quarta-feira, 13 de maio de 2020

COVID-19 - África começa a flexibilizar restrições apesar de aumento de casos

Apesar do aumento quase diário das infeções, os países africanos começaram a flexibilizar restrições contra a covid-19, mas organizações internacionais advertem que o continente deve permanecer vigilante e realizar mais testes para averiguar a verdadeira dimensão da pandemia.


Desde que o primeiro caso foi detetado em África, em 14 de fevereiro (um cidadão chinês no Egito), pouco mais de 2.400 mortes, 70 mil infeções (incluindo quase mil profissionais de saúde) e 24 mil curas foram oficialmente notificadas, num continente povoado por cerca de 1,3 mil milhões de pessoas.

Embora estes números estejam em constante crescimento nos 54 Estados africanos, estão ainda longe da devastação em alguns países europeus, como o Reino Unido (mais de 227 mil casos e 32 mil mortes) ou nos Estados Unidos da América (EUA), que contabilizam mais de 1,3 milhões de casos e 82 mil mortes.

Cinco países africanos são responsáveis pela maioria das mortes e infeções: Argélia, Egito, Marrocos, África do Sul e Nigéria.

A reação rápida dos países africanos, que com poucas infeções adotaram medidas sociais e de saúde pública drásticas, incluindo o recolher obrigatório e o fecho de fronteiras, tendo em conta a consciência de que os seus sistemas de saúde são vulneráveis, tem sido alvo de elogios internacionais.

Nos últimos 10 dias, porém, nações como África do Sul, Nigéria, Gana, Senegal, Quénia, Uganda, Ruanda, Botsuana, República Democrática do Congo e Djibuti começaram a levantar algumas restrições.

"O confinamento nacional não pode ser mantido indefinidamente. As pessoas precisam de comer, para ganhar a vida, e as empresas devem poder produzir e comercializar", argumentou o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que, em março, decretou um duro confinamento no país com o maior número de infeções no continente (mais de 11.300).

É um equilíbrio difícil entre combater a pandemia e amortecer o seu impacto económico devastador sobre milhões de africanos que "dependem de um trabalho diário para sobreviver", como disse hoje a médica nigeriana Adaora Okoli, citada pela agência Efe.

"Sem medidas governamentais de mitigação, muitas pessoas prefeririam morrer de covid-19 do que de fome. É uma situação perigosa", disse Okoli, que se tornou o rosto da luta da Nigéria contra o Ébola em 2014, quando foi infetada pela doença e agora trabalha como médica residente na Universidade de Tulane, nos EUA.

A Comissão Económica para África das Nações Unidas (UNECA) indica no seu último relatório que um confinamento total de um mês em África custaria ao continente 2,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) anual, o equivalente a cerca de 65,7 mil milhões de dólares.

Mas "a resposta ao vírus é uma maratona, não um 'sprint'", segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da União Africana, que alertaram contra a precipitação e defenderam uma reabertura "equilibrada" para evitar qualquer recrudescimento da epidemia.

A atenuação das restrições acarreta riscos, como demonstra o exemplo do Gana, cujo Presidente, Nana Akufo-Addo, prometeu não "baixar a guarda", facilitando o confinamento em cidades como a capital Acra e Kimasi, no mês passado.

No entanto, Akufo-Addo anunciou no domingo que um trabalhador de uma fábrica de transformação de peixe na cidade costeira de Tema, perto de Acra, infetou 533 outros trabalhadores com o novo coronavírus.

"Abrandar um confinamento sem os devidos preparativos é uma catástrofe à espera de acontecer. As empresas devem estar preparadas para aplicar medidas de distância social e de prevenção e controlo de infeções", afirmou Adaora Okoli.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 83 mil e 190 mil pessoas possam morrer devido à covid-19 e que até 44 milhões poderão ser infetadas em África, se as medidas para conter a pandemia falharem.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Por LUSA

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COVID-19:  Lesoto - O único país em África até agora sem casos anuncia primeira infeção


O Lesoto, o único país em África que permanecia até agora sem casos de covid-19, anunciou hoje ter registado a primeira infeção, correspondente a um cidadão vindo do estrangeiro.

"O que o Centro Nacional de Comando de Emergência do Lesoto [NECC] pode confirmar é que o caso é importado do Médio Oriente, sem sinais ou sintomas", explicaram as autoridades sanitárias do pequeno reino, localizado no meio da África do Sul, através da rede social Twitter.

Numa declaração oficial posterior, o Ministério da Saúde do Lesoto explicou que o resultado positivo foi confirmado esta terça-feira, após a realização de 81 testes entre pessoas que tinham vindo da África do Sul e da Arábia Saudita.

O Lesoto era o único país do continente africano sem casos confirmados, embora a disparidade na capacidade de testes entre países seja um fator de incerteza no controlo da epidemia na região.

O pequeno reino do Sul não tem capacidade para testar a própria doença e, até à data, apenas foram realizados 597 testes com a ajuda de laboratórios sul-africanos (301 dos quais estão ainda pendentes).

No continente africano, resta o território da República Saarauí, também membro da União Africana, sem registo de casos positivos.

A África do Sul é o país do continente com mais casos da covid-19 com 11.350 infeções e o terceiro com mais mortos (206).

O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.406, com quase 70 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A epidemia está a alastrar mais lentamente neste continente do que noutras regiões, em grande parte graças à resposta rigorosa e precoce da maioria dos governos.

No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com fatores como o elevado nível de infeção comunitária na África Ocidental e a popularização do 'Covid-Organics', um remédio herbal não testado que está a ser comercializado por Madagáscar.

