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Por LUSA 28/10/22
O Ministério da Defesa britânico considerou hoje que a Rússia assumiu uma "postura defensiva de longo prazo" na maioria das linhas da frente na Ucrânia, numa indicação da má preparação dos reservistas mobilizados.
Numa atualização da sua informação diária sobre a guerra na Ucrânia, os serviços de inteligência militar britânicos disseram que ocorreu uma "mudança clara das forças terrestres russas" para uma postura defensiva nas últimas seis semanas.
"Isto é provavelmente devido a uma avaliação mais realista de que a força severamente sem efetivos e mal treinada na Ucrânia atualmente é apenas capaz de operações defensivas", disse o ministério britânico na avaliação disponibilizada na rede social Twitter.
Face a reveses na Ucrânia, o Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou, em setembro, uma mobilização parcial de reservistas para reforçar as tropas com 300.000 efetivos.
Os peritos britânicos disseram que a Rússia terá aumentado algumas das suas unidades a oeste do rio Dnipro com esses reservistas mobilizados, devido a um "nível extremamente baixo de efetivos" no teatro de operações.
Em setembro, segundo a mesma fonte, oficiais russos tinham descrito as companhias do setor Kherson, no sul da Ucrânia, "como sendo constituídas por entre seis e oito homens cada", em vez dos cerca de 100 efetivos com que deviam ser destacadas.
Na opinião dos serviços de inteligência militar do Reino Unido, a conceção operacional das forças russas "permanecerá vulnerável", mesmo que Moscovo "consiga consolidar as linhas defensivas a longo prazo" na Ucrânia.
"Para recuperar a iniciativa, [a Rússia] terá de recriar forças móveis de maior qualidade, capazes de contrariar dinamicamente os avanços ucranianos e de realizar as suas próprias operações ofensivas de grande escala", acrescentou o Ministério da Defesa de Londres.
Depois de ter lançado uma ofensiva em quase toda a Ucrânia quando invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro deste ano, a Rússia enfrentou a resistência do exército ucraniano e começou a concentrar as suas forças no sul e no leste, onde anexou as regiões de Kherson, Zaporijia, Donetsk e Lugansk.
Após receber armamento dos aliados ocidentais, a Ucrânia lançou uma contraofensiva nas últimas semanas, que lhe permitiu reconquistar territórios controlados pela Rússia, incluindo em algumas das regiões anexadas.
Face ao avanço das tropas ucranianas, as autoridades pró-russas de Kherson anunciaram a criação de forças de defesa territorial para tentar defender a cidade, de onde retiraram milhares de civis.
Essa operação foi concluída nas últimas horas, segundo um dirigente da Crimeia, a península ucraniana próxima de Kherson que a Rússia anexou em 2014.
A Ucrânia descreve essas transferências de população como deportações.
A invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Nas últimas semanas, a Rússia tem bombardeado deliberadamente as infraestruturas de energia na Ucrânia, obrigando a cortes no fornecimento de eletricidade e fazendo recear um agravamento das condições de vida no país em guerra com a aproximação do inverno.
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Por LUSA 28/10/22
A retirada de civis da região de Kherson, ocupada pela Rússia, no sul da Ucrânia, e que enfrenta uma ofensiva militar ucraniana, foi concluída, disse uma autoridade pró-russo.
"O trabalho que organiza a saída dos habitantes da margem direita do (rio) Dnipro para regiões seguras na Rússia está concluído", declarou na noite de quinta-feira Sergei Aksionov, líder da Crimeia, península vizinha de Kherson.
A península da Crimeia foi anexada em 2014 por Moscovo.
A Ucrânia descreve essas transferências de população como "deportações".
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.374 civis mortos e 9.776 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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SIC Notícias 28/10/22
Espera-se que as grandes mudanças de pessoal sejam a primeira de muitas a realizar por Musk
Elon Musk tomou o controlo do Twitter e afastou o diretor executivo, o diretor financeiro e o conselho geral da empresa, disseram à agência de notícias Associated Press duas fontes familiarizadas com o negócio.
