terça-feira, 28 de maio de 2024

O Exército israelita atribuiu hoje o incêndio que matou 45 pessoas num campo de deslocados em Tal al-Sultan, no oeste de Rafah, à explosão de munições armazenadas em instalações do movimento islamita palestiniano Hamas próximas das que bombardeou.

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Por Lusa  28/05/24 
 Israel atribui incêndio em Rafah a explosão de munições do Hamas
O Exército israelita atribuiu hoje o incêndio que matou 45 pessoas num campo de deslocados em Tal al-Sultan, no oeste de Rafah, à explosão de munições armazenadas em instalações do movimento islamita palestiniano Hamas próximas das que bombardeou.


"Foi um incidente devastador que não esperávamos que acontecesse. O nosso Exército lançou 17 quilos de explosivos, a quantidade mínima que os nossos aviões de combate podem lançar. As nossas munições, por si sós, não podem ter causado aquele incêndio devastador", declarou o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, que insistiu que a investigação ainda não está concluída.

O ataque israelita, ocorrido no domingo à noite e cujos alvos eram alegadamente dois altos responsáveis do Hamas, foi condenado pela maior parte da comunidade internacional e classificado por Israel como "um trágico acidente", que se deu apesar de "todas as precauções tomadas para evitar danos à população civil não-envolvida e usando a quantidade mínima de explosivos".

"Foi uma das noites mais duras e terríveis desde que começou a ofensiva a Rafah", disse um deslocado em Tal al-Sultan, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Durante a madrugada, a artilharia israelita também efetuou disparos perto dos armazéns da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) no centro de Rafah, matando sete pessoas e ferindo 15, segundo fontes médicas palestinianas.

Além disso, mais 13 habitantes da Faixa de Gaza foram mortos horas depois noutro bombardeamento, às portas do hospital de campanha norte-americano entre Rafah e Khan Yunis, no sul daquele território palestiniano há oito meses palco de uma guerra de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que ali se encontra no poder desde 2007.

A artilharia atacou com intensidade e sem aviso prévio esta e outras zonas alegadamente seguras, de onde Israel não tinha ordenado a retirada da população civil, tendo os respetivos tanques já entrado no centro da cidade de Rafah.

O Governo da Faixa de Gaza anunciou que, nas últimas 48 horas, pelo menos 72 pessoas deslocadas foram mortas em bombardeamentos de Israel a acampamentos de tendas improvisadas nos bairros do oeste de Rafah, até agora considerados seguros.

"Os ocupantes têm a intenção deliberada de continuar a cometer mais massacres contra civis e deslocados que fugiram ao horror dos assassínios e ataques, o que confirma a sua insistência no genocídio premeditado e deliberado, numa clara mensagem de desafio aos tribunais penais internacionais", declarou o Governo de Gaza num comunicado.

Israel iniciou a sua operação militar em Rafah a 06 de maio e, desde então, mais de um milhão de pessoas fugiram da cidade, que até então albergava cerca de 1,4 milhões de deslocados.

A comunidade internacional apelou a Israel para que não invadisse a cidade, para evitar uma catástrofe humanitária, mas o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que era essencial para ganhar a guerra, uma vez que quatro batalhões do Hamas ali permaneciam entrincheirados.

A pedido da Argélia, o Conselho de Segurança da ONU convocou hoje uma reunião de emergência para abordar a ofensiva a Rafah, na sequência do ataque de domingo, e o Hamas instou o órgão executivo das Nações Unidas a tomar "medidas imediatas".

"A comunidade internacional e o Conselho de Segurança devem atuar de forma urgente e enérgica para pôr termo a estas violações flagrantes do Direito Internacional e para proteger os civis indefesos", declarou o movimento islamita palestiniano.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas depois de este, horas antes, ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando mais de 1.170 pessoas, na maioria civis.

Classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também 252 reféns, 124 dos quais permanecem em cativeiro e 37 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

A guerra, que hoje entrou no 235.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 36.000 mortos e de 81.000 feridos e cerca de 10.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.


O alto representante da União Europeia (UE) para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revelou hoje que mais países do bloco comunitário permitem agora a utilização do armamento que forneceram à Ucrânia para "em autodefesa" atacar território russo.

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Por Lusa  28/05/24 
 Mais países da UE aceitam uso de armas ocidentais em "ataques" à Rússia
O alto representante da União Europeia (UE) para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revelou hoje que mais países do bloco comunitário permitem agora a utilização do armamento que forneceram à Ucrânia para "em autodefesa" atacar território russo.


"Sobre a possibilidade de levantamento de restrições à utilização do armamento ocidental pelas Forças Armadas da Ucrânia para atingir alvos militares no território russo, em autodefesa, é uma ação legítima ao abrigo da lei internacional", disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial em Bruxelas (Bélgica).

"Há países que tinham uma ideia contrária e hoje aceitam levantar esta limitação no armamento que disponibilizaram à Ucrânia", completou.

Contudo, o chefe da diplomacia europeia disse que "é claro que é uma decisão individual" de cada país e que "têm de se responsabilizar por isso", sem especificar quantos ou quais os Estados-membros que consideraram essa hipótese.