A agência da ONU advertiu que, se não forem tomadas medidas adequadas, as mortes africanas causadas pelo coronavírus poderão variar entre 83 mil e 190 mil.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 292 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.


Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

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SO Sabi

Guiné-Bissau: Ex-ministra da Saúde aponta falta de estratégias no combate à Covid-19

Madga Robalo, também ex-dirigente da OMS em África, diz que o Governo deveria ter priorizado a busca por materiais de proteção ao invés do chá produzido em Madagáscar.

DW.COM 13.05.2020

Primeira mulher a dirigir o departamento de luta contra doenças infeciosas e o programa de luta contra o paludismo (malária) na região africana da Organização Mundial da Saúde (OMS), Magda Robalo crítica o facto de a Guiné-Bissau ter recebido o chá de Madagáscar, sem que a eficácia do produto tenha sido comprovada cientificamente.  

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, enviou em abril um avião cargo a Madagáscar para buscar o chá, que foi distribuído a vários países da África Ocidental pela equipa de Sissoco. 

No entanto, parace que o produto não tem surtido efeito. O número de casos da Covid-19 na Guiné-Bissau aumentou nesta terça-feira (12.05) para 820, mantendo-se três mortos, de acordo com os dados divulgados pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES). 

Em entrevista à DW África, a antiga representante da OMS em países como a África do Sul, Gana, Namíbia e Zâmbia, diz que não faz sentido ir buscar o chá a Madagáscar, enquanto os médicos e o pessoal da saúde estão com falta de equipamentos. 

A médica epidemiologista guineense, que foi também ministra da Saúde Pública da Guiné-Bissau, diz que a estratégia de combate à doença não pode ser apenas "polícias a correr atrás das pessoas e médicos atrás do vírus". 

DW África: Perante o número de casos alarmantes na Guiné-Bissau, o que está a falhar no combate à doença?

Magda Robalo (MR): Penso que o que falhou, logo à partida, foi a estratégia de contenção da epidemia. É por isso que agora estamos a assistir a esta subida exponencial de casos da Covid-19 na Guiné-Bissau. Deveríamos, logo à partida, ter isolado os primeiros casos que nos foram aparecendo para evitar justamente que eles contagiassem outras pessoas, assim sucessivamente. Essa cadeia de transmissão não foi interrompida ou limitada. Podia ser impossível interrompê-la, logo no começo, mas podia simplesmente ter sido limitada se tivéssemos isolado, com critérios conhecidos, as pessoas que acusaram positivo,  o que iria diminuir o ritmo de propagação da infeção para evitar que chegássemos a esse ponto. 

DW África: Até que ponto o sistema de saúde pública da Guiné-Bissau pode aguentar? 

MR: Esta evolução frenética a que estamos a assistir de aumento dos números de casos, e o aparecimento de um número difícil de gerir de casos graves, prova exatamente que o nosso sistema de saúde não tem capacidade para absorver este número tão grande de casos, ainda que a sua maioria seja o número de casos assintomáticos. Mas, o que vai acontecer é que esses casos, por questão da natureza, estão cada um na sua casa. Vão continuar a propagar a infeção e vamos ter cada vez mais casos.

E assim a infeção vai chegar a pessoas de risco, pessoas de idade avançada, pessoas que contêm outras patologias e isso vai exercer um fardo enorme no nosso já muito débil sistema de saúde. É um desenrolar de acontecimentos que se vão sucedendo, porque no início não tivemos a precaução de evitar uma aceleração da propagação do vírus. Temos poucos médicos, poucos enfermeiros, temos uma rede de prestação de cuidados que é insuficiente. Por isso, devíamos ter apostado em investir na saúde pública. 


DW África: Mas há um grupo de pessoas que foi confinado num hotel em Bissau, não foi uma boa medida de isolamento? 

MR: Foi uma medida que não percebi bem o seu enquadramento. Sinceramente, tive dificuldade em compreender a estratégia que foi utilizada neste caso. Percebi apenas que foi um grupo de membros do Governo que tinham sido todos infetados na mesma altura. Devo sublinhar que tivemos uma vaga muito grande de infeção a nível de membros do Governo: do primeiro-ministro a secretários de Estado, diretores-gerais, agentes de segurança e polícia, militares, jornalistas, médicos e enfermeiros - o que desmonta que havia ali um foco de infeção não controlado que se propagou por um grupo de pessoas que estão à volta da situação.

Essa estratégia de levar as pessoas para um hotel não me convenceu. Aparentemente eram todas as pessoas assintomáticas e foi uma mudança brusca da estratégia anterior que era manter os assintomáticos em casa. Porque foram para um hotel, quando existe um pavilhão no Hospital Nacional Simão Mendes que está dedicado para acolhimento do caso?  

DW África: A Guiné-Bissau faz parte dos países africanos que importaram o chá de Madagáscar. Aliás, a Guiné-Bissau serviu de portador para entregar o produto a outros países. Este echá está a ser usado para o tratamento da doença? 

MR: Sim. Vimos a Guiné-Bissau enviar um avião privado para ir buscar o chá de Madagáscar não só para a Guiné-Bissau, mas também para distribuir a vários países da sub-região. Também não percebi porque é que a Guiné-Bissau se prestou a esse papel de distribuidora de uma encomenda, quando nós temos dificuldades e temos as fronteiras fechadas. Se tínhamos a possibilidade de enviar um avião cargo para ir buscar uma encomenda, eu preferia que esse avião fosse buscar materiais, como máscaras, ventiladores, produtos para o tratamento da doença, produtos de desinfeção ou outros que nos fazem muita falta. Sobretudo materiais de proteção individual para os agentes de saúde, que estão em falta.  

