A Guiné Bissau ocupa na posição 177 de 191 países do mundo, no índice de desenvolvimento humano dados de PNUD.
A Guiné Bissau ocupa na posição 177 de 191 países do mundo, no índice de desenvolvimento humano dados de PNUD.
© Reuters
Notícias ao Minuto 17/10/22
Drones? "Qualquer negócio" com o Irão será alvo de "sanções"
Porta-voz do Departamento de Estado considerou que a "Rússia aprofundar uma aliança com o Irão é algo que o mundo inteiro [...] deve ver como uma ameaça profunda".
Os Estados Unidos advertiram, esta segunda-feira, que seriam tomadas medidas contra as nações e empresas que sejam identificadas por estarem a apoiar o programa de desenvolvimento de drones iraniano, na sequência do ataques levados a cabo, esta manhã, pelas tropas russas sobre Kyiv, com recurso a estes aparelhos.
"Qualquer entidade que faça negócios com o Irão que possam ter qualquer ligação aos veículos aéreos não tripulados, ao desenvolvimento de mísseis balísticos ou ao fluxo de armas do Irão para a Rússia deve ser muito cuidadosa e fazer a sua devida diligência", explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, aqui citado pela AFP.
Em declarações aos jornalistas, a mesma fonte acrescentou ainda que a "Rússia aprofundar uma aliança com o Irão é algo que o mundo inteiro [...] deve ver como uma ameaça profunda".
Citando dados anteriormente divulgados pelos serviços secretos norte-americanos, Vedant Patel ressalvou ainda que, ao contrário do que seria de esperar, alguns dos veículos aéreos não tripulados alegadamente disponibilizados pelo Irão à Rússia têm funcionado deficientemente no terreno de batalha.
Tudo isto, na perspetiva do porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, mostra a "enorme pressão" que tem vindo a ser sentida pela Rússia, na sequência das perdas que tem vindo a sofrer na Ucrânia. E destacou ainda que, por essa mesma razão, Moscovo está "a ser francamente forçada a recorrer a países pouco fiáveis, como o Irão, para obter abastecimento e equipamento".
Segundo as informações conhecidas até ao momento, as forças russas têm utilizado, ao longo das últimas semanas, drones kamikaze para atacar centros urbanos e infraestruturas várias em diversas regiões ucranianas. Foi isto que aconteceu, precisamente, esta segunda-feira, em Kyiv, cidade que acordou literalmente 'debaixo de fogo', depois de ter sido alvo de um ataque por parte destes aparelhos, comandados por tropas russas.
Segundo as acusações feitas pela Ucrânia, os drones serão, alegadamente, de fabrico iraniano - embora o governo iraniano tenha voltado, uma vez mais, a negar a venda de drones à Rússia. Já o Kremlin, por sua vez, ainda não comentou o assunto.
Perante todo este cenário, a União Europeia disse estar já a investigar a alegada venda pelo Irão de 'drones' à Rússia para utilização pelas forças russas na guerra da Ucrânia, segundo indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho. Caso essa possibilidade se veja confirmada, "haverá sanções acrescidas ao Irão", referiu ainda o governante português.
Segundo as mais recentes contabilizações da ONU (Organização das Nações Unidas), foram já confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos na sequência deste conflito na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro. Porém, a mesma fonte remete um balanço mais certeiro para o final dos combates no terreno, altura em que será possível fazer um apuramento mais preciso das fatalidades.
© REUTERS
Por LUSA 17/10/22
Kyiv reivindica destruição de 37 dos 43 drones usados em ataque russo
A força aérea ucraniana afirma que a Rússia atacou hoje o território ucraniano com um total de 43 drones 'kamikaze', dos quais 37 foram abatidos por Kyiv.
O representante do comando da força aérea ucraniana, Yuriy Ihnat disse na televisão ucraniana que os drones "voaram do sul, 43, dos quais 37 foram eliminados" e que "todas as forças e meios - aviação, sistemas de mísseis antiaéreos e outras forças de defesa - estiveram envolvidos".
"Pelo menos 86% dos aparelhos destruídos são Shahed (de fabrico iraniano). Este não é um mau resultado para estes alvos", referiu Ihnat.
A força aérea ucraniana apelou ao público para que deixe as tropas ucranianas fazer o seu trabalho, face a uma imagem a circular nas redes sociais que mostra um homem a tentar disparar contra um objeto voador a partir de uma janela.
"Não há necessidade de disparar pela janela", disse Ihnat, avisando que as balas disparadas em áreas densamente povoadas podem atingir inocentes, especialmente as de espingardas de caça.
O representante do comando da força aérea acrescentou que a Ucrânia espera agora que os seus parceiros reforcem o seu sistema de defesa aérea para cobrir o máximo possível do território da Ucrânia.
