quarta-feira, 11 de maio de 2022
Ucranianos estão a receber treino da Alemanha para uso de armas avançadas
Notícias da Guiné-Bissau: Atualidade Nacional 10-5-22... RTP África Repórter África
ONDAGEM: Mais de metade de jovens mulheres nos EUA faria aborto mesmo sendo ilegal
© REUTERS/Rebecca Noble
Por LUSA 11/05/22
Mais da metade das mulheres norte-americanas dos 18 aos 29 anos afirmam que fariam um aborto se tivessem uma gravidez indesejada ou não planeada, mesmo que fosse ilegal, revela uma sondagem divulgada hoje.
A sondagem, da empresa de pesquisas Generation Lab para a plataforma de notícias Axios, segue-se a notícias divulgadas na semana passada de que a maioria dos juízes do Supremo Tribunal norte-americano pretende reverter uma decisão de 1973 (conhecida como Roe v. Wade), que permite o acesso ao aborto neste país. A divulgação desta intenção do Supremo Tribunal provocou protestos no país.
Segundo os dados divulgados hoje pela Axios, 56% dos entrevistados que se identificaram como sendo do sexo feminino nesta sondagem disseram que recorreriam ao aborto mesmo que isso fosse ilegal, caso tivessem uma gravidez indesejada ou não planeada.
Por outro lado, 34% das entrevistadas disseram que teriam o bebé, caso o aborto fosse ilegal, enquanto 10% afirmaram que tentariam interromper a gravidez em casa.
No caso dos entrevistados que se identificaram como sendo do sexo masculino, 45% disseram que tomariam precauções adicionais, como usar contracetivos físicos com mais frequência, se o aborto fosse ilegal.
Outros 43% disseram que não mudariam nada e 11% afirmaram que teriam maior probabilidade de fazer uma vasectomia.
No universo total dos entrevistados, 49% consideraram que o aborto deveria ser legal em todos os casos, 27% disseram que deveria ser legal na maioria dos casos, 16% declararam que deveria ser ilegal na maioria dos casos e 8% defenderam que deveria ser ilegal em todos os casos.
Cerca de 46% dos entrevistados disseram ter uma opinião "principalmente desfavorável" do Supremo Tribunal, enquanto 22% afirmaram que a sua opinião era "muito desfavorável", 28% que era "principalmente favorável" e apenas 4% destacaram ter uma opinião "muito favorável".
As mulheres na faixa dos 20 anos foram responsáveis pela maioria dos abortos realizados entre 2010 e 2019 nos EUA, segundo dados estatísticos.
Esta eventual decisão do Supremo Tribunal de eliminar o direito federal ao aborto nos EUA poderá dificultar o acesso à interrupção voluntária da gravidez mesmo nos Estados em que ela seja permitida, "porque essas clínicas podem ser inundadas por pacientes de Estados que o reprimiram", destacou a Axios.
Responderam à sondagem 813 pessoas com idades entre os 18 e os 29 anos, entre 05 e 08 de maio, das quais 460 se identificaram como mulheres e 353 como homens.
Leia Também: "O aborto é um direito fundamental, não é uma estatística"
UCRÂNIA: Mais de 25 países já forneceram ajuda militar a Kyiv
© Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
Por LUSA 11/05/22
Mais de 25 países já anunciaram o envio de material militar para a Ucrânia, num esforço conjunto para ajudar Kiev a resistir e a fazer recuar a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro.
Eis uma síntese da ajuda militar tornada pública por vários governos, embora em muitas situações as autoridades prefiram guardar reserva sobre o montante real da ajuda, bem como sobre as características do material enviado.
- Portugal
O Governo português está a preparar o envio de blindados para a Ucrânia, uma informação que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse ser a confirmação do "apoio empenhado" de Lisboa na resistência contra a invasão russa.
Alguns meios de comunicação social noticiaram nos últimos dias que Portugal iria enviar 15 carros blindados M113A, mas o Governo não confirmou a informação.
Em abril, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, anunciou que Lisboa enviaria para Kiev "cerca de 160 toneladas de material militar e médico".
- Estados Unidos
Washington garante que já entregou cerca de 3,8 mil milhões de dólares (cerca de 3,6 mil milhões de euros) em assistência militar à Ucrânia, desde o início da invasão russa.
Entre o equipamento fornecido pelos Estados Unidos encontram-se veículos blindados, artilharia e helicópteros, para além de 1.400 sistemas antiaéreos Stinger e 5.000 mísseis antitanque Javelin.
Washington também garante que a Ucrânia já recebeu peças de reposição para os seus aviões de caça.
- Turquia
A Ucrânia, que disse ter 20 aviões não tripulados ('drones') de combate turcos Bayraktar TB2 antes da invasão russa, declarou no início de março que tinha recebido novas encomendas no final de janeiro.
Vários observadores confirmaram nas últimas semanas a entrega de mais 'drones', o que Ancara não confirmou.
- Reino Unido
O Reino Unido afirma já ter distribuído 200.000 equipamentos - incluindo 4.800 mísseis antitanque e um pequeno número de mísseis Javelin - e anunciou o envio de mais 6.000 mísseis.
