A alta comissária para a Covid-19, Magda Robalo, reconheceu que as medidas adotadas no Decreto de Estado de calamidade à saúde pública ” não são fáceis e que têm impacto negativo” nas suas vidas. Contudo, pediu “compreensão e paciência, por parte da população guineense”.
Em um áudio divulgado pelo gabinete de comunicação e relações públicas da Presidência da República, no âmbito de uma reunião que o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, manteve hoje, 29 de agosto de 2021, com a Alta Comissária, Magda Robalo, o vice-primeiro ministro, Soares Sambú, o ministro do interior, Botche Candé, O ministro da função pública, Tomane Baldé, o secretário de Estado do orçamento, Ilídio Vieira Té e o Presidente da câmara municipal de Bissau, Luís Enchama, Magda Robalo afirmou que a situação da Covid-19 na Guiné Bissau está “demasiado grave” associada ainda ao surgimento da variante Delta, lembrando que a terceira vaga da doença é “muito pior de que as duas primeiras vagas”.
“Se a população recordar em março do ano passado, houve o confinamento total, os mercados abrem num período de tempo mais curto do que esse período que está a ser registado. Todos os locais de aglomeração foram fechados. Hoje, temos uma situação de Covid-19 pior do que aquele período” disse, insistindo que as medidas que tomaram “não são desproporcionais, pelo contrário são medidas necessárias para controlar a situação”.
A alta comissária informou que, neste momento, há 40 pessoas internadas pela covid-19 e a capacidade de internamento e de tratamento de casos da Covid-19 no país é “pequena”.
“Importamos o oxigénio frequentemente do Senegal, porque a nossa capacidade de produção é baixa e temos, neste momento, o número de mortes a multiplicar a cada semana. A curva continua a subir e a taxa de positividade é grande. Significa dizer que, por causa da variante Delta, uma pessoa infeta hoje muitas pessoas” insistiu e voltou a pedir “compreensão, paciência e aderência às medidas decretadas”.
Lembrou também que o sistema sanitário do país é frágil e que essas medidas são para proteger a vida de cada guineense e são também para proteger a saúde de cada guineense.
O ministro do Interior, Botche Candé, garantiu que as forças de segurança vão ser “muito rigorosas” no cumprimento das medidas de restrições impostas pelo Estado de calamidade à saúde pública.
“Prefiro ser insultado, como está a acontecer, para salvar vidas. Mesmo com insultos, vamos continuar a exigir o cumprimento das medidas” disse, apelando à compreensão de todos os cidadãos.
Por: Tiago Seide
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