"No âmbito das boas relações de cooperação e amizade existentes entre os nossos 2 países, Sua Majestade o Rei de Marrocos, Mohamed Vi, enviou um avião com donativos de combate ao COVID 19, constituído por medicamentos e materiais sanitários, à Sua Excelência o Senhor Presidente da República, General Umaru Sissoco Embalo.
Este donativo é a prova das excelentes relações diplomáticas existentes entre Marrocos e a Guiné-Bissau. "
Suzi Barbosa, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação da Guiné-Bissau.
"O Rui Nené abandonou a sessão plenária do STJ quando os JUÍZES preparavam para a votação e percebeu que perdiam por 2-5. E a situação ficou comprometido, porque com a ausência do presidente e vice não será possível produzir o acórdão. Agora Os juizes-conselheiros vão avançar com uma acta que terá um retrato fiel do que se passou até à votação.
Fonte: Estamos a Trabalhar
Jornal Odemocrata / 15/06/2020
[REPORTAGEM junho_2020] Os grupos vencedores do desfile nacional do Carnaval’2020 reclamam pela demora da entrega dos seus prémios em diferentes categorias, criticam aquilo que consideram ser o “silêncio” da Comissão Nacional Organizadora do Carnaval 2020 (CNOC) que, de acordo com os responsáveis dos grupos contatados pelo nosso semanário, não se dignou a informá-los da razão do atraso de mais de três meses para a entrega de prémios aos grupos vencedores do maior evento cultural guineense.
O desfile nacional do Carnaval 2020, que decorreu no Estádio Nacional 24 de Setembro, sob o lema “Carnaval do reforço da identidade nacional e transformação social”, reuniu 12 grupos culturais, nomeadamente: a região de Oio (norte), a região de Cacheu (norte), o grupo UNDEMOV das pessoas com deficiência, a região de Bolama Bijagós (zona insular), a região de Bafatá, a região de Gabú (leste da Guiné-Bissau), ” Tchon de Papel Varela” (Bissau), o setor de Bubaque (ilhas), o grupo cultural “Íris de Brá” (Bissau), a região de Biombo (norte), a região de Quinará e a região de Tombali, ambos no sul da Guiné-Bissau.
A Comissão Organizadora do Carnaval fez um orçamento de mais de 150.000.000 (cento e cinquenta milhões) de Francos CFA para cobrir toda a logística e premiações. Segundo informações avançadas na altura, as premiações teriam o maior bolo com um terço do orçamento para o carnaval que decorreu de 13 a 25 de fevereiro, iniciado com a exposição de fotografias do carnaval e máscaras, desfile regional e nacional.
O grupo da região de Cacheu, norte da Guiné-Bissau, venceu o carnaval 2020 com 16,9 pontos e tinha direito a um prémio de seis milhões (6.000.000) de Francos CFA. Em segundo lugar figurou a região de Quinará, sul do país, com 16,7 pontos e que tinha direito a quatro milhões e meio (4.500.000) de Francos CFA. Na terceira posição, com 16, 6 pontos, ficou “Tchon de Papel Varela” com o prémio de três milhões (3.000.000) de Francos CFA.
Na categoria de máscaras, a máscara N°. 21 de Bubaque liderou a lista de posições com 17 pontos e devia receber como prémio oitocentos mil (800.000) Francos CFA. O segundo classificado na mesma categoria foi a máscara N.° 28 do Bairro de Quelele com 16.5 valores e teria como prémio Seiscentos mil (600.000) Francos CFA. Em terceiro lugar figuram duas máscaras que tiveram a mesma pontuação de 15.2 pontos. Trata-se das máscaras N.º 08 de Quinará e 25 de Bolama. O prémio para o terceiro lugar na categoria das máscaras foi fixado em quatrocentos mil (400.000) Francos CFA.
PRESIDENTE DA COMISSÃO RECUSA FALAR DOS 150 MILHÕES DE FCFA ORÇADOS PARA O CARNAVAL
Jorge Handem, presidente da Comissão Nacional Organizadora do Carnaval 2020, disse numa conversa telefónica que não quer pronunciar-se nada sobre o orçamento de mais de 150 milhões de Francos CFA, estimados para cobrir as despesas com o Carnaval, porque “há uma estrutura política e administrativa que está acima da Comissão e que se encarregara do mesmo. O nosso trabalho foi ocuparmo-nos da parte técnica e organizar o carnaval”.