Londres também enviou mísseis antiaéreos Starstreak e prometeu enviar 120 veículos blindados (Mastiff, Wolfhound e Husky) e um novo sistema antinavios.
No início da invasão, Londres prometeu 350 milhões de libras esterlinas (416 milhões de euros) em apoio financeiro ao exército ucraniano, além de apoio humanitário e económico.
- Canadá
O Canadá estipulou a entrega de material militar à Ucrânia no valor aproximado de 100 milhões de euros, tendo já utilizado cerca de 90 milhões de euros em equipamento fornecido às autoridades de Kiev.
Esse equipamento inclui armas metralhadoras, armas de precisão, munições para armas, granadas, lançadores de foguetes e equipamento de vigilância.
Nas últimas semanas, o Canadá adicionou a entrega de artilharia pesada, incluindo obuses M777 e munições antitanque.
- Alemanha
No início do conflito, a Alemanha anunciou o envio de 1.000 armas antitanque, 500 mísseis terra-ar Stinger, cerca de 2.700 mísseis terra-ar Strela e munições.
Nas últimas semanas, a Alemanha entregou ainda metralhadoras, 100.000 granadas, 2.000 minas, 15 bombas anti-'bunker', para além de detonadores e cargas explosivas.
- Espanha
Madrid anunciou a entrega de 200 toneladas de equipamento militar, munições, 30 camiões militares, veículos especiais de transporte pesado e 10 veículos ligeiros, após o envio de uma dezena de aviões com munições e armas ligeiras.
- França
A França entregou mais de 100 milhões de euros em equipamentos militares, incluindo canhões de 155 mm e milhares de munições para armas.
Adicionalmente, Paris disponibilizou-se para treinar, em território francês, 40 soldados ucranianos no manuseio dos canhões enviados.
- Noruega
A Noruega forneceu cerca de 100 mísseis antiaéreos do tipo Mistral que planeava retirar de serviço, bem como cerca de 4.000 armas antitanque do tipo M72.
- Suécia
A Suécia anunciou o envio de 5.000 lançadores de foguetes classe AT-4, 5.000 armas antitanque adicionais e equipamentos de remoção de minas.
- Finlândia
A Finlândia entregou 2.500 armas de assalto, 150.000 munições e 1.500 lançadores de foguetes.
- Dinamarca
A Dinamarca enviou 2.700 lançadores de foguetes, num valor final que atingirá cerca de 80 milhões de euros.
- Polónia
A Polónia enviou drones, lançadores de mísseis antitanque Javelin, armas de assalto, munições, morteiros e sistemas de defesa aérea portáteis.
Nas últimas semanas, informações não confirmadas referem o envio de 40 tanques T-72 e 60 veículos blindados de combate de infantaria.
- Eslováquia
A Eslováquia contribuiu com equipamento militar no valor de cerca de 62 milhões de euros (combustível, munições, mísseis terra-ar, mísseis antitanque) e forneceu um sistema de defesa aérea S-300.
- Roménia
A Roménia anunciou o envio de combustível, munições e outros equipamentos militares, no valor de cerca de três milhões de euros.
- Letónia
A Letónia enviou mais de 200 milhões de euros em material militar, incluindo munições, mísseis antiaéreos Stinger e 'drones'.
- Lituânia
A Lituânia forneceu ajuda militar no valor de cerca de 30 milhões de euros, incluindo mísseis antiaéreos Stinger, morteiros, armas e munições.
- Estónia
A Estónia contribuiu com 227 milhões de euros em ajuda militar, incluindo lançadores de mísseis antitanque Javelin, minas antitanque, armas antitanque e munições.
- Eslovénia
A Eslovénia anunciou o envio de armas Kalashnikov e munições, para além veículos blindados Fuchs.
- Bulgária
Oficialmente, a Bulgária decidiu não fornecer equipamento militar, devido à resistência de forças políticas pró-russas, mas as exportações de armas para países da União Europeia triplicaram nos últimos meses.
- República Checa
A República Checa entregou equipamento militar no valor de 45 milhões de euros, incluindo obuses, lançadores de foguetes e veículos de combate de infantaria.
- Bélgica
A Bélgica anunciou o envio de 5.000 armas automáticas e 200 armas antitanque.
- Holanda
A Holanda entregou 200 mísseis Stinger, munições, armas de precisão e veículos blindados.
- Grécia
A Grécia entregou 400 armas de assalto Kalashnikov, lançadores de foguetes e munições.
- Japão
O Japão entregou geradores elétricos e 'drones'.
UCRÂNIA/RÚSSIA: Interior da Azovstal estará em chamas... Um vídeo divulgado por um elemento da resistência ucraniana revela que o primeiro e segundo pisos da siderúrgica Azovstal estará em chamas
Notícias ao Minuto 11/05/22
Um vídeo divulgado por um elemento da resistência ucraniana revela que o primeiro e segundo pisos da siderúrgica Azovstal estará em chamas, resultado de bombardeamentos russos.
O vídeo foi partilhado pelo Nexta, meio de comunicação Bielorrusso.
