quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Estação Espacial realizou manobras de emergência para evitar colisão... A NASA foi obrigada a ativar os propulsores da estação durante pouco mais de cinco minutos.

© NASA

Notícias ao Minuto  26/10/22 

A NASA informou que a Estação Espacial Internacional - que conta com sete astronautas a bordo - foi obrigada a realizar manobras de emergência na segunda-feira, dia 24, de forma a evitar colidir com detritos espaciais.

Diz a agência espacial norte-americana que os propulsores da estação espacial foram ativados durante pouco mais de 5 minutos, o que permitiu evitar a trajetória de detritos espaciais à deriva na órbita da Terra.

Estudos sobre a existência de detritos espaciais (com origem em satélites desativados e em outras missões) indicam que há vários milhões de pedaços à deriva na órbita da Terra, o que pode colocar riscos não só à Estação Espacial como também aos satélites que proporcionam a rede de comunicações de que desfrutamos.

Quase metade da pesca ilegal no mundo é praticada por África

© iStock

Por LUSA  26/10/22 

Quase metade dos navios industriais e semi-industriais envolvidos na pesca ilegal operam em África, e a maioria têm origem chinesa e europeia, segundo um relatório divulgado pela Financial Transparency Coalition (FTC).

A prática não só contribui para a pesca excessiva, como também afeta os países em desenvolvimento, que perdem "milhares de milhões de dólares" em "fluxos de dinheiro ilícito" ligados à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (INDNR, sigla em espanhol) todos os anos.

A análise recorda que a INDNR leva a que mais de 90% dos 'stocks' mundiais de peixe sejam "totalmente explorados, sobre-explorados ou esgotados", de acordo com as estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) relatadas pela FTC.

Além disso, esta prática, o crime "mais lucrativo" contra os recursos naturais depois da madeira e da mineração, representa um quinto das capturas pesqueiras do mundo com um valor que pode atingir os 23,5 mil milhões de dólares (23,43 mil milhões de euros).

"A pesca ilegal é uma indústria maciça que ameaça diretamente a subsistência de milhões de pessoas na América Latina e no resto do mundo, especialmente as que vivem em comunidades costeiras em países em desenvolvimento já afetados pela pandemia da covid-19, o custo de vida e o impacto das alterações climáticas", afirmou Matti Kohonen, diretor executivo da FTC, num comunicado.

O responsável lembrou ainda que os proprietários dos navios continuam a operar com "imunidade total" devido, entre outras coisas, a "estruturas empresariais complexas", que dificultam a sua identificação e julgamento pelas autoridades.

O relatório da FTC, que reúne 11 organizações não-governamentais (ONG), concluiu que a Argentina e a África, por exemplo, perdem, anualmente, 2 mil milhões (2,25 mil milhões de euros) e até 11,49 mil milhões de dólares (11,46 mil milhões de euros), respetivamente, como resultado da pesca INDNR.

O documento, intitulado "Redes suspeitas: descobrindo as empresas e indivíduos por detrás da pesca ilegal em todo o mundo", indica que as "dez maiores empresas envolvidas" representam quase 25% de todos os casos denunciados.

Oito destas empresas são da China, uma da Colômbia e uma de Espanha, de acordo com a FTC.

O relatório da FTC afirma, ainda, que 54,7% da pesca INDNR é realizada por navios industriais e semi-industriais "com bandeira asiática", enquanto 16,1%, 13,5% e 12,8% utilizam bandeiras de países da América Latina, África e Europa, respetivamente. 

Guiné-Bissau: Frente Social em Conferência de Imprensa

 Radio Voz Do Povo 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Guiné-Bissau: Comerciantes, consumidores e operadores económicos mauritanianos foram convocados pelo Ministério do Comércio, para em conjunto, encontrar saídas face a subida de preços dos produtos de primeira necessidade.

Por Radio Voz Do Povo

Ucranianos alegam que russos prepararam "ato terrorista" em Zaporijia

© Reuters

Por LUSA  25/10/22 

A operadora de energia nuclear da Ucrânia disse hoje que responsáveis russos realizaram trabalhos secretos na última semana na central nuclear ocupada de Zaporijia, com o alegado intuito de preparar um "ato terrorista".

De acordo com a Energoatom, os oficiais russos que controlam a zona não dão acesso à equipa ucraniana que administra a central ou a monitores do órgão de vigilância da Organização das Nações Unidas (ONU) para ver o que os militares estão a fazer.

A entidade estatal que controla as quatro centrais termoelétricas da Ucrânia adiantou que "presume" que os russos "estão a preparar um ato terrorista, usando materiais nucleares e resíduos radioativos armazenados" em Zaporijia.

A Energoatom indicou que há 174 contentores combustível usado na instalação de armazenamento. Cada um dos contentores contêm 24 conjuntos de combustível nuclear usado.

"A destruição desses contentores como resultado de uma explosão poderá levar a um acidente de radiação e contaminação por radiação de várias centenas de quilómetros quadrados do território adjacente", disse a empresa.

A Energoatom encorajou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) a avaliar o que aconteceu.

O Conselho de Segurança da ONU debateu hoje à porta fechada as acusações da Rússia, que afirma que a Ucrânia fabricou uma 'bomba suja', alegações rejeitadas por Kiev e pelo Ocidente.

O debate foi pedido pela Rússia, cujo embaixador, Vassili Nebenzia, enviou uma carta ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, em que insiste nas acusações à Ucrânia.