Anteriormente, o ministro do Interior, Denis Monastyrsky, tinha relatado que a Rússia tinha atacado a Ucrânia com 42 drones 'kamikaze', 36 dos quais foram abatidos.
"O ataque deveria exceder os de segunda-feira passada, quando houve bombardeamentos de mísseis, mas não aconteceu", disse o ministro, dizendo que demonstrou que a Rússia não tinha conseguido atingir o seu objetivo.
Os serviços de emergência ucranianos anunciaram hoje que recuperaram os corpos de quatro pessoas após um ataque russo com 'drones' em Kiev, enquanto na região de Sumy morreram mais quatro pessoas com um míssil.
Segundo o presidente da Câmara de Kiev, Vitaliy Klitschkó, esta manhã houve um total de cinco explosões na capital ucraniana, todas causadas por 'drones' Shahed de fabrico iraniano.
O Serviço de Emergência do Estado informou ainda que um míssil russo atingiu um prédio administrativo de uma subestação elétrica em Sumy, no norte do país, tendo sido retirados dos escombros quatro corpos e três pessoas vivas.
Na região de Dnipropetrovsk (centro), uma pessoa ficou ferida na sequência de um ataque com um míssil nas instalações de uma subestação elétrica, acrescentaram os serviços de resgate.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
© Twitter / @Mike_Bresson
Notícias ao Minuto 17/10/22
Segundo o ministério da Defesa da Rússia, o avião militar em causa tratava-se de um Su-34 e ter-se-á despenhado no decorrer de um voo de treino.
Um avião militar caiu sobre um bloco de apartamentos na cidade russa de Yeysk, junto às margens do Mar de Azov, perto da Ucrânia. A informação foi avançada pelo ministério da Defesa do país, aqui citada por agências noticiosas russas.
Segundo a informação que foi divulgada até ao momento, os dois pilotos da aeronave ter-se-ão ejetado momentos antes do embate, que provocou um enorme incêndio no edifício de nove andares. Porém, pelo menos 15 edifícios terão ficado danificados devido à ocorrência.
À agência noticiosa russa TASS, um residente disse: "Ambulâncias e bombeiros estão a chegar de toda a cidade, helicópteros estão no local".
Segundo o ministério da Defesa da Rússia, o avião militar em causa tratava-se de um Su-34 e ter-se-á despenhado no decorrer de um voo de treino. Segundo um dos pilotos, citado pela mesma fonte, a causa do acidente estará relacionada com um incêndio num dos motores da aeronave, registado durante a descolagem.
Após o embate da aeronave com os edifícios, terão ocorrido explosões, derivadas da combustão de munições armazenadas no avião.
A Reuters, que cita as autoridades locais, está a noticiar que morreram duas pessoas na sequência da queda deste avião militar, com 15 outras, pelo menos, a terem ficado feridas.
Veja, na galeria acima, o vídeo que ilustra a intensidade das chamas decorrentes deste embate da aeronave militar num bloco de apartamentos na Rússia.
A proposta foi aprovada na reunião de concertação entre o Governo e os Partidos Políticos com e sem assento parlamentar.
Sob a égide do Ministro da Administração Territorial e Poder Local, Fernando Gomes, a reunião contou com as presenças dos técnicos do GTAPE e da CNE.
A proposta vai agora para o Conselho de Ministros e, depois para o Presidente da República que decretará a oficialização da data.
As legislativas deviam ser realizadas a 18 de Dezembro_2022, mas devido aos atrasos no recenseamento eleitoral, o Governo e os partidos políticos concordaram e fixaram uma nova data, a 23 de Abril de 2023.
© Getty Images
Notícias ao Minuto 17/10/22
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu esta segunda-feira à União Europeia para que sancione o Irão pelo alegado fornecimento de drones kamikaze à Rússia, que terão sido responsáveis pela morte de, pelo menos, quatro civis em Kyiv, esta manhã.
Numa declaração em vídeo publicada no Facebook, aqui citada pelo The Guardian, o governante ucraniano considerou ainda que o próximo pacote de sanções a aplicar à Rússia "tem de ser severo", tendo solicitado, novamente, a doação de mais sistemas de defesa aérea e munições para as tropas ucranianas.
Pela mesma via, Dmytro Kuleba endereçou ainda uma outra mensagem aos governantes da União Europeia, ressalvando que os ataques às instalações energéticas da Ucrânia representaram um golpe na segurança energética europeia - pelo facto de terem tido consequências negativas ao nível das exportações de energia ucraniana para o bloco europeu.