O afastamento acontece a poucas horas do prazo estabelecido por um juiz para que fosse finalizado o acordo na sexta-feira [hoje em Lisboa].
Espera-se que as grandes mudanças de pessoal sejam a primeira de muitas a realizar por Musk, que prometeu aumentar a base de utilizadores e as receitas da rede social.
No início do dia, Musk tentou acalmar os anunciantes do Twitter, dizendo que está a comprar a plataforma para ajudar a humanidade e não quer que esta se torne uma "paisagem infernal livre para todos".
“É importante para o futuro da civilização ter uma praça comum da cidade digital”
A mensagem parecia destinar-se a abordar as preocupações dos anunciantes - a principal fonte de receitas do Twitter - de que os planos de Musk para promover a liberdade de expressão, através da redução da moderação de conteúdo, vão abrir a porta a mais toxicidade 'online' e afastar utilizadores.
"A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça comum da cidade digital, onde uma vasta gama de crenças pode ser debatida de forma saudável, sem recorrer à violência", escreveu Musk, numa rara mensagem longa.
E concluiu: "Existe atualmente um grande perigo de os meios de comunicação social se dividirem em câmaras de eco de extrema direita e de extrema esquerda que geram mais ódio e dividem a sociedade".
O prazo de sexta-feira para fechar o negócio foi ordenado pelo tribunal no início de outubro. É o último passo de uma batalha que começou em abril com Musk a assinar um acordo para adquirir o Twitter, seguindo-se um recuo, levando o Twitter a processar o empresário.
Esta quarta-feira, Elon Musk entrou na sede daquela rede social em São Francisco, nos Estados Unidos, com uma pia.
Numa publicação no Twitter, o filantropo, que tem três nacionalidades diferentes (sul-africano, canadiano e norte-americano), escreveu: "Entering Twitter HQ - let that sink in!", que em português traduz-se para algo como "A entrar na sede do Twitter - reflitam".
O empresário também mudou o seu perfil no Twitter, referindo-se como "Chief Twit", sendo que em inglês "twit" significa "idiota", e mudou a sua localização para a sede da rede social em São Francisco, dando indícios da conclusão do negócio.
Segundo o Wall Street Journal, os bancos participantes no financiamento da operação começaram a enviar o dinheiro.
Além disso, a Bolsa de Valores de Nova Iorque, onde o Twitter está listado, avisou que as ações da plataforma foram suspensas antes da abertura das negociações na sexta-feira.
Imprensa: O PRESIDENTE DA REDE NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES JUVENIS DA GUINÉ-BISSAU (RENAJ-GB) EXONEROU O DIRETOR E O ADMINISTRADOR DAQUELA ESTAÇÃO EMISSORA.
No Despacho publicado pelo “Ex-administrador” Olívio Mendonça, assinado pelo Presidente da RENAJ Abulai Djaura com a data de 27 de Outubro, e que a Rádio TV Bantaba teve aceso, a Direção da Rede Nacional das Associações Juvenis da Guiné-Bissau justificou as exonerações “Com o intuito de imprimir maior dinâmica na execução das políticas associativas em prol da Rádio Jovem, tendo em conta as reformas em curso na RENAJ”.
A Direção da RENAJ exonerou no entanto, “ o Administrador da Rádio Jovem, Olivio Mendonça e o Diretor da mesma Lasaana Fati”.
“Fica ao cargo do Presidente do Conselho da Admnistração, a gestão corrente dos assuntos admnistrativos da Rádio até a entrada em função dos novos titulares. 4. O presente despacho entra em vigor a partir da data da sua publicação”, lê-se no despacho.
E em consequência dessas exonerações, nomeia em troca o Sandji Fati para ocupar o cargo do ministro do Interior e da Ordem Pública e o Senhor Botché CANDÉ passa a desempenhar as funções do ministro da Agricultura.
