), em que é feito o estreitamento do orifício vaginal através da criação de uma membrana selante, com ou sem excisão do clítoris.

Foram igualmente detetados quatro casos do tipo IV (1,8%), que incluem todas as outras intervenções nefastas sobre os órgãos genitais femininos por razões que não são de natureza médica e que incluem situações como colocação de piercings, por exemplo.

Segundo a DGS, “o país com maior prevalência de casos de MGF de tipo III identificados foi a Guiné-Bissau, com cinco casos”.

Por outro lado, adianta que “a idade média da prática foi de seis anos (mediana de cinco anos) e a idade média de identificação foi de 29,4 anos”.

“Do total de registos, 76 incluem complicações do foro psicológico, 66 obstétricas, 60 incluem complicações de resposta sexual e 62 sequelas uroginecológicas”, diz a DGS, acrescentando que cada caso registado pode corresponder a mais do que uma complicação em simultâneo, e que em 108 dos 223 casos não foram detetadas quaisquer complicações.

Para a DGS, estes registos “mostram a importância de continuar a investir-se nesta área de atuação” e salienta que no âmbito da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não-Discriminação 2018-2030 (ENIND) “estão programadas medidas e atividades no que respeita as práticas tradicionais nefastas, nas quais se inclui a mutilação genital feminina”.

Acrescenta que, no âmbito da saúde, será alargado e consolidado o “Programa Práticas Saudáveis: Fim à MGF” e irá decorrer uma nova edição do curso de Pós-Graduação em MGF, destinado a profissionais de saúde.

Bebé desaparece após parto no hospital Nacional Simão Mendes em Bissau


 Radio TV Bantaba



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PERÍODO PERMIANO: Cientistas identificam o momento da maior extinção em massa da história

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POR LUSA   06/02/24 

Uma equipa de investigação liderada por cientistas chineses determinou com maior precisão o momento da extinção em massa que ocorreu há mais de 200 milhões de anos, no final do período Permiano.

Cientistas identificam o momento da maior extinção em massa da história

O estudo da equipa, cujas conclusões foram publicadas na revista Science Advances, revelou que diferentes ecossistemas responderam a ritmos distintos à degradação ambiental, ajudando a reconstruir com maior precisão o processo de extinção em massa.

"A extinção no final do período Permiano foi a maior da história geológica, eliminando mais de 80% das espécies marinhas e cerca de 90% das espécies terrestres", disse o especialista da Universidade de Nanjing Shen Shuzhong, diretor da investigação e citado hoje pelo jornal oficial China Daily.

Os cientistas acreditam que a extinção em massa ocorreu há cerca de 252 milhões de anos, mas "faltava uma investigação detalhada sobre o seu processo em diferentes regiões e ecossistemas", disse Shen.

Agora, após mais de dez anos de amostragem no terreno e de datação isotópica de alta precisão, investigadores da China e dos Estados Unidos determinaram pela primeira vez o momento específico da extinção em massa de organismos terrestres na região de baixa latitude no final do período Permiano.

Com base em amostragens e datações, a extinção em massa da vida terrestre nas baixas latitudes no final do período permiano começou há 251,88 milhões de anos, pelo menos 60.000 anos mais tarde do que a extinção em massa da vida marinha e pelo menos 430.000 anos mais tarde do que o desaparecimento em grande escala da vida terrestre nas altas latitudes.

Com recurso à base de dados paleontológica global, os investigadores analisaram também as alterações da biodiversidade em diferentes latitudes antes e depois da extinção em massa, o que os levou a concluir que a extinção em massa nas baixas latitudes ocorreu não só mais tarde, mas também a uma escala mais pequena. Isto poderá indicar que o ecossistema terrestre nas baixas latitudes era, nessa altura, mais resistente à pressão ambiental.

"Com base nos últimos resultados, podemos reconstituir com maior exatidão o processo de extinção em massa que ocorreu há mais de 200 milhões de anos", afirmou Shen.

A extinção foi parcialmente causada por erupções vulcânicas maciças que desencadearam uma mudança climática que eliminou a maioria das espécies da Terra, dando início à era dos dinossauros.



