Em Nova Iorque, o Global Marijuana March oferece um charro em troca de prova de vacinação contra a covid-19.
SHANNON STAPLETON / REUTERSPor sicnoticias.pt 30.04.2021
O objetivo é o de alcançar a imunidade de grupo o mais rápido possível num país com mais de 328 milhões de habitantes.
Cerveja, marijuana e dónutes grátis e até um todo-o-terreno são alguns dos incentivos à vacinação contra o SARS-CoV-2 que se pode encontrar em várias cidades dos Estados Unidos da América (EUA).
Vale tudo para conseguir cumprir a campanha maciça de vacinação que a administração do democrata Joe Biden estabeleceu como prioridade do início do mandato.
De acordo com uma reportagem da Associated Press (AP), vale mesmo tudo, por exemplo, em Detroit (Michigan) as autoridades locais estão a oferecer 50 dólares (mais de 41 euros) a cada pessoa que dê boleia a outra até um dos centros de vacinação espalhados pela cidade.
E se os cidadãos não puderem ir até aos centros de vacinação, os centros de vacinação vão aos cidadãos, como é caso de Chicago (Illinois), onde há autocarros especificamente equipados para levar as vacinas aos diferentes bairros da cidade.
Estes esforços são cruciais para cumprir o objetivo: alcançar a imunidade de grupo o mais rápido possível nos Estados Unidos, um país com mais de 328 milhões de habitantes, de acordo com dados de 2019 recolhidos pelo Departamento de Censos dos EUA, Eurostat e Banco Mundial.
"Esta a maneira de ver a pandemia pelo retrovisor e prosseguir com as nossas vidas", disse Steven Stack, médico e comissário de saúde pública do Kentucky.
Mas ainda há muitos norte-americanos que recusam ser vacinados, por muito que os fármacos sejam acessíveis. Por isso, foi necessário recorrer à criatividade e estimular o "apetite" da população.
Por isso, há várias cidades a oferecer cerveja, dónutes e até marijuana. Em troca só têm de estender o braço e ser vacinados. Ficam protegidos contra a sintomatologia grave provocada pela covid-19 e vão para casa com um destes "prémios". Há autarquias que vão mais longe e até oferecem automóveis, como, por exemplo, veículos todo-o-terreno.
Entretanto, o país começa a dar os primeiros passos rumo ao regresso à normalidade. O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) já anunciou que os cidadãos vacinados não precisam de utilizar máscaras em público, mas apenas se estiverem com um grupo pequeno de pessoas.
Os 'cheques' para a população que administração Biden colocou em circulação para estimular a economia parecem estar a dar frutos. E à medida que o número de infeções e de óbitos desce em várias regiões do país, a vida vai sendo retomada.
A Disneyland, na Califórnia, por exemplo, vai reabrir na sexta-feira depois de ter encerrado há mais de um ano, enquanto em Indianápolis (Indiana) vai receber 135.000 espetadores para o Indy 500 no final de maio.
Contudo, o cenário não é animador em todo o país. No Oregon, por exemplo, o número de internamentos ainda é elevadíssimo, razão pela qual não é expectável um aligeiramento das restrições que estavam impostas.
MAIS DE 3,1 MILHÕES DE MORTOS NO MUNDO
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.152.646 mortos no mundo, resultantes de mais de 150 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos continuam a ser o país com o maior número de casos em todo o mundo, seguindo-se a Índia e o Brasil.
Em Portugal, morreram 16.974 pessoas dos 836.033 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
A grande maioria dos pacientes recupera, mas uma parte evidencia sintomas por várias semanas ou até meses.