Segundo as informações conhecidas até ao momento, as forças russas têm utilizado, ao longo das últimas semanas, drones kamikaze para atacar centros urbanos e infraestruturas várias em diversas regiões ucranianas. Foi isto que aconteceu, precisamente, esta segunda-feira, em Kyiv, cidade que acordou literalmente 'debaixo de fogo', depois de ter sido alvo de um ataque por parte destes aparelhos, comandados por tropas russas.
Segundo as acusações feitas pela Ucrânia, os drones serão, alegadamente, de fabrico iraniano - embora o governo iraniano tenha voltado, uma vez mais, a negar a venda de drones à Rússia. Já o Kremlin, por sua vez, ainda não comentou o assunto.
Perante todo este cenário, a União Europeia disse estar já a investigar a alegada venda pelo Irão de 'drones' à Rússia para utilização pelas forças russas na guerra da Ucrânia, segundo indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho. Caso essa possibilidade se veja confirmada, "haverá sanções acrescidas ao Irão", referiu ainda o governante português.
Segundo as mais recentes contabilizações da ONU (Organização das Nações Unidas), foram já confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos na sequência deste conflito na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro. Porém, a mesma fonte remete um balanço mais certeiro para o final dos combates no terreno, altura em que será possível fazer um apuramento mais preciso das fatalidades.
© Reuters
Por LUSA 17/10/22
A Rússia advertiu hoje Israel de que se fornecer armas à Ucrânia irá prejudicar as relações entre Moscovo e Telavive, depois de um ministro israelita ter admitido a entrega de armamento a Kyiv.
"A parentemente, Israel pretende também fornecer armas ao regime de Kyiv. Um passo muito insensato. Irá destruir todas as relações interestatais entre os nossos países", afirmou o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia ex-chefe de Estado, Dmitri Medvedev.
Numa declaração na rede social Telegram, Medvedev acusou o Governo ucraniano de ser nazi, uma das justificações dadas por Moscovo para a invasão do país vizinho, em 24 de fevereiro deste ano.
"Basta olhar para os símbolos [nazis] usados pelos seus atuais capangas", disse, referindo-se às tatuagens usadas por alguns membros do batalhão ultranacionalista ucraniano Azov, segundo a agência espanhola EFE.
O ministro da Diáspora israelita, Nachman Shai, condenou, no domingo, o alegado fornecimento de mísseis balísticos iranianos à Rússia e defendeu a entrega de armas à Ucrânia por parte de Israel.
"Não há dúvida de qual o lado que Israel deveria escolher neste conflito sangrento. Chegou o momento de a Ucrânia receber de Israel o mesmo apoio militar que recebe dos Estados Unidos e da NATO", disse Shai.
Uma porta-voz do primeiro-ministro israelita, Yair Lapid, disse à AFP que o seu gabinete não comentaria as observações de Medvedev.
Até agora, as autoridades israelitas limitaram a sua cooperação com a Ucrânia à ajuda humanitária e à entrega de equipamento não letal, a fim de não prejudicar a sua relação com Moscovo.
A ajuda militar de Teerão a Moscovo tem passado pelo fornecimento de drones [aeronaves não tripuladas) Shahed, rebatizado pela Rússia como Guran-2, com o qual o exército russo destrói infraestruturas civis ucranianas.
De acordo com o Instituto de Estudos de Guerra norte-americano, o Irão também forneceu alegadamente drones Arash-2 e mísseis balísticos, algo que Teerão nega categoricamente.
Os aliados ocidentais da Ucrânia, incluindo Portugal, têm fornecido ajuda militar a Kyiv.
Algumas das armas norte-americanas e europeias permitiram às forças armadas ucranianas lançar recentemente uma contraofensiva e recuperar território que estava sob ocupação russa.
A guerra na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a mais grave crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será consideravelmente elevado.
By Rádio Jovem outubro 17, 2022
O presidente da Associação para a Defesa e Proteção dos Idosos na Guiné-Bissau, Nelson Oliveira Intchama, considera, esta segunda-feira, que o respeito aos Direitos Humanos no país é uma ironia.
Nelson Intchama fez esta afirmação numa conferência de imprensa realizada hoje, 17.10, para denunciar o espancamento de um idoso, na casa dos 70 anos, na região de Biombo, concretamente na povoação de Quisset.
Segundo este responsável, tudo ocorreu na noite de 10 de outubro, após o filho do idoso em causa sair do local da circuncisão “barraca do fanado”, tendo os agressores alegados que o homem velho estava a revelar “os segredos” de alguns usos praticados durante esta cerimónia tradicional.
Para Nelson, a fragilidade no capítulo da sensibilização sobre os Direitos Humanos está a pôr em causa seriamente a vida de muitas pessoas no país, inclusive dos idosos.
Sendo assim, a organização em questão condena o ato e pede que os autores sejam traduzidos à justiça.