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NÃO HÁ PARTIDOS POLÍTICOS (ou interesses) HOMOGÉNEOS

Por Umaro Djau

Na Guiné-Bissau, ou em qualquer outra democracia, não há partidos homogéneos. Não há partidos sem diferendos ou contradições internas. Não há partidos em completa concordância. Não há... realisticamente.

Por exemplo, quem lê a referenciada pesquisa académica de Carlos Cardoso, “A Transição Democrática na Guiné-Bissau - um Parto Difícil” (1995), compreenderá que aquando do partido único, o suposto “partido de unidade nacional” (PAIGC) tinha três tendenciais político-ideológicas: conservadores, liberais e reformistas. Cada uma dessas facções tinha umas ideias próprias sobre a vida e a gestão interna desse partido, numa dinâmica hostil e competitiva que acabou “parindo” muitos outros partidos durante a adopção do multipartidarismo.

E quem analisa o PAIGC de 2024 também compreenderá que este partido, apesar da sua longa história, continua longe de ser uma formação política homogénea. Dentro dela existem, ainda hoje, muitas convulsões e divisões internas “naturais”. Os recentes episódios que saldaram na liderança do actual governo de iniciativa presidencial por parte de Rui Duarte de Barros – contra a vontade doutra parte (dir-se-ia) – sustentam a minha tese da inevitável existência de diferendos e/ou contradições internas dentre partidos políticos.

Quem também historicamente analisar o PRS, compreenderá que o distanciamento de Kumba Iala do seu partido em 2014 para apoiar um candidato independente (Nuno Gomes Nabiam) constituiu mais um outro nítido exemplo de diferendos e/ou contradições internas. Analisando a fragmentação das “lealdades” dentro do PRS nas últimas semanas, também compreenderemos a prevalência dos mesmos dilemas (a)típicos nas convivências democráticas.

Da mesma forma, o Movimento para a Alternância Democrática, também não é completamente imune às fragilidades acimas referenciadas, resultando em diferendos e/ou contradições internas. Elas existem e são internamente palpáveis -- infelizmente. Mas, os tais diferendos e/ou contradições resultam das liberdades do pensamento e de acção que a própria democracia interna proporciona e encoraja. É a parte do jogo normal da política e da democracia, diria. Aliás, a unanimidade é uma raridade na política, por mais ilusória ou desenvolvida que ela se aparente.

Qualquer que seja o contexto estrutural ou conjuntural e o partido em causa (PAIGC, PRS, MADEM, etc.), o mais importante é termos pessoas (militantes e líderes) com a suficiente preparação, responsabilidade e cultura democrática para continuar a gerir, eficazmente, todos os desafios (e interesses) inerentes à prática livre da democracia interna e popular.

O mais importante é termos pessoas (militantes e líderes) capazes de construir – democraticamente -- todas as pontes necessárias para uma discussão séria e recorrente entre diferentes sensibilidades, facções e interesses políticos. O objectivo deve ser sempre a construção contínua de largos consensos e entendimentos.

Mas, aí está: consensos e entendimentos (políticos) têm as suas elasticidades e são, quase sempre, temporais. E, como foram os casos do PAIGC e do PRS no passado, fissuras e mutações são também inevitáveis nas vidas políticas dos partidos. O MADEM G-15 certamente não será diferente.

Por isso, independentemente da sentença final, o nosso MADEM G-15 – e todo o guineense por extensão -- tem que se habituar à cultura de diálogos permanentes, genuínos, responsáveis, cívicos e patrióticos.

Devemos tentar aperfeiçoar a cultura social e política de saber discutir, de saber perder, de saber ganhar e de saber seguir os nossos caminhos, preferencialmente, juntos, unidos e mais fortes. Quando naturalmente desavindos – tal como se aparenta -- devemos evitar, a todo o custo, a política da terra queimada. Há sempre um amanhã que esperamos ser mais tolerante e mais convergente.

As recentes aparições públicas e conjuntas de Fernando Dias (PRS) e Nuno Gomes Nabiam (APU) – e os seus respectivos acordos políticos -- demonstram que a convergência é sempre possível quando, mesmo nos momentos mais difíceis, constringimo-nos conscientemente a não trair o futuro que nos é comum.

