sexta-feira, 14 de abril de 2023

Níger é novo aliado da Alemanha contra o terrorismo no Sahel

Por  Dw.com    14/04/23 

Após a anunciada retirada das tropas do Mali, o Governo alemão elegeu o Níger como novo parceiro no combate ao terrorismo na região do Sahel. Para selar nova parceria, dois ministros estão de visita ao Níger e ao Mali.

A Alemanha não desiste do Sahel. Vai retirar as suas tropas do Mali e rumar ao vizinho Níger, anunciaram Boris Pistorius, ministro da Defesa, e a ministra da Cooperação e Desenvolvimento, Svenja Schulze.

Segundo os governantes, que estão de visita ao Níger e ao Mali, esta estratégia será associada ao apoio ao desenvolvimento do Níger, um país pobre com uma população jovem e em crescimento.

Svenja Schulze, ministra da Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha, em entrevista à DW   Foto: Katharina Kroll/DW

Enquanto aumentam as preocupações diplomáticas entre os países vizinhos e a Alemanha, a ministra alemã Svenja Schulze cita o Níger como um exemplo de democracia, valioso na luta contra o terrorismo na região.

"Vemos que o Níger é uma tinta de estabilidade em toda a zona do Sahel e prova que uma democracia pode criar estabilidade. E a nossa parceria gostaria, naturalmente, de continuar esta coordenação desta cooperação", declarou.

Alemanha financia hospitais

Os dois governantes da Alemanha anunciaram a construção de hospitais financiados pelo Governo de Olaf Sholz. Um estabelecimento militar e um hospital universitário serão construídos em Niamey.

Esta notícia foi bem recebida pelo ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros do Níger, Hassoumi Massaoudou: "É um novo anúncio que prova que a Alemanha está sempre presente e sempre com novas iniciativas."

O diretor do Programa Alimentar Mundial (PAM), Jean Noël Gentile, também está satisfeito com a ajuda alemã no plano emergencial. "Para nós é muito importante. A Alemanha é um dos maiores doadores, se não o maior doador do PAM no Níger, que confia em nós não só em intervenções de resposta de emergência, especialmente em intervenções de resiliência que abordam as causas profundas da subnutrição e da fome", disse.

Svenja Schulze e Boris Pistorius visitaram um armazém do PAM em NiameyFoto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance

Mesmo a sociedade civil que frequentemente crítica o Governo em relação a vários aspetos da cooperação entre o Níger e os países ocidentais, congratula-se com o modelo alemão de cooperação e parceria, mesmo no campo militar.

Elhadj Idi Abdou falou em nome das organizações da sociedade civil: "Trata-se de uma cooperação dinâmica com acesso ao desenvolvimento e que atinge mais de perto as populações, nomeadamente através da educação, saúde e segurança alimentar. Com o contexto de insegurança que caracteriza o Sahel, a Alemanha está a formar e a reforçar as capacidades das nossas Forças de Defesa e Segurança."

Esforços concentrados no Níger

Uma cooperação que deve continuar. O ministro da Defesa alemão anunciou que após a retirada das tropas alemãs do Mali, a Alemanha vai concentrar os seus esforços no Níger.

Boris Pistorius criticou a Junta Militar no poder no Mali, que ordenou a retirada do país das tropas alemães. "Estamos todos cientes da contribuição deste contingente para a missão da ONU em termos de reconhecimento. A situação no Mali não melhorou e se a nossa missão não pôde ser bem-sucedida, foi por causa das condições aqui existentes. Não é culpa do governo alemão, não é culpa da Bundeswehr, mas é por causa das condições que foram dificultadas aqui".

Seguindo o exemplo de outros países, a Alemanha anunciou em novembro passado a intenção de retirar as suas tropas que integravam a missão da ONU (MINUSMA) no Mali até maio de 2024. Mas o ministro da Defesa, nomeado em janeiro, já se mostrou cético em manter soldados alemães até essa data, acreditando que as condições para sua segurança não foram reunidas.

No mês passado, o Governo alemão já decidiu enviar 60 militares ao Níger para integrar uma nova missão liderada pela União Europeia. No entanto, essa participação ainda será discutida no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, nas próximas semanas.


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Europa tenta (outra vez) enviar até Júpiter satélite com 'mão' portuguesa

© Lusa

POR LUSA   14/04/23 

A Agência Espacial Europeia (ESA) vai tentar hoje pela segunda vez lançar o satélite que irá estudar Júpiter e três das suas maiores luas com potencialidades de albergarem vida, numa missão com assinatura portuguesa.

O lançamento esteve previsto para quinta-feira, mas foi adiado para hoje às 13:14 (hora de Lisboa) devido às condições meteorológicas adversas, no caso risco de raios.

O foguetão europeu Ariane 5 que transportará o satélite vai partir da ESA em Kourou, na Guiana Francesa, onde Portugal, membro da ESA, estará representado pelo presidente da agência espacial portuguesa Portugal Space, Ricardo Conde.

A missão tem o engenheiro aeroespacial Bruno Sousa como diretor de operações de voo e contou com o engenheiro de antenas Luís Rolo na testagem de duas antenas de dois dos dez instrumentos do satélite, uma sonda-radar e um radiotelescópio. Ambos trabalham na ESA há mais de dez anos.

O satélite 'Juice' (acrónimo de JUpiter ICy moons Explorer, Explorador das Luas Geladas de Júpiter) inclui componentes, como revestimentos térmicos, sistemas de campo magnético e de navegação autónoma e instrumentos, como monitores de radiação e de painéis solares, fabricados pelas empresas portuguesas LusoSpace, Active Space Technologies, Deimos Engenharia, FHP - Frezite High Performance, Efacec e pelo LIP - Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas.