Esse produto de Madagáscar, como já se sabe, tanto a Organização Mundial de Saúde, como a União Africana e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental já se posicionaram sobre a sua eficácia na cura da doença, dizendo que é um chá que não tem, neste momento, condições para ser utilizado como preventivo e muito menos como curativo da Covid-19. 

DW África: O próprio primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, que diz estar curado da doença, nunca mencionou que foi por causa do chá de Madagáscar, mas, sim, de remédios naturais. Também confiam no chá? 

MR: Exatamente. Já tínhamos recebido a nossa encomenda de chá e ele [Nuno Nabiam], quando teve a alta [médica] do hotel onde esteve confiando, não fez referência de ter utilizado o chá de Madagáscar para se tratar. Por isso, é um grande ponto de interrogação a questão do chá. Também ouvimos o coordenador do Centro de Operação de Emergência de Saúde [Dionísio Cumba], quando foi interrogado, dizer que desconhecia completamente a ficha técnica do chá de Madagáscar e não sabia se poderia ser utilizado para a prevenção ou tratamento [da Covid-19]. Penso que houve ali uma operação política, que não teve um enquadramento do Ministério da Saúde.

Por isso, continuamos sem saber se, de facto, o chá está a ser utilizado, por quem, para que fins e para que resultados. Acho que o que deveria ter sido feito era ter pensado em testar o conteúdo do chá para saber da sua composição e eventualmente proceder a um teste para saber, como vários outros produtos que estão a ser testados neste momento por todo mundo, se tem algum papel no tratamento ou prevenção do [novo] coronavírus. E não assumir, à partida, que era já uma descoberta fantástica. 

Membros do Governo guineense

DW África: E agora, o que se deve fazer na Guiné-Bissau para combater a pandemia? 

MR: Temos que fazer várias coisas ao mesmo tempo e fazê-las bem. Para isso, é preciso admitir que isto não está a correr bem e é preciso juntar competências, trazer mais pessoas para esse combate, porque não pode ser só uma luta do Ministério da Saúde ou de polícias da ordem, como tem sido até aqui. Ou seja, temos polícias a correr atrás das pessoas e, por outro lado, o pessoal da saúde a correr atrás do vírus.

Precisamos de uma estratégia que vá travar a propagação. Agora vamos assistir a um aumento do número de casos que precisam ser hospitalizados, infelizmente. Precisamos de treinar os nossos agentes de saúde para tratarem os casos graves, temos que tentar reduzir a mortalidade e temos também que evitar a propagação da epidemia através de uma educação para a mudança de comportamento. As pessoas têm de perceber que isto agora está a viver connosco e temos de mudar comportamento para poder travar a sua progressão. 

Isso implica também agir em termos de comunicação. A nossa comunicação para os riscos de infeção por Covid-19 não está a ser eficaz, porque continuamos a ouvir queixas de que a população não está a acatar as medidas de prevenção. As formas como essas medidas são veiculadas não têm tido um impacto junto da população.

E, sobretudo, precisamos evitar também que os agentes de saúde continuem infetados ao ritmo que está a acontecer. Isto quer dizer que é preciso pôr nos hospitais, nos centros de saúde, material e equipamento de proteção individual para evitar que os enfermeiros e os médicos se infetem. Isso é inadmissível. Nós sabemos que eles estão na linha da frente, são pessoas de risco, mas também sabemos como evitar essa infeção. Senão daqui a pouco ir ao hospital vai acabar por ser a maior fonte de contágio para todos. Não pode ser. Já começamos a ter médicos e enfermeiros doentes e vamos ter dificuldades em travar esta epidemia. 

Guiné-Bissau: Para Domingos Simões Pereira (PAIGC), Sissoco tenta ocupar as pessoas e tentará com alguns amigos da CEDEAO justificar cumprimento da determinação daquela comunidade. "Vamos agir a partir do dia 22", disse DSP.



Domingos Simões Pereira 

O manuseamento e uso correto da máscara são cruciais. Veja como usar a sua máscara e lembre-se:

Fonte: Unicef Guiné-Bissau

😷 Máscaras não devem ser partilhadas;
💦🧼 Lave as mãos com àgua e sabão antes e depois de tocar na máscara.

👉Leia mais sobre o uso de máscaras: https://cutt.ly/fystwut
#GWcontraCOVID19 #COVID19 #coronavírus

Nigeria: Benue Suspected Index Case, Susan Idoko-Okpe Says She Has No Coronavirus As Claimed By The Government


Susan, who is currently at the National Hospital, Abuja, said that before her samples can be taken, it must be carried out by the World Health Organization (WHO) and sent to the United Kingdom for testing. She has been in quarantine since March 24, 2020 – 50 days now.

Native Reporters

COVID-19 - Número de mortos em África sobe para 2.406 em quase 70 mil casos

O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.406, com quase 70 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.


De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.336 para 2.406, enquanto os infetados com covid-19 passaram de 66.373 para 69.578.

O número total de doentes recuperados aumentou de 23.095 para 23.978.

O norte de África mantém-se como a região mais afetada pela doença, com 1.297 mortos e 23.683 infetados pela covid-19.

Na África Ocidental há 428 mortos e ultrapassou as 20 mil infeções (20.603), enquanto a África Austral contabiliza 225 mortos e regista 12.259 casos, quase todos concentrados num único país, a África do Sul (11.350).

A pandemia afeta 53 dos 55 países e territórios de África, com seis países -- África do Sul, Argélia, Egito, Marrocos, Nigéria e Gana - a concentrarem cerca de metade das infeções pelo novo coronavírus e mais de dois terços das mortes associadas à doença.

