Coreia do Norte voltou a lançar um míssil balístico, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, que cita fontes militares. Fonte do governo norte-americano também confirmou o lançamento.
Não se sabe, para já, que tipo de míssil foi lançado.
O míssil terá sido lançado numa zona a norte de Pyongyang e dirigiu-se para leste. A trajectória do projéctil está a ser analisada pelas autoridades sul-coreanas e norte-americanas.
Fonte do governo japonês afirma, contudo, que o míssil poderá ter aterrada em zona económica exclusiva do país.
Este é o primeiro teste realizado por Pyongyang desde setembro, quando foi lançado um míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido, no Japão.
Até este último teste, a Coreia do Norte, principalmente desde abril, testou, em média, cerca de dois ou três mísseis balísticos por mês.
O teste desta terça-feira surge momento depois de fontes do governo norte-americano terem afirmado à Reuters de que Pyongyang estava a preparar um lançamento de um míssil "para os próximos dias".
Uma das fontes ouvidas pela Reuters, diz que o governo japonês detetou sinais de rádio suspeitos nos últimos dias, vindos da Coreia do Norte.
NAOM
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EUA dizem que míssil balístico disparado por Pyongyang é intercontinental
O Pentágono anunciou que o míssil lançado hoje pela Coreia do Norte é um engenho balístico intercontinental, que realizou um voo de mil quilómetros.
"Detetámos um lançamento de míssil desde a Coreia do Norte. Estamos em processo de avaliação da situação e divulgaremos informação adicional quando esta estiver disponível", disse o porta-voz do Pentágono, coronel Robert Manning.
O míssil balístico intercontinental, com alcance que permite atingir território norte-americano, foi o primeiro ensaio em dois meses e meio, depois do último, de médio alcance, ter sobrevoado o norte do Japão antes de cair no mar.
"A Coreia do Norte lançou um míssil balístico não identificado em direção a leste das cercanias de Pyongsong, província de Pyongan del Sur, a norte da capital norte-coreana (Pyongyang)", revelou o Estado-maior Conjunto sul-coreano.
Os continuados ensaios com armas feitos pelo regime de Kim Jong-un, entre os quais um ensaio nuclear no passado 03 de setembro, aumentaram a tensão na zona a níveis nunca vistos depois da guerra da península da Coreia (1950-1953).
No passado dia 21, os Estados Unidos impuseram sanções contra 13 entidades encarregadas do transporte marítimo e terrestre na Coreia do Norte, com o intuito de pressionar Pyongyang para que ponha um fim aos ensaios de mísseis balísticos e às suas aspirações nucleares.
As sanções foram divulgadas um dia depois de Donald Trump ter remetido para a Coreia do Norte a lista de países "patrocinadores do terrorismo", da qual o país asiático tinha saído há quase uma década.
Depois desta decisão, o Presidente dos Estados Unidos instou o regime comunista norte-coreano a "pôr fim a seu ilegal desenvolvimento nuclear e de mísseis balísticos".
Na assembleia-geral da ONU, em setembro, Trump foi duro quanto aos programas nucleares norte-coreanos e ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte se Pyongyang continuasse com as provocações.
Por várias vezes, Trump afirmou também que não descarta uma ação militar contra o regime de Pyongyang, uma vez que, disse, anos de diálogo não serviram para nada.
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