O 'Juice' irá estudar o maior planeta do Sistema Solar e as luas Europa, Ganimedes e Calisto, onde os cientistas pensam que possa existir água líquida (elemento fundamental para a vida tal como se conhece) sob as crostas de gelo à superfície.

A missão da ESA, que rendeu às empresas portuguesas envolvidas 5,4 milhões de euros em contratos, foi concebida para averiguar se haverá sítios em redor de Júpiter e no interior das luas geladas com as condições necessárias (água, energia, estabilidade e elementos biológicos) para suportar vida.

O satélite deverá chegar ao gigante gasoso, aproveitando em momentos diferentes a gravidade da Terra e de Vénus, passados oito anos, em julho de 2031, fazer 35 voos de aproximação às luas geladas (descobertas por Galileu há 400 anos) e alcançar Ganimedes em dezembro de 2034.

Será a primeira vez que um satélite artificial orbitará uma lua de um planeta que não a Terra.

Os primeiros dados científicos são expectáveis em 2032.

A missão da ESA, que custou cerca de 1,6 mil milhões de euros e teve a colaboração das agências espaciais norte-americana (NASA), japonesa (JAXA) e israelita (ISA) em termos de instrumentação e 'hardware', tem fim previsto para setembro de 2035.

Atualmente, o único satélite artificial em órbita de Júpiter é o Juno, da NASA.


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EUA. Jack Teixeira falava sobre Deus, armas e segredos de guerra

© STEFANI REYNOLDS/AFP via Getty Images

POR LUSA   14/04/23 

Jack Teixeira, membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts detido na quinta-feira após emergir como um dos principais suspeitos na divulgação de documentos militares norte-americanos altamente confidenciais, falava frequentemente sobre Deus, armas e segredos de guerra.

Num mundo em que as redes sociais produzem uma série de informações rastreáveis, não demorou muito para que as autoridades federais e os jornalistas especialistas em verificação de dados chegassem ao nome de Jack Teixeira.

Teixeira, de 21 anos, que serviu na Guarda Aérea Nacional de Massachusetts, foi detido na quinta-feira em conexão com a divulgação de documentos classificados de grande alcance que abalaram várias capitais, desde Washington a Kiev, passando por Seul, com revelações de espionagem dos Estados Unidos a aliados e inimigos e a divulgação de inteligência militar sensível sobre a guerra na Ucrânia.

O procurador-geral norte-americano, Merrick Garland, disse que Teixeira seria acusado de subtração não autorizada de informações classificadas de defesa nacional.

Havia pistas em mensagens publicadas num fórum de conversação no Discord, uma plataforma onde se acredita que Teixeira fez durante anos publicações sobre armas, jogos e os seus 'memes' favoritos -- além de segredos norte-americanos até então bem guardados.

O 'site' de jornalismo de investigação Bellingcat e o The New York Times identificaram Teixeira publicamente pela primeira vez na quinta-feira, minutos antes de autoridades federais confirmarem que se tratava de uma pessoa de interesse na investigação. Ambos rastrearam perfis em outros 'sites' mais obscuros ligados a Teixeira.

O suspeito, como parte das suas funções profissionais, teria tido acesso a informações altamente sigilosas.

O caso ressalta os desafios que os Estados Unidos e outros Governos têm em manter segredos numa era de dados omnipresentes e com um número cada vez maior de utilizadores experientes que sabem como explorá-los.

Quando questionado sobre como um militar tão jovem - de apenas 21 anos - poderia ter acesso a documentos altamente confidenciais, o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, disse que era da natureza dos militares confiarem nos seus membros muito jovens grandes níveis de responsabilidade, incluindo questões significativas de segurança.

Soldados recém-saídos do ensino secundário foram lutar no Iraque, Afeganistão e outras zonas de combate, muitas vezes usando informações ultrassecretas e programas para atingir adversários.

"Nós confiamos aos nossos membros muita responsabilidade desde muito cedo. Pense num jovem sargento de pelotão de combate e na responsabilidade e confiança que depositamos nesses indivíduos para liderar as tropas em combate", disse Ryder.

Em declarações anteriores à agência Associated Press (AP), o divulgador da informação confidencial foi identificado como "The O.G." por um membro de um grupo de um 'chat' onde Teixeira e outras pessoas fizeram publicações por anos. O membro do grupo recusou-se a identificar-se à AP, alegando preocupações com a sua segurança pessoal.

O grupo de conversação, chamado "Thug Shaker Central", atraiu cerca de duas dúzias de entusiastas que falaram sobre o tipo favoritos de armas e também compartilharam memes e piadas, algumas delas racistas. O grupo também manteve uma discussão contínua sobre guerras, que incluiu conversas sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Nessa discussão, "The O.G." publicou por meses material que disse ser confidencial -- originalmente digitando com as suas próprias anotações. Contudo, há alguns meses começou a publicar imagens de documentos com marcas de dobras, porque sentiu que as suas redações não eram levadas a sério, disse a fonte à AP.

Um participante diferente do grupo compartilhou alguns dos arquivos num outro grupo de conversação - e a partir daí parecem ter-se espalhado pela internet.

A fonte da AP disse que não falou na quinta-feira com Teixeira, mas manteve contacto no início da semana. Jack Teixeira disse que sabia que o FBI (polícia federal norte-americana) estava à sua procura.

Teixeira era um aviador de primeira classe destacado para uma unidade de inteligência da Força Aérea, de acordo com publicações na rede social Facebook da 102.ª Ala de Inteligência com base na Base da Guarda Aérea Nacional de Otis, em Massachusetts.