O Egito é o país com mais mortos (544) e ultrapassou hoje os 10 mil casos (10.093), seguindo-se a Argélia, que tem 515 mortos e 6.067 infetados.

A África do Sul tornou-se o terceiro com mais mortos (206), continuando a ser o país do continente com mais casos da covid-19, com 11.350 infetados.

Marrocos totaliza 188 vítimas mortais e 6.418 casos, a Nigéria tem 158 mortos e 4.787 casos, enquanto o Gana tem 22 mortos, mas ultrapassou hoje os cinco mil casos (5.127).

Apenas o Lesoto e a República Saarauí continuam sem notificar casos da covid-19.

Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções, com 820 casos, e regista três mortos.

Cabo Verde tem 267 infeções e dois mortos e São Tomé e Príncipe regista 231 casos, tendo anunciado na terça-feira a sétima vítima mortal.

Moçambique conta com 104 doentes infetados e Angola tem 45 casos confirmados de covid-19 e dois mortos.

A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mantém há mais de uma semana 439 casos positivos de infeção e quatro mortos, segundo o África CDC.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

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COVID-19 - Unicef prevê: Surto pode vir a matar indiretamente 6 mil crianças por dia

A luta contra a covid-19 pode vir a provocar a morte de seis mil crianças por dia nos países mais pobres, nos próximos seis meses, vítimas colaterais da sobrecarga dos sistemas de saúde, alertou hoje a Unicef.


Os números do Fundo das Nações Unidas para a Infância baseiam-se num estudo da universidade norte-americana Johns Hopkins, citada num comunicado da organização humanitária.

Segundo o pior de três cenários analisados no estudo, nos próximos seis meses poderão morrer até 1,2 milhões de crianças em 118 países, por causa de cuidados sanitários deficientes, provocados pela luta contra a propagação do novo coronavírus, explicou a agência da ONU em comunicado.

Estes óbitos suplementares juntar-se-iam aos 2,5 milhões menores que morrem semestralmente nestes países, atualmente.

No mesmo período, a luta contra a covid-19 poderá também provocar indiretamente a morte de 56.700 mulheres, devido à falta de acompanhamento antes e depois do parto, além das 144.000 vítimas que já se produzem por semestre.

Um balanço que, a confirmar-se, aniquilaria "décadas de progresso na redução das mortes evitáveis de mães e crianças", lamentou a diretora da Unicef, Henrietta Fore.

"Não podemos deixar as mães e crianças serem vítimas colaterais do combate ao vírus", que já fez quase 290.0000 mortos em todo o mundo, apelou a responsável.

Segundo o estudo da Universidade John Hopkins, publicado na revista The Lancet Global Health, em países com sistemas de saúde precários a covid-19 perturba as cadeias de aprovisionamento de medicamentos e o acesso a alimentos, pressionando os recursos humanos e financeiros desses países.

As medidas instituídas para lutar contra o novo coronavírus, como o confinamento, o recolher obrigatório ou as restrições nas deslocações, e o receio de contágio das populações, reduzem as visitas aos centros de saúde e fazem diminuir o recurso a procedimentos médicos essenciais.

Entre os serviços afetados estão o planeamento familiar, os cuidados pré e pós-natais, os partos, a vacinação e os serviços de prevenção e cuidados de saúde, apontou a Unicef.

Na nota, a organização sublinhou que mais de 117 milhões de crianças em 37 países poderão não ter sido vacinadas contra o sarampo, até meados de abril, por causa da interrupção nas campanhas de vacinação, provocada pela pandemia.

O sul da Ásia seria a região mais afetada, seguindo-se a África subsariana e a América do Sul, com falhas particularmente elevadas no Bangladesh, Índia, Brasil, República Democrática do Congo e Etiópia.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

NAOM

ONU propõe sete estratégias para África controlar crise causada por pandemia

Banco Mundial/Sambrian Mbaabu Vendedor de rua vende máscaras em mercado no Quênia
news.un.org/pt 12 maio 2020

Comissão Econômica para o continente diz que países devem aproveitar tempo extra em relação a Europa, Ásia e Américas; em média, casos de covid-19 estão aumentando 30% por semana; pelo menos 42 países africanos já aprovaram bloqueios parciais ou totais.

A Comissão Econômica da ONU para a África, ECA, divulgou um relatório com sete estratégias para os países africanos ultrapassarem a crise causada pela pandemia de covid-19. 

Até o momento, pelo menos 42 países do continente aprovaram bloqueios parciais ou totais. Segundo a ECA, essas medidas são necessárias, mas têm “consequências econômicas arrasadoras.”

Consequências 
As empresas contatadas pela ECA estão operando em apenas 43%. Cerca de 70% dos moradores de favelas e assentamentos informais já estão ficando sem refeições ou comendo menos devido à pandemia.

Segundo a agência, a situação pode piorar. A propagação do vírus continua se acelerando em muitos países africanos. Em média, os casos estão aumentando 30% por semana.

Um bloqueio total de um mês custaria ao continente 2,5% do seu PIB anual, cerca de US$ 65,7 bilhões. Além disso, o continente sofreria com preços mais baixos das commodities e com uma queda dos fluxos de investimento.

O relatório destaca estratégias para permitir que a atividade econômica continue, embora reduzida. Todas as propostas já foram testadas em outras partes do mundo e têm em conta os possíveis efeitos na mortalidade do vírus. 

Propostas
As sete propostas são melhoria de testes, distanciamento até que existam tratamentos ou vacinas, rastreamento de contatos, licenças de imunidade, reabertura por setores e gradual, adaptação permanente e mitigação.