O regimento Azov divulgou, nesta terça-feira, fotos de militares feridos que alega estarem no complexo siderúrgico de Azovstal, cercado por tropas russas em Mariupol, apelando à ONU e Cruz Vermelha para que diligenciem a sua retirada.
A unidade ucraniana frisou que os militares feridos já não são combatentes e realçou que estão a viver em condições desumanas, “com feridas abertas, com ligaduras sujas, sem a medicação necessária e até com falta de alimentos”.
O comunicado, divulgado na rede social Telegram e acompanhado de imagens destes militares, alerta que “todo o mundo civilizado deve ver as condições em que estão os defensores feridos e aleijados de Mariupol e agir”.
“Exigimos a retirada imediata de militares feridos para territórios controlados pela Ucrânia, onde serão assistidos e tratados com os devidos cuidados“, aponta ainda o comunicado, que refere a existência de várias centenas de combatentes feridos naquele complexo industrial.
O conjunto de fotos mostram, por exemplo, militares com ferimentos graves, incluindo dois de muletas com a perna esquerda amputada, um com o braço esquerdo amputado na zona do ombro e outro com o braço direito amputado acima do cotovelo.
Segundo noticia a agência Associated Press (AP), não foi possível verificar de forma independente a origem das fotografias ou as identidades dos retratados.
A vice-primeira-ministra ucraniana disse à agência France-Presse (AFP) que mais de mil militares ucranianos, incluindo centenas de feridos, ainda permanecem no complexo siderúrgico de Azovstal.
terça-feira, 10 de maio de 2022
CHINA: Céu vermelho e "apocalíptico" assusta residentes de Zhoushan, na China
Notícias ao Minuto 10/05/22
As condições meteorológicas provocaram a luz invulgar mas, nas redes sociais, as conclusões foram menos científicas e mais especulativas.
Os habitantes da cidade portuária de Zhoushan, perto de Xangai, apanharam um pequeno susto no passado dia 7 de maio, quando o céu nublado passou do típico cinzento para um forte vermelho.
@Viral Video: Mysterious Blood-Red Sky Causes Panic Among People In China's Zhoushan #shorts☝
Segundo o Daily Mail, as redes sociais chinesas ficaram repletas de vídeos de pessoas assustadas com a cor "apocalíptica" do céu, e o assunto tornou-se rapidamente num dos tópicos mais falados na rede social chinesa Sina Weibo (semelhante ao Twitter).
Em algumas imagens, a fonte de luz parecia vir do porto da cidade, o que levou alguns utilizadores a pensar que se tratava de um incêndio.
A autoridade meteorológica da cidade, citada pelo Daily Mail, apelou à calma e explicou que "quando as condições atmosféricas são boas, há mais água na atmosfera que forma aerossóis, que refletem e espalha a luz dos barcos e cria o céu vermelho visto pelo público".
No entanto, houve habitantes que olharam para o céu de forma simbólica, como um presságio para a gestão da Covid-19 na China e em Xangai, onde a pandemia continua a paralisar a economia e a vida de dezenas de milhões de pessoas.
Um site científico também deu uma possível explicação, apontando que outros eventos históricos na região indiciam que a fonte para a luz vermelha está numa tempestade geomagnética, mas as autoridades chinesas descartaram a hipótese.
Já o jornal chinês Global Times, que faz parte dos média estatais de Pequim, descreveu que, na altura da luz vermelha registada no sábado, estava a chuviscar, e a reflexão da chuva poderá ter contribuído para o fenómeno meteorológico.
GUINÉ-BISSAU: Revisão constitucional guineense "não visa atingir nenhuma instituição"
© ANP
Por LUSA 10/05/22
O presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, disse hoje que a proposta para a revisão da Constituição da Guiné-Bissau não pretende atingir nenhum órgão em particular, mas resolver as insuficiências e incluir elementos de que carece.
"Este é um anteprojeto de guineenses para guineenses e não visa atingir nenhuma instituição ou órgão em particular, antes pelo contrário, visa resolver as inúmeras insuficiências que a atual Constituição da República padece e introduzir os elementos inovadores de que carece", afirmou Cassamá.
O presidente da Assembleia Nacional Popular falava na abertura da segunda sessão legislativa, que foi interrompida e será retomada na quarta-feira.
"Não obstante, o momento político e particularmente sensível e por isso mesmo deve ser considerado como uma oportunidade para, conjuntamente, devolvermos confiança a todos os guineenses que depositaram em nós a nobre missão de dirigir o destino da nossa nação", salientou.
Segundo Cipriano Cassamá, a aprovação das propostas de alteração dependem do "compromisso" dos "partidos políticos com assento parlamentar e a própria sociedade".
A proposta da comissão da Assembleia Nacional Popular para a revisão da Constituição da Guiné-Bissau, a ser debatida durante a atual sessão legislativa, reforça o semipresidencialismo, de pendor parlamentar, e baliza os poderes dos órgãos de soberania.
O documento, a que a Lusa teve acesso, está dividido em quatro partes, nomeadamente princípios fundamentais, direitos e deveres fundamentais, organização económica e organização do poder político, e tem 317 artigos, contra os 133 da atual Constituição.