No final, o embaixador britânico junto da ONU, James Kariuki, disse hoje que as alegações russas de desenvolvimento pela Ucrânia de 'bombas sujas' são apenas um novo capítulo na prolongada desinformação e propaganda Rússia.

Após uma reunião à porta fechada no Conselho de Segurança para debater as acusações russas, o diplomata do Reino Unido apresentou à imprensa alguns dos detalhes do encontro, indicando que ele, juntamente com os representes da França e dos Estados Unidos na ONU, "foram claros nas suas posições de que tudo não passam de alegações falsas" de Moscovo.

"São alegações falsas. Desinformação como a que vimos antes. Não foi apresentada nenhuma prova. A Ucrânia tem sido clara de que não tem nada a esconder e inspetores da Organização Internacional de Energia Atómica (OIEA) estão a caminho", disse Kariuki.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Guiné-Bissau: Cipriano Cassama espera que o governo assuma as responsabilidades para realização atempada das eleições

Presidente da ANP, Cipriano Cassama espera que o governo assuma as responsabilidades para realização atempada das eleições

Radio TV Bantaba

Encontro no Kremlin entre Putin e Sissoco Embaló

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

O Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Úmaro Sissoco Embaló, manteve esta manhã na sua qualidade de Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO um encontro de trabalho no Kremlin, com o Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin.

A reunião entre os dois Estadistas ficou marcada pela clara demonstração das excelentes relações de amizade existente entre a Rússia e a Guiné-Bissau.

O Presidente Putin começaria o encontro expressando as boas-vindas ao Presidente Embaló, tendo referido que no momento em que da parte dos guineenses há um nítido esforço na edificação de um Estado, a Rússia pode fazer mais e melhor em matéria de cooperação, dando particular enfâse ao sector da educação, onde se regista uma cooperação muito positiva.

De seguida, o Presidente Vladimir Putin teceu considerações elogiosas e positivas pela dinâmica imprimida pela actual Presidência exercida pelo General Úmaro Sissoco Embaló como Presidente em Exercício da CEDEAO, que na perspectiva do líder russo, uma zona muito importante com os seus 400 milhões de habitantes, que pode representar uma relação dinâmica e proveitosa em matéria de cooperação e para a qual a Rússia tem particular interesse, facto que a exemplo do que aconteceu em 2019, pretende voltar a realizar em 2023, uma nova Cimeira Rússia-África.

Antes de terminar, o Presidente Putin disse estar muito feliz com a visita do Presidente Ùmaro Sissoco Embaló e que ele era um hóspede bem-vindo à Rússia.

Por seu turno em resposta ao seu homólogo russo, o Presidente Sissoco Embaló considerou que a reunião no Kremlin era um encontro entre irmãos e velhos aliados, recordando que eles tiveram início muito antes da nossa independência, nos primórdios da nossa gloriosa Luta de Libertação Nacional na época da ex-União Soviética e mesmo muito antes do seu próprio nascimento.

Contudo, o Presidente Úmaro Sissoco Embaló deixou bem claro que a sua missão era na sua qualidade de Presidente em Exercício da CEDEAO e que vinha com um expresso mandato dos 15 Presidentes da República da nossa organização regional, para tentar discutir com as autoridades russas o actual conflito que opõe dois países irmãos e que não vinha somente discutir as questão do escoamento dos produtos agrícolas dos portos ucranianos, bem como de outros graves problemas que têm estado a bloquear o mundo, mas principalmente o de saber de que forma poderá sair de Moscovo com uma proposra concreta que possibilite aos dois países irmãos, em conflito, sentarem-se para, na base de um diálogo construtivo, estabelecerem mecanismos que conduzam a paz e porem fim a uma guerra fratricida.

O Presidente Sissoco Embaló disse claramente ao Presidente Putin que gostaria de saber o que o líder russo deseja que a Presidência em Exercício da CEDEAO faça e que possa conduzir a uma solução urgente para se pôr fim a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

O General Úmaro Sissoco Embaló na sua intervenção inicial disse que a África e em particular a CEDEAO não podiam abandonar a Rússia neste momento e em particularmente a Guiné-Bissau que mantém com este país relações de quase um século de grande amizade e que a própria posição assumida pelo conjunto dos países africanos demonstra de forma inequívoca do que os africanos pensam sobre o papel que a Rússia pode e deve desempenhar no mundo.

Outra questão colocada pelo Presidente em Exercício da CEDEAO ao Presidente Putin versou questões actuais de segurança ao nível da nossa zona regional africana, que tem causado alguma preocupação ao nível de muitos países membros da CEDEAO, isto partindo do princípio que a Rússia está presente com as suas Embaixadas em quase toda à África e do papel que a liderança russa pode jogar no mundo.

A terminar o Presidente da República da Guiné-Bissau e Comandante Supremo das Forças Armadas e na sua qualidade de Presidente em Exercício da CEDEAO nesta sua missão, disse ao Presidente Putin que a sua presença em Moscovo era de um amigo e irmão e de um emissário de paz.



GUINÉ-BISSAU: PJ guineense apreende cinco quilogramas de cocaína no aeroporto de Bissau

© Lusa

Por LUSA  25/10/22 

A Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau deteve sábado no aeroporto de Bissau duas pessoas e apreendeu cinco quilogramas de cocaína, disse hoje à Lusa fonte da força de investigação criminal.