Ciente da minha responsabilidade política e patriótica,

--Umaro Djau

Deputado da Nação/Grupo Parlamentar do MADEM G-15

6 de Fevereiro de 2024

Conselho presidencial do Iémen demite primeiro-ministro

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POR LUSA  06/02/24 

O conselho presidencial do Iémen, internacionalmente reconhecido, demitiu segunda-feira o primeiro-ministro, numa decisão inesperada que ocorre num momento em que uma coligação liderada pelos Estados Unidos tem atacado alvos dos rivais do Governo, os rebeldes Hutis, apoiados pelo Irão.

Um decreto deste conselho nomeou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ahmed Awad Bin Mubarak, como o novo primeiro-ministro do país.

Bin Mubarak, que é próximo da Arábia Saudita, substituiu Maeen Abdulmalik Saeed, que era primeiro-ministro do Iémen desde 2018.

O conselho não adiantou qualquer motivo para esta remodelação, noticiou a agência Associated Press (AP).

O Iémen está envolvido numa guerra civil desde 2014, quando os rebeldes apoiados pelo Irão, conhecidos como Hutis, invadiram a capital, Saná, e grande parte do norte.

Uma coligação liderada pela Arábia Saudita interveio meses depois e tem lutado contra os rebeldes desde 2015, para tentar devolver ao poder o Governo internacionalmente reconhecido.

A guerra devastou o Iémen, já o país árabe mais pobre, e criou um dos piores desastres humanitários do mundo. Mais de 150 mil pessoas, incluindo combatentes e civis, foram mortas.

Nos últimos meses, os Hutis envolveram-se em negociações com a Arábia Saudita, que tem procurado uma saída para a guerra estagnada.

Os dois lados disseram que alcançaram resultados positivos para restaurar um cessar-fogo expirado, sendo que as conversações entre rebeldes e sauditas fizeram parte de esforços mais amplos para encontrar uma solução política para o conflito.

Os esforços de paz têm sido dificultados desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em outubro.

Os Hutis atacaram rotas marítimas no mar Vermelho como parte do que dizem ser a sua resposta à campanha de Israel contra os militantes palestinianos, que são, tal como os Hutis, apoiados pelo Irão.

Os ataques Hutis levaram os EUA e o Reino Unido a lançar vários ataques contra áreas controladas pelos rebeldes no Iémen.



Leia Também: Os rebeldes Hutis do Iémen estimaram hoje em 300 o número de ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido contra áreas controladas por si e alertaram os dois países que "devem estar preparados para serem responsabilizados".


Leia Também: Um navio britânico ficou danificado num ataque de drone, esta noite, no mar Vermelho, ao largo do Iémen, disse uma empresa de segurança especializada em transportes marítimos.


Leia Também: Os Estados Unidos destruíram a maior parte dos alvos que atingiram na Síria e no Iraque na sexta-feira, em retaliação ao ataque sofrido pelas suas tropas na Jordânia, perto da fronteira síria, estimou hoje o Departamento de Defesa (Pentágono).

Senegal: Presidenciais adiadas para 15 de dezembro

Macky Sall anunicou no sábado (03.02) o adiamento das eleições de 25 de fevereiroFoto: RTS/Reuters

DW.COM  06/02/2024

O Parlamento senegalês decidiu adiar para 15 de dezembro as eleições presidenciais de 25 de fevereiro. O Presidente Macky Sall segue no poder, mas a oposição alerta para "situação catastrófica".

Os deputados senegaleses decidiram, na segunda-feira (05.02), adiar as eleições presidenciais deste mês para dezembro, uma medida sem precedentes que suscitou preocupação internacional num país normalmente visto como um farol de estabilidade na África Ocidental.

O projeto de lei foi aprovado quase por unanimidade, com 105 votos a favor e um contra, depois de os deputados da oposição terem sido retirados à força do hemiciclo.

A medida abre caminho para que o Presidente Macky Sall permaneça no cargo até à tomada de posse do seu sucessor, apesar da crescente preocupação com a erosão da democracia. 

"A situação é completamente catastrófica, a imagem do Senegal está arruinada e não creio que recuperemos desta falência democrática, deste tsunami no Estado de direito, tão cedo", disse o deputado da oposição Ayib Daffe após a votação.