Na Guarda Aérea Nacional, Teixeira era "especialista em sistemas de transporte cibernético", ou seja, um especialista em tecnologias de informação responsável pelas redes de comunicações militares. Nesse papel, o jovem teria um nível mais alto de habilitação de segurança porque também teria a responsabilidade de aceder e garantir a proteção da rede, disse um oficial de defesa à AP.

A Guarda Nacional emitiu um comunicado afirmando que estava ciente da investigação e que "leva esta questão muito a sério".

"A segurança nacional é nossa principal prioridade e qualquer tentativa de miná-la compromete os nossos valores e degrada a confiança entre os nossos membros, o público, aliados e parceiros", pode ler-se no comunicado.

Agentes policiais bloquearam na quinta-feira a rua em frente à casa identificada como pertencente à família de Teixeira.

A fonte que falou com a AP disse que "The O.G." -- que reconheceu na quinta-feira como Teixeira -- era um cristão que frequentemente falava de Deus e orava com os membros do grupo de conversação.

Enquanto estava alistado, Teixeira opôs-se a muitas das prioridades do Governo dos Estados Unidos e denunciou os militares "já que eram dirigidos por políticos de elite", disse o membro do 'chat', acrescentando que não sabia o motivo de Teixeira se ter alistado em primeiro lugar.

Contudo, a fonte frisou não acreditar que Teixeira divulgou os documentos com o intuito de minar o Governo norte-americano ou por uma razão ideológica.

Quando o New York Times publicou pela primeira vez uma história sobre os documentos na semana passada, disse a fonte, os membros do grupo estavam numa videochamada com "The O.G.".

"Basicamente, o que ele disse foi: 'Lamento muito pessoal, rezei todos os dias para que isso não acontecesse'", disse a fonte. "'Eu orei, e orei, e agora cabe somente a Deus decidir o que acontecerá a seguir'", acrescentou.


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O Regroso Noturno! ...Após ter feito sua visita de trabalho e o retiro da prática ritual no lugar sagrado 🕋 Macca, o Primeiro Magistrado de Nação Guineense General do Exército Umaro Sissoco Embaló, regressa à Bissau proveniente da Árabia Saudita na noite do dia 13 de Abril 2023.


Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional



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quinta-feira, 13 de abril de 2023

Pai de 550 filhos garante que não é "um touro com impulso procriador"

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POR LUSA  14/04/23 

O neerlandês que admitiu ter gerado 550 filhos com o seu sémen doado garantiu, hoje, que não é "um touro raivoso com impulso procriador", durante um processo em tribunal iniciado pela mãe de uma das crianças.

O caso em tribunal confronta Jonathan M., um neerlandês de 41 anos, com Eva, que foi mãe com recurso ao esperma do réu, e a Donorkind Foundation, que admitiu que nenhuma lei proíbe explicitamente as ações de Jonathan, embora considere estas que "colocam desnecessariamente" em risco os descendentes.

Eva pretende impedir Jonathan de continuar a doar esperma em clínicas e através das redes sociais, noticiou a agência Efe.

Várias mães de crianças concebidas com o sémen do réu compareceram no tribunal na cidade de Haia, tantas que algumas tiveram que acompanhar o julgamento noutra sala.

Segundo a acusação, as ações de Jonathan são perigosas, "tendo em vista o risco cientificamente comprovado de endogamia, incesto e consequências psicossociais negativas para as crianças nascidas por doação de sémen".

Além disso, impede a liberdade sexual das "crianças" porque estas devem sempre verificar se um potencial parceiro não é na realidade seu meio-irmão.

Jonathan, que admitiu à chegada a tribunal ser pai de pelo menos 550 crianças, defendeu que o risco de incesto é "muito pequeno", porque os seus filhos podem saber quem é o pai por não ser doador anónimo, e lamentou ter-se tornado "a cara de quem doa esperma em grande escala".

"Apresentaram-me como se eu fosse uma espécie de touro raivoso com impulso procriador. Não sou. Não acredito em evolução, mas em criação", sublinhou.

Além disso, garantiu que tem uma boa relação com muitos pais e que esteve no nascimento de vários dos seus filhos e até no funeral de um.

"Não vou oferecer-me mais 'online', mas se os futuros pais me abordarem, quero ter a liberdade de responder", realçou, garantindo que não faz doações ativas desde 2019, embora continue disponível para famílias que já tenham pelo menos um filho biológico dele.

A associação de ginecologistas neerlandeses NVOG alertou para este caso em 2017, quando soube que este homem tinha sido pai de pelo menos 102 crianças em 11 clínicas do país, que posteriormente o incluíram numa lista negra.

Jonathan continuou a doar em outros países e através das redes sociais.

Eva garante que tem contacto com pais afetados na Austrália, Alemanha, Dinamarca, Espanha, Reino Unido ou Itália, e até mesmo em África, como no Quénia e na Tanzânia. "Estão em todo o lado", sublinhou.

A doação anónima foi proibida em 2004 e, para cada tratamento, as clínicas são obrigadas a registar o caso numa base de dados, embora as informações não sejam trocadas entre clínicas.

O Parlamento neerlandês tem em cima da mesa uma proposta para rever o funcionamento do registo nacional de doadores de sémen, que existe há vinte anos, mas não funciona para impedir casos como o de Jonathan e apenas fornece dados sobre um pai para os filhos que o solicitem e em condições muito estritas.

Além do caso de Jonathan, pelo menos dez ginecologistas já foram identificados como tendo utilizado o seu próprio sémen sem o conhecimento de mulheres que queriam engravidar nas suas clínicas de fertilidade nos Países Baixos.