Segundo a mesma fonte, um dos detidos pretendia viajar para Lisboa no voo da TAP com a cocaína, enquanto o outro, um funcionário do aeroporto, foi detido por auxílio à passagem da droga.

No total, a PJ apreendeu 5,6 quilogramas distribuídos em cinco pacotes, que o detido, que pretendia viajar, levava como bagagem de mão numa mochila.

A droga estava enrolada numa toalha dentro da mochila.

Os dois detidos foram hoje presentes a tribunal, tendo ficado em prisão preventiva.


IRÃO: Morreu "o homem mais sujo do mundo". Não tomou banho durante décadas... Amou Haji não tomava banho por ter medo de "ficar doente". Tinha 94 anos.

© Getty Images

Notícias ao Minuto  25/10/22 

Amou Haji, conhecido por ser “o homem mais sujo do mundo”, morreu aos 94 anos no Irão, segundo revela, esta terça-feira, a agência de notícias Reuters, que cita a estatal iraniana IRNA.

O homem, que passou décadas sem tomar banho, morreu no domingo, na aldeia de Dejgah, na província de Fars, localizada no sul do Irão.

A IRNA revelou que Amou Haji era solteiro e não tomava banho por ter medo de “ficar doente”. No entanto, “há alguns meses, pela primeira vez, alguns cidadãos levaram-no a uma casa de banho para se lavar”.

A vida do “homem mais sujo do mundo” foi tema de um documentário, emitido em 2013, intitulado ‘The Strange Life of Amou Haji’ [‘A vida estranha de Amou Haji’]. 

“Não é sensível ao frio nem ao calor, nunca esteve doente, e embora passe a maior parte do dia e da noite entre o lixo e os animais mortos, os testes que lhe são feitos mostram que está de boa saúde”, escreveu, em 2014, a agência de notícias iraniana Mehr.

Já a IRNA contou que “quando os aldeões tentaram levá-lo para se lavar, colocando-o numa carrinha, ele fugiu”.

Caminhos para Urbanização Sustentável, "Sem deixar Ninguém e Nenhum Lugar para Trás"

Caminhos para Urbanização Sustentável, "Sem deixar Ninguém e Nenhum Lugar para Trás" é o lema das discussões que colaboram para nova Programação do UN-Habitat voltada a construção de Cidades Verdes, Sem deixar Ninguém e Nenhum Lugar para Trás.

 Radio TV Bantaba

A problemática do crédito malparado constitui preocupação na Guiné-Bissau. Por isso, a Jornada de Reflexão sobre Banca e Justiça já na sua terceira edição, debate a "cobrança de créditos".

@Radio Voz Do Povo


Hoje, o Primeiro Magistrado de Nação Guineense, igualmente Presidente em exercício da CEDEAO General do Exército Umaro Sissoco Embaló, teve encontro com seu homologo Russo, Vladimir Putin.

@RTnews  Putin and Guinea-Bissau's Embalo hold meeting in Moscow ☝

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional  Moscovo 25 de Outubro de 2022.

Governo recebe viaturas doadas pela Câmara Municipal de OEIRAS de Portugal.


Radio Voz Do Povo

UNICEF: Ondas de calor. Unicef pede adaptações para 560 milhões de crianças

© Instagram/UNICEF

Por LUSA  25/10/22 

Quase 560 milhões de crianças são atualmente expostas a ondas de calor mais frequentes e o fenómeno vai aumentar, afirmou hoje a Unicef, sublinhando a urgência de se adaptarem os serviços essenciais para os mais jovens.

O relatório "O ano mais frio do resto das suas vidas: proteger as crianças dos impactos crescentes das ondas de calor", hoje divulgado, revela que, mesmo que o aquecimento global seja limitado a níveis mais baixos, "será inevitável que, em apenas três décadas, as crianças de todo o mundo vivam ondas de calor com maior frequência".

Num ano em que as ondas de calor atingiram números recorde, tanto no hemisfério sul como no norte, o relatório realça os extensos efeitos deste fenómeno nas crianças, sublinhando que as ondas de calor são particularmente nocivas para os mais novos, uma vez que estes têm menos capacidade para regular a temperatura corporal.

"Quanto mais ondas de calor as crianças passarem, maior é a probabilidade de sofrerem problemas de saúde como doenças respiratórias crónicas, asma e doenças cardiovasculares", adverte o estudo, sublinhando que, no caso dos bebés e das crianças pequenas, o calor aumenta muito o risco de morte.

"As ondas de calor também podem afetar o ambiente, a segurança, a nutrição e o acesso à água, bem como a educação e a subsistência futura das crianças", acrescenta a análise publicada pelo Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O estudo alerta ainda que 624 milhões de crianças estão expostas a um de três outros indicadores utilizados nestas análises: ondas de calor mais longas, ondas mais severas ou períodos de temperaturas extremas.

O relatório, desenvolvido em colaboração com o 'The Data for Children Collaborative' e divulgados em parceria com a embaixadora da Boa Vontade da Unicef, Vanessa Nakate, e o Movimento Rise Up, sediado em África - sublinha a urgência de se adaptarem os serviços essenciais para as crianças, como forma de reagir proativamente às consequências do aquecimento global.