“Somos uma comissão técnica, fizemos trabalhos técnicos. Houve decisões e engajamentos que estavam acima do ponto de vista técnico. Trabalhamos tudo o que tem a ver com aspetos técnicos do carnaval, sobretudo os relatórios. Estamos a trabalhar o relatório neste momento. Não conseguimos fazê-lo antes por causa da pandemia de novo Coronavírus (Covid-19)”, esclareceu.
Solicitado a falar do orçamento de mais de 150 milhões de Francos CFA e se chegou a ser levantado pela Comissão, Jorge Handem afirmou que não pode responder à questão, porque “tudo o que tem a ver com a questão financeira, política e administrativa é da responsabilidade de uma estrutura acima de nós, que politicamente se engajou para organizar o carnaval. Nós, enquanto Comissão engajamo-nos apenas no aspeto técnico da realização do carnaval”, assinalou.
Indagado ainda se a Comissão não chegou a encarregar-se da parte financeira, respondeu: “meu irmão, não quero avançar nada em relação a esse assunto ou tipo de coisas! Nós resolvemos o aspeto técnico, a realização do carnaval. Organizamos o carnaval e correu como correu e aconteceu o que aconteceu…”
“Estamos a trabalhar os documentos (relatórios) para entregar às estruturas competentes a fim de dar sequência aos mesmos”, assegurou.
CACHEU CRITICA O “SILÊNCIO” DA COMISSÃO ORGANIZADORA
O presidente de Comissão Organizadora do Carnaval de Região de Cacheu, Canforí Fofana, revelou ao semanário O Democrata que até este momento, o grupo cultural vencedor do desfile do carnaval 2020 a nível nacional não recebeu o prémio que deveria ter recebido no dia 28 de fevereiro, três dias depois do desfile realizado a 25 de fevereiro.
Em entrevista telefónica, Canforí Fofana referiu que várias vezes tentaram contatar a Comissão Organizadora Nacional do Carnaval, mas esta nunca foi capaz de dar explicações esclarecedoras sobre o assunto e informou que não há ainda nenhum sinal para a entrega de prémios.
Canforí Fofana sublinhou na mesma entrevista que, para ganhar o desfile nacional, a região de Cacheu teve que investir um valor, em dinheiro, aproximadamente de cinco milhões (5.ooo.ooo) de francos CFA, desde trajes, máscaras a instrumentos tradicionais utilizados nas danças tradicionais, na logística, etc.
O presidente de Comissão Organizadora do Carnaval de Região de Cacheu informou que as premiações, a nível regional, também não aconteceram. Segundo as estatísticas, o primeiro lugar receberia um milhão (1.000.000) de francos CFA, o segundo setecentos e cinquenta mil (750. 000) de francos CFA e o terceiro classificado levaria como prémio quinhentos mil (500.000) de francos CFA. Na região de Cacheu, o desfile que decorreu na cidade de Canchungo contou com a participação de sete grupos culturais.
Apesar de ter reconhecido que houve mudança de governo, Canforí Fofana não vê motivos que pudessem atrasar o processo, porque “o governo é continuidade e uma vez disponibilizado um orçamento para a realização do carnaval, os prémios deveriam ter sido entregues aos vencedores”.
Canfoní Fofana exortou o governo a assumir as suas responsabilidades e garantir que todos os grupos vencedores do carnaval nacional e regionais de 2020 recebam os respetivos prémios.
Fofana enfatizou que foi um desafio enorme que a sua região teve que encarar a sério para tirar o carnaval da capital Bissau para o interior do país.
QUÍNARA PEDE INTERVENÇÃO DE GOVERNO PARA DISPONIBILIZAR O DINHEIRO PARA OS GRUPOS
Por outro lado, o responsável do grupo cultural da região de Quínara, Rufner da Silva, expôs com satisfação a dedicação e a determinação da região que saiu da décima posição no carnaval passado, 2019, para o segundo lugar e acusou a Comissão Organizadora Nacional de tirar desculpas com a situação do novo Coronavírus (Covid-19), todas as vezes que é abordada sobre as premiações.