Um deles é Jan Karbaat, com 81 filhos confirmados, ou o ginecologista Jan Wildschut, pai de pelo menos 47 filhos.

O caso mais recente tinha surgido em novembro. Um neerlandês, que morreu recentemente de cancro de esófago, doou o seu esperma para diferentes mulheres que contactou pela internet e terá sido pai de pelo menos 80 filhos nos Países Baixos.

Em 2021, um recorde de 1.415 pessoas nascidas por doação de esperma procuraram informações genéticas sobre o seu pai biológico, devido a estes escândalos.


"Putin estava confiante que ia quebrar a NATO e a UE. Mas estava errado"... As palavras são do presidente norte-americano, Joe Biden, durante um discurso no parlamento irlandês.

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Notícias ao Minuto   13/04/23 

O presidente norte-americano, Joe Biden, elogiou, esta quinta-feira, o apoio da Irlanda à Ucrânia e dirigiu-se a Putin, dizendo que "pensava que o mundo iria olhar para o outro lado" quando lançou invasão.

Durante um discurso no parlamento irlandês, Biden, citado pela Sky News, elogiou os 170 milhões de euros em ajuda não letal do país à Ucrânia, "incluindo equipamento de proteção vital, equipamento médico, apoio humanitário" - além de fazer parte das sanções e de ter acolhido 80 mil refugiados.

O presidente norte-americano aproveitou ainda para criticar o presidente russo, Vladimir Putin. "Estava [Putin] confiante que iria quebrar a NATO e a União Europeia, que a unidade das nações ocidentais se fraturaria e cairia quando fosse testada - foi o que pensou. Mas estava errado. Estava errado em todos os aspetos e em todos os sentidos", atirou.

O discurso foi o ponto alto do segundo dia da visita ao país, depois de um encontro com o primeiro-ministro, Leo Varadkar, no qual Biden se mostrou determinado em reforçar as relações entre EUA e a Irlanda.

O presidente dos EUA encontrou-se também com o homólogo irlandês, Michael D. Higgins, na residência oficial de Áras an Uachtaráin, na qual cumpriu a tradição de plantar uma árvore e tocar o chamado "sino da paz", instalado em 2008 para assinalar o décimo aniversário do acordo de 1998 na Irlanda do Norte.

Biden chegou na quarta-feira à República da Irlanda após uma breve visita à Irlanda do Norte, tendo-se deslocado imediatamente ao Condado de Louth, onde viveram alguns antepassados e onde encontrou primos distantes. 

O líder norte-americano regressará aos Estados Unidos no sábado de manhã, depois de visitar, na sexta-feira, a pequena localidade de Ballina no Condado de Mayo (noroeste), de onde vem parte da família materna.


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Kyiv firme quanto a Crimeia, quer Rússia fora de todo o seu território

© Lusa

POR LUSA   13/04/23 

O chefe da diplomacia ucraniano afirmou hoje que Kiev não desistirá de exigir a retirada das forças russas da Crimeia, bem como das outras zonas da Ucrânia que Moscovo ilegalmente anexou mais recentemente, para que a guerra termine.

Descrevendo o conflito na Ucrânia como "uma ferida a sangrar no meio da Europa", o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, defendeu que todo o território do seu país deve ser tratado de igual forma perante o Kremlin, após a sua invasão em grande escala há mais de 13 meses.

"Estamos unidos em torno dos princípios da Carta das Nações Unidas e da convicção comum de que a Crimeia é Ucrânia e voltará a estar sob o controlo da Ucrânia", sublinhou Kuleba, ao intervir por videoconferência na Conferência sobre a Segurança no Mar Negro, a decorrer na capital romena, Bucareste.

"De cada vez que se ouve alguém de qualquer ponto do mundo a dizer que a Crimeia é, de algum modo, [um caso] especial e não deve ser devolvida à Ucrânia, como qualquer outra parte do nosso território, essa pessoa tem de saber uma coisa: a Ucrânia discorda categoricamente de tais declarações", insistiu o ministro ucraniano.

A Rússia anexou a Crimeia em 2014 e, durante a guerra que trava na Ucrânia desde que invadiu o país, em fevereiro do ano passado, tem expandido a sua presença no território ucraniano.

Atos de sabotagem ocasionais e outros ataques a infraestruturas militares russas ou de outra natureza naquela península ocorreram desde então, e o Kremlin sempre acusou a Ucrânia de os ter cometido.

O Governo de Kyiv não reivindicou qualquer responsabilidade em tais ações, mas saúda todos os esforços para expulsar os russos da região.

O Kremlin quer que Kyiv reconheça a soberania da Rússia sobre a Crimeia e também a sua anexação, em setembro passado, das províncias ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.

A Ucrânia rejeitou essas exigências e não entabulará negociações de paz com a Rússia enquanto as tropas de Moscovo não retirarem de todos os seus territórios ocupados.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 414.º dia, 8.490 civis mortos e 14.244 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Explosão em exploração leiteira no Texas mata 18 mil cabeças de gado

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Notícias ao Minuto  13/04/23

O incidente vai ser alvo de investigação. Tratou-se do incêndio mais mortífero registado desde que o Instituto do Bem-Estar Animal começou a contabilizar ocorrências desta natureza.

Uma explosão numa exploração leiteira em Panhandle, no Texas, Estados Unidos, feriu criticamente uma pessoa e matou cerca de 18 mil cabeças de gado. Segundo a Associated Press, o incidente causou o incêndio mais mortífero registado desde que o Instituto do Bem-Estar Animal começou a contabilizar ocorrências desta natureza.