Mais cedo, as forças de segurança utilizaram gás lacrimogéneo para dispersar pequenos grupos de manifestantes da oposição, que gritavam "Macky Sall ditador" em frente ao Parlamento.

Protestos violentos eclodiram nas ruas de Dacar após o anúncio do Presidente de adiar as eleiçõesFoto: Seyllou/AFP

Tensão social

O ambiente de tensão instalou-se no Senegal desde o último sábado, quando Sall anunciou um adiamento da votação de 25 de fevereiro, poucas horas antes do início oficial da campanha.

Violentos protestos abalaram a capital Dacar no domingo, e dois candidatos da oposição, incluindo a antiga primeira-ministra Aminata Touré, foram detidos e posteriormente libertados.

Na segunda-feira, o Governo suspendeu o acesso à Internet móvel, alegando a disseminação de "mensagens odiosas e subversivas" nas redes sociais.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou aos senegaleses para evitarem a violência e absterem-se de todas as ações "que possam pôr em causa o processo democrático e a estabilidade", a propósito dos tumultos dos últimos dias. 

Polícia foi acionada para conter protestos perto do Parlamento esta segunda-feira (05.02)Foto: JOHN WESSELS/AFP

"Plano presidencial"

Adotada um dia antes por uma comissão preparatória, a proposta de adiamento das eleições foi apoiada por deputados do partido de Sall, que não tem conseguido unir-se totalmente em torno do sucessor preferido do Presidente.

Moussa Diakhate, presidente do comité legislativo pró-governamental, afirmou que "o Presidente Macky Sall disse que cumpriria dois mandatos e manteve a sua palavra".

Mas a oposição suspeita que o adiamento faz parte de um "plano presidencial” para evitar a derrota, ou mesmo para prolongar o mandato de Sall, apesar de este ter dito que não se candidataria à reeleição.

Sall designou o primeiro-ministro Amadou Ba como seu sucessor. No entanto, com o partido no poder dividido quanto à sua candidatura, Sall enfrenta uma possível derrota nas urnas.

No sábado, Macky Sall disse que tinha adiado a votação devido a um diferendo entre a Assembleia Nacional e o Conselho Constitucional sobre a rejeição de candidatos.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Pelo menos 80 civis executados no leste da República Democrática do Congo

© Reuters

POR LUSA   05/02/24 

Pelo menos 80 civis foram mortos a tiro ou à catanada em 23 ataques atribuídos às rebeldes Forças Democráticas Aliadas, durante o mês de janeiro no território de Beni, no Kivu do Norte, segundo fontes militares democrático-congolesas.

A maioria das vítimas foi morta na estrada que liga Mbau a Kamango, perto de Mamove, de acordo com o portal de notícias democrático-congolês Actualite.

"O que é preocupante é o facto de as Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês) se deslocarem livremente de aldeia em aldeia, matando pessoas inocentes, apesar dos avisos da população às forças de segurança", disse um porta-voz da sociedade civil na região, Espoir Lutswamba.

Para pressionar as autoridades a assumirem responsabilidades e a adoção de medidas e ainda em homenagem às vítimas, as organizações civis apelaram a um dia de luto e à cessação das atividades educativas e socioeconómicas.

Entretanto, um grupo de mulheres de chefes e dirigentes do Kivu Norte, denominado Sauti la Mama Mukongomani (A Voz das Mães de Kongomani), publicou um manifesto em que apela ao Presidente do país, Felix Tshisekedi, para que tome medidas urgentes para proteger a população civil.

As mulheres pedem ao Presidente uma "solução urgente" para a guerra com outra organização rebelde, o Movimento 23 de março (M23), e a recuperação de todos os territórios controlados por este grupo armado.

As mulheres denunciaram igualmente os bombardeamentos de zonas civis, que provocaram a deslocação forçada de pessoas e o recurso à violência sexual, e apelam a uma maior participação das mulheres nos processos de decisão.

O M23 é um grupo rebelde constituído maioritariamente por tutsis democrático-congoleses e que atua sobretudo na província de Kivu do Norte.

Após um conflito entre 2012 e 2013, a República Democrática do Congo e o grupo assinaram um acordo de paz em dezembro.

Durante os combates, o exército da RDCongo foi apoiado por tropas da ONU.