Nelson intchama apela ainda à sociedade guineense a respeitar os idosos, lembrando que um dia também seremos idosos.
”Penso que não estamos num Estado ditatorial em que podemos fazer o que bem entendemos, pelo que deve haver uma punição severa para os autores desses atos que põem em causa o direito de qualquer cidadão”.
Manuel dos Santos, o velho que foi vítima da agressão, avançou que ficou surpreendido e triste com o que aconteceu.
“O meu filho se encontrava na rua e adverti-o que devia estar dentro naquelas horas, já que acabou de sair da “barraca”. Ao ter dito isso, esse grupo de jovens, inclusive o meu próprio filho, levou-me diretamente para as matas, tendo sido forçado a ajoelhar para depois receber várias pauladas”.
De referir que o pai foi quem responsabilizou de cuidar do filho na “barraca” durante essa prática tradicional. Segundo as informações disponíveis, no ato, participaram sete jovens, sendo que três deles já se encontram na posse das autoridades judiciais.
Conforme essa organização que protege e defende Direitos dos Idosos, já se registou vários casos desse género, com os casos dos idosos mortos acusados de serem feiticeiros a destacar-se.
Posição tornada a pública hoje (17.10) pelo presidente da Associação Académica daquela Universidade pública guineense numa Conferência de Imprensa para denunciar " índice de corrupção" invocada pela administração.
© Lusa
Por LUSA 17/10/22
Investigadores do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) desenvolveram biossensores que permitem detetar "com rigor e rapidez" a presença de substâncias alérgicas em alimentos, como amendoim, camarão, peixe, ovo e aipo, foi anunciado esta segunda-feira.
Em comunicado, o instituto do Porto revela que a metodologia "inovadora", desenvolvida no âmbito do projeto TracAllerSens, vai permitir detetar e quantificar as substâncias alergénicas em produtos alimentares.
"A ausência de métodos expeditos capazes de detetar com grande fiabilidade a presença de algumas substâncias alergénicas em determinados alimentos afeta, e muitas vezes compromete, a dieta alimentar dos doentes alérgicos, que se vêm impossibilitados de consumir determinados alimentos por receio de poderem conter algumas destas substâncias", salienta o ISEP, lembrando que a União Europeia estabeleceu uma lista prioritária de ingredientes que podem provocar alergias e que podem estar presentes em "alimentos pré-embalados, a granel e prontos a ser servidos".
"A alergia alimentar tem tido uma incidência crescente nos últimos anos, representando um problema de saúde pública", destaca o instituto, acrescentando que na Europa se estima que a alergia alimentar afete mais de 17 milhões de pessoas.
A par da "falta de soluções", a indústria alimentar confronta-se com "dificuldades, por necessitar de métodos de análise sensíveis e seletivos no controlo aos alergénicos", salienta o ISEP. "Os métodos tradicionais para este fim são muitas vezes morosos, dispendiosos e requerem equipamentos sofisticados, o que impede uma despistagem efetiva podendo comprometer a sua aceitação em laboratórios com recursos limitados", acrescenta.
Nesse sentido, os investigadores do REQUIMTE do ISEP desenvolveram biossensores que podem ser produzidos a "um custo muito controlado" se aplicados à indústria alimentar. Citado no comunicado, o investigador responsável pelo plano de trabalhos do projeto, Hendrikus Nouws, destaca que o projeto "pretendeu dar resposta aos desafios analíticos existentes ao desenvolver sensores de tamanho reduzido, baratos e fáceis de manusear, seletivos e com capacidade de despistar quantidades vestigiais de alergénios".
O projeto foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) em 239 mil euros.
© Shutterstock
Por LUSA 17/10/22
A NATO iniciou hoje os exercícios nucleares anuais, planeados há muito tempo, no noroeste da Europa, numa altura em que sobem as tensões entre o Ocidente e o Presidente russo, Vladimir Putin.
Nas manobras vão participar 14 dos 30 países membros da NATO, envolvendo cerca de 60 aeronaves, incluindo caças e aviões de vigilância e reabastecimento.
A maior parte destas manobras será realizada a pelo menos 1.000 quilómetros das fronteiras da Rússia.
Os bombardeiros B-52 de longo alcance dos EUA também participarão nos exercícios, apelidados de Steadfast Noon, que ocorrerão até 30 de outubro.
A NATO indicou que os voos de treino terão lugar sobre a Bélgica, que recebe a organização das manobras deste ano, bem como sobre o Mar do Norte e o Reino Unido.
Os exercícios envolvem caças capazes de transportar ogivas nucleares, mas não envolvem bombas reais.
Estas manobras tinham sido planeadas antes de Putin ter ordenado a entrada de tropas russas na Ucrânia, em final de fevereiro.