Salvador Rivera, o xerife de Castro County, explicou que o incêndio e a explosão de segunda-feira, que ocorreu na Quinta Southfork Dairy, deve ter ocorrido devido ao sobreaquecimento de alguns equipamentos. A mesma fonte revelou, ainda, que o incidente vai ser alvo de investigação.

O porta-voz do departamento de seguros do estado, Gardner Selby, recusou-se, por sua vez, a tecer comentários sobre o estado de saúde do ferido.

"Tratou-se do incêndio mais mortífero envolvendo gado na última década, desde que começámos a monitorizá-los em 2013", referiu, esta quinta-feira, a porta-voz do Instituto do Bem-Estar Animal, Marjorie Fishman.

A entidade tem também por hábito rastrear incêndios em celeiros que tiram a vida a animais de outras espécies, como aves de capoeira, suínos, caprinos e ovinos.

Importa referir, sobre o tema, que um relatório deste instituto, divulgado em 2022, relatou a ocorrência de "vários casos em que entre 100 mil a 400 mil frangos morreram num único incêndio".

"O incêndio mais mortífero desde que começámos a fazer esse controlo, em 2013, foi um fogo na Hi-Grade Egg Producers, em Manchester, no Indiana, que matou um milhão de galinhas", elaborou ainda Marjorie Fishman.


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Suspeito de divulgar dados dos EUA foi detido. Quem é Jack Teixeira?

© Twitter

Notícias ao Minuto   13/04/23 

De acordo com o New York Times, que analisou entrevistas e documentos, Jack Teixeira, de 21 anos, liderava o 'chat' virtual, onde cerca de 20 a 30 jovens "se reuniam para compartilhar o amor por armas, 'memes' racistas e videojogos".

O administrador do grupo 'Thug Shaker Central' - o 'chat' na rede social Discord onde foram publicados documentos eficazes dos serviços de informação dos Estados Unidos - é membro da Guarda Nacional Aérea do estado do Massachussets e foi identificado como sendo Jack Teixeira, de 21 anos, avançou o The New York Times. O militar foi detido nesta quinta-feira.

Teixeira liderou o 'chat' virtual, onde cerca de 20 a 30 jovens "se reuniram para compartilhar o amor por armas, 'memes' racistas e videojogos", de acordo com o jornal norte-americano, que examinou entrevistas e documentos.

Membros do grupo, encorajados pelo The New York Times, referem que Jack era conhecido como 'OG' no 'chat' e alegava passar parte do dia numa instalação segura onde os telemóveis eram proibidos.

Um deles disse que, inicialmente, o jovem publicou versões de documentos altamente secretos no grupo, mas decidiu publicar fotos dos próprios documentos. Além de compartilhar segredos de Estado, o 'OG' também antecipava grandes acontecimentos antes de tornarem o conhecimento público, referindo-se a outro membro do 'Thug Shaker Central'.

"Este tipo é cristão, antiguerra, só queria informar alguns dos seus amigos sobre o que se está a passar. Temos pessoas no nosso grupo que estão na Ucrânia. Gostamos de jogos de combate, gostamos de jogos de guerra", conto outro, alegando que o objetivo era meramente informativo.

Suspeito de divulgar dados secretos dos EUA foi detido hoje

O suspeito seria detido nesta quinta-feira, referiu-se à Reuters, citando uma fonte familiar com a investigação. Os funcionários, que falaram sob condição de anonimato para discutir uma investigação em andamento, informaram que estão atrás dele há algum tempo e que a prisão era provisória.

Isso veio a se confirmar durante esta quinta-feira, quando o FBI anunciou que havia realizado uma detenção no âmbito da investigação à fuga de documentos secretos dos EUA. Em comunicado, citado pelo The New York Times, o FBI disse ter realizado uma "atividade autorizada de aplicação da lei" numa casa em North Dighton, em Massachusetts, EUA. 

Ao jornal americano, "um funcionário dos EUA confirmou que o FBI deteve Jack Teixeira".

Recorde-se que o Departamento de Justiça dos EUA abriu uma investigação criminal formal, na semana passada, depois de o assunto ter sido encaminhado pelo Pentágono, que está a avaliar os danos causados ​​pelo que pode ser a divulgação mais prejudicial de informações sigilosas dos EUA em anos.

O Washington Post já noticiava, na quarta-feira, que o homem responsável pela divulgação de documentos secretos do Pentágono era um "jovem racista e fanático por armas" na casa dos 20 anos que, alegadamente, funcionava numa base militar norte-americana.


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NO COMMENT!!

 


By Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 

Preço base ao produtor de caju é para respeitar_Gov.

Os inspetores e agentes fiscais do Comércio começam formação de dois dias em Bafata, Bula e Buba para melhor fiscalizar a campanha de comercialização e exportação da castanha de caju. 

O Secretário-geral do Ministério do Comércio, Ibraima Djaló alerta que o sucesso da campanha passa pela aplicação do preço base de referência ao produtor fixado pelo governo.

Radio Voz Do Povo

UE aprova nova verba de mil milhões para entrega de munições a Kyiv

© Jose Colon/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   13/04/23 

O Conselho da União Europeia (UE) adotou hoje mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz Europeu (MEAP) para entregar munições às Forças Armadas ucranianas.

Esta medida, segundo um comunicado, permitirá à UE reembolsar os Estados-membros pelas munições de artiharia doadas à Ucrânia a partir das reservas existentes ou da redefinição das prioridades das ordens existentes durante o período de 09 de fevereiro a 31 de maio de 2023.

Somando a verba hoje aprovada com as sete parcelas anteriores, o total da contribuição da UE para a Ucrânia através do MEAP ascende já a 4,6 mil milhões de euros.