O grupo lançou uma nova ofensiva em outubro de 2022, que se intensificou em novembro, provocando uma crise diplomática entre a RDCongo e o Ruanda sobre o papel de Kigali no conflito e causando preocupação na região sobre a possibilidade de um conflito entre os dois países.



Leia Também: RDCongo regista mais de 700 mortes por cólera desde o início de 2023

FINANÇAS: Estudo sugere que é possível viver satisfeito com pouco dinheiro

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POR LUSA   05/02/24 

Um estudo internacional concluiu que muitos povos indígenas e comunidades locais em todo o mundo levam vidas muito satisfatórias apesar de terem pouco dinheiro, questionando a correlação entre o nível de rendimento e a felicidade.

O estudo - realizado por investigadores do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Autónoma de Barcelona (ICTA-UAB), em Espanha, em colaboração com a Universidade McGill, no Canadá - envolveu 2.966 pessoas de comunidades indígenas e locais em 19 lugares em todo o mundo em que "apenas 64% dos agregados familiares inquiridos tinham algum rendimento em dinheiro".

Num comunicado divulgado hoje, a UAB indica que os resultados mostram que, "surpreendentemente, muitas populações com rendimentos monetários muito baixos referem níveis médios muito altos de satisfação com a vida, com pontuações semelhantes às dos países ricos", diz Eric Galbraith, o principal autor do estudo, investigador do ICTA-UAB e da Universidade McGill, citado no comunicado.

Nas últimas décadas, inquéritos a nível mundial têm mostrado que as pessoas nos países mais ricos tendem a mencionar níveis mais elevados de satisfação com a vida do que aqueles em países mais pobres.

Segundo Eric Galbraith, "esta correlação pode sugerir que apenas nas sociedades ricas as pessoas podem ser felizes", o que explica que o crescimento económico seja "frequentemente 'receitado' como uma forma segura de aumentar o bem-estar das pessoas dos países de baixo rendimento", no entanto a maioria das sondagens globais, como o Relatório Mundial da Felicidade, apesar de contar com milhares de respostas dos cidadãos das sociedades industrializadas, tende a ignorar as pessoas das sociedades de pequena escala, à margem, "onde a troca de dinheiro desempenha um papel mínimo na vida quotidiana e a subsistência depende diretamente da natureza".

Os investigadores, cujo trabalho foi publicado na revista científica norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), obtiveram uma pontuação média de satisfação com a vida nas comunidades estudadas de 6,8 numa escala de 0 a 10. Algumas médias não ultrapassaram os 5,1, mas quatro das sociedades de pequena escala registaram "pontuações médias superiores a 8, típicas de ricos países escandinavos".

Salientando que muitas das referidas sociedades têm "histórias de marginalização e opressão", o comunicado adianta que os resultados do estudo "são conformes com a noção de que as sociedades humanas podem permitir vidas muito satisfatórias para os seus membros sem exigir necessariamente elevados níveis de riqueza material, medidos em termos monetários".

"A forte correlação frequentemente observada entre o rendimento e a satisfação com a vida não é universal e prova que a riqueza - tal como gerada pelas economias industrializadas - não é fundamentalmente necessária para que os humanos levem vidas felizes", afirma Victoria Reyes-Garcia, investigadora do ICREA (Instituto Catalão de Investigação e Estudos Avançado) ICTA-UAB e coautora do estudo.

As conclusões do estudo representam "boas notícias para a sustentabilidade e a felicidade humana", pois provam que "o crescimento económico baseado na utilização intensiva de recursos não é necessário para atingir níveis elevados de bem-estar subjetivo".

Por outro lado, os investigadores sublinham que não sabem porque que é que "as pessoas em muitas comunidades indígenas e locais relatam elevados níveis de satisfação com a vida".

Trabalhos anteriores sugeriam que entre os fatores importantes estão o apoio e as relações familiares e sociais, a espiritualidade e a união com a natureza, "mas é possível que os fatores importantes difiram significativamente entre as sociedades ou, inversamente, que um pequeno subconjunto de fatores seja dominante em todo o lado", admite Galbraith.

O investigador diz esperar que, "ao aprender mais sobre o que torna a vida satisfatória nestas diversas comunidades, se possa ajudar muitos outros a terem vidas mais felizes ao mesmo tempo que enfrentam a crise da sustentabilidade".


