terça-feira, 6 de maio de 2025

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, chegou hoje à capital da Bielorrússia, Minsk, para uma visita de Estado a convite do seu homólogo Alexander Lukashenko.

Recebido com honras militares e calorosas boas-vindas, o Chefe de Estado inicia uma visita histórica que assinala o reforço das relações bilaterais e a abertura de novas frentes de cooperação entre a Guiné-Bissau e a Bielorrússia.


 Presidência da República da Guiné-Bissau

Homem injeta-se com veneno de cobra durante 17 anos e ajuda a criar antídoto

Reprodução/YouTube   SIC Notícias

Tom Friede, um norte-americano, injetou-se com veneno de cobra durante 17 anos para desenvolver imunidade. Esta experiência levou-o a colaborar com a empresa Centivax na criação de um antídoto universal.

Durante quase duas décadas, Tom Friede, um norte-americano residente no estado do Wisconsin, nos EUA, dedicou-se a um projeto invulgar: injetar-se regularmente com doses reduzidas de veneno de cobra para desenvolver imunidade, de forma a proteger-se das consequências fatais de uma eventual picada.

A experiência começou a revelar resultados em 2001, quando Friede foi picado por duas cobras venenosas — uma cobra egípcia e, uma hora depois, uma monocled, tendo ficado quatro dias em coma. Recuperado, continuou a sua rotina, injetando pequenas quantidades de veneno de 16 espécies diferentes de serpentes, como taipans, mambas, cobras de água e cascavéis.

Ao longo de 18 anos, Friede foi picado 202 vezes e conta com mais de 650 injeções de veneno, que extraia dos seus répteis de estimação. A teoria por trás da prática era simples: expor o sistema imunitário a toxinas de forma controlada para o obrigar a produzir anticorpos.

A sua história chegou ao conhecimento de Jacob Glanville, um investigador que procurava criar uma vacina universal contra o veneno de cobra — substância que mata mais de 140 mil pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde. Friede passou então a colaborar com a equipa científica da empresa Centivax, na Califórnia.

Com base nos anticorpos isolados do sangue de Friede, os investigadores desenvolveram um "cocktail" com três componentes: dois anticorpos humanos (LNX-D09 e SNX-B03) e o varespladib, uma molécula que inibe uma enzima presente na maioria das mordeduras de cobra. Em testes laboratoriais, os anticorpos protegeram ratos contra o veneno de até 19 espécies de serpentes, com uma taxa de sucesso de 100% em 13 delas, de acordo com a investigação publicada na revista Cell.

Embora o antídoto ainda não tenha sido testado em humanos, os investigadores acreditam que, por ser baseado em anticorpos humanos, poderá causar menos reações adversas do que os antídotos tradicionais, frequentemente derivados de cavalos.

O estudo atual concentra-se sobretudo nas serpentes elapídicas, que incluem mambas, cobras-coral e taipans. A equipa planeia alargar os testes a viperídeas, como as cascavéis e víboras, e colaborar com veterinários na Austrália para testar o tratamento em cães picados por cobras.

Tom Friede abandonou as auto-injeções em 2018. Atualmente, com 57 anos, mantém-se saudável, realizando exames regulares ao fígado e rins. É agora diretor de herpetologia na Centivax e continua envolvido na investigação de um antidoto universal.

CCIAS realiza conferencia de imprensa sobre a situação da campanha de conscientização interna da castanha de caju 2025.

 

Friedrich Merz nomeado oficialmente chanceler pelo presidente alemão

Por  LUSA 

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, nomeou hoje oficialmente Friedrich Merz como chanceler, no Palácio Bellevue, em Berlim, depois do líder conservador ter conseguido, numa segunda votação, obter a maioria dos votos no parlamento a favor da sua eleição.

Depois da primeira tentativa falhada hoje de manhã, Merz foi novamente a votos no Bundestag (câmara baixa do parlamento) e conseguiu 325 votos a favor, mais nove do que a maioria exigida de 316.

Os partidos que integram a nova coligação governamental na Alemanha, CDU/CSU e Partido Social-Democrata (SPD), têm 328 lugares no parlamento.

O líder da União Democrata-Cristã (CDU, na sigla em alemão), Friedrich Merz, toma posse como 10.º chanceler pós-Segunda Guerra Mundial.

"Agradeço a vossa confiança e aceito a eleição", declarou Merz, depois de revelado o resultado da segunda votação parlamentar, em resposta à pergunta da presidente do Bundestag, Julia Klöckner. Seguiram-se aplausos e saudações.