Segundo a atual Constituição da Guiné-Bissau, as propostas de revisão têm de ser aprovadas por maioria de dois terços dos deputados que constituem a Assembleia Nacional Popular, ou seja, 68 dos 102 deputados.
Dos 102 deputados que constituem o parlamento guineense, 47 são do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), 27 do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), 21 do Partido da Renovação Social (PRS), cinco da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), um do Partido da Nova Democracia e um da União para a Mudança.
ONU: República Checa sucede a Rússia no Conselho de Direitos Humanos da ONU
© Reuters
Por LUSA 10/05/22
A República Checa foi hoje eleita pela Assembleia-Geral da ONU, com uma maioria de 157 votos, como sucessora da Rússia no Conselho de Direitos Humanos, com um mandato válido até dezembro de 2023.
A República Checa, única candidata ao lugar, precisava de uma maioria de 97 votos para ser eleita, mas superou esse número em 60 votos, num total de 180 possíveis. Foram ainda registadas 23 abstenções.
O assento foi abandonado em 07 de abril pela Rússia, após a sua suspensão do Conselho de Direitos Humanos pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), por iniciativa dos Estados Unidos e devido à invasão russa da Ucrânia.
O mandato da Rússia neste órgão expirava em 2023.
Com sede em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos, composto por 47 membros, é o principal fórum das Nações Unidas para esta área.
Além de promover os direitos humanos, a sua missão é rever regularmente a situação humanitária nos países membros da ONU. Também pode abordar qualquer questão urgente durante reuniões excecionais, como foi o caso da Ucrânia, apesar da oposição de Moscovo.
Desde a invasão iniciada em 24 de fevereiro, a Rússia já foi excluída de várias estruturas internacionais, incluindo dentro do sistema da ONU, reduzindo a sua capacidade de influenciar o cenário internacional.
Além do Conselho de Direitos Humanos, Moscovo foi suspensa da Organização Mundial do Turismo (OMT, 159 Estados-membros, com sede em Madrid), com a estrutura internacional a argumentar que a ofensiva militar russa em curso na Ucrânia é contrária aos "valores" da organização.
Recentemente, em eleições da ONU em Nova Iorque, a Rússia não conseguiu ser eleita para os conselhos de administração do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da agência da ONU Mulheres, devido a candidaturas rivais de última hora, disseram diplomatas à AFP.
Nas mesmas eleições, Moscovo também perdeu ao tentar obter assentos no Comité da ONU responsável pelas Organizações Não-Governamentais (lugar estratégico para o reconhecimento das mesmas) e no Fórum Permanente sobre Questões Indígenas. Neste caso, a Ucrânia ganhou o assento originalmente destinado à Rússia.
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O Parlamento lituano (Seimas) aprovou hoje, por unanimidade, uma resolução que reconhece as ações cometidas pelas tropas russas na Ucrânia como genocídio e a Rússia como Estado terrorista.
"O Seimas reconhece a agressão armada em larga escala - guerra - pelas forças armadas da Rússia e os seus líderes políticos e militares contra a Ucrânia a partir de 24 de fevereiro de 2022 como um genocídio contra o povo ucraniano", afirma a resolução, citada pelo portal de notícias Delfi.
O documento, aprovado pelos 128 deputados do Seimas, avaliou que as forças armadas e mercenários russos cometeram crimes de guerra maciços no território da Ucrânia, em particular nas cidades de Bucha, Irpin, Mariupol, Borodianka e Gostomel.
O texto também afirma que a Rússia, "cujas forças militares atacam deliberada e sistematicamente alvos civis para bombardeá-los, é um Estado que apoia e pratica o terrorismo"...Ler Mais
Em causa estão os governadores das regiões de Tomsk, Saratov, Kirov e Mari El, que terão anunciado a imediata renúncia ao cargo.
Quatro governadores regionais russos demitiram-se, esta terça-feira, na sequência do impacto tido pelas sanções económicas impostas pelo Ocidente a Moscovo por causa da invasão sobre a Ucrânia, noticia a Reuters.
Em causa estão os governadores das regiões de Tomsk, Saratov, Kirov e Mari El, que terão anunciado a imediata renúncia ao cargo. O governador de Ryazan disse, por sua vez, que não se candidataria a um novo mandato nas eleições previstas para setembro...Ler Mais
RÚSSIA: Alina Kabaeva grávida? Putin poderá ser pai pela oitava vez... Filha mais velha de Putin tem 35 anos. Presidente russo poderá ser pai outra vez.
© Reuters
Notícias ao Minuto 10/05/22
A antiga ginasta russa, que se diz ser a namorada de longa data de Vladimir Putin, estará de novo grávida. Acredita-se que Alina Kabaeva, de 38 anos, ginasta rítmica medalhada - que mantém uma relação com Putin desde, pelo menos, 2008 - esteja grávida do quinto filho em comum com o presidente russo, avança o canal de Telegram General SVR.
"Noticiámos que ontem o Presidente russo Vladimir Putin, de acordo com testemunhas oculares, parecia deprimido e um pouco distante", lê-se no post de 3 de maio. "Isto é compreensível, ontem Putin soube que a sua namorada de longa data e mãe dos seus filhos, Alina Kabaeva, está grávida".