Os ministros da Defesa da UE também discutiram a possibilidade de instrução de militares ucranianos no território da Ucrânia, mas faltou consenso para avançar com uma proposta.

"A 27 há visões diferentes, não posso dizer que houve consenso para isso, mas as coisas alteram-se", disse o alto representante da UE.

Existe um receio que estas duas hipóteses contribuam para exacerbar as tensões geopolíticas, uma vez que o Kremlin alertou que possibilitar o uso de armamento ocidental para atingir o território russo - ainda que "de uma maneira proporcional", como alegou Josep Borrell - podia ser considerado envolvimento de outros países.

Leia Também: O Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje a Europa das "graves consequências" se os países da NATO permitirem que a Ucrânia utilize armas ocidentais contra alvos em território russo.  

Leia Também: O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou-se hoje favorável ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia contra o território russo para neutralizar pontos de onde a Rússia lança os seus mísseis, desde que os alvos não sejam civis. 


A Rússia intensificou o recrutamento de mercenários no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda, oferecendo aos interessados a cidadania russa, um valor para assinar o contrato e um salário mensal, segundo o serviço de informação militar ucraniano (GUR).

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Por Lusa  28/05/24 

Rússia intensifica o recrutamento no Ruanda, Burundi, Congo e Uganda
A Rússia intensificou o recrutamento de mercenários no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda, oferecendo aos interessados a cidadania russa, um valor para assinar o contrato e um salário mensal, segundo o serviço de informação militar ucraniano (GUR).

"O Estado agressor, a Rússia, intensificou significativamente a sua campanha de recrutamento de mercenários estrangeiros para a guerra contra a Ucrânia. Está a recrutar na África Central, em particular no Ruanda, Burundi, República do Congo e Uganda", afirmou o GUR num comunicado.

De acordo com os serviços secretos militares de Kiev, além dos cerca de 1.800 euros pela assinatura do contrato e de mais 2.200 euros mensais, é oferecido aos recrutas um seguro médico e um passaporte russo para eles e as suas famílias.

"Uma unidade especial do Ministério da Defesa russo está envolvida no recrutamento de africanos para participarem em ataques com carne para canhão em solo ucraniano", refere-se no comunicado.

O GUR também se refere a alegadas "deserções em massa" de mercenários nepaleses do exército russo devido a baixas em massa nas suas unidades e a maus tratos por parte dos seus superiores russos.

O comunicado é acompanhado de uma fotografia de uma brochura com a qual a Rússia está alegadamente a tentar atrair homens dos quatro países africanos.

Além dos benefícios, a brochura promete aos interessados que receberão "formação avançada" e "as melhores armas e equipamento", informando da existência no exército russo de "uma unidade especial para estrangeiros".

"Pode juntar-se ao exército russo e tornar-se membro de um dos melhores exércitos do mundo", diz-se no folheto, em que pode ler-se a mensagem: "Nós somos a liberdade, nós somos a justiça, nós somos o exército russo".

Nos últimos meses, as autoridades ucranianas têm alertado para o elevado número de mercenários de África, Ásia e América Latina recrutados pela Rússia para combater na Ucrânia.

Kiev capturou mercenários de algumas dessas regiões e mostrou-se disposta a negociar com os respetivos governos o seu repatriamento para os países de origem.

Leia Também: O Presidente russo, Vladimir Putin, considerou hoje que o único poder legítimo na Ucrânia pertence agora ao parlamento ucraniano e não ao Presidente, alegando que o mandato de Volodymyr Zelensky terminou em 20 de maio. 


Coordenador da Frente Popular, Armando Lona está em Conferência de Imprensa.


 Radio Voz Do Povo
 

Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística da Guiné-Bissau -PNTL

Com Ministério Das Obras Publicas, Habitação e Urbanismo  MOPHU/28.05.2024
Decorreu hoje,  no salão Victor Maria no Palácio do Governo, o  Ateliê Nacional de Validação do Plano Nacional de transportes e logística da Guiné-Bissau-PNTL, com o objetivo de disseminar em maior escala, o conteúdo e a visão deste Plano estratégico de singular e transcendente importância para o desenvolvimento socioeconómico do nosso país.
O ato contou com honrosa presença da sua excelência Sr. Primeiro- Ministro da República da Guiné-Bissau;
Sua excelência Ministro Das Obras Públicas, Habitação e Urbanismo; Ministro das Pescas e Economia Marítima; Ministro das Finanças; Ministro dos Recursos Naturais; Ministro da Energia;  Ministro do Comércio e Indústria;
Representante Residente do Banco Mundial;
Embaixador da E.U;
Diretor dos Transportes para a África Ocidental do Banco Mundial;
e também contou com a presença dos técnicos dos diferentes departamentos governamentais

"RESUMO EXECUTIVO"
A posição geográfica da Guiné-Bissau constitui um importante trunfo a ser explorado para o seu desenvolvimento económico. Com efeito, o país está aberto ao oceano, faz fronteira com dos outros grandes países, Senegal e Guiné-Conacri, e os três fazem parte da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOAO) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o que consolida o seu potencial para o comércio sub-regional.
A sua abertura ao oceano favorece as exportações e importações internacionais. E a posição do porto de Bissau podera favorecer significativamente a cabotagem entre os outros portos da sub-região e, mais precisamente, os portos mais próximos, como o porto de Ziguinchor no Senegal e Kamsar na Guiné Conacri.
 