Vendedores em mercado no Quênia praticam distanciamento social, Banco Mundial/Sambrian Mbaabu

Com um método de adaptação permanente, os países podem facilitar as medidas quando as infecções diminuem e tornar a impor antes de os casos ultrapassarem a capacidade de tratamento intensivo dos hospitais. 

Já em relação a mitigação, a ECA explica que permite que a infecção se espalhe pela população lentamente. O método tem sido testado na Suécia, onde entre 25% a 40% da população de Estocolmo já contraiu o vírus, mas depende da boa adesão às medidas de distanciamento e de um forte sistema de saúde. Segundo a agência, isso pode ser “um risco considerável em populações africanas com baixo acesso à assistência médica.”

Quanto aos bloqueios, permitem que países com vulnerabilidades graves preparem suas capacidades de teste e rastreamento de contatos. Também permitem desenvolver medidas preventivas, informando comunidades e minimizando os riscos para grupos vulneráveis.

O relatório pede ainda que os países africanos tirem vantagem do tempo que tiverem em relação aos países da Ásia, Europa e Américas. Segundo a pesquisa, “pode ser uma oportunidade para aprender com as experiências de outras regiões e suas experiências na reabertura.” 

DESPACHO №: 12 / MI / 2020



terça-feira, 12 de maio de 2020

INICIATIVA CONSTITUCIONAL


A iniciativa sobre a Constituição da República da Guiné-Bissau cabe a qualquer cidadão guineense sugeri-la. NADA TEM DE ERRADO NISSO. Agora, quem a discute e vota são os deputados, com a participação popular em sua elaboração. Ou seja, de todos os guineenses.

A isso, El Moktar General Umaro Sissoco Embaló GARANDE tem a ciência a respeito e vai continuar sem intimidação, a sugestão.

KUMA PEDJACÊ GOSTA DI FESTA DI DISTURCE FATOS, MÁ NÔ ISTA DI UDJO RIBA DI BÓS - BANDIDOS

Escritor Marcelo Aratum.

O Presidente da República promulga o diploma governamental que regulamenta o Estado de Emergência. O recolher obrigatório das 20h as 06h não se aplica aos agentes da Defesa e Segurança, da Saúde e agentes humanitários.









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Guiné-Bissau: Governo e nova ronda de estado de emergência

Após o anúncio do novo decreto presidencial o governo adopta as seguintes medidas: uso obrigatório de máscaras e recolher obrigatório a partir das 20h às 06 de manhã; instruiu-se ao ministro do interior a retirada de todos as licenças de livre trânsito concedidas



Covid-19: África quer acelerar lançamento de agência reguladora de medicamentos


Redação, 12 mai 2020 (Lusa) - A comissária para os Assuntos Sociais da União Africana disse hoje que África quer acelerar a operacionalização da sua agência reguladora de medicamentos para aumentar a segurança do setor e encorajar a produção no continente.

"Estamos a estabelecer a nossa própria agência de medicamentos. Estamos ainda muito no início. Os chefes de Estado [da União Africana] aprovaram o tratado de criação da AMA (African Medicine Agency), 16 países membros assinaram, mas apenas dois ratificaram. Precisamos de 15 ratificações para a agência poder começar a funcionar e estamos a mobilizar os esforços junto dos Estados-membros para avançar", disse Amira El Fadil.

A responsável da União Africana falava hoje, a partir de Adis Abeba, numa conferência 'online' sobre o apoio a África na luta contra a covid-19, em que participaram também o diretor do Fundo Global contra Sida, Tuberculose e Malária, Peter Sands, e o responsável pela Aliança para as Vacinas (GAVI), Seth Berkley.

"Em África, temos sido acusados de ser um depósito para medicamentos falsos e pouco seguros. A produção interna no continente é limitada, temos problemas com as regulamentações e com as políticas de medicamentos", adiantou.

Por isso, sustentou: "Precisamos desta agência para proteger África, para regulamentar as políticas [de saúde] no continente e para encorajar mais produção local de medicamentos".

"As pessoas estão a falar de tratamento para a covid-19, temos vários ensaios clínicos a decorrer em África, temos o remédio orgânico em Madagáscar e, por isso, precisamos de ser parte da segurança futura da saúde do continente e de preencher as falhas nesta área", acrescentou.

A pandemia de covid-19 está a colocar desafios adicionais ao fornecimento de medicamentos, incluindo vacinas, a vários países africanos, evidenciando a necessidade de o continente apostar na produção local para responder às necessidades.

Amira El Fadil abordou ainda a resposta à pandemia de covid-19 em África, que regista mais de 66 mil infeções e 2.336 mortes, considerando que o continente agiu cedo e surgiu mais preparado para uma reação conjunta.

"África decidiu desde o início agir como um continente em unidade e solidariedade e esta é parte da força da resposta que estamos a ter", disse, adiantando que as lideranças africanas aprenderam com as lições da epidemia de Ébola na África Ocidental (2014-2016).

"Nessa altura, não tínhamos um corpo técnico para liderar a luta contra qualquer epidemia no continente. Depois disso, acelerámos o processo de instalação do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças [África CDC], que teve um teste na crise de Ébola na República Democrática do Congo, em 2018, mas que tem nesta pandemia o seu grande teste", disse.

"Estamos conscientes que em muitos países temos serviços de saúde frágeis e que esta não é uma guerra fácil de ganhar", disse, reconhecendo a dificuldade de aplicar medidas preventivas da doença como o distanciamento social ou o isolamento.