A Rússia também costuma realizar as suas manobras nucleares anuais por esta altura.
Sabe-se que, este faz o segundo empresário chinês a ser morto na Guiné-Bissau pelos larápios. O primeiro aconteceu cerca de cinco anos em Bafatá, Leste do país.
Fonte: Notabanca; 17.10.2022
Leia Também:
© Lusa
Por LUSA 17/10/22
Um cidadão chinês, empresário residente em Colonato, arredores de Bissau, foi assassinado na noite de domingo, aparentemente por ladrões, disse hoje à Lusa Hélio Fernandes, sócio guineense da vítima.
De acordo com Hélio Fernandes, o empresário teria sido surpreendido por ladrões na sua residência, por volta das 22:00 (mais uma hora em Lisboa) e terá sido atingido por um tiro fatal na cabeça.
O empresário estava desde 2016 na Guiné-Bissau, onde se dedicava ao comércio de blocos de cimento, produzidos numa fábrica que o próprio geria, numa parceria com Hélio Fernandes, guineense, antigo estudante na China.
"O meu sócio praticamente nunca saía de Colonato para Bissau. Estava sempre na fábrica ou em casa", observou o guineense.
A Polícia Judiciária (PJ), os bombeiros de Bissau e elementos da embaixada chinesa na capital guineense deslocaram-se ao local do crime, momentos após o sucedido, explicou Hélio Fernandes.
O corpo da vítima, com pouco mais de 40 anos, foi transportado pelos bombeiros para Bissau, aguardando as diligências da PJ e da embaixada da China, adiantou a mesma fonte.
© Lusa
Por LUSA 16/10/22
A cimeira mundial da saúde arrancou hoje em Berlim entre apelos para colocar a saúde no topo das prioridades globais e alertas para continuar a luta contra a malária e poliomielite, enquanto as atenções estão centradas na Covid-19.
"A saúde não é um custo, é um investimento", sublinhou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, na cerimónia de abertura de uma cimeira que vai durar três dias e é considerada o maior evento internacional deste âmbito em 2022.
O impacto da pandemia do novo coronavírus, em escala sanitária, social e económica, deve ser aproveitado "para elevar a saúde ao mais alto nível" no conjunto de prioridades na esfera política e também no investimento, público ou privado, disse o representante.
Tem de haver um "compromisso geracional" para que, no fim, se contemple a despesas com a saúde como um "investimento", acrescentou o diretor-geral da OMS, agência que integra o sistema das Nações Unidas.
A pandemia da doença Covid-19 revelou "a vulnerabilidade" a que o mundo continua exposto, tanto o mais desenvolvido como o que ainda não tem "acesso adequado e equitativo à vacina", recordou.
Não é, no entanto, segundo foi focado no arranque da cimeira, a única das vulnerabilidades que continuam a afetar a população mundial em termos de saúde, porque a tarefa de erradicar a poliomielite no mundo menos industrializado ainda está pendente.
A luta contra a poliomielite vai ocupar as sessões da chamada conferência de doadores contra esta doença, que pretende arrecadar 4.800 milhões de euros nos próximos quatro anos.
Numa mensagem endereçada à cimeira, o bilionário e mecenas norte-americano Bill Gates anunciou uma doação de até 1.200 milhões de euros para o fundo contra a poliomielite, doença que continua a causar estragos no Paquistão e no Afeganistão.
"A erradicação da poliomielite está ao nosso alcance. Mas a doença continua a ser uma ameaça", disse o mecenas, copresidente da fundação Bill e Melinda Gates, numa intervenção por videoconferência no arranque da cimeira mundial da saúde.
O valor será doado para a Iniciativa Global para a Erradicação da Poliomielite, uma parceria público-privada, cujo objetivo é acabar definitivamente até 2026 com a poliomielite, contra a qual existe vacina.
Esta doença altamente contagiosa, que invade o sistema nervoso e pode causar paralisia permanente, afeta mais frequentemente crianças com menos de cinco anos.
Desde o seu lançamento em 1988, a iniciativa ajudou a reduzir os casos de poliomielite em mais de 99% em todo o mundo e evitou mais de 20 milhões de casos de paralisia, disse a fundação em comunicado.
O Paquistão e o Afeganistão são os dois únicos países onde o poliovírus selvagem, a forma mais conhecida do vírus, permanece endémica.
Mas dois países africanos, Malawi e Moçambique, registaram casos de pólio selvagem importados para o seu território este ano.
Também o chanceler alemão, Olaf Scholz, se referiu à luta contra a poliomielite na sua mensagem de saudação no início dos trabalhos da reunião, pedindo que não se deixem "fora de foco" estas doenças que, para o mundo industrializado, já estão superadas, tendo anunciado uma contribuição de 35 milhões de euros para aquele fundo global.
