quarta-feira, 14 de maio de 2025

Rússia contra destacamento de aviões franceses com armas nucleares

© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images  Lusa  14/05/2025

Moscovo, 14 mai 2025 (Lusa) -- A Rússia advertiu hoje que o eventual destacamento de aviões franceses com armas nucleares na Europa, admitido na terça-feira pelo Presidente Emmanuel Macron, não trará segurança ao continente europeu.

 "A instalação de armas nucleares no continente europeu não é o que trará segurança, previsibilidade e estabilidade", disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP). 

Questionado durante a conferência de imprensa telefónica diária sobre a possibilidade referida por Macron, Peskov disse que todo o sistema de estabilidade estratégica e de segurança se encontra atualmente "num estado deplorável".

"A Rússia, os Estados Unidos e os países europeus com armas nucleares têm ainda de envidar grandes esforços para formar uma arquitetura de segurança estratégica na Europa", afirmou.

Macron deu na terça-feira mais um passo no sentido de alargar a dissuasão nuclear à Europa, declarando-se pronto a discutir com outros países do continente o envio de aviões franceses equipados com armas nucleares.

O debate tem como pano de fundo a aproximação entre os Estados Unidos e a Rússia e o receio de uma retirada militar norte-americana da Europa no âmbito da NATO, a sigla por que é mais conhecida a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

O assunto foi levantado no início de março por Macron, que afirmou querer "abrir o debate estratégico" sobre a proteção da Europa pelo guarda-chuva nuclear francês.

Na altura, a Rússia denunciou as declarações do Presidente francês, afirmando que representavam uma ameaça para Moscovo.

A França e o Reino Unido são os únicos países da Europa Ocidental a possuir armas nucleares.

Até agora, os outros membros europeus da NATO têm estado sob o guarda-chuva nuclear dos Estados Unidos.


Mali: Autoridades anunciam corte do sinal de canal de televisão francês... O organismo regulador dos meios de comunicação social do Mali anunciou que vai cortar a transmissão de um canal de televisão francês no país devido à cobertura sobre uma manifestação pró-democracria.

© Shutterstock  Lusa  14/05/2025

A autoridade para a comunicação afirmou que estava a cortar o sinal do canal francês TV5 Monde, após um apresentador de notícias ter afirmado que "centenas de forças de segurança foram mobilizadas para impedir os manifestantes de acederem" ao Palácio da Cultura, em Bamako, capital do Mali, durante um protesto a 3 de maio. 

O organismo declarou que as afirmações eram incorretos e que as forças de segurança estavam presentes no local "para proteger os manifestantes".

Esta decisão foi a última ação das autoridades malianas contra os meios de comunicação social, tendo anteriormente proibido por três anos a estação de rádio francesa Radio France International (RFI) e o canal France 24, e de ter cortado, durante seis meses, o sinal do canal privado de televisão do Mali, Djobila TV News, devido a um debate que questionava a versão oficial de uma tentativa de golpe de Estado no Burkina Faso.

O TV5 Monde não se pronunciou sobre o anúncio feito pelo organismo maliano.

Tal como o Burkina Faso e o Níger, o Mali é governado por regimes militares que tomaram o poder na sequência de golpes de Estando. Estes regimes formaram uma aliança chamada Aliança dos Estados do Sahel (AES) e restringiram severamente a liberdade de expressão, cortando o sinal dos média e prendendo jornalistas, figuras políticas e líderes da sociedade civil.


Empresa GMG Internacional (FZC), SA, detentora de licença para a exploração de areias pesadas no Bloco 12, situado em Nhiquim, na secção de Suzana, setor de São Domingos promove uma Conferência de Imprensa em Bissau, para explicar destruição dos seus equipamentos.

 

PR Umaro Sissoco Embaló, preside o lançamento do projecto de Reabilitação de Escolas e Infraestruturas Desportivas em Bissau.

Ministério do Comércio e Indústria anuncia medidas em torno da campanha de caju, para evitar eventuais complicações no mercado.

 

GTAPE ANUNCIA QUE JÁ FORAM RECENSEADOS 82 708 ELEITORES EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL

 O DEMOCRATA  14/05/2025

O Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral anunciou que já foram recenseados em todo o território nacional, de 09 de março a  09 de maio de 2025, 82 708 eleitores, dos quais 12 491 atualizados, 44 893 recuperados e 25 324 novos recenseados.

O anúncio foi tornado público esta terça-feira, 13 de maio de 2025, pelo diretor-geral do GTAPE, Gabriel Gibril Baldé, no quadro do segundo balanço do processo de atualização de cadernos eleitorais.

Na sua comunicação, o diretor-geral do GTAPE explicou que, ao nível das regiões, foram atualizados 12 491 eleitores, dos quais Tombali 695, Quínara 1199, Oio 1011, Biombo 1162, Bolama Bijagós 229, Bafatá 1027, Gabú 1971, Cacheu 1126 e Bissau 4071.

Em relação aos recuperados, foram 44 893, sendo Tombali 3 220, Quínara 2537, Oio 6562, Biombo 3559, Bolama Bijagós 2130, Bafatá 4867, Gabú 4656, Cacheu 6162 e Bissau 11 199 mil eleitores.

Em relação aos novos eleitores, foram recenseados 25 324. A região de Tombali teve 5674, Quínara 4487, Oio 10 966, Biombo 6570, Bolama Bijagós 2 817, Bafatá 9 596, Gabú 12 351,  Cacheu 10 554 e Bissau 19713 novos eleitores.

Perante estes dados, o diretor-geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral enfatizou que os números no país subiram significativamente relativamente ao processo de recenseamento do ano passado que “na apresentação finalterão a oportunidade de fazer comparação”.  

Gabriel Gibril Baldé assegurou que o balanço de atualização foi muito positivo, tendo em conta os resultados obtidos.

Neste sentido, defendeu a necessidade de atualização anual para permitir aos novos eleitores   poderem ser recenseados e votar.

Por: Carolina Djeme

Fotos: CD

União Europeia: Embaixadores junto da UE aprovam 17.º pacote de sanções à Rússia... A decisão surge numa altura em que a Europa ameaça com mais sanções se Moscovo não concordar com uma trégua na Ucrânia.

© Reuters   Notícias ao Minuto com Lusa   14/05/2025

A União Europeia (UE) aprovou, esta quarta-feira, um novo pacote de sanções contra a Rússia. A decisão surge numa altura em que a Europa ameaça com mais sanções se Moscovo não concordar com uma trégua na Ucrânia.

Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), as sanções já estavam a ser preparadas antes de os líderes europeus terem feito o ultimato a Moscovo.

Já à Lusa fontes europeias avançaram que os embaixadores dos Estados-membros junto da UE aprovaram o 17.º pacote de sanções comunitárias à Rússia pela invasão da Ucrânia, três meses após um outro, visando enfraquecer a economia russa e o financiamento da guerra.

A 'luz verde' política aconteceu na reunião desta manhã dos embaixadores junto da UE, em Bruxelas, estando prevista uma aprovação oficial na reunião dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, na próxima terça-feira.

Este novo conjunto de medidas restritivas surge três meses após 16.º pacote de sanções - que foi aprovado aquando do terceiro aniversário da guerra da Ucrânia - e volta a abranger navios da frota fantasma, com os quais o regime russo tentava contornar as restrições ocidentais ao comércio de petróleo, reforçando o combate à evasão ao embargo aplicado à Rússia.

Surgem ainda novas restrições a mais indivíduos e entidades, adiantaram as fontes europeias à Lusa.

Na noite de terça-feira, o presidente de França, Emmanuel Macron, anunciou que os europeus vão impor sanções secundárias "nos próximos dias" se a Rússia "confirmar que não está a respeitar" o cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia.

"A nossa vontade, se a Rússia confirmar que não está a respeitar o cessar-fogo de 30 dias, proposto por Kyiv e pelos aliados, é voltar a aplicar sanções. Já aplicámos várias dezenas e vamos aplicar nos próximos dias, em estreita ligação com os Estados Unidos", afirmou Emmanuel Macron.

O chefe de Estado francês, que esteve na Ucrânia com o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e britânico, Keir Starmer, indicou que a coligação de países dispostos a dar garantias de segurança à Ucrânia no caso de cessar-fogo querem "adotar novas sanções [contra a Rússia] em conjunto com os Estados Unidos" de Donald Trump.

Antes, no sábado, a Ucrânia, os seus aliados europeus e os Estados Unidos, tinham feito um ultimato a Moscovo para que este aceitasse um cessar-fogo "completo e incondicional" a partir de segunda-feira, sob pena de a Rússia enfrentar novas "sanções maciças".

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, entre os quais o presidente russo, Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergey Lavrov.

Em causa está a proibição de viajar para a UE, o congelamento de bens e a indisponibilidade de acesso a fundos que provenham do espaço comunitário.

Avançou-se também para o congelamento de bens, num total de 24,9 mil milhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 mil milhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.

Ao nível comercial, as medidas restritivas europeias visam 48 mil milhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 mil milhões de euros em importações proibidas provenientes da Rússia.

A Ucrânia tem também contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.


Leia Também: As defesas aéreas ucranianas abateram 80 'drones' kamikaze Shahed lançados pela Rússia contra o seu território em várias regiões do leste, norte, oeste e centro da Ucrânia desde a noite passada, informou hoje a força aérea ucraniana.

Robô da Tesla já dança… Mas será que encanta? Veja o vídeo

Tesla’s humanoid robot Optimus is back in the spotlight, and this time it is dancing like a human—literally. Elon Musk shared a clip that has people around the world asking: Is this real?

Por  noticiasaominuto.com

O objetivo é mostrar os avanços feitos no que diz respeito a agilidade e coordenação de movimentos.

A Tesla partilhou um novo vídeo do seu robô Optimus com o objetivo de exibir os avanços feitos no que diz respeito a agilidade e coordenação de movimentos. E que melhor forma de o fazer do que com dança?

O vídeo que pode ver acima tem cerca de 40 segundos e, apesar de curto e de não mostrar o Optimus a realizar nenhuma tarefa para a qual foi concebido, ilustra bem os avanços que têm sido feitos pela equipa da Tesla.

O responsável pelo projeto, Milan Kovac, partilhou até uma publicação na rede social X onde afirma que o Optimus treinou esta dança por via de uma simulação, indicando também que o cabo que se vê ligado ao robô serve apenas para evitar uma eventual queda.


Leia Também: “A imagem do homem mais rico do mundo a matar as crianças mais pobres do mundo não é bonita”, afirmou Gates, notando que, entre os projetos impactados pelos cortes de Musk, estava um hospital na região de Gaza, em Moçambique, que ajudava a prevenir que mulheres grávidas transmitissem VIH aos filhos.

Comer este alimento na gravidez poderá reduzir risco de alergias do bebé... É um alimento 'da moda' com vários benefícios.

 Por Notícias ao Minuto

Comer abacate durante a gravidez pode reduzir o risco de alergias dos bebés em 44 por cento, revela um estudo recente conduzido na Finlândia, citado pelo Mirror.

Porém, o estudo não chegou à razão exata para esta conclusão, teorizando que poderão ser as propriedades antioxidantes e a fibra do fruto.

As conclusões incidem ainda em alergias alimentares, não se tendo encontrado diferenças no que toca a alergias como rinite ou eczema.

Outros estudos indicam mais benefícios do abacate, como a redução do risco de doenças cardíacas.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Os militares israelitas ordenaram a evacuação de várias locais do norte da Faixa de Gaza, anunciando ataques iminentes depois de disparos de 'rockets' a partir desta zona do território palestiniano.

Por LUSA 

Militares israelitas ordenam evacuações em Gaza depois de intercetarem 'rockets'

 Os militares israelitas ordenaram a evacuação de várias locais do norte da Faixa de Gaza, anunciando ataques iminentes depois de disparos de 'rockets' a partir desta zona do território palestiniano.

"Este é um último aviso antes do ataque! [O Exército] vai atingir com toda a força a zona de onde foram disparados os 'rockets'", escreveu em Árabe o porta-voz dos militares israelitas, nas redes sociais.

"Para vossa segurança, devem ir imediatamente para os abrigos conhecidos na cidade de Gaza", acrescentou.

Antes, o exército israelita anunciara que tinha intercetado dois 'rockets' disparados da Faixa de Gaza e que um terceiro tinha caído em uma zona desabitada.

Estes disparos tornaram-se raros depois de Israel ter retomado a sua ofensiva militar na Faixa de Gaza.

Por sua vez, o 'braço' armado da Jihad Islâmica tinha confirmado que lançara 'rockets' contra vários locais no sul de Israel, pouco depois de os militares israelitas terem anunciado a interceção de dois dos três disparados.