Pelo menos seis soldados mortos em ataque a base militar dos EUA na Síria... Não há registos de vítimas dos militares dos EUA, que têm cerca de 800 soldados na Síria para combater o Estado Islâmico.

© Reuters

Notícias ao Minuto   05/02/24 

Pelo menos seis militares liderados por curdos sírios morreram, esta segunda-feira, num ataque de drones à maior base militar dos Estados Unidos, na Síria.

As Forças Democráticas Sírias (SDF) revelaram que a sua base foi atingida nas primeiras horas de hoje e acusaram as milícias apoiadas pelo Irão de lançarem os drones a partir de uma área controlada pelas tropas da Síria.

De acordo com a BBC, não há registos de vítimas dos militares dos EUA, que têm cerca de 800 soldados na Síria para combater o Estado Islâmico.

Este foi o segundo incidente registado neste fim de semana desde que os EUA atacaram os grupos apoiados pelo Irão e pelo Iraque na Síria, em resposta a um ataque mortal de drones a uma base militar na Jordânia. 

Recorde-se que três militares norte-americanos foram mortos e "muitos" ficaram feridos, no dia 28 de janeiro, num ataque de drones na Jordânia. Estas foram as primeiras vítimas mortais dos Estados Unidos em meses de ataques contra forças norte-americanas em todo o Médio Oriente por milícias apoiadas pelo Irão.

O presidente norte-americano assegurou, na altura, que os Estados Unidos "responsabilizarão todos os responsáveis no momento e da maneira que for escolhida".


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PARLAMENTO EXIGE UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A DETENÇÃO DE 12 DIRIGENTES DO MADEM

 O DEMOCRATA  05/02/2024 

A Assembleia Nacional Popular exigiu uma investigação completa e justa sobre a detenção de 12 dirigentes do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), incluindo o deputado da nação, Bamba Banjai, pelas Forças de Segurança, que estavam no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, quando chegou a Bissau no sábado, o coordenador do MADEM-G15, Braima Camará, assegurando que a justiça seja feita e que os direitos constitucionais de todos os cidadãos sejam preservados. 

Em comunicado assinado pelo presidente da ANP, Domingos Simões Pereira, o Parlamento lembrou que a participação política e o exercício da liberdade de expressão não devem resultar em detenções arbitrárias.

Lê-se no documento que a detenção de mais de uma dezena de pessoas, entre as quais um deputado da nação, levanta questões significativas sobre o respeito aos princípios democráticos fundamentais, tendo instado as autoridades responsáveis a abandonarem em definitivo ações dessa natureza, pautando pela conduta que garantem o respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos. 

Por isso, a ANP expressou a sua “profunda preocupação” diante dos recentes acontecimentos envolvendo a proibição de um grupo de militantes do MADEM-G15 de receberem o seu líder, Braima Camará, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, sublinhando que o direito à liberdade de expressão e a capacidade de reunir-se pacificamente são pilares essenciais de qualquer democracia saudável e que estão consagrados na lei magna guineense e em vários outros instrumentos legais internos e tratados internacionais subscritos pelo Estado da Guiné-Bissau. 

Neste particular, o Parlamento disse que permanece firme no seu compromisso com a democracia, transparência e respeito pelos direitos humanos. 

“Estamos confiantes de que, com o apoio da sociedade civil, a verdade prevalecerá e que a democracia que tanto valorizamos será fortalecida apesar dos desafios. Continuaremos a trabalhar incansavelmente para garantir que o espírito democrático floresça no nosso país” concluiu.

Por: Tiago Seide




CHEFE DE ESTADO EM VISITA AS OBRAS DE CONSTRUÇÃO


 Junior Gagigo 

PRESIDENTE DA REPÚBLICA VISITA MINISTÉRIO DO INTERIOR

O Presidente da República realizou uma visita ao Ministério do Interior, onde abordou as dinâmicas em curso nas reformas das Forças de Defesa e Segurança. 