"A duração das ondas de calor afeta atualmente 23% das crianças de todo o mundo" e "este número aumentará para 1,6 mil milhões de crianças até 2050 se o aquecimento [médio do planeta aumentar] 1,7° Celsius, e para 1,9 mil milhões de crianças se o aquecimento for de 2,4°C", refere.

Por isso, é crucial que sejam tomadas medidas urgentes e drásticas de mitigação das emissões e de adaptação, a fim de conter o aquecimento global e proteger vidas.

"Até 2050, quase metade de todas as crianças em África e na Ásia estarão expostas a temperaturas extremamente elevadas constantes", avisam os investigadores, adiantando que atualmente, há 23 países que registam o mais alto nível de exposição infantil a temperaturas extremamente elevadas.

No entanto, "este número aumentará para 33 países em 2050 num cenário de emissões reduzidas, ou para 36 países num cenário de emissões muito elevadas", adianta o estudo, sublinhando que Burkina Faso, Chade, Mali, Níger, Sudão, Iraque, Arábia Saudita, Índia e Paquistão estão entre os países que deverão permanecer na categoria mais elevada em ambos os cenários.

"As crises climáticas de 2022 deixaram um forte aviso do perigo crescente que enfrentamos", lembrou a ativista do clima e embaixadora da Boa Vontade da Unicef, Vanessa Nakate.

"As ondas de calor são um exemplo claro. Por mais quente que este ano tenha sido em quase todo o mundo, este será provavelmente o ano mais frio do resto das nossas vidas. O termómetro está a subir no nosso planeta e, no entanto, os líderes mundiais ainda não transpiraram. A única opção é continuarmos a pressioná-los para corrigir o curso em que nos encontramos", concluiu.

Burkina Faso: Dezenas de mortos em confrontos do exército com extremistas

Dw.com 25.10.2022

Confrontos entre soldados burquinabês e fundamentalistas islâmicos na cidade de Djibo, norte do país, provocaram pelo menos 28 mortos, dez dos quais soldados governamentais, anunciaram as forças armadas.

"O saldo provisório inclui dez soldados mortos durante os confrontos e cerca de 50 feridos. Do lado inimigo, foram contabilizados, pelo menos, 18 terroristas durante as operações de limpeza, ainda em curso", segundo um comunicado das forças armadas, divulgado na noite desta segunda-feira (24.10).

Os confrontos ocorreram depois de elementos fundamentalistas islâmicos terem atacado hoje de manhã a base militar em Djibo. Devido ao elevado número de atacantes, as forças armadas enviaram apoio aéreo e terrestre para ajudar a repelir o ataque e para as operações de contra-ataque.

A cidade de Djibo está sujeita a um bloqueio há três meses por extremistas islâmicos, que cortaram os principais eixos que ligam à cidade, incluindo a dinamitação de pontes.

Situação crítica

Testemunhos falam de uma situação crítica nesta cidade de 300.000 habitantes - incluindo muitos deslocados -, capital da região do Sahel sem litoral no norte de Burkina e onde a fome é uma ameaça.

Em 26 de setembro, uma coluna com mantimentos que ia para Djibo foi atacada por homens armados. O ataque, reivindicado pela Al-Qaida, matou oficialmente 37 pessoas, incluindo 27 soldados. Setenta camionistas continuam desaparecidos, de acordo com o seu sindicato.

Este ataque serviu de catalisador para o golpe de 30 de setembro, perpetrado pelo capitão Ibrahim Traoré, que derrubou o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba.

Foi o segundo golpe de Estado no Burkina Faso em oito meses, com os golpistas a justificarem as ações com a deterioração da situação de segurança no país, palco há sete anos da violência extremista islâmica.

Empossado em 21 de outubro como Presidente da transição pelo Conselho Constitucional, o capitão Traoré assegurou que os seus "objetivos não são outros que a reconquista do território ocupado pelas hordas de terroristas".

Grupos extremistas controlam aproximadamente 40% do território burquinabê.

Ibrahim Traoré assumiu a liderança do Burkina Faso na semana passada

Espiral de violência

O Burkina Faso está mergulhado numa espiral de violência desde 2015, cujos principais atores são movimentos extremistas ligados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico (EI).

Esses ataques regulares, inicialmente concentrados no norte antes de se espalharem para o resto do país, particularmente o leste, causaram milhares de mortes e forçaram cerca de dois milhões de pessoas a fugir das suas áreas de residência.

Também hoje, a Brigada de Defesa e Vigilância Patriótica, uma força paramilitar de voluntários alistados no combate ao fundamentalismo islâmico, lançou um novo apelo ao recrutamento de 15.000 novos membros desta milícia.

Os candidatos devem ser cidadãos do Burkina Faso, "serem patrióticos e com bom caráter", ter mais de 18 anos e "estar em boa forma física e psicológica". 

"O registo final será decidido apenas no final de uma investigação de moralidade", alerta a organização em comunicado.

ITÁLIA: Meloni quer travar saídas de migrantes irregulares em África

© Getty Images

Por LUSA  25/10/22 

A nova primeira-ministra italiana defendeu hoje, no seu primeiro discurso perante o parlamento, que o Governo pretende "travar as saídas ilegais" de migrantes de África com destino à Itália, adiantando que vai pedir ajuda à União Europeia.

Este Governo "quer acabar com as saídas ilegais [de África] e acabar com o tráfico de pessoas" no Mediterrâneo, defendeu Giorgia Meloni, explicando que vai pedir à União Europeia (UE) que recupere a operação naval Sophia, através da qual foi feito, entre 2015 e 2020, um patrulhamento regular do Mediterrâneo por aviões europeus com vista a desmantelar redes de traficantes de seres humanos.