Morreu 'Pepe' Mujica, "o presidente mais pobre do mundo". Um perfil

Por LUSA 

O ex-Presidente uruguaio José "Pepe" Mujica, símbolo da esquerda latino-americana, morreu hoje aos 89 anos, informou o atual chefe de Estado, Yamandu Orsi,

"É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso camarada 'Pepe' Mujica. Presidente, ativista, líder e guia. Vamos sentir muito a sua falta, meu velho", escreveu Orsi na rede X.

Apelidado como "o presidente mais pobre do mundo", Mujica revelou no início deste ano que um cancro no esófago, diagnosticado em maio de 2024, se tinha espalhado e que o seu corpo envelhecido já não tolerava o tratamento.

"O guerreiro tem direito ao descanso", disse numa entrevista recente, na qual reconheceu que o seu ciclo tinha terminado "há algum tempo" e pedia para o deixarem partir tranquilamente.

A vida de José Mujica foi dedicada ao ativismo, culminando num mandato presidencial de cinco anos marcado pela austeridade a que se impôs e por mensagens de solidariedade muito distantes da grande retórica política.

O seu perfil singular tornou-o num símbolo que transcendeu as fronteiras de um pequeno país de apenas 3,4 milhões de habitantes.

Nascido em Montevideu, em 1935, numa família de ascendência italiana e basca, José Alberto Mujica Cordano inclinou-se inicialmente para a ala conservadora do Partido Nacional, mas cedo se separou para se juntar ao Movimento de Libertação Nacional (MLN), o grupo guerrilheiro Tupamaro de esquerda radical, na década de 1960.

Durante a ditadura civil-militar uruguaia (1973-1985), participou com os Tupamaro em assaltos e sequestros. Ferido a tiro e preso quatro vezes, esteve 15 anos na prisão, embora tenha escapado em duas ocasiões da cadeia de Punta Carretas.

A chegada da democracia ao Uruguai em 1985 significou a sua libertação, após ter sofrido tortura e ameaça de execução, beneficiando de uma amnistia que o fez reentrar na política.

Fê-lo dentro do partido no qual serviria para o resto da vida, a Frente Ampla, e em 1994 ganhou um lugar na Câmara dos Representantes. A sua popularidade cresceu e, uma década depois, em 2004, foi o senador mais votado na história do Uruguai.

Após ter exercido o cargo de ministro da Agricultura e Pescas, a Frente Ampla designou-o como candidato presidencial nas eleições de 2009, que venceu à segunda volta e esteve em funções até 2015.

Mujica recebeu a presidência em 2005 do seu colega Tabaré Vázquez, mas rapidamente deixou claro que o seu estilo discursivo e político estava longe do padrão, mesmo num país em que parte da esquerda via o venezuelano Hugo Chávez e a sua "Revolução Bolivariana" como um modelo a seguir.

Incluiu antigos guerrilheiros Tupamaro e sociais-democratas no seu gabinete e sua animosidade em relação ao consumismo e aos protocolos tradicionais foi particularmente discutida e tornou-se palpável na sua vida diária.

Mujica evitava os veículos oficiais e defendia a sua rotina numa pequena "chacra" (quinta) perto de Montevideu com a sua mulher, Lucía Topolansky, também ela uma fervorosa ativista de esquerda, onde combinava a liderança do Estado com o cultivo de flores e legumes.

Humilde, terra a terra, informal, polémico e adorado pelas camadas populares, quando chegou ao poder, vendeu a residência presidencial de verão para financiar programas sociais.

Em 2014, rejeitou uma oferta multimilionária de um xeque árabe pelo seu antigo Volkswagen "Carocha" de 1987, alegando que iria ofender os amigos que lho deram, e em 2019 doou vários hectares da sua propriedade para construir habitações para ex-presidiários.

Líderes e jornalistas estrangeiros desfilaram por esta pequena propriedade e, a partir deste símbolo de austeridade, defendeu iniciativas como a doação de parte do seu salário de Presidente --- no final do seu mandato, declarou que tinha doado mais de meio milhão de dólares (cerca de 450 mil euros).

Na arena política, promulgou a lei de despenalização do aborto vetada pelo seu antecessor, promoveu a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e assinou uma reforma inovadora que autorizava a produção e a venda de canábis.

Os seus críticos, no entanto, atacaram-no por não aproveitar os benefícios de um país em crescimento para consolidar melhorias nos serviços básicos, como a educação e a saúde, ou para empreender reformas significativas num estado que permanecia marcado pela desigualdade.

Também não foi um símbolo de consenso político para a esquerda regional, como ficou evidente quando, na reta final do seu mandato, assinou um polémico acordo com os Estados Unidos para acolher prisioneiros da Baía de Guantánamo, no âmbito da tentativa do então Presidente norte-americano, Barack Obama, de encerrar a prisão de suspeitos de terrorismo.

Nos últimos anos, não poupou críticas ao rumo tomado por países como a Venezuela e o Governo de Nicolás Maduro que considerava autoritário.

A Constituição proíbe a reeleição imediata do presidente e do vice-presidente, mas Mujica não abandonou completamente a política quando devolveu a liderança a Tabaré Vázquez em 2015. Com grande popularidade dentro e fora do Uruguai, regressou ao poder legislativo como senador.

Foi eleito para o Senado em duas eleições consecutivas, mas em 2020, aos 85 anos, demitiu-se prematuramente, motivado pela pandemia da covid-19 e pela sua saúde cada vez mais debilitada. "Há um tempo para chegar e um tempo para partir na vida", argumentou na altura.

Nunca esteve porém completamente ausente, e a sua voz foi invocada numerosas vezes nos últimos anos como porta-voz de uma esquerda dialogante e analistas consideram, aliás, que o seu apoio foi fundamental para a vitória de Yarmandú Orsi nas eleições presidenciais de 2024.

No entanto, Mujica tem aparecido nas notícias nos seus últimos anos sobretudo pela sua saúde. Em janeiro revelou que o cancro se tinha espalhado para outros órgãos e que estava a desistir de continuar o tratamento: "É só até aqui que vou".

A Campanha de Vacinação Contra Febre Amarela está num bom ritmo e, a população responde de forma positiva e participativa.

O Coordenador da Comitê dos Técnicos da Campanha, Mario Gomes realça que a partir de 9 a 18 de Maio, as equipas de vacinação estão disponíveis nos Hospitais, Centros de Saúde e Postos de Vacinação para vacina grauita.

O Presidente da República, encontrou-se com o Primeiro-Ministro do Japão.