Tal como na região de Cacheu, Rufner da Silva referiu que a nível da região de Quínara os grupos vencedores do desfile regional também não foram premiados, tendo informado que participaram no desfile cinco grupos culturais: Empada, Tite e mais três grupos de Buba.
“Todos os dias recebemos pressões dos grupos, pais e encarregados de educação das crianças que desfilaram no carnaval”, assinalou.
Segundo Rufner da Silva, a região gastou quatrocentos e dezassete mil (417.000) francos CFA na preparação para o desfile nacional.
Rufner da Silva apelou ao governo a esforçar-se e entregar as premiações aos grupos vencedores, porque “participar no desfile nacional é uma questão de defender a nação e erguer a cultura guineense”.
“TCHON DI PEPEL VARELA” REVELA QUE GOVERNO AGUARDA O RELATÓRIO DA COMISSÃO
O responsável de agrupamento cultural “Tchon di Pepel Varela”, Inocêncio Gomes Correia, explicou à repórter que depois de dois meses do silêncio do governo, o grupo produziu uma carta que foi remetida à atual direção geral da cultura, manifestando a sua indignação por não ter recebido o prémio.
Gomes Correia disse que, na audiência que tiveram com a atual direção-geral da cultura, foi-lhes informado que aguardam o relatório da Comissão Organizadora Nacional do Carnaval para que se pudesse desbloquear os prémios, junto do Ministério das Finanças, mas tal não aconteceu porque a entidade que organizou o evento não conseguiu até agora produzir os documentos necessários.
“Aproximadamente gastámos quatro milhões (4.000.000) de francos para preparar o carnaval e tomar parte no desfile nacional, no entanto, até hoje não recebemos o prémio e exigimos que o grupo seja premiado, porque “sacrificámo-nos muito”.
Durante a conversa, Inocêncio Correia revelou que enviaram uma carta, na quarta-feira passada, ao gabinete do Primeiro-ministro para lhe informar do atraso na entrega dos prémios aos grupos vencedores do desfile nacional do carnaval e outras categorias e que estão agora a aguardar a resposta da Primatura.
“Deveríamos receber quatro milhões de Francos CFA como prémio, porque ficamos em terceiro lugar no desfile nacional, três milhões a nível de grupos a nível nacional e um milhão de francos CFA na categoria do vencedor do desfile do Setor Autónomo de Bissau”, contou.
Perplexo com a situação, Gomes Correia apelou ao governo para envidar esforços a fim de entregar os prémios aos vencedores.
No que concerne à categoria de máscaras, o presidente da Comissão Organizadora de Carnaval da região de Bubaque, Nelson António Cabral, confirmou que a sua região não recebeu o prémio e sempre que contacta a Comissão Nacional não recebe respostas satisfatórias. Acrescentou que para participar no carnaval fizeram empréstimos e lamentou que a comissão tenha falhado com os grupos concorrentes, lembrando que também não houve nenhuma premiação a nível do desfile regional.
Apesar de reconhecer a situação difícil que o mundo atravessa derivada do novo Coronavírus, António Cabral foi crítico em relação à Comissão Organizadora do carnaval, porque “não existem desculpas para não entregar os prémios” e pediu que o governo esforce e honre o seu compromisso para com os grupos vencedores do maior evento cultural do país.
Por: Djamila da Silva/Assana Sambú
A nova Secretária Executiva de Luta Contra Sida na Guiné-Bissau (SNLS), Fatoumata Diaraye Dialló, promete dar o seu apoio no sentido dinamizar e relançar o secretariado nacional de luta contra a doença, que desde 2018, enfrenta um cenário complexo, marcado por "falta de recursos financeiros e humanos".
Segundo Diaraye Dialló, um dos seus grandes objetivos é estruturar o SNLS no sentido de conseguir o engajamento do executivo e financiamento dos parceiros internacionais.
"Estamos a trabalhar a meio gás. É preciso reestruturar esta casa com técnicos, tem que haver engajamento do executivo e há necessidade de recursos humanos e financeiros", explicou Diaraye Dialló.
Numa entrevista concedida à Radio Jovem, esta segunda-feira, 15 de junho, Diaraye, revelou que o SNLS não está no momento a cumprir com o seu propósito, que é a coordenação de resposta nacional ao VIH, mas revela que a instituição está a trabalhar com um financiamento, através do PNDS, uma célula de gestão no Ministério de Saúde, para implementar uma determinada atividade.