A informação, que começou a circular na segunda-feira, não foi confirmada de forma independente. Segundo o New York Post, o canal é dirigido por um antigo tenente-general do Serviço de Informações Secretas russo conhecido pelo pseudónimo de Viktor Mikhailovich.
Este canal é também responsável pelos rumores de que Putin terá sido operado a um cancro.
Recorde-se que Putin é pai de Maria, de 35 anos, e de Katerina, de 34, fruto do casamento com Lyudmila Putina, que durou 30 anos. Segundo rumores, terá ainda uma filha de uma relação extraconjugal com uma empregada de limpeza da qual nasceu Luiza, que terá 19 anos.
Por fim, com Alina Kabaeva, será pai de quatro crianças, dois meninos e duas meninas, gémeos.
Putin, que se esforça por manter a vida pessoal o mais privada possível, apenas falou publicamente das duas filhas mais velhas.
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GUINÉ-BISSAU: Guineenses "de bom senso" não podem recusar tropas estrangeiras
O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, defendeu hoje que os guineenses de bom senso não podem estar contra a vinda de tropas estrangeiras para a Guiné-Bissau, mas o parlamento deve pronunciar-se sobre a matéria.
"Pelos factos que ocorreram no dia 01 de fevereiro, nenhum guineense de bom senso pode estar contra a vinda das tropas estrangeiras em missão de estabilização e de paz na Guiné-Bissau", afirmou Cipriano Cassamá, salientando que todos têm obrigação de recordar os "trágicos episódios" que aconteceram na história da Guiné-Bissau, que provocaram a morte de pessoas.
Cipriano Cassamá falava na sessão de abertura da segunda sessão legislativa, que foi, entretanto, interrompida e que se reiniciará quarta-feira.
"No entanto, é igualmente bom deixar claro que qualquer processo conducente à vinda de uma missão com este propósito deve cumprir todas as formalidades constitucionais e a Assembleia Nacional Popular, enquanto legítima representante do povo guineense, deve ser ouvida e pronunciar-se nesta matéria", sublinhou.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou em fevereiro o envio de uma missão de estabilização para a Guiné-Bissau.
A decisão foi tomada na sequência do ataque em 01 de fevereiro por um grupo de homens armados contra o Palácio do Governo, quando decorria uma reunião do Conselho de Ministros, em que participavam o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam.
A força de estabilização já começou a chegar à Guiné-Bissau, segundo confirmação do Governo, das Forças Armadas e do chefe de Estado, mas ainda não foi dada informação pública sobre o objetivo do seu mandato, duração e missão.
Fontes militares confirmaram à Lusa que a força será composta "num primeiro momento" por 631 militar e o chefe de Estado disse que incluirá elementos do Senegal, Nigéria, Gana e Costa do Marfim.
Após o início da chegada da força de estabilização ao país, o Espaço de Concertação dos Partidos Democráticos, do qual fazem parte o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e a União para a Mudança (UM), exigiram, em conferência de imprensa, o cumprimento da lei e que o parlamento fosse ouvido e a sua "resolução levada em conta na determinação do mandato e constituição de qualquer eventual força a estacionar" no país.
Na sequência daquela conferência de imprensa, o deputado guineense Agnelo Regala, líder do União para a Mudança, foi sábado vítima de um ataque junto à sua residência no centro de Bissau, tendo sido baleado numa perna na sequência de disparos feitos contra si.
"A sociedade guineense, sobretudo a política, foi surpreendida com mais um triste e cobarde ato de tentativa de assassinato ao deputado Agnelo Augusto Regala, e todos unidos devemos condenar e repudiar veemente esse atentado ao Estado de direito democrático e exigir que as autoridades competentes investiguem e se responsabilize os seus autores morais e materiais", afirmou, no discurso, Cipriano Cassamá.
O presidente do parlamento referiu-se também ao atentado de 01 de fevereiro ao afirmar que é urgente a divulgação do relatório de inquérito para conhecer as diligências realizadas em matéria de apuramento de responsabilidade e "desassombrar o clima de suspeição que, neste momento, impera na sociedade guineense".
"Do mesmo modo, que desafia a custódia militar dos civis e militares alegadamente conotados com esses mesmos acontecimentos e confirma a transparência na atividade judicante iniciada na sequência desses mesmos atos", salientou.
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DIZEM QUE VIOLÊNCIA GANHA PROPORÇÕES ALARMANTES NO PAÍS
As Organizações da Sociedade Civil reunidas no Espaço da Concertação Social afirmam que a “desconstrução gradual” do Estado do direito está a ganhar proporções “alarmantes” através de instalação de milícias armadas com aprovações das forças da defesa e segurança.
A denúncia feita, ontem, durante a vigília, em Bissau, realizada pelo Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil que exige também a demissão “imediata” do ministro do Interior pela “manifestada incapacidade” de criar condições efetivas de segurança aos cidadãos nacionais e estrangeiros.