 

Guiné-Bissau: É impossível comprar a castanha de caju abaixo do preço de 410 francos CFA por quilograma junto ao produtor, fixado pelo Governo.

Assim esclareceram hoje os grandes compradores e exportadores de caju após uma reunião com o Ministro do Comércio e Indústria. A Associação dos Exportadores, Associação dos Indianos na Guiné-Bissau, a CCIAS e o Grupo Económico e Financeiro garantem que não existem motivos que podem afetar o preço ao produtor.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que "não há necessidade de temer" sanções do Ocidente devido à guerra na Ucrânia, referindo, porém, que é preciso que a Rússia esteja preparada para reduzir os seus efeitos.

© Lusa  13/05/2025

 Sanções do Ocidente? "Não há necessidade de ter medo", diz Putin

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que "não há necessidade de temer" sanções do Ocidente devido à guerra na Ucrânia, referindo, porém, que é preciso que a Rússia esteja preparada para reduzir os seus efeitos.

"Não há necessidade de ter medo. Quem começa a ter medo perde rapidamente", disse o líder do Kremlin numa reunião com membros de uma organização empresarial, após um grupo de países ocidentais terem ameaçado Moscovo com novas sanções se recusar a suspensão dos combates na Ucrânia.

Vladimir Putin recomendou, no entanto, que se deve "compreender o que pode acontecer" como resultado das restrições ocidentais.

"Temos de estar preparados para qualquer movimento que os nossos potenciais adversários futuros possam fazer", insistiu.

O líder russo fez estas declarações após ameaças dos líderes do Reino Unido, Alemanha, França e Polónia sobre a imposição de novas e duras sanções à Rússia caso o Kremlin recuse um cessar-fogo de um mês na Ucrânia.

O novo chanceler alemão, Friedrich Merz, reiterou hoje que, se não houver progressos esta semana em direção a um cessar-fogo duradouro na Ucrânia, serão impostas novas sanções europeias contra a Rússia, e manifestou confiança de que será possível garantir o apoio de todos os Estados-membros da União Europeia (UE) para atingir este objetivo.

Merz observou que o 17.º pacote de sanções europeias já foi formulado e aguarda aprovação em junho, enquanto a Alemanha e outros países defenderão medidas punitivas adicionais contra Moscovo se não houver progressos esta semana.

O Kremlin, por sua vez, rejeitou ultimatos dos países europeus e realçou que seria inaceitável falar com Moscovo nesse contexto.

Putin disse no sábado que estava pronto para conversações diretas com a parte ucraniana na quinta-feira, em Istambul, na Turquia, mas continua sem confirmar a sua presença.

Hoje, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos aliados ocidentais para adotarem as sanções "mais pesadas" de sempre se o líder russo recusar a sua presença no encontro marcado para a Turquia.

A ausência de Vladimir Putin em Istambul será o "sinal definitivo" de que Moscovo não quer parar a guerra nem está disposto a negociar, advertiu Zelensky.

Ao mesmo tempo, Vladimir Putin afirmou hoje que entre 50 mil e 60 mil pessoas se juntam "voluntariamente" aos combates na Ucrânia todos os meses, alegando que este número contrasta com as tentativas ucranianas de recrutar militares "como cães".

Segundo o líder do Kremlin, enquanto a Ucrânia pratica uma "mobilização forçada", na Rússia "entre 50.000 e 60.000 jovens alistam-se voluntariamente" todos os meses.

O Kremlin sempre afirmou que não tem de recorrer a mobilizações em massa como a que levou ao recrutamento de 300 mil pessoas em setembro de 2022, embora as tropas russas tenham sido reforçadas nos últimos anos com mercenários ou prisioneiros condenados em busca de algum tipo de benefício nas suas penas, além do contingente de militares norte-coreanos.

As autoridades russas também não forneceram um número claro de baixas desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Os ucranianos afirmam que o número de baixas entre as forças russas ronda os 950 mil militares mortos ou feridos.

Segundo informações divulgadas por um projeto da estação televisiva britânica BBC e do órgão independente russo Mediazona, elaboradas a partir de dados verificáveis, pelo menos 107 mil militares russos morreram desde o início do conflito até 05 de maio, mas o valor estimado aumenta para 165 mil se englobar os níveis relativos ao excesso de mortalidade entre homens.

Em dezembro passado, Zelensky indicou que 43 mil militares ucranianos morreram até àquela data e outros 370 mil ficaram feridos, mas os números reais poderão ser muito superiores.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.


Leia Também: Zelensky pede sanções "mais pesadas" se Putin não for à Turquia negociar

Guiné-Bissau: França financia pavilhão e reabilitação de liceu em Bissau com 4 milhões

© Lusa  13/05/2025

A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) disponibilizou ao Governo da Guiné-Bissau quatro milhões de euros para a construção de um pavilhão desportivo e a reabilitação de um liceu em Bissau, num projeto que irá beneficiar 6.500 alunos, disse hoje fonte oficial.

Idrissa Camará, um dos diretores gerais do Ministério da Educação guineense, disse que o apoio da AFD vai ajudar o sistema educativo, em Bissau, a recuperar o número de alunos nas escolas.

"É um projeto que nos vai ajudar a ter boas escolas" na capital guineense, defendeu Camará, que hoje apresentou, no Centro Cultural Franco-Guineense, em Bissau, o projeto gerido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O projeto contempla a reabilitação de 37 salas de aulas do Liceu Agostinho Neto, em avançado estado de degradação, o que fará com que o estabelecimento passe dos atuais cerca de dois mil alunos para quatro mil alunos, disse Idrissa Camará.

Um edifício anexo ao Ministério da Educação, onde funcionam várias direções gerais, também será reabilitado e um pavilhão desportivo multiusos será construído atrás da escola francesa, aberta em Bissau em setembro de 2023.

 A iniciativa vai ao encontro da abordagem da UNICEF "Desporto para o Desenvolvimento", que utiliza a prática desportiva como meio de promoção da inclusão e de ajuda às crianças para desenvolverem competências pedagógicas, sociais, de liderança, de bem-estar e de saúde.

 A primeira pedra para a reabilitação do Liceu Agostinho Neto e a construção do pavilhão desportivo será lançada na quarta-feira, na presença do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, do representante da UNICEF em Bissau e do embaixador da França.


ÚLTIMA HORA‼️ A Coreia do Norte enviou 700 comandos de elite para Burkina Faso para proteger o Presidente Ibrahim Traoré e ajudar estabilizar o país após tentativas recentes.

