© Getty Images
Por LUSA 28/09/22
O Pentágono anunciou hoje mais 1,1 mil milhões de dólares (cerca de 1,13 mil milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia, num novo pacote de armamento para reforçar a defesa do país a médio e longo prazo.
Esta nova ajuda inclui 18 sistemas de artilharia de precisão Himars, 150 veículos blindados "Humvee", sistemas de defesa anti-drones, radares, entre outros, de acordo com um comunicado do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Como o financiamento é para contratos de armas e equipamentos e visa ajudar a Ucrânia a garantir as suas necessidades de defesa de longo prazo, pode levar vários meses até que Kyiv obtenha esse armamento.
Esta nova ajuda "demonstra o empenho dos Estados Unidos em continuar a apoiar a Ucrânia a longo prazo", sublinha o comunicado.
"Representa um investimento de vários anos em capacidades essenciais para o fortalecimento sustentado das forças armadas da Ucrânia, enquanto defendem a soberania e o território ucraniano contra a agressão russa", acrescentou o Pentágono.
Essa nova parcela eleva a ajuda militar dos EUA à Ucrânia para 16,2 mil milhões de dólares (16,6 mil milhões de euros) desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, e para 16,9 mil milhões de dólares (17,3 mil milhões de euros) desde que o atual Presidente, Joe Biden, assumiu a Casa Branca, em janeiro de 2021.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.996 civis mortos e 8.848 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.