Os quatro pilares motores do desenvolvimento económico da Guiné-Bissau, nomeadamente a Agricultura, a Pesca, o Turismo e o Sector Mineiro, sofrem de problemas crucias que os impedem de tirar partido da sua riqueza diversificada.
De facto, uma vez assegurada uma boa produtividade agrícola, pesqueira e mineira e posto em prátca um bom programa de turismo e ecoturismo, há uma grande necessidade de assegurar o transporte de mercadorias dos seus locais de produção para os locais de transformação, consumo ou exportação através de meios de transporte multimodais com apoio logístico moderno.

O problema para a Guiné-Bissau é nevitavelmente a falta de infraestruturas de transporte modernas que possam apoiar os pilares da sua economia e capitalizar todo o potencial do país.
A elaboração de um Plano Nacional de Transportes e Logística para a Guiné-Bissau (PNTL) visa apoar o desenvolvimento sustentável das componentes da economia que estão harmoniosamente integradas com
as principais zonas económicas do país e a sub-região da África Ocidental.
O principal objectivo deste estudo é desenvolver um Plano Nacional de Transportes e Logística para orientar grandes investmentos e polítcas sectoriais a curto, médo e longo prazo.
 
Os subsectores dos transportes e da logística estão em causa, nomeadamente:
*Transportes rodoviários e urbanos,
*Transporte ferroviário,
*Transporte marítimo e por vias navegáveis interiores,
*E transporte aéreo

Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística  da Guiné-Bissau -PNTL-01


Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística  da Guiné-Bissau -PNTL _02


Atelier de validação do plano Nacional de transporte e logística  da Guiné-Bissau -PNTL_03
 


Fotos/Vídeos: Tuti Vitória Iyere

Guiné-Bissau: Saúde: Técnicos novos ingressos exigem demissão do Ministro da tutela

 Rádio Capital Fm

Bissau (28.04.2024) - O Coletivo de Técnicos de Saúde Novos Ingressos vai realizar uma vigília amanhã, 29, em Frente do Ministério da Saúde Pública para exigir a demissão do   Ministro da tutela, Domingos Malú, que acusam de criar bagunça que levou a desistência de Fundo Global em poder assegurar o pagamento de dois anos de salários para essa categoria de técnicos, acordado com o governo de PAI TERRA RANKA.

Numa publicação na sua página no Facebook, o porta-voz do coletivo, Dencio Florentino Ié, anunciou que os  técnicos vão amanhã exigir a demissão de Domingos Malú e que seja nomeada uma pessoa confiável e capaz de apresentar soluções viáveis para os problemas que afetam o sector da saúde neste momento.

Os  técnicos em causa foram excluídos do  sistema pelo então governo de Nuno Gomes Nabiam,    em 2022, alegando ter tomada a decisão com base nas recomendações do Fundo  Monitario Internacional. Mas foram reintegrados em 2023 pelo  Governo de PAI TERRA RANKA, tendo, na altura, um acordo com o Fundo Global para reformas emergentes no setor da saúde, no âmbito de  Programa de Emergência do executivo liderado por Geraldo Martins. 

A vigília de Coletivo de  Técnicos de Saúde Novos Ingressos acontece no momento atípico no setor da saúde e da educação,  isto é, no  decurso da terceira vaga de greve convocada pela Frente Social. 

Por: Mamandin Indjai

Quatro crianças encontradas abandonadas num apartamento em França

© Shutterstock
Por  Notícias ao Minuto  27/05/24

As crianças foram encontradas sem roupa e sem comida, e uma estava a tentar "cozinhar numa placa quente no chão".

Quatro crianças, com idades entre os dois e os seis anos, foram encontradas sozinhas dentro de um apartamento "vazio e sujo", na noite de domingo, em Reims, no departamento francês de Marne. A mãe e o namorado foram detidos e acusados de terem abandonado os menores.

Segundo o jornal Le Figaro, que cita o procurador François Schneider, as crianças foram encontradas sem roupa e sem comida, e uma estava a tentar "cozinhar numa placa quente no chão".

O alerta foi dado aos bombeiros locais por um "conhecido da mãe". As crianças foram encontradas "não desnutridas", mas com "repercussões psicológicas".

Após as crianças terem sido encontradas, as autoridades localizaram a mãe e o namorado e ambos foram detidos. O homem foi detido por violar as imposições, proibições ou interdições determinadas por sentença criminal, ao passo que a mulher foi acusada de não cumprir as "suas obrigações legais, comprometendo a saúde e a segurança dos filhos".

A publicação francesa avançou que o detido já tinha antecedentes criminais por violência doméstica e violência contra menores.