"Sabemos o tipo de vida que temos, vivemos juntos, temos famílias muito grandes a viverem juntas. Estas medidas não são suficientes para África e, por isso, estamos a pôr mais ênfase no diagnóstico", adiantou

"Estamos a planear fazer testes, testes e mais testes. É uma das nossas prioridades", acrescentou, reafirmando a meta de alcançar 10 milhões de testes até final do ano.

Por seu lado, Seth Berkley, responsável pela Aliança para as Vacinas, explicou que a organização realocou 10% do orçamento destinado à vacinação para os países poderem comprar equipamentos de proteção e testes para a covid-19, admitindo que a pandemia terá um impacto nos níveis de imunização das populações.

"Estamos a tentar manter a rotina, mas temos problemas nas cadeias de distribuição, as campanhas foram reduzidas e estamos a ver a imunidade das populações a diminuir porque os médicos e enfermeiros estão a ser desviados para a resposta à covid-19", disse.

Por outro lado, as medidas de confinamento decretadas pelos países estão a impedir as famílias de acederem aos programas de vacinação.

"Temos de estar preparados para agir imediatamente a seguir ao fim dos confinamentos e fazer campanhas de recuperação de vacinação", disse.

Quanto a uma possível vacina para o novo coronavírus, Seth Berkley mostrou-se otimista com a rapidez com que os cientistas estão a trabalhar.

"Há mais de 100 vacinas em desenvolvimento, oito em ensaios clínicos e um par delas na segunda fase dois de ensaio. O desafio para nós é assegurar que haverá um compromisso de acesso global à vacina e financiamento disponível para ajudar os países pobres a pagarem pelo acesso às vacinas", disse.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

CFF // JH

Lusa/Fim

Cidadãos guineenses apresentam queixa contra CEDEAO por “ilegalidades e violação de direitos”

Três cidadãos guineenses apresentaram uma queixa contra a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) por "ilegalidades e violação dos direitos humanos" ao reconhecer Umaro Sissoco Embaló como Presidente da Guiné-Bissau


Três cidadãos guineenses apresentaram uma queixa contra a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) por “ilegalidades e violação dos direitos humanos” ao reconhecer Umaro Sissoco Embaló como Presidente da Guiné-Bissau, disse à Lusa o advogado Sana Canté.

A queixa, formalizada junto do tribunal da CEDEAO, tem como subscritores Noronha Embaló, Demba Dabó e Isidoro Sá e fundamenta-se nas atuações da CEDEAO na sua mediação da crise política que se seguiu à segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, realizadas a 29 de dezembro passado.

O advogado Sana Canté, presidente do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI) e que representa os queixosos, fez seguir a petição para o tribunal de justiça da CEDEAO, sediado na Nigéria.

Canté espera que a organização seja condenada por alegada “violação do art.º 2.º/7 da Carta das Nações Unidades e de todas outras disposições internacionais” e a pagar aos seus constituintes uma indemnização não inferior a 500 mil milhões de francos CFA (cerca de 760 milhões de euros).

Os queixosos acusam a CEDEAO de ter extravasado a sua missão no cumprimento do mandato de mediação que lhe foi atribuído pela decisão de 13 de junho de 2012 do Conselho de Segurança e Paz das Nações Unidas, “ao declarar um candidato vencedor de eleições presidenciais, quando ainda decorria um contencioso judicial” sobre as eleições.

Numa altura em que o Supremo Tribunal de Justiça estava ainda a apreciar um contencioso interposto por Domingos Simões Pereira, candidato declarado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), como derrotado nas eleições, Umaro Sissoco Embaló, autoproclamou-se Presidente guineense.

No passado dia 23 de abril, a CEDEAO reconheceu Sissoco Embaló como o vencedor das presidenciais e Presidente legítimo da Guiné-Bissau.

Ao reconhecer Umaro Sissoco Embaló como o vencedor das eleições naquelas circunstâncias, os queixosos entendem que a CEDEAO violou os seus direitos humanos e ainda limitou a liberdade de escolha do povo guineense, assinala Sana Canté.

“A CEDEAO colocou ainda em causa o Estado de Direito democrático, a liberdade de expressão ou de escolha e a segurança e garantia da independência do poder judicial”, na Guiné-Bissau, destacou o advogado.

Como outras medidas punitivas, Sana Canté vai pedir ao tribunal que obrigue a CEDEAO a dar sem efeito os atos assumidos após crise eleitoral de dezembro, ordenar a que sejam repostas as autoridades que existiam antes da assunção do poder por parte de Sissoco Embaló e ainda aplicar sanções contra os autores da subversão da ordem constitucional na Guiné-Bissau.

Sana Canté considera a petição contra a CEDEAO como “uma das formas de tentar resolver o problema que criou na Guiné-Bissau, por via pacífica” e defende que a organização, com a sua atuação, “quer empurrar os guineenses para a violência”.

MB // JH

visao.sapo.pt

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Decreto Presidencial: Membros do Conselhos de Estado da Guiné-Bissau





Braima Darame

Presidente da República nomea 5 membros da Comissão Técnica para a Revisão Constitucional e 4 técnicos superiores para em comissão de serviço coajuvar a Comissão.



Aliu Cande /RadioBantaba

Covid-19: Acordo de livre comércio em África adiado para 2021 - ONU


Adis Abeba, 12 mai 2020 (Lusa) - A Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) anunciou hoje que o acordo de livre comércio, cuja entrada em vigor estava prevista para julho, foi adiado para, pelo menos, 01 de janeiro de 2021.

"Dada a necessidade urgente de os governos se focarem na proteção das vidas face à covid-19, a data de 1 de julho para o início do comércio ao abrigo do novo acordo foi adiada para, pelo menos, 1 de janeiro de 2021", lê-se no comunicado difundido hoje em Adis Abeba.