"A nossa intenção é recuperar a proposta original da missão naval Sophia da União Europeia, que, na terceira fase, previa, embora isso nunca tenha acontecido, o bloqueio de saídas de navios do Norte de África", explicou.

"Pretendemos propô-lo a nível europeu e implementá-lo de acordo com as autoridades norte-africanas, acompanhado da criação, em África, de centros de identificação, geridos por organismos internacionais, onde seja possível analisar os pedidos de asilo e distinguir quem tem o direito de ser aceite na Europa".

A nova primeira-ministra italiana assegurou que não pretende, "de forma alguma, questionar o direito de asilo daqueles que fogem da guerra e da perseguição", mas antes travar os traficantes.

Meloni criticou a "terrível incapacidade de encontrar soluções adequadas para as várias crises migratórias" do passado e lembrou que "muitos homens, mulheres e crianças encontraram a morte no mar na tentativa de chegar à Itália".

Por isso, declarou, "este Governo quer seguir um caminho até agora pouco percorrido: travar as saídas ilegais e acabar finalmente com o tráfico de seres humanos no Mediterrâneo".

A questão da migração, uma das mais polémicas em Itália, já que o país tem sido, nos últimos anos, uma das principais portas de entrada de migrantes irregulares para a Europa, fez parte da apresentação do programa de Governo de Giorgia Meloni à Câmara dos Deputados, que irá, ainda hoje, votar uma moção de confiança.

A questão é ainda mais relevante pelo facto de um dos líderes dos partidos da coligação governamental, no caso Marreo Salvini, do Liga, ter sido um opositor fervoroso à imigração quando foi ministro do Interior.

Salvini enfrenta atualmente um julgamento por sequestro e abuso de poder por ter proibido o desembarque de 147 migrantes resgatados no Mar Mediterrâneo pelo navio organização Open Arms, em agosto de 2019.

Durante a campanha eleitoral, Salvini chegou a dizer que a Itália era um país mais seguro quando estava no poder e defendeu que os pedidos de asilo passassem a ser realizados em centros de migração no norte de África e não nos países de destino.

Presidente da Guiné-Bissau leva hoje "mensagem de paz" a Putin

© Radio Voz Do Povo

Por LUSA  25/10/22 

O Presidente da Guiné-Bissau e líder em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, reúne-se hoje em Moscovo com o homólogo russo, Vladimir Putin, a quem pretende transmitir uma "mensagem de paz".

O chefe de Estado guineense declarou, antes de deixar Bissau, que viajava para a Rússia e a Ucrânia "com uma mensagem de paz" e que ia aconselhar o Presidente russo a encontrar-se e dialogar com o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky - o que nunca aconteceu desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro.

Umaro Sissoco Embaló é o segundo chefe de Estado africano a deslocar-se à Rússia, depois do Presidente senegalês, Macky Sall, que esteve em Moscovo, em junho, como presidente em exercício da União Africana.

"É preciso falarmos de paz, porque o mundo anda atormentado", realçou Umaro Sissoco Embaló.

O embaixador russo em Bissau, Oleg Ozerov, declarou à agência russa TASS que "Moscovo está entre os parceiros prioritários" da Guiné-Bissau e que "as relações bilaterais se têm desenvolvido historicamente num clima de amizade".

"Na Guiné-Bissau é altamente apreciada a contribuição do nosso país na recuperação da independência e reforço do Estado guineense", adiantou o diplomata russo.

O mesmo embaixador disse esperar que, durante a reunião de alto nível de hoje na capital russa, Putin e Sissoco Embaló troquem opiniões "sobre várias questões, nomeadamente, relacionadas com a cooperação bilateral, com os problemas internacionais, pan-africanos e regionais e a preparação da II Cimeira Rússia-África, em 2023, em São Petersburgo".

Oleg Ozerov sublinhou que a "cooperação bilateral privilegia a formação de quadros, a extração de minérios e a economia piscatória" e que o "diálogo político entre os dois países tem um carácter regular".

Em março deste ano, Mikhail Bogdanov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, visitou a Guiné-Bissau.

Em junho, o primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, esteve no XXIV Fórum Económico Internacional de São Petersburgo; em outubro, Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, e a sua homóloga, Suzi Barbosa, mantiveram consultas em Moscovo, "como iniciativas preparatórias da reunião de alto nível" de hoje.

Oleg Ozerov afirmou que a "parte russa espera que a maioria dos Estados africanos marquem presença naquele fórum internacional".

NATO recusa alegação russa de que Kyiv vai usar uma 'bomba suja'

© Reuters

Por LUSA  25/10/22 

A NATO garantiu na segunda-feira que "recusa" a alegação da Federação Russa de que a Ucrânia vai usar uma 'bomba suja' no seu próprio território e rejeita que este argumento sirva de desculpa para Moscovo agravar a situação no terreno.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, informou, na rede social Twitter, que tinha falado com o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, sobre "a falsa afirmação da Rússia de que a Ucrânia se estava a preparar para usar una 'bomba suja' no seu próprio território".

Uma 'bomba suja' é um engenho explosivo que, ao explodir, espalha elementos radioativos na atmosfera e na superfície do terreno.