As organizações através de uma carta, lida pelo vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, responsabilizam o governo pelo contexto da insegurança “generalizada” que se vive no país e, ainda exigem do governo a extinção da “milícia palaciana” e consequente cessação imediata de atos de violência gratuita contra os opositores políticos.
De acordo com a carta, as organizações da sociedade civil exortam do governo e das autoridades militares o cumprimento rigoroso das decisões judiciais relativas a liberdade de alguns detidos.
Segundo o documento, as organizações exigem do governo a assunção integral das suas responsabilidades institucionais assegurando condições de segurança a todos os cidadãos nacionais e estrangeiros.
As organizações da sociedade civil lembram ainda de vários raptos e espancamentos “arbitrários” de cidadãos.
“A Guiné-Bissau coloca-se perante uma emergência nacional que reclama a intervenção de todos e todas sem exceção sob pena de colapso coletivo com consequências internacionais”, sustenta a sociedade civil.
O espaço de concertação sublinha no mesmo momento que o envio da missão militar da CEDEAO “sem consulta nacional e assentimento das autoridades políticas competentes” representa uma desconsideração pelos órgãos da soberania nacional.
Por: Ussumane Mané
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FORÇAS DE SEGURANÇA IMPEDEM A REALIZAÇÃO DA REUNIÃO DO CONSELHO CENTRAL DA UNTG
Por Rádio Jovem Bissau
A Força de Segurança impediu hoje em Bissau, a realização de uma reunião do Conselho Central da UNTG, que deveria decidir sobre a realização ou não do V Congresso Ordinário da Central Sindical.
A informação foi transmitida à Rádio Jovem por um dos membros da Comissão Organizadora do Congresso, Malam Homi Injai.
Segundo a Sol Mansi, o encontro magno foi suspenso depois da chegada de forças policiais que acompanharam os delegados do tribunal que exibiram uma ordem judicial ordenando a suspensão do encontro que estava a decorrer no salão polivalente da paróquia São Francisco de Assis em Antula.
De recordar que o Tribunal Regional de Bissau ordenou a suspensão do congresso do maior central sindical na sequência duma providência cautelar intentada por um dos candidatos a liderança da UNTG, Laureano da Costa.
Pereira da Costa alega irregularidades no processo acusando a comissão de favorecer a candidatura de Júlio Mendonça, atual secretário do central sindical.
Numa curta declaração a imprensa no início desta reunião um dos membros da comissão organizadora do congresso, Malam Homi Injai, disse que as alegações do candidato não têm fundamentos.
Por: Djariatu Baldé
Data Sonification: Black Hole at the Center of the Perseus Galaxy Cluster (X-ray)
Segunda seção ordinária do ano legislativo 2021/2022.
Ordem do dia
1 - eleição do primeiro vice presidente da ANP.
2 - Apresentação, discussão e votação do relatório e contas da ANP do 2021.
3 - Apresentação, discussão e votação do progeto de Resolução que aprova o estatuto e careira dos funcionários parlamentar.
EUA: Dezenas de sem-abrigo dormem em metro durante a noite em Seattle... Utentes dos transportes públicos dizem-se preocupados.
© Reprodução Twitter
Notícias ao Minuto 10/05/22
Um vídeo filmado em Seattle, nos EUA, mostra dezenas de pessoas sem-abrigo a usar o sistema público de transportes como abrigo.
Um filme registado por um funcionário da Sound Transit e enviado ao jornalista Jason Ratz, mostra cerca de 30 pessoas a dormir dentro do metro.
A situação tem contornos preocupantes não só pela situação dos sem-abrigo, bem como por questões de segurança para os utentes dos transportes.
Durante o dia, a situação não é evidente, mas nas primeiras horas da manhã, ou à noite, quando a fiscalização dos transportes é reduzida, os utentes queixam-se do sentimento de falta de segurança que sentem ao andar nos transportes públicos da cidade.
A empresa refere que tem feito "vários esforços" para fazer frente ao problema, sendo que neste momento estão focados em mostrar alguma compreensão para com estas pessoas, ao mesmo tempo que tentar garantir a segurança de todos, reporta a Fox News.
Missão da ONU estima que haja “milhares de civis” mortos em Mariupol
Mariupol, Ucrânia
Sicnoticias.pt 10 Maio, 2022
Informação só pode ser confirmada quando a missão tiver acesso à cidade.
Uma missão de observação da ONU estimou hoje que “milhares de civis” morreram na cidade ucraniana de Mariupol na sequência da invasão russa, mas admitiu que só poderá comprovar a informação quando tiver acesso à cidade.
O escritório de Direitos Humanos da ONU confirmou a morte de quase 3.400 civis desde o início da guerra, “mas os números reais são muito maiores, o grande buraco negro é Mariupol, onde é difícil corroborar a informação”, disse a chefe da Missão de Direitos Humanos das Nações Unidas na Ucrânia, Matilda Bogner, em conferência de imprensa hoje em Genebra.
“Em termos do país como um todo, tudo o que posso dizer é que existem mais milhares (de civis mortos) do que conseguimos identificar até agora”, avançou.