Para a organização, "aumentar o comércio intra-africano pode servir como um pacote alternativo de estímulo para a criação de empregos, exportações, desenvolvimento industrial e crescimento económico",

Segundo o diretor de integração regional e comércio na UNECA, Stephen Karingi, citado no comunicado, "a covid-19 provou que os países africanos conseguem adaptar-se e responder à procura".

Karingi disse ainda que o adiamento das trocas comerciais ao abrigo das novas regras "oferece uma janela de oportunidade para repensar como o acordo pode ser reconfigurado para refletir as novas realidades e os riscos do século XXI, o que é necessário para posicionar a economia africana em face dos futuros choques adversos que emanam do novo vírus e das alterações climáticas, entre outros".

O acordo pretende liberalizar o comércio no continente e tem como objetivo eliminar as tarifas aduaneiras em 90% dos produtos.

O AfCFTA permitirá criar o maior mercado do mundo com um Produto Interno Bruto (PIB) acumulado a ascender a 2,5 biliões de dólares (cerca de dois biliões de euros), de acordo com estimativas anteriores à pandemia de covid-19.

Dos países lusófonos, só São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial ratificaram o acordo.

O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.336, com mais de 66 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.290 para 2.336, enquanto os infetados com covid-19 passaram de 63.325 para 66.373.

O número total de doentes recuperados no continente aumentou de 21.821 para 23.095.

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 286 mil pessoas e infetou mais de 4,1 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 de hoje, baseado em dados oficiais.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Por Lusa/Fim

COVID-19 - 'Super imunidade' pode explicar como morcegos não adoecem com a Covid-19

Enquanto vários cientistas tentam descobrir uma vacina para o novo coronavírus, uma equipa acreditar ter descoberto como o vírus foi capaz de sobreviver em morcegos, sem matá-los.


Investigadores canadenses da Universidade de Saskatchewan dizem ter descoberto por que motivo os morcegos podem estar infetados com o novo coronavírus durante meses sem adoecer. As descobertas, publicadas no Scientific Reports, revelam que os morcegos têm uma 'super imunidade' às cepas do vírus.

"Os morcegos não se livram do vírus, mas também não adoecem", disse o microbiologista Vikram Misra, citado pela Study Finds. "Queríamos entender porque é que o vírus MERS não interrompe as respostas imunitárias do morcego, como ocorre nos seres humanos".

Segundo os investigadores, o sistema imunitário de um morcego e os vírus continuam a adaptar-se após o animal ter sido infetado. Misra diz que o coronavírus começa a trabalhar com o morcego, mantendo-o saudável, mesmo se estiver infetado por vários meses.

"Em vez de matar células de morcego, como faz com células humanas, o coronavírus MERS entra num relacionamento a longo prazo com o hospedeiro, mantido pelo sistema imunitário", explicou o investigador. "Pensa-se que o SARS-CoV-2 opera da mesma maneira".

NAOM

COVID-19: sobe para 820 casos confirmados de novo coronavírus na Guiné-Bissau.

O número de casos da covid-19 na Guiné-Bissau aumentou hoje para 820, mantendo-se três mortos, de acordo com os dados divulgados pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) guineense.


O Laboratório Nacional de Saúde Pública analisou 94 amostras, das quais 59 deram positivo", afirmou Dionísio Cumba, coordenador do COES, na conferência de imprensa diária sobre a evolução da doença no país.

Segundo o médico guineense, com os novos casos positivos elevam para 820 o número de casos registados com infeção pelo novo coronavírus na Guiné-Bissau, incluindo 26 recuperados e três mortos.

Dionísio Cumba disse também que a maior parte dos casos regista-se no Setor Autónomo de Bissau.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou segunda-feira o estado de emergência no país até 26 de maio, e decretou o recolher obrigatório e o uso obrigatório de máscaras, medidas que, agora, deverão ser regulamentados pelo Governo.

No âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00 horas.

O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.336, com mais de 66 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Por Lusa

Cidadão Guineense atento; como vês, o General Umaro Sissoco Embalo Presi...

PAIGC informa ao ex-PGR, Ladislau Embassa, que parcialidade e preferências eleitorais são obstáculos ao seu posicionamento como juiz do STJ para todo e qualquer aspecto do Contencioso Eleitoral.




PAIGC 2020

Guiné-Bissau: Lesmes Monteiro Torres Gemeos - Revisão Constitucional

Guiné-Bissau - Governo aprova o recolher obrigatório a partir das 08h da noite a 06h da manhã.

O Conselho de Ministro propôs ao Presidente da República o recolher obrigatório a partir das 20h até 06h no âmbito da regulamentação do Estado de Emergência em vigor até ao próximo dia 26.

O diploma governamental destaca ainda a obrigatoriedade de uso de máscaras nos locais públicos e em toda as localidades de concentração social fechada.

Estas medidas de restrições das liberdades dos cidadãos reforçam as outras já adotadas para travar a propagação do vírus-corona na Guiné-Bissau.

O Conselho de Ministros de hoje foi convocado em especial para regulamentar a quarta vaga de estado de emergência, cujo o terceiro decreto de prorrogação foi tornado público ontem durante a Mensagem à Nação do Presidente Umaro Cissoko Embalo.

Aliu Cande

Dia Internacional do enfermeiro!

Fonte: O primeiro ministro da Guiné-Bissau - Eng. Nuno G. Nabiam

Dia Internacional do enfermeiro!

Como qualquer super herói vestem as suas capas e máscaras todos os dias para combaterem um inimigo invisível.

Muitos são os desafios destes heróis que já existiam bem antes dos outros.