Ainda o chefe de Estado extinguiu a Secretaria de Estado em questão.
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Por LUSA 27/10/22
A Human Rights Watch (HRW) alertou hoje para o massacre de centenas de aldeões, desde o início do ano, no nordeste do Mali, por grupos armados afiliados ao Estado Islâmico e condenou a ineficácia das autoridades.
Dezenas de milhares de civis foram forçados a fugir para outras regiões do Mali ou para o vizinho Níger depois de perderem o seu gado e todos os seus bens em ataques sistemáticos desde março nas regiões de Menaka e Gao, disse a organização de direitos humanos num relatório hoje divulgado.
A HRW sublinhou que os rebeldes atingiram sobretudo os daoussahak, uma tribo tuaregue, e referiu que grandes áreas do território ficaram sob o controlo de grupos afiliados ao Estado Islâmico no Grande Saara (EIGS, na sigla em inglês).
Os terroristas "realizaram ataques aterradores e aparentemente coordenados contra aldeias, massacrando civis, pilhando casas e destruindo propriedades", disse a HRW.
"O Governo do Mali deveria fazer mais para proteger os aldeões que estão particularmente em risco de ataque, e prestar-lhes uma maior assistência", disse Jehanne Henry, oficial da HRW, numa declaração.
Estas palavras contradizem as dos militares que tomaram o poder pela força em 2020, neste país abalado pela violência e pela propagação do terrorismo desde 2012.
As autoridades do Mali afastaram-se do aliado francês e dos seus parceiros durante o ano passado e voltaram-se para a Rússia, que alega ter invertido a tendência de insegurança e derrotado os grupos terroristas.
Na quarta-feira, a subsecretária de Estado norte-americana Victoria Nuland, de regresso do Sahel, disse que a segurança se tinha deteriorado consideravelmente no Mali desde que a junta chamou, segundo os Estados Unidos da América (EUA) e os seus aliados, mercenários da companhia russa Wagner.
A HRW detalhou, com depoimentos de apoio, ataques em 13 localidades, que seguiram uma conduta semelhante. Em Inkalafane (região de Menaka), em 28 de março, "um grande grupo de homens armados chegou num veículo armado e em motocicletas" e acabou por matar 35 civis, disse um pastor de 55 anos.
A situação de segurança deteriorou-se significativamente durante os últimos oito meses nas regiões de Menaka e Gao, na sequência de uma ofensiva do EIGS para além do que era então a sua zona de ação e influência.
Os rebeldes invadiram pela primeira vez a vasta região desértica de Menaka em março e abril. O EIGS dirigiu, então, a sua força para oeste, a região do Gao. Ali, foram relatados ataques em torno da capital regional, e, pela primeira vez, uma grande cidade, Talataye, foi invadida e temporariamente controlada pelos EIGS em setembro.
A organização não-governamental (ONG) afirma que este surto de violência coincide com a retirada do Mali da força anti-terrorista francesa Barkhane, inicialmente impulsionada pela junta.
A identificação de números precisos de baixas para estas agressões é extremamente difícil na ausência de uma comunicação fiável de territórios que estão em grande parte inacessíveis.
A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Mali (Minusma) deve "intensificar as suas patrulhas, voos de dissuasão e interações com as comunidades afetadas", disse a ONG. No entanto, a missão queixa-se de que as suas operações são dificultadas pelas autoridades do Mali.
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Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15
Braima Camará, coordenador nacional do MADEM-G15, foi escolhido como padrinho deste ato, que simboliza o fim de um ciclo para os estudantes e, o início de novos caminhos.
O padrinho, que aceitou pela primeira vez engajar-se em tamanha responsabilidade, parabenizou os finalistas, estimulando para os desafios que se avizinham, elevando os valores da vida como a idoneidade e o respeito, para que sejam sempre ladeados com a formação.
Como contribuição, o coordenador nacional do MADEM-G15, ofereceu aos finalistas com melhores notas, 20 bolsas de estudo para as Faculdades nacionais e 10 bolsas internacionais.