A nova Secretária Executiva do SNLS, sublinhou que, apesar das dificuldades, foi fácil aceitar o desafio de liderança proposto pelo primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, como profissional de saúde pública e espera corresponder com as expectativas.
Segundo os dados da ONU-SIDA, a Guiné-Bissau apresenta a maior taxa da prevalência da doença na Africa Ocidental, com 46 mil infetados, onde 16 se encontram em tratamento e 20 mil pessoas não contactáveis pela estrutura ligada a Sida no país.
As estatísticas indicam que as regiões mais infetadas com a sida são Bafatá e Gabú, ambas no leste do país. Bolama Bijagós e Biombo são as regiões com menor prevalência da epidemia, segundo a indicação da responsável.
Natural de Bissau, Diaraye Dialló é médica de profissão, formada em 2009 pela Universidade Federal de Mato Grosso Sul, Brasil, foi nomeada Secretária Executiva da SNLS no final do mês de março do ano em curso.
Antes da sua nomeação, desempenhou funções como médica generalista na Casa Emanuel, trabalhou no Hospital Pediátrico São José em Bor e em 2016 foi transferida para Centro Materno Infantil em Bissau, onde, além de dar consultas médicas, também desempenhou a função de diretora Clínica de Pediatria.
Por: Alison Cabral
Rádio Jovem Bissau
Por Estamos a Trabalhar
A sessão especial para verificar maioria parlamentar, não passa de uma aberração e uma demonstração de esperteza mas com intenção falsa.
Essa atividade é meramente uma perda de tempo e de gasto para os cofres do estado, na medida que o seu resultado não vincula nenhum titular dos órgãos de soberania.
O fadário é possibilitar ao PAIGC ter conhecimento prévio dos deputados que não seguirão as orientações do partido, para que apartir desse momento, arquitetar uma estratégia de controlo dos deputados ou dilatar a crise.
A actividade em que os seus resultados vinculam os órgãos de soberania, são as sessões de aprovação de diplomas (programa de governo), que se aprovado, legítima o governo, quando não aprovado pela primeira vez, o Primeiro-ministro tem 15 dias para o voltar a apresentar, caso seja rejeitado, o governo cai pela força da lei.
É preciso párar de brincar com o dinheiro do estado, com sessões fúteis para alimentar egos. Sejamos responsáveis com o erário público.
#gaiomartinsbatistagomes
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 433.493 pessoas e infetou quase oito milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 12:00 de Lisboa, já morreram pelo menos 433.493 pessoas e há mais de 7.928.590 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.
Pelo menos 3.574.300 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
Contudo, a AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, e outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento, e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.
Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 115.732 e 2.094.069 casos, respetivamente. Pelo menos 561.816 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil, com 43.332 mortes e 867.624 casos, Reino Unido com 41.698 mortes (295.889 casos), Itália com 34.345 mortes (236.989 casos) e França com 29.407 mortes (194.023 casos).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 83.181 casos (49 novos entre domingo e hoje), incluindo 4.634 mortes (nenhuma nova) e 78.370 curados.
A Europa totalizou 187.925 mortes para 2.411.653 casos, Estados Unidos e Canadá 123.928 mortes (2.192.802 casos), América Latina e Caraíbas 79.777 mortes (1.654.461 casos), a Ásia 23.361 mortes (855.373 casos), Médio Oriente 11.848 mortes (561.067 casos), África 6.523 mortes (244.532 casos) e Oceânia 131 mortes (8.710 casos).
Esta avaliação foi realizada com dados recolhidos pela AFP junto de autoridades de saúde e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os valores de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.
Portugal, com 1.520 mortes registadas e 37.036 casos confirmados é o 27.º país do mundo com mais óbitos e o 32.º em número de infeções.
Por LUSA
Umaro Sissoco Embalo disse que a deslocação visa analisar com o seu homólogo sobre a situação da Líbia. De regresso amanhã a Bissau, Sissoco Embalo fará uma curta paragem em Dakar.
Aliu Cande
A especialista da OMS Joana Cortez disse hoje que existe na Guiné-Bissau uma infeção por covid-19 “muito elevada” entre os profissionais de saúde, num país onde falta quase tudo, desde equipamentos de proteção a oxigénio.