Neste dia em especial, o Governo, orgulha-se em homenagear todos os enfermeiros da Guiné-Bissau como os VERDADEIROS HERÓIS.

A todos que arriscam a sua vida para salvar a nossa, OBRIGADO.

#ENFERMEIRO #ENFERMEIRA
##DIAINTERNACIONALENFERMEIRO
#FIQUEMCASA

Eng° Nuno Gomes Nabiam, Primeiro Ministro da Guiné-Bissau

ESPAÇO DE CONCERTAÇÃO POLÍTICA DOS PARTIDOS DEMOCRÁTICOS

Os Partidos políticos membros do espaço dos partidos democráticos, informam a CEDEAO “que o ponto de litígio na Guiné-Bissau diz respeito à segunda volta das eleições presidenciais realizadas a 29 do passado mês de dezembro e, em caso algum, as eleições legislativas de 10 de março de 2019”. Original em francês, leia também a tradução para o português:

ESPAÇO DE CONCERTAÇÃO POLÍTICA DOS PARTIDOS DEMOCRÁTICOS

(PAIGC; APU-PDGB; PND; UM; PCD; PUN)

À Sua Excelência
Sr. Presidente da Comissão da CEDEAO

Excelência,

Nós, Partidos políticos membros do espaço dos partidos democráticos, temos a honra de lhe endereçar, Senhor Presidente, as nossas respeitosas saudações.

Tomamos nota do comunicado da Comissão da CEDEAO publicado a 22 de de abril de 2020. Esperamos que a CEDEAO tudo fará para que as recomendações expressas no vosso comunicado sejam integralmente respeitadas e aplicadas por todos os atores políticos guineenses.

Gostaríamos de lembrar, Excelência, que o ponto de litígio na Guiné-Bissau diz respeito à segunda volta das eleições presidenciais realizadas a 29 do passado mês de dezembro e, em caso algum, as eleições legislativas de 10 de março de 2019, cujos resultados determinaram tanto a composição do atual parlamento e - tal como determina a Constituição- também o Governo, em resultado da relação de forças decidida pelos eleitores.

Lamentamos que o candidato Umaru Sissoko Emablo, sem que os resultados das eleições tenham sido validados pela Corte Suprema da Guiné-Bissau, antes mesmo do seu reconhecimento internacional e agindo na mais completa ilegalidade, tenha decidido derrubar o governo de Aristides Gomes, governo legítimo saido das eleições e que dispunha de todos os instrumentos legais, reconhecidos pela CEDEAO e pela comunidade Internacional.

Ao abrir uma nova crise inútil, o senhor Umaru Sissoko Emablo reproduz os comportamentos desviantes do antigo Presidente José Mário Vaz, comportamentos que prejudicaram grandemente o nosso país e que, durante cinco longos anos, mobilizaram as energias e a boa vontade da nossa organização regional comum.

Reparamos, com satisfação, que as disposições do ponto 7 do vosso comunicado vão no sentido de impedir que o país mergulhe, de novo, num outra crise.

Senhor Presidente,

Gostaríamos de chamar a atenção para um facto de extrema gravidade. Trata-se da nomeação, pelo Senhor Umaru Sissoko Embalo, do Dr. Fernando Gomes para o cargo de Procurador Geral da República,a 29 de abril de 2020. Esta nomeação é um atentado aos direitos humanos e um insulto à memória de inúmeras vítimas dos assassinatos políticos que ensanguentaram o país durante o governo de Carlos Gomes Júnior, entre 2008 e 2012.

Durante este período, o chefe de estado maior general da forças armadas, O General Tagmé na Way foi assassinado nas instalações do Estado Maior. Nas horas que se seguiram, o Presidente da República João Bernardo Vieira viria a ser executado na sua residência. Seguir-se-iam líderes políticos: Hélder Proença, antigo ministro da defesa, Baciro Dabó, antigo ministro do interior e Roberto Ferreira Cacheu, antigo responsável do parlamento guineense. Durante este período foram também assassinados responsáveis pelos serviços de segurança do estado, nomeadamente, Samba Djalo et Yaya Dabo. O assassinato deste último implica diretamente o senhor Frenando Gomes. Com efeito, ele exercia na altura as funções de ministro do Interior. O senhor Yaya Dabó, oficial dos serviços de segurança, foi executado a sangue frio, nas instalações do ministério do Interior. Nenhum inquérito foi aberto sobre este assassinato, nem sobre os outros. A Impunidade que vigorou durante esses anos sombrios conduziu, sem dúvidas, ao golpe de estado de 2012 contra Carlos Gomes Júnior. Até à data, nenhum desses assassinatos foi julgado.

Senhor Presidente,

Esperamos que a nossa organização regional não mais permita que exerçam funções no aparelho do estado, pessoas cuja implicação ou inação possa ter conduzido à prática de crimes de sangue. Seria abrir caminho para novas crises políticas na Guiné-Bissau.Os nosso partidos respetivos e todos os democratas do nosso país levarão a cabo sem tréguas uma batalha determinada até que o senhor Fernando Gomes seja demitido das suas funções de Procurador Geral da República.
Estamos convencidos de que uma saída de crise no nosso país passa pelo respeito pelo Estado de Direito e pela Democracia. O fim da impunidade é condição insdispensável para a estabilização da Guiné-Bissau.

Agradecendo o tempo que dedicou à leitura desta nossa missiva, aceite, Senhor Presidente, a expressão da nossa mais elevada consideração.

Bissau, 10 de maio 2020.

A Coordenação

Eng. Domingos Simões Pereira
(Presidente do PAIGC)



Fonte: Domingos Simões Pereira