THE STRATEGIC LENS: The untold story of how 700 North Korean elite commandos deployed to Burkina Faso in 2025, reshaping African geopolitics forever... @Africa Today

Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), divulga os resultados do processo de atualização do caderno eleitoral...

A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje, num relatório, a exploração de imigrantes quenianas que trabalham como empregadas domésticas na Arábia Saudita e são exploradas, vítimas de racismo, violência sexual e carecem de proteção laboral.

© Idrees Abbas/SOPA Images/LightRocket via Getty Images  Lusa  13/05/2025

Imigrantes quenianas exploradas e vítimas de abuso na Arábia Saudita

A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje, num relatório, a exploração de imigrantes quenianas que trabalham como empregadas domésticas na Arábia Saudita e são exploradas, vítimas de racismo, violência sexual e carecem de proteção laboral.

Segundo o relatório "Trancadas dentro, deixadas de fora: as vidas escondidas das trabalhadoras domésticas quenianas na Arábia Saudita", que documenta a experiência de mais de 70 mulheres que trabalharam no país árabe, a AI constatou que estas imigrantes "enfrentaram condições de trabalho extenuantes, abusivas e discriminatórias, que muitas vezes equivalem a trabalho forçado e tráfico de seres humanos".

A AI explicou, no documento, que muitas vezes estas mulheres são enganadas pelos recrutados no Quénia sobre a natureza dos seus empregos e quando já se encontram na nação do Médio Oriente são obrigadas a trabalhar "em condições brutais", regularmente mais de 16 horas por dia, com um salário de cerca de 240 dólares (cerca de 216 euros), sendo-lhes negadas folgas, permissão para sair de casa e uma alimentação decente.

"As mulheres também enfrentaram condições de vida terríveis e tratamento desumano, incluindo agressões sexuais, verbais e físicas. Os empregadores confiscavam-lhes normalmente os passaportes e os telemóveis e, por vezes, retêm-lhes o salário", contextualizou a organização.

Segundo a diretora executiva da AI no Quénia, Irungu Houghton, o Governo queniano encoraja ativamente a migração laboral e as autoridades da Arábia Saudita dizem ter introduzido "reformas em matéria de direitos laborais", mas, à porta fechada, "as trabalhadoras domésticas continuam a enfrentar níveis chocantes de racismo, abuso e exploração".

A representante da AI na nação africana pediu às autoridades de ambos os países que oiçam estas mulheres e que lhes seja concedido "urgentemente" os direitos de proteção laboral.

Cerca de quatro milhões de pessoas trabalham como trabalhadores domésticos na Arábia Saudita, todos eles estrangeiros, de acordo com as estatísticas do mercado de trabalho do país, incluindo 150.000 quenianos, contextualizou.

"Devido ao aumento do desemprego no Quénia, as autoridades têm vindo a encorajar os jovens a procurarem emprego nos países do Golfo, incluindo a Arábia Saudita, que é uma das principais fontes de remessas do Quénia", acrescentou.

Nem as autoridades sauditas nem as autoridades quenianas responderam ao pedido de comentários ou de informações da Amnistia, lamentou a entidade.


Quem faz greve recebe na mesma o salário? Estas são as regras... Esclareça as dúvidas.

© Shutterstock   Notícias ao Minuto  13/05/2025

Os trabalhadores que fazem greve ficam 'dispensados' de comparecer ao trabalho, mas também não recebem no salário o valor correspondente ao período que faltaram.  

"Durante uma greve, os trabalhadores ficam dispensados de comparecerem ao trabalho e de obedecerem às instruções do empregador, mantendo-se a maioria dos seus direitos e obrigações", explica a DECO PROTeste. 

Significa isto que, "desde que a greve obedeça a todas as formalidades necessárias, as faltas têm de ser consideradas justificadas". 

"Além disso, apesar da ausência, esses dias contam para efeitos de antiguidade na empresa. Se o trabalhador estiver a receber uma prestação da Segurança Social ou devido a acidente de trabalho ou a doença profissional, o pagamento mantém-se", adianta ainda a organização de defesa do consumidor. 

Salário é afetado? Sim

Contudo, explica a DECO PROTeste, o trabalhador que faz greve "perde o direito à retribuição, ou seja, não recebe o salário referente ao período em que faltou".

"Essa é, aliás, apontada como a maior desvantagem por quem faz greve", conclui. 


Igreja: BISPO DE BISSAU DESTACA A OBEDIÊNCIA DA VIRGEM MARIA E ALERTA SOBRE IMPORTÂNCIA DE CONVERSÃO

Por  Rádio Sol Mansi  13.05.2025

O Bispo da Diocese de Bissau, lembra aos fiéis que quem quer fazer parte do povo de Deus deve estar pronto a se converter e responder com frutos de conversão.

As palavras do Bispo foram registradas na noite desta segunda-feira na Sé Catedral de Bissau, durante a missa que antecedeu a procissão e orações marianas, meditações e louvores, em homenagem à aparição da Virgem Maria em Portugal. Dom José Lampra Cá, destacou o dom maior da Maria por ter escolhido a palavra de Jesus além de ser a sua Mãe.

“Quem quer fazer parte do povo de Deus deve estar pronto a se converter, tomar a vida e responder com frutos dignos e converter. Acolher a palavra de Jesus é dom maior do que o simples fato de ser sua mãe”, alertou o Bispo na sua homilia, enfatizando a fidelidade incondicional da Virgem Maria.

“Nossa Senhora que é a mãe do nosso salvador foi sempre fiel no tempo e no espaço à vontade de Deus”, concluiu.

A Procissão iniciada esta segunda-feira com a missa solene presidida pelo Bispo da Diocese de Bissau, culminou com a bênção final na Paróquia Nossa Senhora de Fátima.

Recorde-se que o dia da aparição de Nossa Senhora de Fátima é comemorado a 13 de maio, a data da primeira aparição aos três pastorinhos em 1917, transmitindo-os a mensagens sobre a necessidade de oração, penitência, e conversão, além de profecias e pedidos específicos. Esta data é considerada uma das mais importantes celebrações religiosas e é celebrada em todo o mundo.

Diplomacia: Trump já iniciou a visita à Arábia Saudita. Eis o momento da chegada... O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, deu as boas-vindas ao Presidente norte-americano, Donald Trump, que iniciou hoje uma viagem de quatro dias ao Médio Oriente.