“Temos 176 casos confirmados de infeção em profissionais de saúde num país que tem pouco mais de 300 médicos e outros tantos enfermeiros”, adiantou Joana Cortez.
A especialista em gestão clínica da Organização Mundial de Saúde (OMS) na Guiné-Bissau falava hoje durante o sexto e último seminário ‘online’ dedicado à reflexão sobre o impacto da covid-19 nos sistemas de saúde dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
A iniciativa, uma parceria entre o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-NOVA), e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), abordou as opções terapêuticas para o tratamento da doença.
“É uma situação caótica também pelas dificuldades que cria nesta massa crítica que são os profissionais de saúde”, acrescentou a especialista, sublinhando o impacto desta “infeção muito elevada” dos profissionais de saúde na gestão, registo e monitorização dos doentes.
Joana Cortez assinalou, por outro lado, as dificuldades logísticas causadas pelo encerramento das fronteiras no contexto do estado de emergência, que foi esta semana renovado até 25 de junho.
“Apesar de as fronteiras aéreas terem sido abertas para a ajuda humanitária, as terrestres mantêm-se fechadas e, devido à saturação dos mercados internacionais, não conseguimos ter no país a entrada de equipamentos, materiais e consumíveis necessários para um tratamento adequado de doentes covid-19”, disse.
Segundo Joana Cortez, “uma das grandes dificuldades é o fornecimento contínuo de oxigénio”, o principal pilar do tratamento de doentes infetados pelo novo coronavírus.
O país conta com uma única estrutura privada em Bissau que tem uma central independente de oxigénio, assinalou.
Para a responsável, esta situação assume particular relevância numa altura em que os doentes de covid-19 são cada vez mais novos, com infeções por HIV e estão a chegar cada vez mais tardiamente aos hospitais.
“Até ao momento estão confirmados 15 óbitos e, na sua maioria, foram mortes que ocorreram em poucas horas após a admissão à estrutura hospitalar. São doentes que se apresentam graves, tardiamente e de manejo muito complexo”, referiu.
Por outro lado, há também cada vez mais doentes com quadros complexos de diabetes não controlada, hipertensão e tuberculose.
Joana Cortez aponta ainda falhas na disponibilidade de equipamentos de proteção para os trabalhadores da saúde e de produtos de desinfeção.
“Os três hospitais de referência em Bissau vêm-se neste momento com as enfermarias cheias com os doentes covid-19 e com uma quebra dos serviços médicos essenciais”, que entram em rutura, apontou.
Sobre as terapêuticas que estão a ser aplicadas aos doentes, Joana Cortez disse que a Guiné-Bissau está “num processo para ser incluída num ensaio clínico solidário da OMS para tratamento a doentes covid-19”.
“Na Guiné-Bissau, não temos uma verdadeira unidade de cuidados intensivos. Não temos ventiladores invasivos disponíveis a não ser os que estão nos blocos operatórios, que já são poucos, e temos poucos aparelhos de ventilação não invasiva, aos quais faltam muitas vezes acessórios”, apontou.
Os doentes estão também a ser tratados com fosfato de cloroquina (antimalárico), com azitromicina (antibiótico) e com corticoides, apesar de não haver recomendações internacionais para o uso específico destas terapêuticas para a covid-19.
A responsável disse ainda que esta semana chegou ao país uma equipa médica de emergência (pneumologistas e infecciologistas), que inclui médicos de Portugal e enviada pela OMS, para fortalecer a resposta.
Para Joana Cortez, “testar, rastrear e isolar” os casos continua a ser “fundamental”, adiantando que em Bissau existe já um padrão de transmissão comunitária, enquanto nas restantes regiões esta ainda é esporádica.
“Temos apenas dois laboratórios em Bissau e com o aproximar da época das chuvas vai ser absolutamente difícil transportar amostras” para a capital, disse, adiantando que o país apresenta uma taxa de testes positivos “extremamente alta”, que ronda sempre os 60 a 70%.
Desde que foram registados os primeiros doentes de covid-19 no país, a Guiné-Bissau já contabilizou 1.460 casos de infeção, incluindo 153 recuperados e 15 vítimas mortais, tornando-se no país africano lusófono com mais casos acumulados da doença.
plataformamedia.com
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, felicitou hoje o Presidente dos EUA, Donald Trump, por ter imposto sanções ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que é "hostil a Israel".
