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POR LUSA 25/02/23
A União Europeia impôs novas sanções ao grupo privado militar Wagner, que mantém fortes relações com Moscovo, por violações dos direitos humanos em África.
Oito indivíduos e sete entidades ligadas ao grupo paramilitar foram adicionados à lista de congelamentos de bens e proibição de viagens no espaço europeu.
O Grupo Wagner - que luta ativamente com o exército russo na Ucrânia - já tinha sido sancionado pela União Europeia em 2021.
O Departamento de Estado norte-americano denunciou em janeiro que o Grupo Wagner está a obter "lucros ilícitos" em África que poderão ser utilizados para financiar a guerra na Ucrânia.
Na mesma altura, a publicação norte-americana Politico informou que os Estados Unidos acreditam que o Grupo Wagner estava a expandir seus projetos de mineração na África para arrecadar milhões para reforçar suas operações militares na Ucrânia, ampliando significativamente o seu trabalho na República Centro-Africana (RCA).
Em contrapartida, o chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, sustentou recentemente que o Grupo Wagner foi para África "a pedido dos governos africanos para ajudar a normalizar a situação na região face à ameaça terrorista".
O chefe da diplomacia russa citou a este respeito também a República Centro-Africana (RCA), país considerado o laboratório Wagner no continente africano, antes de intervir noutros países, como o Mali e o Burkina Faso.
Este grupo paramilitar fundado em 2014 consolidou-se como um dos principais protagonistas do conflito na Ucrânia e os seus mercenários também foram avistados na Síria e na Líbia.
Os EUA, que há vários anos tentam contrariar a influência russa em África, acusam o grupo Wagner de "cometer violações dos direitos humanos e extorquir os recursos naturais" dos países africanos onde está presente.
Na Ucrânia, estima-se que o Grupo Wagner, que assumiu protagonismo nos últimos meses na intensificação do conflito no leste do país, tenha um contingente de milhares de combatentes, entre mercenários contratados e ex-prisioneiros russos.
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