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Notícias ao Minuto 29/03/22
Envenenamentos são uma prática russa que o Kremlin sempre negou. Recorde os casos.
Roman Abramovich - presente novamente nas negociações desta terça-feira, dia 29 - e os dois negociadores ucranianos poderão ter sido vítimas de envenenamento após uma reunião em Kyiv no início deste mês.
Consumiram apenas “chocolate e água” nas horas anteriores aos sintomas e, a confirmar-se alguma espécie de má índole, o objetivo seria apenas assustá-los, uma vez que a dosagem de veneno utilizada não era suficiente para estes corressem perigo de vida, avançou o site de investigação Bellingcat.
Por outro lado, um funcionário do Governo norte-americano esclareceu, já esta segunda-feira, que os serviços secretos sugerem que os sintomas apresentados pelo bilionário russo Roman Abramovich e pelos negociadores ucranianos, na sequência de uma reunião negocial em Kyiv, deveu-se a um fator "ambiental" e não a envenenamento.
Não se sabendo ainda se Abramovich foi ou não envenenado pelo Kremlin, a sê-lo, não foi o primeiro sob a era Putin. Recorde, abaixo, os casos mais mediáticos:👇
Viktor Yushchenko
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O primeiro caso - e talvez o mais mediático - remonta a 2004, na Ucrânia. Yushchenko, pró-europeu, e Yanukovych, simpatizante e preferido do Kremlin, disputavam as eleições presidenciais. Dois meses antes, Viktor Yushchenko ficou gravemente doente tendo-lhe sigo diagnosticada uma pancreatite aguda. Veio depois a descobrir-se que foi envenenado com TCDD, ficando com a cara desfigurada. Desde então, já se submeteu a cerca de 24 cirurgias.
Yushchenko diz saber quem o envenenou, mas não cita nomes.
Sergei V. Skripal
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Em 2006, a Justiça da Rússia condenou Skripal, um ex-coronel que trabalhava no setor de inteligência do país, de vender segredos ao Reino Unido. Em 2010, saiu da prisão mudou-se para a Inglaterra. Em 2018, ele a filha, Yulia, foram expostos a um agente nervoso do grupo novichok, desenvolvido pela União Soviética, na cidade de Salisbury, no sul de Inglaterra. Alguns dos profissionais de saúde que os atenderam também sofreram uma intoxicação.
A substância terá sido pulverizada na maçaneta da porta de casa de Skripal e poderá ter sido assim que ele a filha tiveram contacto com o novichok.
Alexander Litvinenko
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Litvinenko, agente da KGB que se tornou um crítico do governo de Vladimir Putin, acabou mesmo por morrer. Foi envenenado com um agente raro e altamente tóxico, o isótopo de polónio 210. Litvinenko foi envenenado ao conhecer Andrei K. Lugovoi, um ex-guarda-costas da FSB num bar de um hotel em Londres, em Inglaterra, em 2006. Morreu três semanas depois A Justiça do Reino Unido concluiu que o polónio usado no envenenamento provavelmente saiu de um reator de energia russo.
“Poderá ter sucesso em silenciar um só homem, mas o coro de protestos em todo o mundo, sr. Putin, irá reverberar nos seus ouvidos para o resto da sua vida”, terá dito antes de morrer.
Alexei Navalny
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O maior opositor de Putin, Alexei Navalny, foi também vítima de envenenamento com novichok em agosto de 2020. Adoeceu durante um voo entre Tomsk e Moscovo e foi transportado de avião para Berlim, onde permaneceu cerca de um mês no hospital Charité. Chegou a estar em coma. Um médico russo chegou a afirmar que nenhum veneno foi encontrado no corpo de Navalny mas em setembro de 2020, o governo alemão afirmou que testes toxicológicos de amostras de sangue de Navalny mostravam, sem possibilidade de equívoco, que houve envenenamento pelo agente novichok.
O advogado foi recentemente condenado a 9 anos de prisão por fraude e injúria em tribunal.
Vladimir Kara-Murza
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Kara-Murza diz que houve tentativas de envenená-lo em 2015 e 2017. Um laboratório alemão identificou altos níveis de mercúrio, cobre, manganésio e zinco no seu corpo. O governo russo nega qualquer envolvimento.
Anna Politkovskaya
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Anna Politkovskaya, jornalista russa do Novaya Gazeta - que cessou pontem funções até que a guerra termine - foi envenenada enquanto viajava para Beslan, em setembro de 2004. Era conhecida por investigar crimes de altas figuras governamentais russas. Recuperou do envenenamento mas dois anos depois foi assassinada com quatro tiros no prédio onde vivia em Moscovo.
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Dmitry Peskov disse ainda que Abramovich não é, esta terça-feira, um membro oficial da equipa de negociadores presente na Turquia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, garantiu esta manhã que o oligarca Roman Abramovich não foi envenenado, na sequência de uma reunião negocial realizada em Kyiv no início do mês, noticia a Sky News.
A informação foi divulgada depois de, na segunda-feira, o The Wall Street Journal ter noticiado que o oligarca russo Roman Abramovich teria apresentado sintomas de envenenamento após ter estado presente na já referida reunião, relativa à guerra entra a Rússia e a Ucrânia...Ler Mais
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Notícias ao Minuto 29/03/22
O ministro da Defesa russo voltou a sublinhar que se a NATO auxiliasse a Ucrânia com a aviões a Rússia ia responder.
O ministro da Defesa da Rússia disse, esta terça-feira, que a capacidade de defesa da Ucrânia estava "seriamente" debilitada.
O ministro disse ainda, segundo a Interfax, que o sistema da força aérea ucraniana estava "praticamente destruído".
Num discurso transmitido pela televisão russa, Sergei Shoigu voltou a realçar que "a primeira fase da operação militar na Ucrânia" já estava terminada, tal como o Kremlin tinha anunciado a semana passada.
Segundo a Interfax, o ministro disse que a Ucrânia já não tinha um navio e que o principal objetivo da Rússia era agora "libertar" Donbas.
"O combate com as forças ucranianas está significativamente reduzido, o que possibilita que nos possamos focar em alcançar o objetivo principal - a libertação de Donbas", disse, segundo a agência russa.
O responsável pela pasta da Defesa não aparecia em público há alguns dias por, segundo o ministro do Interior da Rússia, Anton Gerashchenko, ter tido um ataque cardíaco. Durante o discurso, o responsável voltou também a sublinhar que se a NATO fornecesse aviões e sistemas de defesa aérea a Rússia iria responder.