© Win McNamee/Getty Images   Lusa   13/05/2025

Donald Trump chegou hoje à Arábia Saudita, primeira etapa de um périplo pelo Golfo que lhe deve permitir alcançar novos contratos para os Estados Unidos, apesar das questões diplomáticas na região, nomeadamente a guerra em Gaza e a situação no Iémen.

O avião oficial do Presidente norte-americano, escoltado antes da aterragem por vários aviões de combate sauditas, aterrou pouco antes das 09h50 em Riade (07h50 em Lisboa).

Após a visita à Arábia Saudita, Trump vai deslocar-se ao Qatar e aos Emirados Árabes Unidos.

Há oito anos, Donald Trump visitou Riade na primeira viagem internacional, durante o primeiro mandato como chefe de Estado (2017-2020).

De acordo com a Agência France Prece, espera-se que em Riade, Doha e Abu Dhabi sejam anunciados contratos comerciais relativos aos setores da defesa, aviação, energia e inteligência artificial.


Leia Também: Imigrantes detidos em prisão nos EUA pedem para ser deportados...  Reclusos formaram um S.O.S. humano.

ONU declara que Rússia é responsável pela queda do voo MH17... Em 2014, o Boeing 777 que voava de Amesterdão para Kuala Lumpur foi abatido por um míssil terra-ar BUK de fabrico russo sobre território detido por separatistas pró-russos. Todos os 298 passageiros e tripulantes morreram.

Por  sicnoticias.pt  13/05/2025

A agência das Nações Unidas para a aviação civil, ICAO, decidiu esta segunda-feira que a Rússia é responsável pela queda do voo MH17, que há dez anos provocou a morte a 298 passageiros e tripulantes ao cair sobre a Ucrânia.

O conselho da organização, com sede em Montreal, no Canadá, considerou que as queixas apresentadas pela Austrália e pelos Países Baixos sobre o voo da Malaysia Airlines têm "fundamento de facto e de direito".

"O Conselho da Organização da Aviação Civil Internacional [ICAO, na sigla em inglês] considerou hoje [segunda-feira] que a Federação Russa não cumpriu as suas obrigações ao abrigo do direito aéreo internacional no caso do abate do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014", começa por apontar a organização, num comunicado divulgado no seu site.

"O processo centrou-se nas alegações de que a conduta da Federação da Rússia no abate da aeronave por um míssil terra-ar sobre o leste da Ucrânia constitui uma violação do artigo 3.º-A da Convenção sobre a Aviação Civil Internacional, que exige que os Estados 'se abstenham de recorrer ao uso de armas contra aeronaves civis em voo'."

Esta é a primeira decisão do conselho da organização "sobre o mérito de um litígio entre Estados-Membros, no âmbito do mecanismo de resolução de litígios da Organização", segundo o comunicado.

O ICAO anuncia que será emitido um documento formal de decisão "numa próxima reunião", com "as razões de facto e de direito que conduziram às conclusões do Conselho".

Boeing 777 abatido por míssil de fabrico russo

Em 17 de julho de 2014, o Boeing 777 que voava de Amesterdão para Kuala Lumpur foi abatido por um míssil terra-ar BUK de fabrico russo sobre território detido por separatistas pró-russos.

Todos os 298 passageiros e tripulantes morreram, incluindo 196 neerlandeses, 43 malaios e 38 australianos.

Em 2022, os tribunais holandeses condenaram três homens a prisão perpétua pelo seu papel na tragédia, incluindo dois russos, mas Moscovo sempre se recusou a extraditar quaisquer suspeitos e negou qualquer envolvimento no incidente.

Austrália fala em "momento histórico na busca da verdade"

"Este é um momento histórico na busca da verdade, da justiça e da responsabilização das vítimas da queda do voo MH17, das suas famílias e entes queridos", declarou o Governo australiano, num comunicado, após o anúncio da ICAO.

O Governo australiano apela a uma ação rápida para remediar a violação.

"Apelamos à Rússia para que aceite finalmente a responsabilidade por este horrível ato de violência e repare a sua conduta flagrante, como exigido pelo direito internacional."

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, Caspar Veldkamp, congratulou-se com a decisão, afirmando que esta não pode "apagar a dor e o sofrimento" dos familiares das vítimas, mas é "um passo importante para a verdade e a justiça".

Em 2024, os investigadores internacionais suspenderam os seus inquéritos com o argumento de que não havia provas suficientes para perseguir mais suspeitos.


Veja Também: "A proposta de criar um tribunal para julgar os crimes de guerra da Federação Russa deixou o Kremlin sobre brasas" ...A Ucrânia e alguns países europeus, entre os quais Portugal, apoiaram na sexta-feira formalmente, em Lviv, a criação de um Tribunal Especial para o Crime de Agressão da Rússia contra a Ucrânia, algo que para o major-general Arnaut Moreira, "deixou o Kremlin sobre brasas".


segunda-feira, 12 de maio de 2025

Saúde: Médico deixa aviso sério sobre uso de ibuprofeno e paracetamol.... O especialista refere que podem ajudar a aliviar sintomas, mas não devem ser usados como forma de tratar todo o tipo de patologias.

© Shutterstock   Notícias ao Minuto   12/05/2025

Tem sempre ibuprofeno e paracetamol em casa e toma-os quando acha que fazem sentido? Um especialista deixou um aviso sobre este tipo de medicação que pode ajudar a aliviar sintomas, mas não deixá-lo completamente curado. 

Ao La Vanguardia, o médico de família Fernando Fabiani explicou que "nenhum deles é um tratamento curativo". Desta forma, alertou para a sua toma em todo e qualquer tipo de situações.

"Se estiver com gripe, estes medicamentos vão ajudar a aliviar a dor de cabeça, melhorar a dor muscular e baixar a febre, mas não vão curar a doença", continua.

Assim, avisa que deve avaliar bem cada situação e procurar aconselhamento médico de forma a perceber o que faz sentido.

"O que precisa de ter em mente é se o medicamento é realmente necessário", continua o médico.


Leia Também: Medicamentos para perda de peso podem reduzir o risco de morte em 50%.... Porém, o Ozempic não está na lista.

A força interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) revelou hoje que descobriu mais de 225 esconderijos de armas no sul do país desde que o cessar-fogo entre Hezbollah e Israel entrou em vigor, no final de novembro.