Antes de se despedir, o padrinho comprometeu-se também a seguir de perto a caminhada dos seus mais recentes afilhados.
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Por LUSA 27/10/22
O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que o país pretende evitar atrasos e incumprimentos na apresentação de relatórios de direitos humanos, tendo, para isso, criado uma comissão interministerial para o efeito.
"Precisamente para evitar qualquer situação de atraso, qualquer situação de incumprimento, temos um secretário-executivo dedicado a esta tarefa, os outros elementos vão partilhar o seu tempo porque estão afetos a outras tarefas, mas a ideia é colocar foco e fazer com que os relatórios sejam produzidos em tempo", afirmou o chefe do Governo à imprensa, na cidade da Praia, após a apresentação do grupo.
A comissão interministerial para elaboração dos relatórios nacionais de direitos humanos, criada pelo Governo, tem como secretário executivo o antigo autarca João Duarte, o único a tempo inteiro, e elementos de vários departamentos governamentais, nomeados por despacho do primeiro-ministro, e que acumulam outras funções.
São eles Vera Almeida (Ministério das Finanças, Fomento Empresarial), Carmen Barros (Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social), Celita Pereira (Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional), Rosângela Alfama (Ministério das Comunidades), Jorge Andrade (Ministério da Administração Interna), Melany Ramos (Ministério da Justiça), Wilson Moreno (Ministério da Educação) e Mário Cabral (Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas).
Tem como objetivo assegurar a elaboração de relatórios nacionais iniciais e periódicos, obrigatórios, decorrentes das Convenções Internacionais de Direitos Humanos e Protocolos adicionais de que Cabo Verde seja parte.
Ao longo dos últimos anos, são muitas as notícias a dar conta de atrasos por parte de Cabo Verde na apresentação dos relatórios dos direitos humanos, mas a partir de agora o primeiro-ministro lançou o desafio para serem elaborados "a tempo" e "com conteúdo".
"A produção de relatórios é um compromisso internacional, mas é um compromisso também com nós mesmos, com o Estado de Cabo Verde, no sentido também de dar visibilidade à questão dos direitos humanos, cada vez mais trabalharmos no sentido do respeito e da dignidade da pessoa humana", frisou.
Ulisses Correia e Silva disse que o Governo vai fazer o acompanhamento da comissão e prometeu dar todo o suporte para poder fazer um bom trabalho.
"O país assina e assinou protocolos, tratados, convenções, isso representa obrigações, compromissos e temos que estar à altura de dar as devidas respostas", comentou.
Desafiando os membros da comissão a porem o "máximo de foco" nesta matéria, o primeiro-ministro disse que a elaboração e apresentação dos relatórios de direitos humanos é algo de "primeira linha de importância" e em que o país "não pode falhar".
"É importante não deixarmos acumular e retardar relatórios, elaborá-los em tempo, com qualidade, fazer boa apresentação e teremos todos a ganhar com isto e Cabo Verde ganha", concluiu Correia e Silva.
A comissão tem como competência interagir e assegurar a ligação com os organismos internacionais e regionais de direitos humanos, promover e supervisionar a preparação e elaboração de todos os relatórios de direitos humanos, nos termos e no quadro das convenções e mecanismos internacionais e regionais sobre a matéria.
Bissau, 27 Out 22 (ANG) – O Secretário-geral da Confederação Nacional das Organizações de Imprensa (CNOI) disse que a sua organização vai trabalhar no sentido de haver mais capacitações de jornalistas, a fim de estarem à altura de desempenhar a profissão, em cumprimento das leis que gerem a profissão.
Mamadú Candé deu essa garantia, na quarta-feira, no encerrameto de mais uma sessão de capacitação de jornalistas subordinada ao tema: “Cobertura Eleitoral”, destinada aos 30 jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social públicos, privados e comunitários, que decorreu de 24 à 26/10, em Bissau, com apoio da Embaixada dos Estados Unidos de América na Guiné-Bissau, sedeada em Dakar, Senegal.