Bogner sublinhou que em visitas a 14 cidades das regiões de Kiev e Chernigov, os observadores da ONU recolheram informações sobre a morte de mais de 300 homens, mulheres e crianças, principalmente nas áreas do norte da capital ocupadas por tropas russas até final de março.
Nesses locais, a missão da ONU, liderada pela alta-comissária para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, recolheu evidências de assassínios, execuções sumárias, tortura e violência sexual.
“Cada morte é uma tragédia. Dependendo das circunstâncias, a morte de um único civil ou de alguém que não participe na luta pode ser um crime de guerra, porque [os civis] são pessoas protegidas pelo direito internacional”, lembrou Boger.
Segundo adiantou, alguns crimes foram seletivos, mas outros foram completamente aleatórios, contra pessoas que viajavam nos seus veículos ou tentavam atravessar uma rua.
Os ‘snipers’ (atiradores especiais) também são conhecidos por dispararem sobre civis, alegadamente para os impedir de saírem de casa, acrescentou.
Embora reconheça que “vai levar muito tempo para perceber toda a magnitude do que aconteceu”, Boger referiu que o que foi visto até agora “oferece uma ideia clara de quais são as preocupações”.
A missão da ONU trabalha na Ucrânia desde 2014, após o início do conflito na região leste do Donbass, na fronteira com a Rússia, e agravada pelo fornecimento de armas e mercenários russos a grupos separatistas.
Atualmente, a missão conta com vários escritórios em diferentes localidades e 55 observadores na Ucrânia, que viajaram para verificar e documentar a destruição e os crimes cometidos desde 24 de fevereiro, quando a guerra começou.
Bogner disse que, desde então, a forma como a Rússia conduz as hostilidades mudou, já que passou de atacar alvos militares para bombardear áreas povoadas, com o consequente impacto sobre a população.
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Mais de mil militares ucranianos, incluindo centenas de feridos, ainda permanecem no complexo siderúrgico de Azovstal, cercado por tropas russas em Mariupol, disse hoje a vice-primeira-ministra ucraniana à agência de notícias France-Presse (AFP).
Após a retirada de todos os civis com a ajuda da ONU na semana passada, "mais de mil" militares, incluindo "centenas de feridos", permanecem nas galerias subterrâneas deste vasto complexo industrial, declarou Iryna Vereshchuk à AFP por telefone.
"Há feridos graves que exigem uma retirada urgente", afirmou a vice-primeira-ministra ucraniana.
Iryna Vereshchuk também desmentiu a informação de que ainda haveria civis no complexo siderúrgico, passada por duas autoridades regionais.
"Isso não é verdade", disse a vice-primeira-ministra, indicando que o líder do regimento Azov "afirmou oficialmente" a funcionários do Governo ucraniano e a um representante da ONU "que nenhum civil, nenhuma mulher, criança ou idoso permaneceu em Azovstal"...Ler Mais
Notícias ao Minuto 10/05/22
O investigador especialista em Defesa Rob Lee diz que este será o primeiro vídeo em que podemos observar os canhões Howitzer de 155 mm.
A administração Biden e os países da NATO dizem estar a fornecer armas à Ucrânia com base no que as forças ucranianas dizem precisar.
No mais recente pacote de ajuda à Ucrânia, foi enviado pelos norte-americanos equipamento no valor de 758 milhões de euros. Entre a ajuda militar já enviada, estão incluídos helicópteros Mi-17, canhões Howitzer de 155 mm e mais drones Switchblade.
Segundo o investigador especialista em Defesa Rob Lee, num post no Twitter, este é o primeiro vídeo onde se pode ver as forças armadas ucranianas a utilizar canhões Howitzer, enviados pelos Estados Unidos.
Segundo o mesmo, as imagens serão captadas no leste da Ucrânia.
O presidente norte-americano Joe Biden aprovou esta segunda-feira uma atualização ao 'Lend-Lease Act', uma medida que permitiu aos Estados Unidos acelerar o envio de armas durante a Segunda Guerra Mundial para os países aliados, apoiando na luta contra a Alemanha nazi.
A medida, que já fora aprovada no final de abril pelo Congresso, permitirá agora aos Estados Unidos acelerar o armamento das tropas ucranianas, no combate à invasão russa.
Na Casa Branca, Joe Biden afirmou que os Estados Unidos apoiam o povo ucraniano na sua "luta para defender o seu país e a sua democracia contra a guerra brutal de Putin".
O número de pessoas deslocadas internamente na Ucrânia devido à guerra iniciada pela Rússia ultrapassou a marca de 8 milhões, mais 24% do que os valores publicados anteriormente, anunciou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
A estimativa da organização, feita com base numa pesquisa realizada entre 17 de abril e 03 de maio, adianta que a maior necessidade referida pelos deslocados é apoio financeiro.
Segundo o relatório da OIM, dois terços dos entrevistados identificaram o apoio em dinheiro como a sua principal necessidade, um número muito superior aos 49% que pediam sobretudo ajuda financeira no início da guerra.