© ALI DIA/AFP via Getty Images  Lusa   12/05/2025 

 Força da paz no Líbano descobriu mais de 225 esconderijos de armas

A força interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) revelou hoje que descobriu mais de 225 esconderijos de armas no sul do país desde que o cessar-fogo entre Hezbollah e Israel entrou em vigor, no final de novembro.

De acordo com os termos do acordo de cessar-fogo, o Exército israelita deveria ter concluído a sua retirada do sul do Líbano até 26 de Janeiro, onde apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz da ONU seriam mobilizados.

O movimento xiita libanês Hezbollah deveria desmantelar as suas infraestruturas no sul e retirar para norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita.

Desde que o cessar-fogo entrou em vigor, a 27 de novembro, "as forças de manutenção da paz descobriram mais de 225 esconderijos de armas e entregaram-nos" ao Exército libanês, explicou a UNIFIL, em comunicado.

A força da ONU, juntamente com os Estados Unidos e a França, faz parte de um comité de cinco partes, com o Líbano e Israel, encarregado de supervisionar o cessar-fogo.

O Exército libanês começou a posicionar-se nos últimos meses no sul do país, perto da fronteira com Israel, enquanto as tropas israelitas retiravam.

"Com o apoio da UNIFIL, o Exército libanês foi redistribuído para mais de 120 posições permanentes a sul do rio Litani", mas "a mobilização total [do exército] é dificultada pela presença de forças israelitas em território libanês", alertou também a UNIFIL.

Após o início da guerra de Gaza, desencadeada a 07 de outubro de 2023, por um ataque do Hamas em solo israelita, o Hezbollah abriu uma frente contra Israel, disparando rockets contra o território israelita, afirmando estar a agir em apoio do movimento islamita palestiniano.

Em setembro de 2024, o conflito transformou-se numa guerra aberta com intensos bombardeamentos israelitas no Líbano que dizimaram a liderança do Hezbollah e fizeram mais de 4.000 mortos, segundo as autoridades.

Num discurso televisivo, o líder do Hezbollah, Naim Qassem, garantiu hoje que o Líbano e o seu movimento cumpriram os seus compromissos ao abrigo do cessar-fogo, "enquanto Israel não se retirou e não interrompeu os seus ataques".

Segundo Qassem, "Israel quer acabar com a resistência", assegurando que "isso não vai acontecer".

Israel, que deveria retirar todas as suas forças do sul do Líbano, ocupa ainda cinco posições que considera estratégicas e continua a realizar ataques regulares no Líbano, afirmando ter como alvo agentes e infraestruturas do Hezbollah.


O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, celebrou hoje o anúncio da dissolução do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) como um passo para "a paz e fraternidade" num país "livre de terrorismo", após décadas de conflito.

© REUTERS/Bernadett Szabo   Lusa  12/05/2025 

 Erdogan saúda fim do PKK como passo para Turquia "livre de terrorismo"

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, celebrou hoje o anúncio da dissolução do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) como um passo para "a paz e fraternidade" num país "livre de terrorismo", após décadas de conflito.

"Estamos a caminhar confiantemente para o nosso objetivo de uma Turquia livre de terrorismo, ultrapassando obstáculos, quebrando preconceitos e frustrando as armadilhas da discórdia", declarou Erdogan, em reação ao anúncio do PKK, que põe fim a mais de 40 anos de guerrilha na Turquia.

Num discurso à nação, após uma reunião do seu executivo, o líder turco destacou que esta decisão "abre as portas a uma nova era" para o país e para a região.

"Interpretamos esta decisão como abrangendo todos os ramos da organização, quer no norte da Síria, quer na Europa", disse Erdogan, referindo-se às milícias curdas sírias e às redes do PKK dentro da comunidade curda estabelecidas em vários países europeus.

As Forças Democráticas Sírias (FDS), lideradas pelos curdos, também saudaram a dissolução do PKK, acreditando que abrirá uma "nova fase" na política da região.

"O PKK desempenhou um papel histórico no Médio Oriente no passado. Estamos confiantes de que este passo abrirá caminho a uma nova fase política e de paz na região", comentou Mazlum Abdi, comandante das FDS, cuja principal componente é considerada por Ancara uma extensão do PKK e foi combatida recentemente por forças pró-turcas, após a queda do regime sírio de Bashar al-Assad, em dezembro do ano passado.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, Asaad al-Shaibani, alertou por seu lado que qualquer "procrastinação" na implementação do acordo alcançado em março entre as novas autoridades de Damasco e os curdos pode "prolongar o caos" no país.

Depois da queda de Bashar al-Assad, o Presidente interino, Ahmed al-Charaa, e Mazloum Abdi assinaram um acordo para integrar no estado sírio as instituições da administração curda que controlam vastos territórios ricos em trigo, petróleo e gás no norte e nordeste do país.

Os curdos rejeitaram porém a declaração constitucional adotada por Damasco, que concede plenos poderes a al-Charaa, e receberam mal a formação de um novo governo, criticando que não refletia a diversidade da Síria.

"Estamos agora a implementar o acordo nacional com as FDS e a colocar todas as regiões sob o controlo do Estado central", disse Shaibani numa conferência de imprensa conjunta com os seus homólogos turco e jordano em Ancara, à margem de um seminário sobre segurança e coordenação militar.

Para o chefe da diplomacia de Damasco, "este processo é complexo e sensível, mas é necessário", sublinhando que "procrastinar a implementação deste acordo prolongará o caos, abrirá caminho a intervenções estrangeiras e alimentará tendências separatistas".

Noutro país com forte implantação curda, o Iraque saudou a decisão do PKK, considerando que se trata de um "passo positivo" que "fortalecerá a segurança e a estabilidade" tanto no país como no Médio Oriente.

"Este anúncio representa uma oportunidade real para avançar nos esforços de paz e pôr fim aos conflitos generalizados cujas repercussões afetam os povos da região há décadas", sustentou o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano.

De acordo com a diplomacia de Bagdade, esta medida permite uma "reconsideração dos pretextos utilizados para justificar a presença estrangeira em território iraquiano", referindo-se à atividade militar de rotina das forças armadas turcas no norte do Iraque, onde o PKK mantém a sua retaguarda.

O ministério sublinhou o seu "apoio a todos os esforços que visem a consolidação da paz e da estabilidade" e enfatizou "a importância de abordar os desafios de segurança através do diálogo e do entendimento para alcançar as aspirações dos povos da região de segurança e desenvolvimento".

O secretário-geral da ONU também assinalou o anúncio do PKK, que representa "mais um passo importante" em direção à paz, segundo o seu porta-voz.