O chefe de Estado enfatizou o papel das forças de segurança na moralização da sociedade, destacando a necessidade de capacitação permanente dos agentes, e defendeu que o uso da força deve ser o último recurso das forças de segurança. Ao concluir a visita, o Presidente instruiu o Ministro do Interior a criar uma comissão encarregada de implementar as reformas necessárias nas forças de segurança, seguindo o exemplo das transformações em andamento nas Forças Armadas.
PR Umaro Sissoco Embaló visita ao Ministério do Interior @Radio Voz Do Povo


 Radio Voz Do Povo  / Presidência da República da Guiné-Bissau

Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro em Conferência de Imprensa para esclarecer os últimos acontecimentos no país.


 Radio Voz Do Povo

PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE PRESIDENTE DO BOAD

Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência, o presidente do Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD), Sr. Serge Ekwe. 

Na ocasião foi abordado a reestruturação da dívida pública do país e o papel do BOAD neste processo crucial para a estabilidade financeira da nação, assim como os novos projetos em perspectiva para a Guiné-Bissau, em parceria com o Banco Árabe para o Desenvolvimento Econômico de África.

 Presidência da República da Guiné-Bissau

Facebook fez 20 anos e Zuckerberg marcou data com fotografia especial... Parece que nem tudo mudou na vida do líder da Meta.

© Instagram / zuck

Notícias ao Minuto   05/02/24 

O Facebook celebrou no passado domingo, dia 4 de fevereiro, uma data muito especial. Acontece que foi há 20 anos - no dia 4 de fevereiro de 2004 - que a rede social foi criada por Mark Zuckerberg na companhia de outros quatro colegas da Universidade de Harvard, nomeadamente Eduardo Saverin, Andrew McCollum, Dustin Moskovitz e Chris Hughes.

O que começou como uma plataforma dedicada apenas aos estudantes da instituição de ensino norte-americana acabou por se tornar uma das plataformas e empresas tecnológicas mais poderosas do mundo. Depois do Facebook, Zuckerberg acabou por adquirir também o Instagram (em 2012) e o WhatsApp (em 2014) e fez crescer a empresa aos níveis que hoje conhecemos.

Apesar disso, Zuckerberg não se dá satisfeito por ter algumas das plataformas digitais mais utilizadas em todo o mundo. O líder da gigante tecnológica tem os olhos postos no futuro e na criação do metaverso, uma ambição que até levou Zuckerberg a criar a Meta - uma empresa que abrange todas as plataformas e iniciativas da tecnológica.

Serve, no entanto, recordar que o Facebook não ficou livre de polémicas nos últimos 20 anos. O período mais conturbado foi até entre os anos 2016 e 2018, quando a desinformação e o escândalo da Cambridge Analytica colocaram o Facebook e Mark Zuckerberg no centro das atenções de governos de todo o mundo. Apesar disso, o Facebook não colocou em causa o futuro da empresa e a Meta continua a crescer a olhos vistos.

Foi para marcar esta data especial do Facebook que Mark Zuckerberg partilhou duas fotografias na respetiva página de Instagram. Uma delas mostra como tudo começou, enquanto a outra dá a ideia de que nem tudo mudou - mesmo que no processo tenha sido criada uma das maiores empresas do mundo.


INALDINO DJALO CÁ FOI VÍTIMA DE AGRESSÃO FÍSICA, NA NOITE DO DIA 4.02.24 NA CIDADE DE LONDRES.

Estes oito alimentos podem salvar-lhe a vida, segundo um médico... Inclua-os na sua alimentação diária. Um gastroenterologista defende que ajudam a diminuir o risco de cancro do intestino.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   05/02/24 

O confronto com a ameaça ou até mesmo um diagnóstico de cancro é assustador. Porém, o gastroenterologista Joseph Salhab afirmou, na rede social TikTok, a alimentação também tem responsabilidade na redução do risco desta doença.

Segundo o médico, existem oito alimentos vegetais repletos de fibras, antioxidantes e prebióticos podem diminuir as hipóteses de cancro do intestino. A saber:

1- Maçã

Salhab explica que frutas crocantes são um "prebiótico incrível" e também adicionam fibras à sua alimentação.

2- Arando

Repleto de "antioxidantes únicos", este pequeno alimento azedo pode ajudar a aumentar as suas bactérias intestinais benéficas.