No seu texto, Stoltenberg acentuou: "Os aliados da NATO recusam esta alegação. A Rússia não a deve utilizar como pretexto para uma escalada".

O ministro da defesa russo, Serguei Shoigu, e Austin falaram no domingo, pela segunda vez em uma semana, sobre a situação na Ucrânia, informaram as duas partes.

Também no domingo, Shoigu falou com Wallace, com este a assegurar, em comunicado, que recusou as alegações de que a Ucrânia estava a preparar ações "facilitadas" por Estados ocidentais, como o Reino Unido, para aumentar a tensão no conflito.

Entretanto, na segunda-feira também, a Organização Internacional de Energia Atómica (OIEA) informou que vai enviar inspetores a duas instalações nucleares ucranianas, a pedido das autoridades de Kiev.

Este envio de inspetores está relacionado com as acusações russas relativas +a mencionada 'bomba suja'.

Esta agência nuclear da ONU também não tem qualquer indício de que Kiev tenha desviado material nuclear ou de atividades ucranianas não declaradas.


Leia Também: Zelensky diz que Rússia "será apenas pedinte" que perdeu influência

Nuno Gomes Nabiam, Primeiro Ministro da Guiné-Bissau, considera que o país está a viver o seu momento mais alto, depois de 49 anos da independência.

Nuno Gomes Nabian fala na cidade de Gabú, a margem de uma visita de cortesia.
@Radio TV Bantaba   Oct 25, 2022



segunda-feira, 24 de outubro de 2022

A XI Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa tem lugar a 24 e 25 de outubro em lisboa.

 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

Subordinada ao tema "Livre circulação de bens e serviços no espaço da CPLP", o evento foi organizado, em articulação com a Presidência da AP-CPLP, a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP). 

O Dr. Abdú Mané, presidente da comissão jurídica, líder da bancada parlamentar do MADEM G-15 e igualmente um dos Deputados Nacionais da Assembleia Parlamentar da CPLP, bem como membro afeto à 2ª Comissão no que concerne ao Ambiente, Economia e Cooperação.

Da Guiné-Bissau, fizeram-se presentes representantes do PRS e do PAIGC.

Para além dos Presidentes de Parlamentos e Deputados, a XI AP-CPLP conta com a presença de oradores e convidados especiais do espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

De realçar que o acordo de mobilidade foi conseguido graças a esta Assembleia Parlamentar que permitiu a aprovação e a efetiva ratificação de Estados membros.


Sua Excelência Senhor Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Úmaro Sissoco Embaló chega a Moscovo onde na sua qualidade de Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO vai manter conversações com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.



Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló / Radio Voz Do Povo

EAU anunciaram a proibição de vistos para cidadãos de 21 países africanos que pretendam visitar o Dubai

 Portalxaa.com  24/10/20221 

EAU anunciaram a proibição de vistos para cidadãos de 21 países africanos que pretendam visitar o Dubai

As autoridades dos Emirados Árabes Unidos (EAU) anunciaram recentemente uma proibição de concessão de vistos a cidadãos de 21 países africanos que pretendam visitar o Dubai com efeito imediato, tendo acrescentado que «quaisquer inscrições dos países mencionados serão enviadas de volta ou canceladas».

Segundo o comunicado, os países afetados pela proibição de vistos são o Gana, Uganda, Serra Leoa, Sudão, Camarões, Nigéria, Libéria, Burundi, República da Guiné, Gâmbia, Togo, República Democrática do Congo, Senegal, Benin, Costa do Marfim, Congo, Ruanda, Burkina Faso, Guiné-Bissau, Comores e República Dominicana.

Importa referir que nenhuma razão foi dada sobre por que os Emirados Árabes Unidos tomaram esta decisão, mas, segundo a mídia internacional, a medida visa afastar os cidadãos de nacionalidade africana que costumam a aproveitar os vistos de visita para permanecer naquele país.

EDMUNDO MENDES CONSIDERA INEXISTENTE O CONGRESSO QUE REELEGEU JÚLIO MENDONÇA NA UNTG

By Rádio Jovem  outubro 24, 2022

A realização do V° Congresso Ordinário da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) provocou uma reação dura que resultou no encerramento, por algumas horas, das portas da sede da mesma organização sindical.

Foi um congresso que, depois de muitas lutas judiciais, acabou por reeleger, no último fim-de-semana, por meio de votos por aclamação, Júlio Mendonça ao cargo do Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné.

Porém, este congresso continua ainda a gerar muitas polémicas. Aliás, esta manhã, provocou  o encerramento por algumas horas da porta da sede da União Nacional dos Trabalhos da Guiné.

Informações apuradas pela Rádio Jovem indicam que terá sido João Cá, o mandatário de Laureano Pereira, quem colocou os cadeados na porta das instalações da UNTG, toadavia, momentos depois, foi reaberto devido à intervenção dos elementos da Polícia Judiciária.

Coincidência ou não, havia agentes da Polícia da Ordem Pública no local, supostamente para assegurar as instalações da maior central sindical do país.

Em reação a isso, Edmundo Mendes, advogado da candidatura de Laureano Pereira, considera de inexistente o congresso que reelegeu Júlio Mendonça.

“Não houve e nunca haverá o congresso, salvo quando a lei autorizar, porque a Providência Cautelar ainda está em vigor. Então, o que aconteceu no sábado foi um protesto e escândalo que não tem nada a ver com o nome digno de um congresso”, afirma o advogado.