© Lusa
"Quero felicitar o Presidente Trump e o secretário de Estado (Mike) Pompeo pela sua decisão de impor sanções ao TPI. O Tribunal de Haia é uma entidade política hostil a Israel, aos EUA e a outras democracias que respeitam os direitos humanos enquanto ignoram outros países que violam os direitos humanos, especialmente - é claro - o regime terrorista do Irão ", disse Netanyahu aos jornalistas, no início de uma reunião do Conselho de Ministros.
Netanyahu disse acreditar que o tribunal "está a fazer acusações absurdas contra o Estado de Israel, incluindo a sugestão ultrajante de que a presença de judeus no coração da terra natal constitui um crime de guerra", referindo-se às colónias no território palestiniano ocupado, ilegal de acordo com o direito internacional.
As críticas do tribunal aos acordos "violam o senso comum, violam o direito internacional, desde a Conferência de San Remo, há cem anos, e violam a justiça", acrescentou Netanyahu.
"Agradeço novamente ao Presidente Trump e à administração dos EUA pelo seu apoio à verdade e à justiça", declarou, adiantando que o governo israelita votará hoje o estabelecimento de um acordo, a ser chamado de "Ramat Trump", no território sírio ocupado dos Montes Golã, que Trump reconheceu como israelita contra o consenso da comunidade internacional.
O TPI considerou as sanções "inaceitáveis", classificando-as como "uma tentativa de interferir no Estado de Direito".
Trata-se de sanções económicas e restrições de visto aos funcionários do Ministério Público de Haia dedicados a investigar as tropas norte-americanas na guerra no Afeganistão.
Entre as medidas estão o bloqueio de propriedades que esses funcionários podem ter sob a jurisdição dos EUA.
Os Estados Unidos não aceitam a jurisdição do TPI, um tribunal que só tem o poder de exercer sua jurisdição quando as autoridades do país em questão não realizam investigações confiáveis sobre supostos crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.
noticiasaominuto.com
Pelo menos 42 pessoas foram mortas no sábado em ataques realizados por rebeldes do Boko Haram no nordeste da Nigéria, anunciaram hoje ativistas locais.
© Lusa
Os ataques ocorreram no sábado nas áreas dos municípios de Nganzai e Damboa, localizadas no nordeste do estado de Borno, principal bastião dos rebeldes.
Os ataques deixaram 42 mortos na área de Nganzai, enquanto o número exato de pessoas que perderam a vida é desconhecido no ataque em Damboa, de acordo com dados divulgados pelo ativista local Dogo Shettima, através das redes sociais.
Os meios de comunicação nigerianos, como o jornal The Punch, também informaram sobre os ataques e detalharam que os 'jihadistas', de acordo com testemunhos oculares, foram repelidos pelas Forças Armadas da Nigéria.
Esse órgão militar, por sua vez, confirmou que foram realizadas ações contra a insurgência 'jihadista' na região de Nganzai e na vizinha Monguno.
Através de um comunicado divulgado na rede social Twitter, os militares alegaram ter "infligido baixas pesadas" nas fileiras do Boko Haram e do grupo afiliado ao Estado Islâmico na província da África Ocidental (ISWAP).
Na semana passada, o conflito com os 'jihadistas' aumentou no estado de Borno, onde na terça-feira outro ataque a uma vila nigeriana deixou 81 mortos.
O Boko Haram foi criado em 2002 na cidade de Maiduguri (nordeste da Nigéria) pelo líder espiritual Mohameh Yusuf, com o objetivo de denunciar o abandono a que as autoridades haviam mergulhado no norte marginalizado e empobrecido do país.
Na época, apenas realizavam ataques contra a polícia nigeriana, que representava o Estado, mas desde que Yusuf foi morto por agentes em 2009, o grupo radicalizou e iniciou uma campanha sangrenta para impor um estado de estilo islâmico.
Desde então, o nordeste da Nigéria - e, nos últimos anos, as áreas de Camarões, Chade e Níger, na fronteira com a Bacia do Lago Chade - têm vivido sob uma dupla ameaça 'jihadista'.
Na década passada, o Boko Haram e, posteriormente, o ISWAP mataram mais de 27.000 pessoas e obrigaram quase três milhões a deslocar-se das suas casas, segundo dados da ONU.
NAOM