Dois meses e meio depois da vitória nas eleições legislativas antecipadas na Alemanha, o líder dos conservadores sucede ao social-democrata Olaf Scholz à frente de um governo de coligação nomeado por quatro anos.

Merz tinha falhado a maioria necessária na primeira volta da eleição para chanceler, com a sessão no Bundestag a ser interrompida. Na primeira votação secreta obteve 310 votos a favor, menos seis do que a maioria necessária de 316, algo que nunca tinha antes acontecido.

O líder da CDU, de 69 anos, prometeu dar prioridade à unidade e à segurança europeia face às ameaças da nova administração norte-americana de Donald Trump e à guerra em curso na Ucrânia, após a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Internamente, Merz quer promover ideias como a redução dos impostos sobre as empresas para renovar o modelo económico alemão, o que poderá ser bloqueado pelo parceiro de coligação, o SPD. O outro parceiro da coligação é a União Social-Cristã (CSU), partido irmão da CDU na Baviera.

As políticas de imigração deverão ser um dos focos de Merz, com um agravamento e rejeição dos requerentes de asilo sem documentos nas fronteiras do país, apesar de a Comissão Europeia já ter salientado a necessidade de uma abordagem coletiva e unificada sobre migração.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já felicitou Merz. O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, também expressou as suas "calorosas felicitações".

"Aguardo com expectativa a nossa cooperação numa ambiciosa agenda europeia comum", escreveu o antigo primeiro-ministro português na rede social X.


Leia Também: Bruxelas felicita Friedrich Merz por eleição como chanceler alemão

O Exército israelita atacou hoje o aeroporto e as centrais elétricas na região de Sana, capital do Iémen, em resposta aos ataques dos rebeldes huthis contra Israel.

Por LUSA 

Israel ataca aeroporto e centrais elétricas no Iémen

O Exército israelita atacou hoje o aeroporto e as centrais elétricas na região de Sana, capital do Iémen, em resposta aos ataques dos rebeldes huthis contra Israel.

"Recentemente, aviões de guerra do Exército israelita atacaram e desmantelaram a infraestrutura terrorista Huthi no principal aeroporto de Sana", disse o Exército num comunicado onde menciona ainda ataques a "várias centrais elétricas" na região de Sana e a uma "fábrica de cimento" a norte da capital.

O canal de notícias por satélite dos Huthis, al-Masirah, já confirmou os ataques, referindo que o aeroporto tinha sido atingido.

Imagens transmitidas pela televisão israelita mostraram grossas colunas de fumo negro a elevar-se acima do horizonte de Sana.

Um vídeo nas redes sociais mostra vários ataques em redor de Sana, com fumo negro a subir enquanto os estrondos da explosão ecoavam nas montanhas circundantes.

O ataque de hoje ocorreu pouco depois de os militares terem emitido um alerta nas redes sociais para que as pessoas evacuassem a zona do aeroporto internacional do Iémen.

Na noite de segunda-feira, Israel atacou os rebeldes Huthis apoiados pelo Irão na província de Hodeida, no Mar Vermelho, no Iémen, matando pelo menos uma pessoa e ferindo 35.

O gabinete de imprensa dos rebeldes admitiu que pelo menos seis ataques atingiram o porto de Hodeida e outros atingiram uma fábrica de cimento no distrito de Bajil.

No domingo, os Huthis lançaram um míssil que atingiu uma estrada de acesso perto do principal aeroporto de Israel, perto de Telavive, interrompendo os voos e o tráfego de passageiros.

Essa foi a primeira vez que um míssil atingiu o principal aeroporto de Israel, Ben Gurion, desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023.

Os Huthis têm atacado Israel durante toda a guerra em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza.

Em retaliação, as Forças Armadas dos EUA lançaram uma campanha intensiva de ataques aéreos contra os Huthis desde 15 de março, enquanto as forças israelitas continuam os seus ataques no Iémen.

Rússia recebe 29 líderes de países no Dia da Vitória (incluindo europeus)

Por LUSA 

O Governo russo confirmou a presença de 29 chefes de Estado e de Governo na sexta-feira, na parada militar moscovita do Dia da Vitória, incluindo o primeiro-ministro eslovaco, que assim se distancia dos parceiros da União Europeia.

A Rússia comemora este ano o 80.º aniversário da sua vitória sobre a Alemanha nazi, uma data simbólica que o Presidente russo, Vladimir Putin, quer aproveitar para se rodear de alguns dos seus principais aliados.