O MEAP foi criado em 2021 para apoiar parceiros da UE nas áreas militar e da defesa, com o principal objetivo de prevenir os conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e a estabilidade internacionais.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: Oporta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reiterou, esta quinta-feira, que a Rússia tem “apenas uma opção” no que toca ao conflito contra a Ucrânia, sendo esta a vitória. Na ótica do responsável, o envolvimento crescente dos países ocidentais na guerra gerou um “abcesso purulento de geopolítica”, tornando a chamada ‘operação militar especial’ numa “questão de vida ou de morte”.

Ministro alemão critica declaração de Macron sobre vassalagem aos EUA

© Reuters

POR LUSA   13/04/23 

O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, classificou hoje como lamentável a declaração do Presidente francês, Emmanuel Macron, que disse que "ser um aliado" dos Estados Unidos não significa necessariamente "ser um vassalo".

"Achei esta declaração lamentável", disse Pistorius, que está de visita ao Mali, quando foi questionado pela televisão pública alemã ZDF sobre esta formulação do Presidente francês.

"Nunca corremos o risco de ser ou nos tornar um vassalo dos Estados Unidos", acrescentou Pistorius, que é o primeiro membro do Governo alemão a falar publicamente sobre as declarações de Macron, que causaram polémica entre os aliados da França.

Assumindo totalmente as declarações polémicas sobre Taiwan, que foram tornadas públicas no domingo, Emmanuel Macron disse que "ser um aliado" dos Estados Unidos não significa necessariamente "ser um vassalo".

Pistorius - membro do Partido Social Democrata (SPD) e figura muito próxima do chanceler Olaf Scholz -- defendeu que "no futuro, será cada vez mais necessário falar como União Europeia em termos de política externa e também em termos de política de segurança ".

O ministro alemão insistiu mesmo em que é "uma obrigação dos dirigentes europeus" encontrar posições próprias dentro da comunidade.

"Em nada nos ajudam as divisões. No final, apenas a política externa chinesa beneficia com essas divergências", concluiu Pistorius, que está de visita ao Mail, de onde segue para o Níger, numa digressão que termina na sexta-feira.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE O SECRETÁRIO-GERAL DA OCI

O Presidente, Umaro Sissoco Embaló, em visita à Arábia Saudita, recebeu, em Meca, o Secretário-Geral da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), Sr. Hissein Brahim Taha. 

A audiência constituiu uma oportunidade para discutir a cooperação entre a OCI e a República da Guiné-Bissau, bem como desenvolvimentos recentes no contexto da CEDEAO, incluindo transições políticas e esforços para enfrentar os desafios regionais de estabilidade política e integração económica.

O Secretário-Geral congratulou ainda o Presidente Umaro Sissoco Embaló, pelos seus esforços, na qualidade de Presidente em exercício da CEDEAO, na promoção de paz, segurança e estabilidade na África Ocidental.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Desempenho impressionante...

@HumanAreMetal


A exportação da castanha de caju para o mercado chinês foi tónica da conversa entre o Ministro do Comércio e a Secretaria da Embaixada da China no país. No final do encontro, Wilson Dias destaca o interesse da China em comprar as 35 mil toneladas de castanha de caju remanescentes.

 Radio Voz Do Povo

DIA DO BEIJO: Já deu um beijo hoje? Olhe que pode ajudar a perder peso... É a melhor forma de celebrar o Dia do Beijo. Conheça outros benefícios.

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Notícias ao Minuto  13/04/23 

Existem várias datas para celebrar o Dia do Beijo. Em Portugal, bem como noutros países, assinala-se a 13 de abril. Ainda assim, noutras localidades é assumido o 6 de julho, por exemplo. Datas à parte, o que importa mesmo é saber os benefícios que um ou mais beijos podem ter.

Entre eles pode estar a perda de peso. É apenas um dos pontos positivos de beijar identificados pelo jornal USA Today. A publicação cita alguns estudos, mas também falou com sexólogas, psicólogos e até dentistas. Conheça os benefícios que tem ao beijar.

Ajuda a perder peso e a acelerar o metabolismo

De acordo com um estudo de Joseph S. Alpert, da Faculdade de Medicina da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, um beijo simples pode queimar entre duas a três calorias por minuto. Já um beijo apaixonado pode chegar até às 26 calorias. 

Andréa Demirjian, autora do livro 'Kissing: Everything You Ever Wanted to Know about One of Life's Sweetest Pleasures' diz mesmo que pode ajudar a acelerar o metabolismo.

Melhora a autoestima

"Beijar pode fazer com que o cérebro libere neurotransmissores como oxitocina e dopamina, o que pode levar a maiores sentimentos de afeto, união e intimidade", revela a sexóloga Jennifer Litner. 

"As pessoas notam também que muitas vezes neutraliza ou reduz o cortisol, que é a hormona do stress", continua.

Ajuda a reduzir as cáries

"O beijo aumenta o fluxo de saliva que pode ajudar a evitar que as bactérias se acumulem nos dentes", explica Matthew Messina, diretor da Ohio State Upper Arlington Dentistry.

Dilata os vasos sanguíneos

"Há uma onda de substâncias químicas que fazem com que se sinta menos stressado. É bom para o coração e para a pressão sanguínea", continua Andréa Demirjian. Refere ainda que pode ajudar a diminuir as dores de cabeça.


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COREIA DO NORTE: China responsabiliza Estados Unidos por tensão na península coreana

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POR LUSA   13/04/23 

A China responsabilizou hoje os Estados Unidos pelo atual clima de tensão na península coreana, depois de a Coreia do Norte ter disparado um novo míssil balístico.