A pandemia de Covid-19 revelou a importância de "seguir os conselhos dos cientistas", prosseguiu Scholz.
Estes, frisou o líder alemão, reagiram e conseguiram desenvolver vacinas para combatê-la "num tempo incrivelmente curto", o que mostra a "necessidade imperiosa" de investir em investigação, assim como na saúde.
Em nome da Comissão Europeia, interveio a diretora-geral para a Saúde e Segurança Alimentar, Sandra Gallina, lembrando que a luta pela saúde global passa pelo combate às desigualdades e pela erradicação da pobreza.
A cimeira da saúde, apadrinhada por Scholz e pelos Presidentes francês, Emmanuel Macron, e senegalês, Macky Sall, arrancou em formato híbrido, com intervenções presenciais -- como a do chanceler alemão - e mensagens por meios virtuais, entre elas a de Bill Gates.
Fernando Dias acusou sem citar nomes, que existem pessoas que estão a minar a relação entre o PRS e o Presidente Embaló.
© Reuters
Por LUSA 16/10/22
A administração norte-americana afastou hoje a possibilidade de o Presidente Joe Biden se encontrar com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, na cimeira do G20 do próximo mês, na Indonésia.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que "o Presidente vai reavaliar a relação com a Arábia Saudita porque eles têm estado do lado da Rússia contra os interesses do povo norte-americano".
Sullivan respondia assim à CNN sobre a deterioração das relações entre Riade e Washington após o corte das quotas de produção da OPEP+, que beneficia a Rússia.
"São relações que foram construídas ao longo de décadas com o apoio de ambos os partidos", democrata e republicano, e "o Presidente não vai seguramente agir de forma precipitada", afirmou.
Mas "não tem qualquer intenção de se encontrar com o príncipe herdeiro na cimeira do G20", anunciou.
O conselheiro de Biden observou que entre as opções que estão a ser consideradas para reavaliar as relações com Riade estão "mudanças na abordagem à ajuda militar dos EUA à Arábia Saudita".
Na semana passada, a OPEP+ - os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita, e os seus 10 parceiros, liderados pela Rússia - decidiram reduzir as suas quotas de produção, de forma a suster os preços do crude, que estavam a cair.
Um aumento dos preços irá beneficiar os cofres da Rússia, que depende das suas vendas de hidrocarbonetos para financiar a guerra na Ucrânia, que lançou em fevereiro deste ano.
Ataque em Kiev (AP)
Ivana Kottasová CNN, 16/10/22
A Ucrânia pediu aos aliados para fornecerem mais sistemas de defesa antiaérea e munições depois de a Rússia ter aumentado a utilização de drones kamikaze no seu ataque brutal contra o país.
Kiev disse que Moscovo usou drones kamikaze fornecidos pelo Irão em ataques contra Kiev, Vinnytsia, Odessa, Zaporizhzhia e outras cidades ucranianas nas últimas semanas, e apelou aos países ocidentais para fornecerem mais ajuda perante este novo desafio.
Os drones têm tido um papel significativo no conflito desde que a Rússia lançou a sua invasão em larga escala em fevereiro passado, mas a sua utilização aumentou desde o verão, quando Moscovo adquiriu os novos drones ao Irão.
Também os ucranianos têm usado drones kamikaze contra alvos russos e pediram aos aliados para lhes fornecerem mais destas armas letais.
Eis o que sabemos acerca destes drones.
O que são drones kamikaze?
Os drones kamikaze ou drones suicida são um tipo de sistema bélico aéreo. São conhecidos como munição de espera porque conseguem aguardar durante algum tempo numa zona identificada como alvo potencial e só atacam quando é identificado um ativo inimigo.
São pequenos, portáteis e podem ser lançados facilmente, mas a sua principal vantagem é que são difíceis de detetar e podem ser disparados à distância.
O nome kamikaze é uma referência ao facto de os drones serem descartáveis. São concebidos para atacar para lá das linhas do inimigo e serem destruídos no ataque, ao contrário dos drones militares tradicionais que são maiores e mais rápidos e voltam à origem depois de largarem mísseis.
Que drones está a Rússia a usar na Ucrânia?
As forças armadas ucranianas e os serviços secretos americanos dizem que a Rússia está a usar drones de ataque feitos no Irão. Representantes dos EUA disseram em julho à CNN que o Irão tinha no mês anterior começado a apresentar os drones da série Shahed à Rússia no aeródromo de Kashan, a sul de Teerão. Os drones são capazes de transportar mísseis de precisão e têm uma carga útil aproximada de 50 quilos.
