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Por LUSA 21/04/21
O balanço das vítimas das chuvas torrenciais de segunda-feira em Luanda aumentou para 24 mortos, dos quais nove são crianças, segundo dados atualizados do porta-voz da Comissão Provincial de Proteção Civil.
As informações foram transmitidas no final da reunião da Comissão Provincial, presidida por Joana Lina, governadora de Luanda e que coordena a comissão.
Em declarações à Radio Nacional de Angola (RNA), o porta-voz Faustino Minguens disse que estão contabilizados 24 mortos, entre os quais nove crianças.
Do total de vítimas mortais, 10 residiam no município de Cacuaco, cinco no município de Luanda, três em Viana, e igual número nos municípios do Cazenga e Kilamba Kiaxi.
Há ainda a registar três feridos e vários danos materiais: 2.289 residências inundadas, 60 casas desabadas, 14 escolas alagadas, duas pontes parcialmente destruídas e outras quatro inundadas, 58 árvores caídas e quatro centros de saúde inundados, bem como o transbordo de nove bacias de retenção.
Foram afetadas 2.349 famílias, num total de 11.745 pessoas.
Faustino Minguens adiantou que na reunião foi discutida a necessidade de assegurar apoios por parte das comissões municipais para as famílias atingias pelas chuvas.
Num comunicado divulgado após a reunião, através da sua página na rede social Facebook, o Governo Provincial de Luanda destacou que está a ser dado apoio às famílias enlutadas, a quem a governadora de Luana "volta a endereçar as mais sentidas condolências".
Joana Lina "deixou recomendações expressas aos administradores municipais, na qualidade de coordenadores das comissões municipais no sentido de continuarem a dar todos os apoios às famílias sinistradas, na intenção de minimizar as dificuldades que enfrentam".
Na terça-feira, vários moradores dos bairros mais afetados pelas inundações, ouvidos pela Lusa, pediram socorro às autoridades para não voltarem a dormir ao relento, temendo o pior se voltar a chover.
Mais de sete horas de chuva intensa lançaram o caos na capital angolana, na segunda-feira, com enxurradas que alagaram bairros, destruíram pontes, casas e infraestruturas, mataram 24 pessoas e deixaram milhares sem teto.
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