O disparo desencadeou hoje um breve alerta na ilha japonesa de Hokkaido, mas Tóquio confirmou que o míssil não atingiu o território japonês.

Solicitado a comentar o assunto, o porta-voz diplomático chinês Wang Wenbin tomou o partido da Coreia do Norte e culpou os Estados Unidos pelas tensões, segundo a agência francesa AFP.

"O atual clima de tensões [...] tem as suas causas. O impacto negativo do anterior exercício militar dos Estados Unidos e o lançamento de armas estratégicas em torno da península [coreana] é óbvio para todos", disse Wang.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos realizaram os seus maiores exercícios militares conjuntos em cinco anos, em março.

Os exercícios irritaram a Coreia do Norte, que os vê como um ensaio geral para uma invasão do seu território.

Desde então, Pyongyang tem aumentado os lançamentos de mísseis.

O de hoje foi o de um "novo tipo" de míssil balístico, possivelmente de combustível sólido, de acordo com os militares sul-coreanos.

A confirmar-se, será um grande avanço tecnológico e estratégico para o programa de armamento de Pyongyang.

Todos os mísseis balísticos intercontinentais lançados pela Coreia do Norte até agora foram alimentados por combustível líquido.

Os mísseis de combustível sólido são mais estáveis e a preparação para o lançamento é mais rápida do que os mísseis de combustível líquido.

São também mais difíceis de detetar e, por conseguinte, de destruir.

A China e a então União Soviética apoiaram as forças do norte na guerra da Coreia (1950-1953), enquanto os Estados Unidos e a ONU estiveram do lado das forças do sul.

A guerra provocou pelo menos 2,5 milhões de mortos e os combates cessaram em julho de 1953, com um armistício negociado pela ONU com a China e a Coreia do Norte.

Foi criada uma zona desmilitarizada no paralelo 38, que se mantém como a fronteira 'de facto' entre as duas Coreias desde então.

Tecnicamente, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul continuam em guerra, dado que nunca assinaram um tratado de paz.


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Rússia admite fim do acordo sobre exportação de cereais

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POR LUSA  13/04/23 

"Sem progressos na solução de cinco problemas sistémicos (...) não se pode falar de estender a Iniciativa do Mar Negro", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

A Rússia admitiu hoje não prolongar o acordo sobre cereais que permite exportar alimentos através do Mar Negro, caso não se verifiquem progressos no cumprimento de compromissos no quadro do memorando entre Moscovo e a ONU. 

"Sem progressos na solução de cinco problemas sistémicos (...) não se pode falar de estender a Iniciativa do Mar Negro (acordo sobre cereais) depois de 18 de maio", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo através de um comunicado.

Moscovo pede que o banco Rosselkhzbank seja reintegrado no sistema de comunicações financeiras SWIFT e ainda que sejam recuperadas as permissões para o acesso a máquinas agrícolas, assim como as autorizações para serviços de manutenção relacionados com o equipamento.

A Rússia pede ainda o fim das restrições no acesso aos portos marítimos e o restabelecimento da conduta de amónio entre Tolyatti (Rússia) e Odessa, paralisado desde 2022, e também o fim do bloqueio das contas bancárias das empresas russas ligadas à produção e transporte de alimentos e fertilizantes. 

Paralelamente ao acordo sobre cereais, as Nações Unidas estabeleceram um memorando para facilitar as exportações russas (alimentos e fertilizantes). 

A Iniciativa do Mar Negro para a circulação de cereais foi assinada em julho do ano passado entre a Ucrânia e a Rússia, sob a intervenção diplomática da Turquia.

O acordo estabeleceu um prazo de 120 dias, renovável pelo mesmo período sob a concordância das partes. 

No passado dia 18 de março, a Rússia prolongou a vigência do tratado apenas por 60 dias porque, segundo Moscovo, só se cumpriu "metade do acordo".

"Sabemos que os representantes da ONU aplicam determinados esforços, mas nem sempre têm resultados. Tal como aconteceu antes, a segunda metade do acordo não funciona. As condições do acordo não se cumprem", frisou a diplomacia de Moscovo.  


SpaceX imagina como será chegar a uma colónia de Marte... O Starship é o foguetão com que a empresa pretende realizar missões ao ‘Planeta Vermelho’.

© YouTube / SpaceX

Notícias ao Minuto  13/04/23 

É com o primeiro lançamento do foguetão Starship já previsto para a terceira semana de abril que o entusiasmo começa a crescer, o que levou a SpaceX a partilhar o vídeo que pode ver acima.

O entusiasmo em relação ao Starship deve-se ao facto de o foguetão ter sido desenvolvido para levar a cabo missões à Lua e até a Marte. Na verdade, o vídeo em questão imagina precisamente como será uma destas missões a Marte, com o Starship a começar a viagem a partir da base da SpaceX em Boca Chica, no Texas.

Além de imaginar como será a chegada a Marte, o vídeo também imagina como será uma colónia no ‘Planeta Vermelho’ e mostra a primeira visão dos astronautas depois de saírem do foguetão.

Pode ver acima o vídeo em questão.☝


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A Coreia do Norte lançou hoje um míssil balístico que caiu nas águas entre a Península Coreana e o Japão, obrigando as autoridades nipónicas a ordenar aos residentes de uma ilha que se refugiassem, como precaução.

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POR LUSA   13/04/23 

 Coreia do Norte lança novo míssil balístico

A Coreia do Norte lançou hoje um míssil balístico que caiu nas águas entre a Península Coreana e o Japão, obrigando as autoridades nipónicas a ordenar aos residentes de uma ilha que se refugiassem, como precaução.