"Esta decisão, se for implementada, representa mais um passo importante para a resolução pacífica de um conflito de longa data", disse Stéphane Dujarric aos jornalistas.

O PKK anunciou hoje a sua dissolução e o fim da luta armada, respondendo ao apelo feito no final de fevereiro pelo fundador e líder da organização, Abdullah Öcalan, que cumpre pena de prisão perpétua há 25 anos.

Öcalan já tinha anunciado o fim das aspirações de independência do PKK em 2013, bem como a intenção de integrar os curdos numa Turquia democrática e depor as armas, mas o processo foi abortado em 2015 e os combates e ataques intensificaram-se.

Abdullah Öcalan, detido na ilha-prisão turca de Imrali, foi preso em 1999 durante uma operação levada a cabo pelas forças de segurança turcas no Quénia, após anos de fuga, e condenado à morte.

Escapou da pena capital quando a Turquia aboliu a pena de morte em 2004 e desde então cumpre pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.


Guiné-Bissau: PAIGC convoca Bureau Político para analisar situação política do país

Por  Rádio Capital Fm

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) vai reunir, esta quarta-feira (14.05), o seu Bureau Político, para analisar a situação política vigente na Guiné-Bissau.

Sem dar mais detalhes, a convocatória consultada pela CFM e assinada pelo secretário nacional do partido, António Patrocínio Barbosa da Silva, limita-se a convocar os membros do Bureau Político para uma reunião a ter lugar no "Salão Nobre Amílcar Cabral", na Sede Nacional do PAIGC.

Segundo apurou a Capital FM, a reunião deverá ser presidida por Califa Seide, um dos vice-presidentes do PAIGC, na ausência do líder da formação política, Domingos Simões Pereira, e de Geraldo Martins, também vice-presidente, que deverá deslocar-se ao estrangeiro esta terça-feira.

A Guiné-Bissau está a ser governada, desde dezembro de 2023, por um governo de iniciativa presidencial, que não conta com um programa de governação nem um orçamento aprovados pela Assembleia Nacional Popular (ANP), órgão que foi dissolvido pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, pouco antes de ele mesmo instalar o atual executivo.


EUA aplicam sanções ao Irão para travar desenvolvimento de bomba atómica

© Reuters  Lusa  12/05/2025

O Departamento de Estado norte-americano aplicou hoje novas sanções a responsáveis iranianos, visando travar o desenvolvimento de armas nucleares por Teerão, um dia depois de os dois países concluírem um ronda negocial sem avanços concretos.

"O Irão continua a expandir substancialmente o seu programa nuclear e a levar a cabo atividades de investigação e desenvolvimento de dupla utilização aplicáveis a armas nucleares e a sistemas de lançamento de armas nucleares", frisa o Departamento liderado por Marco Rubio em comunicado hoje divulgado.

"O Irão é o único país do mundo sem armas nucleares que produz urânio enriquecido a 60 por cento e continua a utilizar empresas de fachada e agentes de aquisição para ocultar os seus esforços de aquisição de produtos de dupla utilização a fornecedores estrangeiros", adianta.

As sanções hoje anunciadas visam três cidadãos e a uma entidade iraniana com ligações à Organização de Inovação e Investigação Defensiva do Irão (conhecida pelo seu acrónimo persa, SPND), por alegado envolvimento em atividades que "contribuem materialmente ou correm o risco de contribuir materialmente para a proliferação de armas de destruição maciça".

"As ações dos Estados Unidos destinam-se a atrasar e a diminuir a capacidade da SPND de realizar investigação e desenvolvimento de armas nucleares", refere a diplomacia norte-americana.

A SPND é a organização sucessora direta do programa de armas nucleares do Irão anterior a 2004, também conhecido como Projeto Amad.

"As acções de hoje demonstram o empenho dos Estados Unidos em garantir que o Irão nunca obtenha uma arma nuclear", frisa o Departamento de Estado.

No meio da crescente oposição dos EUA ao enriquecimento de urânio do Irão, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, e o enviado para o Médio Oriente, Steve Witkoff, realizaram até domingo uma quarta ronda de negociações tendo Omã como mediador.

A reunião aconteceu pouco antes de uma viagem do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Médio Oriente, que o levará à Arábia Saudita, ao Qatar e aos Emirados Árabes Unidos entre 13 e 16 de maio.

"As discussões foram difíceis, mas úteis para compreender melhor as posições de cada um e encontrar formas razoáveis e realistas de ultrapassar as diferenças", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmail Baqhai, nas redes sociais.

"Sentimo-nos encorajados pelos resultados das discussões de hoje e ansiosos pela nossa próxima reunião num futuro próximo", adiantou um responsável norte-americano, citado pela agência de notícias francesa AFP sob anonimato.

Pouco antes das negociações, Abbas Araghchi reafirmou que o direito do seu país ao enriquecimento de urânio é "inegociável".

Witkoff tinha alertado na sexta-feira que a administração Trump se oporia a qualquer enriquecimento de urânio.

"Isto significa desmantelar, proibir o armamento, e que Natanz, Fordo e Isfahan (as três instalações onde decorre o enriquecimento) devem ser desmanteladas", afirmou.

As negociações visam concluir um novo acordo para impedir o Irão de adquirir armas nucleares, uma ambição que Teerão sempre negou, em troca do levantamento das sanções que estão a prejudicar a economia iraniana.

Atualmente, o Irão enriquece urânio a 60%, quando o nível necessário de enriquecimento de urânio para fins militares é de 90%.

Trump tem ameaçado repetidamente lançar ataques aéreos contra o Irão se não for alcançado um acordo.

Entretanto, Israel ameaçou atacar as instalações nucleares do Irão se se sentir ameaçado, aumentando ainda mais a tensão no Médio Oriente, cuja situação já é grave devido à guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, na Faixa de Gaza.

O acordo sobre o programa nuclear do Irão, assinado em 2015 entre Teerão e o chamado grupo P5 + 1 -- cinco membros do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha, limitou o enriquecimento de urânio a 3,67% e reduziu a quantidade que podia ficar armazenada para 300 quilogramas.

Este nível é suficiente para as centrais nucleares, mas está muito abaixo dos níveis necessários para criar armas nucleares.

No entanto, em 2018, os Estados Unidos, já sob liderança de Donald Trump, retiraram-se unilateralmente do acordo e, depois de várias tentativas sem êxito para reativar a parceria, o Irão foi abandonando todos os limites que tinha relativamente ao programa.