“Estamos a mobilizar meios e equipamentos para podermos cobrir as próximas eleições com todos os meios e qualidades necessários”,disse Candé.
Em nome da Embaixada dos Estados Unidos de América, Brock P. McCormack disse que a sua instituição tem muitos programas para fortalecimento de uma mídia independente e forte, em vários países, incluindo a Guiné-Bissau.
Revelou que a embaixada tem outros programas planificados para o próximo ano, e que uma das prioridades é ajudar a mídia e todos os seus jornalistas, através de intercâmbio entre os jornalistas americanos e guineenses.
Nesse quadro de capacitação da mídia, a embaixada americana ainda dispõe de um programa destinado a apoiar jornalistas que querem aprender a língua inglesa.
A formanda Laércia Insali, declarou que os conhecimentos adquiridos vão permitir-lhe exercer, em melhores condições, as suas funções durante o processo eleitoral.
Insali recomenda aos colegas o exercício da profissãao com isenção e imparcialidade e dignidade, em obediência aos rigores da ética e deontologia profissional.
Nilson Mendonça, formando e jornalista da Radiodifusão nacional diz que a formação vai ajudar os participantes a estarem à altura de assegurar a cobertura das próximas eleições legislativas, sustentando que, como os políticos inovam suas formas de pensar, os jornalistas também devem inovar as suas formas de os abordar , em função das preocupações das populações.
Mendonça aconselha aos jornalistas a serem “quem coloca a água na fervura, ao invés de colocar a lenha na fogueira” porque têm missões de ajudar a acalmar os ânimos e passar informações de paz.
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Por LUSA 27/10/22
A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou hoje que, paradoxalmente, a invasão da Ucrânia pela Rússia pode ter um efeito positivo para o clima, que é uma potencial aceleração da transição energética devido ao aumento do investimento em energia sustentável.
No relatório anual de 2022 hoje divulgado, a AIE precisa que esta potencial aceleração decorre da previsão de que as emissões globais de gases com efeito de estufa relacionados com a energia atinjam um "ponto alto" já em 2025.
Oito dias antes da Conferência Mundial sobre o Clima da COP27 no Egito, a agência advertiu também no relatório para a "divisão" entre países ricos e pobres em termos de investimento em energia descarbonizada, apelando a um "grande esforço internacional" para "reduzir" este "fosso preocupante".
"A crise energética global desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia está a causar mudanças profundas e a longo prazo que têm o potencial de acelerar a transição para um sistema energético mais sustentável e seguro", disse a AIE no documento de apresentação do relatório.
Pela primeira vez, os três cenários estudados todos os anos pela agência sediada em Paris, uma filial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), identificam um pico no consumo de cada um dos combustíveis fósseis (carvão, gás, petróleo) que estão a sufocar o planeta e a provocar o aquecimento global.
No cenário central, que se baseia em compromissos governamentais já anunciados para investimentos climáticos ("Inflation Reduction Act" nos EUA, "Fit for 55" e "RePowerEu" na Europa, "Green Transformation" no Japão...), as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) relacionadas com a energia atingiriam um pico de 37.000 milhões de toneladas em 2025, caindo depois para 32.000 milhões de toneladas em 2050.
Mas, apesar destes esforços, as temperaturas médias subiriam cerca de 2,5 graus até 2100, o que está "longe de ser suficiente para evitar consequências climáticas severas".
A Agência sublinha mais uma vez a necessidade de investimento maciço em energia limpa, verde ou simplesmente descarbonizada, como a energia nuclear, e de aceleração em certas áreas como as baterias elétricas (para automóveis), fotovoltaicas, e eletrolisadores que irão produzir hidrogénio para descarbonizar a indústria em particular.
No cenário central, estes investimentos teriam de exceder 2.000 mil milhões de dólares até 2030, e teriam de subir para 4.000 mil milhões de dólares para satisfazer as condições do cenário com emissões líquidas zero em 2050.