Em agosto, representantes dos EUA disseram que a Rússia tinha comprado estes drones e estava a treinar as suas tropas para os usarem. Segundo o presidente Volodymyr Zelensky da Ucrânia, a Rússia encomendou 2400 drones Shahed-136 ao Irão.
A Ucrânia afirma que as suas tropas abateram um desses drones pela primeira vez no mês passado perto da cidade de Kupyansk, em Kharkiv. Desde então, houve registo de mais ataques. As forças armadas de Kiev disseram ter abatido 17 mísseis Shahed-136 num único dia. De acordo com fotos divulgadas pelas autoridades ucranianas, a Rússia rebatizou os Shahed e usa-os com o nome “Geran”.
Os representantes americanos dizem que “já há indícios” de os drones iranianos “terem sofrido inúmeras falhas” no campo de batalha.
A vice-subsecretária da Defesa para a política, Sasha Baker, disse aos jornalistas no final do mês passado que “a ideia de os drones representarem um salto tecnológico é algo que, sinceramente, os dados não estão a mostrar”.
Moscovo tem também os seus próprios drone kamikaze, feitos pela fabricante russa de armas Kalashnikov Concern. A Ucrânia afirma que abateu na quarta-feira dois destes drones ZALA Lancet.
Partes daquilo que as autoridades ucranianas dizem ser um drone iraniano Shahed-136 foram encontradas em Kharkiv, na Ucrânia, a 6 de outubro de 2022
Um polícia ucraniano inspeciona uma peça de um drone abatido em Kharkiv, a 6 de outubro de 2022
Como pode a Ucrânia defender-se destes drones?
Desde o início da guerra em fevereiro que a Ucrânia pede aos seus aliados para fornecerem sistemas de defesa antiaérea, mas a necessidade tornou-se mais urgente desde que a Rússia começou a usar drones de fabrico iraniano.
Os sistemas de defesa antiaérea foram uma das três principais prioridades na lista de armas solicitadas pela Ucrânia durante uma reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia em Bruxelas na quarta-feira, segundo um documento fornecido aos ministros da defesa que participaram no encontro.
O general Mark Milley, diretor do Estado-Maior Conjunto dos EUA, disse aos jornalistas após a reunião que os EUA e os aliados tinham de fornecer sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia para ajudar o país a defender o seu espaço aéreo contra os ataques das tropas russas.
“Muitos países têm Patriot, muitos países têm outros sistemas, há uma série de sistemas israelitas que são muito capazes, os alemães também têm sistemas como já referimos, portanto muitos países que estiveram hoje aqui têm uma variedade de sistemas”, indicou Milley.
“A tarefa será juntá-los, enviá-los e treiná-los, porque todos esses sistemas são diferentes. É preciso garantir que podem ser ligados com um sistema de comando, controlo e comunicação e verificar se têm radares capazes de falar entre si para poderem identificar alvos nos seus voos de aproximação.”
A defesa antiaérea de que a Ucrânia precisa para combater os drones kamikaze é diferente dos sistemas usados contra mísseis de cruzeiro e armas semelhantes. O sistema de defesa Patriot – que significa “sistema de radar de rastreamento para interceção de alvos” – foi concebido para combater e destruir mísseis balísticos de curto alcance, tal como aeronaves avançadas e mísseis de cruzeiro, e pode ser usado contra drones.
As autoridades ucranianas dizem que as defesas aéreas do país já estavam a derrubar o “grosso” dos drones Shahed. O general Valerii Zaluzhnyi, comandante militar ucraniano, publicou na terça-feira no Twitter um agradecimento à Polónia por serem seus “irmãos de armas” ao treinarem um batalhão de defesa aérea que ele disse ter destruído 9 de 11 drones Shahed. Ele disse que a Polónia deu “sistemas” à Ucrânia para ajudar a destruir os drones.
No mês passado, houve registo de que o governo polaco tinha comprado equipamento israelita avançado (Israel tem uma política de não vender “tecnologia avançada de defesa” a Kiev) que foi depois transferido para a Ucrânia.
Na quinta-feira, Zelensky fez um novo pedido de capacidades de defesa antiaérea, tendo dito que Kiev tem apenas cerca de 10% daquilo que precisa para combater os ataques de Moscovo.
A Ucrânia também tem drones kamikaze?
As forças armadas ucranianas têm usado drones kamikaze RAM II, que foram desenvolvidos por um consórcio de empresas ucranianas e comprados com dinheiro angariado em crowdfunding por ucranianos comuns. Estas munições de espera de precisão podem transportar ogivas com 3 quilos e têm um alcance de voo até 30 quilómetros, segundo os seus fabricantes.