Mais de 70% dos entrevistados disseram precisar de dinheiro para cobrir despesas de alimentação e/ou médicas...Ler Mais
Bissau: Cerimônia de Abertura de VII Seminário e Assembleia Geral Extraordinária da Organização das Instituições Superiores de Controlo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
segunda-feira, 9 de maio de 2022
Ex-primeiro-ministro russo diz que começou o fim "da era de Putin"
© Getty
Notícias ao Minuto 09/05/22
Antigo governante considera que discurso de Putin mostra que este está ciente de que o seu exército perdeu força.
O antigo primeiro-ministro russo, Mikhail Kasyanov, afirmou que o dia de hoje marca "o início do fim" de Vladimir Putin.
Em causa está o discurso hoje protagonizado pelo presidente russo, nas comemorações do Dia da Vitória, e em que, segundo o antigo governante, Putin mostrou estar ciente de que a invasão russa está a ser um fracasso.
Em declarações à Sky News, Mikhail Kasyanov diz que Putin desvalorizou e não contou com a força da resistência ucraniana.
O antigo ministro, que já se tinha posicionado contra a guerra, disse ainda que o facto de a Rússia não ter hoje proclamado vitória no conflito é a prova de que está ciente de que "está a perder forças".
Recorde-se que Putin afirmou que invadiu a Ucrânia porque a NATO ameaçava atacar a região de Donbass e que a Rússia agiu apenas em defesa própria.
Mikhail Mikhailovich Kasyanov é um político russo que serviu como primeiro-ministro da Rússia de maio de 2000 a agosto de 2004.
MIGRAÇÕES: Navio da ONG Médicos sem Fronteiras resgatou 200 pessoas no Mediterrâneo
© Reuters
Por LUSA 09/05/22
O navio "Geo Barents" da organização não-governamental (ONG) Médicos sem Fronteiras resgatou hoje 200 migrantes em duas operações no Mediterrâneo central, informou a estrutura humanitária nas redes sociais.
"Esta manhã resgatámos cerca de 200 pessoas de duas embarcações em perigo. Todas estão agora a salvo e a bordo do nosso barco, enquanto estávamos à procura de outras embarcações. Logo depois do resgate vimos a guarda costeira da Líbia a navegar muito perto do 'Geo Barents'", contou a organização.
O "Geo Barents" encontra-se de novo no Mediterrâneo central, depois de na semana passada ter desembarcado 101 migrantes resgatados no porto de Augusta, na Sicília.
Na noite de domingo, o navio "Sea Watch 4", da organização humanitária alemã homónima, resgatou também 88 migrantes que se encontravam num bote insuflável no Mediterrâneo central, transportando agora 145 pessoas a bordo enquanto aguarda a autorização para desembarcar os migrantes num porto seguro.
"Agora temos 145 pessoas a bordo, que sem assistência teriam morrido afogadas ou regressado à Líbia ilegalmente", explicou a ONG alemã nas redes sociais.
O barco humanitário da organização já tinha realizado um primeiro resgate de 57 migrantes na passada quinta-feira.
No Mediterrâneo, navega também o navio "Sea Eye 4", igualmente ligado a uma organização alemã, com 34 migrantes resgatados de um porta-contentores após quatro dias no mar.
Nos últimos tempos, e perante a ausência de resposta por parte das autoridades de Malta aos pedidos dos navios de resgate humanitário, Itália tem assumido todo o fluxo de migrantes da rota central do Mediterrâneo, uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção aos territórios italiano e maltês.
Desde o início do ano, e segundo os dados oficiais atualizados, chegaram 11.521 migrantes às costas italianas, um valor que, no mesmo período do ano passado, se situava pelos 10.724.
Leia Também: MSF denuncia "condições desumanas" de milhares de migrantes na Lituânia
ANGOLA: João Lourenço suspende saídas para o estrangeiro de membros do Governo
© Lusa
Notícias ao Minuto 09/05/22
As deslocações de ministros, secretários de Estado, governadores e vice-governadores provinciais de Angola para o estrangeiro serão suspensas a partir do próximo dia 15 de maio, segundo um despacho do Presidente João Lourenço publicado hoje no Diário da República.
A suspensão vigorará "até à investidura do Presidente da República resultante das Eleições Gerais de 2022", conforme estabelece o número 1 do despacho Presidencial n.º 113/22.
No preâmbulo do despacho, João Lourenço justifica a medida "considerando que se avizinha o termo do mandato do Executivo referente ao período 2017/2022", como estabelece a Constituição angolana e "tendo em conta a necessidade de se maximizarem os resultados do trabalho de articulação institucional desenvolvido, bem como efetuar o balanço das atividades realizadas ao longo do mandato pelos diversos órgãos da administração central e local do Estado".
O número 2 do despacho esclarece que a suspensão de saídas para o estrangeiro não se aplica somente ao ministro e secretários de Estado do Ministério das Relações Exteriores.
Outra exceção é aberta às "entidades que se desloquem para atender a situações pontuais e inadiáveis, desde que devidamente autorizadas".
Eventuais dúvidas "resultantes da interpretação e aplicação" do despacho "são resolvidas pelo Presidente da República", esclarece o número 3 do diploma.
Angola tem previstas para agosto eleições gerais, em que será também eleito, por via indireta -- como prevê a Constituição -, o Presidente da República.