"São necessários grandes esforços internacionais para colmatar o fosso preocupante no investimento em energia limpa entre economias avançadas e emergentes e em desenvolvimento", disse a AIE.
A Associação Juvenil para Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (AJPDH) criticou, hoje (26.10), na Conferência de Imprensa o governo liderado por Nuno Gomes Nabiam “pela insensibilidade “face a subida de preços de produtos da primeira necessidade no mercado nacional.
A ocasião serviu para a Organização Condenar o que considera de “insensibilidade do Governo sobre a sua incapacidade de atenuar a subida dos preços no mercado nacional”.
Segundo a AJPDH, “o Estado Guineense gozo e abuso das suas regalias constitucionais, deixando o povo a mercê, aprovando assim a mais longínquos pobreza e injustiça ao seu povo”.
“Ainda condena o caso de morte das Mulheres e Meninas no Parto e dos Recém nascidos, assassinatos e assaltos a mão armada que tem ocorrido nos últimos tempos no País”, lê-se na Comunicação de AJPDH, publicada nas redes sociais.
A AJPDH desafiou o Ministro de saúde pública “que se faça estancar urgentemente a situação caótica que se encontro o sistema da saúde pública”, exortando também, o Ministério de Interior “que assuma seriamente o seu papel de manter a segurança a todos os cidadãos”, convidando aos cidadãos “a denunciarem qualquer ato que viole os direitos humanos”.
Por LUSA 27/10/22
O secretário de Estado norte-americano alertou esta quarta-feira que a China rejeita o 'status quo' de longa data em Taiwan, reiterando a análise de Washington de que Pequim pretende acelerar o cronograma para a reunificação com a ilha.
As declarações de Antony Blinken surgem após Xi Jinping ter obtido um terceiro mandato de cinco anos após o Congresso do Partido Comunista (PCC), onde reforçou o seu estatuto de líder chinês mais influente desde Mao Tse-tung.
O reforço do estatuto de Xi Jinping levantou receios em Taiwan, de que a China redobrará seus esforços para alcançar a reunificação, alerta transmitido esta quarta-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Joseph Wu, ao Parlamento em Taipé.
Autoridades chinesas referiram esta quarta-feira que a China "está mais perto do que nunca" de alcançar a "reunificação total".
"Estamos mais perto do que nunca na nossa História e mais confiantes e capazes de que vamos alcançar o rejuvenescimento nacional e a reunificação completa da pátria", enfatizou o porta-voz do gabinete para os assuntos de Taiwan do Conselho de Estado chinês, Ma Xiaoguang, em Pequim, em resposta a perguntas sobre as palavras de Xi sobre Taiwan, na abertura do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC).
"As rodas da História estão a mover-se em direção à reunificação da China", disse Xi, que garantiu que a reunificação "vai ser concretizada".
Blinken lembrou que o 'status quo' - pelo qual os Estados Unidos reconhecem apenas uma China, mas fornecem armas à ilha para a sua defesa - tornou possível "garantir que não haja conflito entre os Estados Unidos e a China por causa de Taiwan".
Washington reconhece, desde 1979, Pequim como o único Governo chinês, com o entendimento de que Taiwan terá um futuro pacífico. Esta política é conhecida como "uma só China" e foi adotada pelo antigo Presidente Jimmy Carter.
Ao abrigo desta política, os Estados Unidos garantem apoio político e militar a Taiwan, mas não prometem explicitamente defender a ilha de um ataque da China
No entanto, o chefe da diplomacia norte-americana referiu à Bloomberg News que "o que mudou foi a decisão do Governo em Pequim de que o 'status quo' não é mais aceitável, que pretendem seguir em frente e acelerar o processo" de reunificação.
Antony Blinken enfatizou ainda que a China decidiu "tornar a vida difícil em Taiwan na esperança de que isso acelere a reunificação".
A China, segundo a qual Taiwan faz parte do seu território, comprometeu-se a controlar a ilha pela força, se necessário.