Os Chefes de Estado Maior da Coreia do Sul disseram que o míssil norte-coreano lançado de perto da capital Pyongyang tratava-se de uma arma de médio ou longo alcance, mas não indicaram a distância percorrida.

Os mesmos responsáveis afirmaram que os militares da Coreia do Sul reforçaram a vigilância e mantêm uma prontidão em estreita coordenação com os Estados Unidos.

O lançamento levou a que o Governo japonês, num primeiro momento, ordenasse à população da ilha de Hokkaido que procurasse abrigo, com as autoridades a retirarem depois a ordem e o alerta.

Em outubro, o Japão também emitiu uma ordem de evacuação semelhante quando um míssil norte-coreano de alcance intermédio sobrevoou o Japão num lançamento que demonstrou o potencial para atingir o território norte-americano do Pacífico de Guam.

O lançamento de hoje surge após o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter prometido esta semana melhorar o arsenal nuclear de uma forma mais "prática e ofensiva".

Este ano, a Coreia do Norte lançou cerca de 30 mísseis em resposta aos exercícios militares conjuntos EUA-Coreia do Sul, que encara como um ensaio para uma invasão.

Responsáveis sul-coreanos e norte-americanos dizem que os simulacros são de natureza defensiva e foram organizados para responder à crescente ameaça militar da Coreia do Norte.


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Documentos secretos dos EUA dizem que Guterres acomoda interesses russos

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Notícias ao Minuto  12/04/23

Da documentação classificada que foi divulgada online constam comunicações privadas entre o secretário-geral da ONU e o seu adjunto.

Os documentos ultrassecretos do Pentágono que foram indevidamente divulgados nos últimos dias mostram que o governo dos Estados Unidos acredita que o secretário-geral da ONU, António Guterres, está demasiado disposto a acomodar os interesses russos, reporta a BBC.

Os documentos, acerca dos quais se tem questionado e discutido sobre se são (ou não) autênticos, oferecem alguns dados acerca da visão de Washington sobre o conflito, até agora não conhecidos por outras vias. Os mesmos mostram, deste modo, que Washington tem monitorizado de perto António Guterres, ao citar comunicações privadas entre o secretário-geral da ONU e o seu adjunto.

Sobre, de um modo mais concreto, o acordo de exportação de cereais por via do Mar Negro, mediado pela ONU e pela Turquia em julho passado, os ficheiros citados indicam que Guterres estaria, alegadamente, tão interessado em preservar a negociação que estava, consequentemente, disposto a acomodar os interesses da Rússia para torná-lo possível.

"Guterres salientou os seus esforços para melhorar a capacidade de exportação da Rússia", refere o documento citado, que acrescenta: "mesmo que isso envolva entidades ou indivíduos russos sancionados".

Na (alegada) perspetiva norte-americana, as ações de Guterres no mês de fevereiro estavam, por sua vez, "a minar esforços mais amplos para responsabilizar Moscovo pelas suas ações na Ucrânia", fazendo uma alusão às posições iniciais do líder da ONU no que concerne a este conflito.

Desde o início da guerra, que começou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8.500 civis já morreram, ao passo que quase 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).


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PRESIDENTE REALIZA OS RITUAIS DA UMRAH EM MECA, ARÁBIA SAUDITA

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, realizou hoje os rituais da Umrah.

À sua chegada à Grande Mesquita de Meca, foi recebido por vários funcionários da Presidência Geral para os Assuntos da Grande Mesquita e da Mesquita do Profeta, bem como da Força Especial de Segurança da Grande Mesquita.


 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

quarta-feira, 12 de abril de 2023

FRANÇA: Taiwan? "Ser aliado dos EUA não significa ser vassalo", diz Macron

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Notícias ao Minuto  12/04/23 

As declarações do presidente francês acontecem depois de ter defendido que a União Europeia deve ter uma posição própria sobre o conflito entre a China e Taiwan.

O presidente francês, Emmanuel Macron, referiu, esta quarta-feira, que ser aliado dos Estados Unidos, não significa ser um "vassalo". As declarações acontecem depois de ter defendido que a União Europeia deve ter uma posição própria sobre o conflito entre a China e Taiwan.

"Ser um aliado não significa ser um vassalo... não significa que não temos o direito de pensar pela nossa cabeça", proferiu Macron, em declarações aos jornalistas em Amesterdão, no final de uma visita de Estado aos Países Baixos, refere a France Press.

O presidente francês disse ainda que "a França é a favor do status quo em Taiwan" e procurou uma "resolução pacífica da situação".

Recorde-se que o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse, na terça-feira, que a Europa precisa de aliados, mas não os pode escolher, num discurso em Haia.

"Queremos ser abertos, precisamos de aliados, queremos bons amigos, queremos parceiros. Mas queremos estar em posição de os poder escolher, de não depender deles", disse Macron, num evento organizado em Haia pelo Nexus Institute, uma instituição dedicada ao estudo do património cultural europeu.

A frase de Macron está a ser interpretada por vários analistas como uma referência à forma como os Estados Unidos estão a confrontar o regime chinês sobre a questão de Taiwan, sobre a qual o presidente francês prefere demarcar-se.

O chefe de Estado francês não fez qualquer referência específica às inúmeras críticas que tem recebido pela sua alegada mudança de posição sobre Taiwan, transmitida numa entrevista publicada no domingo após a sua visita à China.

Nessa entrevista, Macron defendeu que a União Europeia (UE) deve ter uma posição própria sobre o conflito entre a China e Taiwan, não ficando dependente da posição adotada pelos Estados Unidos, rompendo assim com o alinhamento transatlântico sobre esta questão diplomaticamente delicada.


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