Em relação à última decisão do tribunal “absolvição da instância” que a comissão organizadora usou como argumento para realização da quinta reunião magna reunião da UNTG, Edmundo Mendes explica que, de acordo com a lei, mesmo com a absolvição da instância, o efeito da previdência cautelar ainda mantém-se em vigor.

“Sabemos como e com que propósito essa decisão foi tomada. Pensaram que, com a absolvição da instância, eu ia entrar com uma outra ação, assim para, durante esse tempo, pudessem consumar a violação dos nossos direitos. Só que não foram inteligentes, porque nesta circunstância, com absolvição da instância, segundo a lei, o efeito da previdência cautelar ainda tem efeito de 30 dias, permitindo que nós, enquanto a defesa, recorrer ou intentar uma nova ação no tribunal”, esclareceu.

Perante isso, o advogado, por outro lado, adverte das consequências judiciais que podem advir em caso da investidura de Júlio Mendonça ao cargo de Secretário-geral da UNTG.

“Que ninguém avance com a tomada de posse ou investidura como Secretário-geral. Se avançarem com esta decisão, penso que as coisas não vão ficar bem, porque haverá consequências judiciais”, avisou, apelando que as partes mantenham serenas e para aguardarem a decisão do tribunal.


REINO UNIDO: Rishi Sunak será indigitado primeiro-ministro britânico na terça-feira

© Lusa

Por LUSA  24/10/22 

O novo líder do Partido Conservador, Rishi Sunak, deverá ser indigitado primeiro-ministro britânico na terça-feira de manhã pelo Rei Carlos III, indicou hoje o gabinete da chefe de governo demissionária, Liz Truss.

Segundo o gabinete de Truss, esta ainda vai presidir a uma reunião do Conselho de Ministros pelas 09:00. 

No final, fará uma declaração à porta da residência oficial, em Downing Street, antes de se deslocar para o Palácio de Buckingham, onde vai formalizar a demissão de primeira-ministra. 

O Rei Carlos III receberá então o sucessor, Rishi Sunak, que será indigitado primeiro-ministro e encarregado de formar governo enquanto líder do partido com a maioria parlamentar. 

O novo primeiro-ministro viajará então para Downing Street, fará uma declaração no exterior pelas 11:35, antes de entrar para começar a trabalhar e nomear alguns dos ministros.

Sunak, de 42 anos e descendente de imigrantes indianos, será o terceiro primeiro-ministro do Reino Unido em sete semanas, depois de Boris Johnson e Liz Truss, o mais novo desde 1783 e o primeiro britânico de origem asiática a ocupar o cargo. 

O antigo ministro das Finanças foi o único candidato à liderança do Partido Conservador a receber o apoio exigido de pelo menos 100 dos 357 deputados Conservadores.

Numa declaração na sede do Partido hoje em Londres, declarou assumir a responsabilidade com "humildade e honra" e prometeu "estabilidade e unidade" numa altura em que o Reino Unido enfrenta "um grande desafio económico". 

"O Reino Unido é um grande país. Mas não há dúvida de que enfrentamos um profundo desafio económico. Precisamos agora de estabilidade e unidade. E eu farei a minha maior prioridade unir o nosso partido e o nosso país", disse o ex-ministro das Finanças de Boris Johnson.

Prometendo trabalhar "com integridade e humildade", Sunak disse ser necessária unidade para "superar os desafios" enfrentados e "construir um futuro melhor e mais próspero".


Tráfico de drogas: DETIDOS DOIS SUSPEITOS NO AEROPORTO INTERNACIONAL OSVALDO VIEIRA

JORNAL ODEMOCRATA  24/10/2022  

Um cidadão luso- guineense de 37 anos foi detido pelo Comando Territorial nº 01 da Guarda Nacional neste sábado, 22 de outubro, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, tendo sido apreendidos 5 kg de cocaína, de marca relax, na sua mochila.

O suspeito foi interceptado pelos agentes da Guarda Nacional, quando viajava para Portugal. Ao final da tarde, foi detido outro suspeito, um cidadão guineense, funcionário no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, que terá entregue 5kg de cocaína ao cidadão luso-guineense.

Os suspeitos, segundo uma fonte ligada ao processo, foram entregues à Polícia Judiciária e encontram-se detidos desde sábado nas celas daquela corporação policial.

Segundo a fonte, os suspeitos vão ser apresentados, esta segunda – feira, 24 de outubro, ao Ministério Público.

Por: Tiago Seide

Covid-19: Guiné-Bissau vacinou 50% da população-alvo

© Lusa

Por LUSA  24/10/22

A Guiné-Bissau conseguiu vacinar contra a covid-19 50% da população-alvo, mas apenas 18% da população total está completamente vacinada, segundo um artigo divulgado nos Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.

"Após três campanhas de mas­sa no Setor Autónomo de Bissau, Biombo e Bafatá e duas nas demais regiões sanitárias associadas à atividade de rotina nos centros de vacinação de Bissau e correspondendo a um ano das atividades de vacinação (abril 2021-abril 2022) o país conseguiu atingir a cobertura de 50% da popula­ção-alvo", refere o artigo assinado por Plácido Cardoso, Gizelo Mendonça, Cadija Mané e Asson Có, enviado hoje à Lusa.