A pressão chinesa sobre Taiwan "deve preocupar não só os Estados Unidos, mas todos os países da região e do mundo", salientou Antony Blinken, citando, por exemplo, o crescente peso de Taiwan na produção de semicondutores.
"Se isso fosse interrompido por algum motivo, teria consequências profundas para a economia global", alertou.
Por EXPRESSO DAS ILHAS, 26 out 2022
Os ministros das Finanças dos Estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúnem-se na quinta-feira na Praia, na assembleia-geral do banco daquela comunidade, foi hoje anunciado.
De acordo com a informação prestada pelo vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, que é também ministro das Finanças e presidente do conselho de governadores do Banco de Investimento e Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC), trata-se da 10.ª assembleia-geral extraordinária, que permitirá abordar as actividades da instituição e “traçar acções estratégicas para os próximos tempos”.
O BIDC é uma instituição financeira regional de investimento e desenvolvimento com sede em Lomé, sendo detida pelos 15 Estados-membros da CEDEAO: Benim, Burquina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
A instituição financia projectos e programas de desenvolvimento nos sectores de infraestrutura e serviços básicos, desenvolvimento rural e ambiente, indústria e serviços sociais, através de empréstimos de longo, médio e curto prazo, participações societárias, linhas de crédito, refinanciamento, operações de engenharia financeira e serviços relacionados.
O presidente daquele banco anunciou em Maio último, de visita à Praia, que o BIDC pretende instalar em Cabo Verde um centro que permita à instituição continuar a funcionar em caso de desastres.
“Vamos embarcar todos os equipamentos para a Praia e em breve instalar este centro no país”, anunciou o presidente do conselho de administração do BIDC, George Agyekum Donkor, em conferência de imprensa na capital cabo-verdiana.
Sem avançar o volume do investimento previsto, o responsável adiantou que a instalação deste centro de recuperação de desastres em Cabo Verde, habitual em grandes instituições, visa permitir ao BIDC continuar a funcionar caso ocorra “algum evento” ou desastre.
“É um bom sinal, que Cabo Verde tem condições pela sua estabilidade, segurança, pelas competências e pelos investimentos em recursos humanos. Temos condições para o centro do serviço e um espaço de segurança tecnológica para todo o continente africano”, destacou Olavo Correia, na ocasião.
Na mesma conferência de imprensa, George Agyekum Donkor recordou que o BIDC tem actualmente 3.200 milhões de dólares de financiamentos atribuídos a vários sectores dos países da África Ocidental, sendo mais de 60% no sector privado, e que está disponível para apoiar projectos em várias áreas em Cabo Verde, através de linhas de financiamento aos bancos ou directamente às empresas, quando acima de 10 milhões de dólares.
Em Cabo Verde, o BIDC conta com cerca de 10 milhões de euros de projectos financiados, um montante que para Olavo Correia ainda é reduzido.
“Estamos a trabalhar para aumentar a carteira de investimentos do banco em Cabo Verde, não só para projectos públicos ou projectos em parceria público-privada, mas para projectos privados, que devem ser bem montados para apresentar ao banco para financiamento. E neste meu mandato, tudo farei para que o banco possa aumentar a sua carteira de investimentos em Cabo Verde, quer para o sector público, quer para o sector privado”, afirmou na ocasião o governante cabo-verdiano.
Ministério do Ensino superior e Investigação Científica
A sua Excelência Ministro do Ensino Superior e Investigação Cientifica do Governo da Guiné-Bissau, Professor Doutor Timóteo Saba Mbunde, na qualidade do Presidente do Conselho dos Ministros da CEDEAO da área, presidiu, na quinta-feira passada, o encerramento da primeira edição do Fórum Africano de Inovação e Pesquisa realizada em Abuja, Nigéria, sob a organização da CEDEAO e o Governo Federal da Nigéria.
O Gabinete de Comunicação e Relações Públicas
Buo Manuel