Mas Kiev tem também contado com os aliados para fornecerem drones. Os EUA já enviaram vários tipos de sistemas de armas aéreas para a Ucrânia. Entre eles contam-se os drones Switchblade – pequenos drones kamikaze portáteis que podem levar uma ogiva e explodir com o impacto. O Switchblade 300 e o Switchblade 600 de maior dimensão são produzidos pela empresa americana de defesa AeroVironment.
O Switchblade 300 de menor dimensão pode atingir um alvo a 9,6 km, segundo as especificações fornecidas pela empresa, enquanto o Switchblade 600 de maior dimensão pode atacar a mais de 32 km. Ambos os sistemas podem ser preparados e lançados em minutos.
Em maio, os EUA enviaram às forças armadas militares os drones “phoenix ghost”, que se julga serem semelhantes aos Switchblade, apesar de pouco se saber sobre as suas capacidades.
O Reino Unido também forneceu munições de espera à Ucrânia, incluindo 850 micro-drones Black Hornet que são lançados à mão.
Adicionalmente, a Ucrânia tem usado os drones Nayraktar TB2 de fabrico turco. Estes drones tornaram-se um símbolo da resistência ucraniana. Porém, são maiores e foram concebidos para voltar à origem após largarem bombas ou mísseis guiados por laser.
Por LUSA 16/10/22
Guiné nega que adiamento de legislativas atrase programa do FMI
O ministro das Finanças guineense afirmou à Lusa que o programa do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em nada está relacionado com o eventual adiamento das eleições legislativas, pelo que não afetaria o seu cronograma.
"Não tem nada a ver, porque o Fundo (FMI) trabalha com o país, independentemente das eleições. Nós sabemos que existe um decreto do Presidente da República que marcou eleições para dia 18 e quem tem a competência e o direito de pronunciar se vai haver uma eleição geral tem de ser o mesmo Presidente, através de um outro decreto. Portanto, eu aqui continuo a falar que enquanto não existir o decreto, haverá eleição no dia 18", frisou Ilídio Té.
"Mas o programa do Fundo não tem nada a ver com eleições. Já falámos sobre isso e o Governo está a fazer o seu trabalho para ter um programa financeiro, porque será um programa entre o Fundo Monetário Internacional e a Guiné-Bissau", disse o governante, em entrevista à Lusa, em Washington, à margem dos encontros anuais do FMI.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu em 16 de maio o parlamento da Guiné-Bissau e marcou eleições legislativas antecipadas para 18 de dezembro.
Contudo, partidos políticos com e sem assento parlamentar consideraram ser difícil realizar eleições em 18 de dezembro.
Os problemas de acessibilidade a algumas zonas do país, devido à época das chuvas, a sensibilidade dos materiais que não podem ser molhados e o facto de no interior do país muitas pessoas estarem nos campos agrícolas, foram outras das razões que levaram ao pedido de adiamento das eleições.
Os principais partidos políticos guineenses defenderam a realização de um recenseamento eleitoral de raiz, que segundo a lei deve durar cerca de três meses, mas, que até ao momento, ainda não começou.
O ministro das Finanças da Guiné-Bissau participou ao longo da semana numa série de reuniões na sede do FMI e do Banco Mundial, em Washington, fazendo um "balanço positivo" desses trabalhos "intensos e duros" que manteve.
"Podemos fazer um balanço positivo de todos os encontros que tivemos nestas reuniões com diferentes departamentos. Na sexta-feira estivemos reunidos com uma delegação do departamento legal, que era umas das reuniões mais complicadas. Mas, ao fim e ao cabo, acho que correu bem no final", avaliou.
À Lusa, Ilídio Té disse que aproveitou os encontros para reforçar o interesse do Governo em ter um programa financeiro com o FMI.
"Também [tivemos um reunião] com o chefe da própria missão do Fundo. Uma reunião aprofundada e, sobretudo, para fazer uma abordagem mais séria e mostrar qual o empenho do Governo em ter um programa financeiro com o Fundo. Portanto, toda a nossa dedicação e vontade política em cumprir com todos os pontos foram lá sublinhados", detalhou.
O ministro salientou ainda que apesar da "própria conjuntura e fragilidade do país", há um esforço "para pôr o carro dentro da estrada".
"Portanto, como dizem que temos um Ferrari dentro da garagem, estamos a trabalhar para tirar o Ferrari para pô-lo na estrada", comparou, numa alusão ao trabalho que diz que o seu Governo está a desenvolver.
O FMI anunciou em junho que iria retomar brevemente a assistência financeira à Guiné-Bissau no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado e destacou no âmbito das consultas do artigo IV que a gestão orçamental sustentável é uma "prioridade" e que a consolidação orçamental deve continuar em 2022 para "conter o elevado risco" de aumento da dívida pública.