As primeiras campanhas de vacinação na Guiné-Bissau contra a covid-19 tiveram como público-alvo as pessoas a partir dos 18 anos.

Em relação à cobertura da população geral, que totaliza 1.938.553 pessoas, o artigo refere que apenas 18% da população tem a vacinação completa, pelo menos duas doses, e 27% da população tomou uma dose.

Por regiões, a dos Bijagós e de Bolama são as que têm mais população com a vacinação completa, respetivamente 43 e 34%, seguidas de Farim e Quinara (ambas com 24%), e Gabu e Tombali (com 23%).

O setor Autónomo de Bissau e a região de Bafatá, ambos com maior densidade populacional, apresentam uma taxa de vacinação completa de 16% do total da população.

"Apesar dos progressos registados no processo de vacinação, o país continua a enfrentar sérios desafios para fazer as populações vacinarem-se, sobretudo, para completar a vacinação ou a dose de reforço", salienta o artigo.

O artigo refere que se continua a assistir a alguma "resistência" por parte de alguns segmentos populacionais, nomeadamente os "considerados grupos de risco, os portadores de doenças crónicas, as grávidas e mulheres em idade fértil".

"O trabalho de sensibilização e a comunicação precisam de ser reforçados", sublinha o artigo, acrescentando que uma campanha implementada e direcionada para as mulheres permitiu aumentar a taxa de vacinação.


MIGRAÇÕES: Turquia torturou e expulsou centenas de refugiados sírios, diz HRW

© Reuters

Por LUSA  24/10/22 

Centenas de homens e meninos sírios foram detidos, espancados e devolvidos à força ao seu país pelas autoridades turcas nos últimos seis meses, denunciou hoje a Human Rights Watch, acusando a Turquia de continuar a violar o direito internacional.

Segundo um relatório hoje divulgado pela organização de defesa dos direitos humanos, a forma como a Turquia trata os migrantes que vivem no país sob proteção temporária viola o direito internacional, apesar de o Governo turco continuar a rejeitar as acusações de fazer expulsões forçadas de refugiados para a Síria.

A Turquia abriga a maior população de refugiados do mundo, nomeadamente 3,6 milhões de sírios que fugiram de uma guerra que já dura há uma década no seu país.

Como relatou a Human Rights Watch, os sírios deportados disseram aos investigadores da organização que as autoridades turcas os detiveram nas suas casas, locais de trabalho e nas ruas, em condições precárias, sendo que a maioria foi alvo de espancamentos e abusos e muitos foram forçados a assinar documentos a aceitar "voluntariamente" regressar à Síria.

Depois de serem conduzidos algemados até a fronteira síria -- em jornadas que duraram, às vezes, 21 horas -- foram forçados a atravessar a fronteira sob a mira de uma arma, contaram os refugiados sírios.

"Em violação da lei internacional, as autoridades turcas detiveram centenas de refugiados sírios, até mesmo crianças desacompanhadas, e forçaram-nos a voltar para o norte da Síria", avançou a investigadora de direitos de refugiados e migrantes da Human Rights Watch, Nadia Hardman.

O princípio legal de 'não-expulsão', ao qual Ancara está vinculada por tratado internacional, proíbe o retorno de qualquer pessoa a um local onde possa enfrentar um risco real de perseguição, tortura ou ameaça à vida.

A Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria reafirmou, no mês passado, que a Síria não é segura para quem regressa ao país depois de fugir.

O sentimento na Turquia em relação aos refugiados tem vindo a piorar à medida que a crise económica se agrava e, com eleições à porta (junho de 2023), o Governo turco pretende agora devolver o maior número possível de pessoas ao norte da Síria, região sob o controle dos militares turcos.

No início deste mês, um responsável turco adiantou que quase 527.000 sírios regressaram ao seu país voluntariamente, cinco meses depois de o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter anunciado um projeto de construção de casas na região noroeste de Idlib, na Síria, para facilitar o retorno de 1 milhão de refugiados instalados na Turquia.

Erdogan sinalizou recentemente uma mudança na política em relação à Síria, sugerindo a possibilidade de conversas com o presidente sírio, Bashar al-Assad, apesar de, anteriormente ter exigido a deposição de al-Assad por apoiar grupos de oposição.

Muitos sírios que vivem na Turquia temem que a reaproximação possa levar a uma maior pressão para forçar os regressos dos refugiados.

"Embora a Turquia tenha fornecido proteção temporária a 3,6 milhões de refugiados sírios, agora parece que está a transformar o norte da Síria num depósito de refugiados", disse Nardia Hardman.

A Human Rights Watch entrevistou 37 homens sírios e dois meninos entre fevereiro e agosto, bem como parentes dos deportados para a Síria.

Todos disseram ter sido deportados juntamente com dezenas ou centenas de outros e garantiram ter sido forçados a assinar documentos que entenderam ser acordos de regresso "voluntário".

Um jovem de 26 anos da cidade de Aleppo, no norte da Síria, contou mesmo que um responsável turco lhe disse que qualquer pessoa que tentasse reentrar na Turquia seria recebida a tiro.

A investigadora da Human Rights Watch defendeu hoje que a União Europeia deve suspender o seu financiamento para retenção de migrantes na Turquia até que este termine tipo de deportações violentas.

A UE assinou, em 2016, com a Turquia, um acordo para transferir 6 mil milhões de euros de ajuda a Ancara em troca da redução do fluxo de migrantes para a Europa.