3- Romã

Contém um potente antioxidante, conhecido como ácido elágico, que confere "propriedades anti-cancerígenas", de acordo com o gastroenterologista.

4- Framboesa

As bagas vermelhas desta fruta são não só fonte de fibras como também de vitamina C e poderosos compostos vegetais, elagitaninos e urolitinas.

5- Beterraba

É rica em antioxidantes com propriedades anticancerígenas, conhecidos como carotenóides.

6- Cereja

Conta com elevados níveis de compostos vegetais potentes, como as antocianinas e os polifenóis, que podem beneficiar o seu estômago.

7- Morango

Tem um alto teor de vitamina C e compostos vegetais como os fenóis.

8- Tomate

Ao comer tomate está a adicionar um antioxidante poderosíssimo à sua alimentação chamado licopeno.  


Leia Também: Falta de vitamina D. Médica aponta sinais invisíveis que não pode ignorar...   Níveis baixos de vitamina D no organismo podem provocar uma série de problemas de saúde.

Senado norte-americano chega a acordo para fundos para Ucrânia

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POR LUSA   05/02/24 

O senado norte-americano chegou no domingo a um acordo entre democratas e republicanos para desbloquear novos fundos para a Ucrânia, ao mesmo tempo que reforça a política de imigração dos EUA.

A aprovação do texto está no entanto longe de estar garantida, com um número crescente de republicanos na Câmara dos Representantes a opor-se ao envio de novos fundos para Kyiv para fazer face à invasão da Rússia.

O pacote, de 118 mil milhões de dólares, combina a política de reforço de fronteiras e a ajuda em tempo de guerra para a Ucrânia, Israel e outros aliados dos Estados Unidos.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já disse apoiar firmemente o acordo e apelou à sua rápida adoção.

O acordo pode ser a melhor oportunidade para o Presidente reabastecer a Ucrânia com ajuda em tempo de guerra, um importante objetivo da sua política externa

"Chegámos a um acordo bipartidário sobre segurança nacional que inclui as reformas mais duras e justas em matéria de imigração das últimas décadas. Apoio-o firmemente", afirmou este domingo Joe Biden em comunicado, instando o Congresso a "aprová-lo rapidamente".

O acordo deve ser "levado ao meu gabinete para que eu possa assiná-lo como lei imediatamente", acrescentou.



Leia Também: Um jornal oficial do Partido Comunista Chinês acusou hoje a NATO de querer transformar a guerra na Ucrânia num conflito à escala mundial, à medida que a organização aumenta o seu foco no país asiático.

SENEGAL: Autoridades senegalesas suspendem canal de TV por "incitar à violência"

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POR LUSA   04/02/24 

As autoridades senegalesas suspenderam hoje o sinal de um canal de televisão privado que alegadamente "incitava à violência" através das imagens dos protestos contra o adiamento das eleições presidenciais.

O Ministério das Comunicações, "de acordo com o Conselho Nacional de Regulação Audiovisual (CNRA), ordenou às emissoras da Walf TV que cortassem temporariamente o sinal por incitar à violência", disse à AFP o seu diretor de comunicação, Ousseynou Dieng.

O grupo Walf anunciou nas redes sociais que a sua licença tinha sido "definitivamente retirada pelo Estado".

O Presidente Macky Sall anunciou no sábado a revogação do decreto que convocava as eleições presidenciais para 25 de fevereiro.

Na sequência desta revogação, o processo eleitoral foi adiado por tempo indeterminado, face a uma polémica levantada em torno da lista final de candidatos.

Perante esta decisão, a oposição convocou protestos para hoje em Dacar, capital do país, e planeia manter a campanha eleitoral conforme projetado, ignorando a decisão de Macky Sall.

Durante a tarde houve alguns confrontos entre manifestantes e a polícia senegalesa. A ex-primeira-ministra e atual membro da oposição senegalesa Aminata Touré foi detida quando participava em Dacar numa manifestação.

O Presidente senegalês, que não se candidata a um novo mandato, garantiu que vai iniciar um "diálogo nacional aberto", de modo a reunir as condições para que as eleições decorram de forma livre, transparente e inclusiva.

A suspensão eleitoral é motivada por um "conflito aberto no contexto de um alegado caso de corrupção de juízes", referiu Sall numa declaração televisiva.



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