Entre os que são esperados na tribuna de convidados estão o Presidente chinês, Xi Jinping, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.

Um conselheiro de Putin, Yuri Ushakov, confirmou hoje esta lista provisória em que se incluem nomes que são particularmente observados pela União Europeia (UE), como o chefe do Governo da Eslováquia, Robert Fico, e o Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, o representante de um país que aspira a aderir ao bloco comunitário europeu. Ushakov confirmou que ambos serão recebidos por Putin, segundo as agências oficiais russas.

A Alta Representante da UE para a Política Externa, Kaja Kallas, chegou mesmo a avisar que o bloco "não encarará de ânimo leve" a participação oficial nestes eventos, numa mensagem dirigida tanto aos Estados-membros como a candidatos à adesão, num apelo que não foi totalmente eficaz.

"Senhora Kallas, gostaria de a informar de que sou o legítimo primeiro-ministro da Eslováquia, um país soberano. Ninguém pode dizer-me para onde devo ou não viajar. Irei a Moscovo para prestar homenagem aos milhares de soldados do Exército Vermelho que morreram a libertar a Eslováquia", respondeu Fico.


Leia Também: Comissão pede que UE deixe de importar gás da Rússia até final de 2027

O Alto Comissariado para a Peregrinação do Hajj 2025, liderado por Califa Soares Cassamá, recebeu esta terça-feira, 6 de maio, a visita do Imame Central de Mansoa, Califa Mamadu Djao Djaló. A visita teve como objetivo acompanhar a evolução dos preparativos para a realização do quinto pilar do Islão — a peregrinação à cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita.

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Taiwan recebeu um primeiro lote de 16 mísseis balísticos ATACMS provenientes dos Estados Unidos, visando reforçar as capacidades defensivas da ilha face à crescente pressão militar da China, informou hoje o jornal local Taipei Times.

© I-HWA CHENG/AFP via Getty Images   Lusa   06/05/2025

 Taiwan recebe dos EUA o primeiro lote de 16 mísseis balísticos ATACMS

Taiwan recebeu um primeiro lote de 16 mísseis balísticos ATACMS provenientes dos Estados Unidos, visando reforçar as capacidades defensivas da ilha face à crescente pressão militar da China, informou hoje o jornal local Taipei Times.

Em outubro de 2020, Taiwan comprou aos Estados Unidos 11 unidades do sistema lançador de foguetes HIMARS e 64 mísseis ATACMS --- projéteis com alcance superior a 300 quilómetros --- por um valor estimado em 436,1 milhões de dólares (385 milhões de euros).

Segundo um relatório do Ministério da Defesa Nacional (MDN), citado pelo jornal, um primeiro lote de 16 mísseis ATACMS foi já entregue, estando por confirmar a chegada dos 48 restantes, prevista para o primeiro trimestre.

O mesmo relatório indica que está ainda prevista a entrega de mais 18 sistemas HIMARS, 20 mísseis ATACMS e 864 "foguetes de precisão" entre o próximo ano e 2027.

O sistema ATACMS (sigla em inglês para Army Tactical Missile System) é um míssil tático convencional superfície - superfície de elevada precisão, fabricado pela empresa norte-americana Lockheed Martin.

Os ATACMS ganharam visibilidade internacional em novembro do ano passado, após o Governo dos Estados Unidos, então liderado por Joe Biden, ter autorizado a sua utilização pela Ucrânia para atacar alvos em território russo.

Estes projéteis permitirão reforçar as capacidades defensivas de Taiwan face à China, que considera a ilha --- governada autonomamente desde 1949 --- uma província sua, que deve ser reunificada, pela força, caso seja necessário.

Há mais de sete décadas que os EUA se encontram no centro das tensões entre Pequim e Taipé, sendo o principal fornecedor de armas da ilha.

Apesar de não manter relações diplomáticas formais com Taiwan, Washington poderá intervir militarmente em caso de conflito com a China.


Leia Também: O Ministério das Forças Armadas francesas e a Missão da Libertação organizam na quinta-feira a cerimónia do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, com um "caráter internacional simbólico" em Paris, segundo o Eliseu.

Rússia abate 105 'drones' em 11 das regiões do país... As defesas aéreas russas abateram entre a noite de segunda-feira e hoje 105 'drones' ucranianos de asa fixa em 11 regiões do país, incluindo Moscovo, informou hoje o Ministério da Defesa russo na rede social Telegram.

© REUTERS/Maxim Shemetov   Lusa  06/05/2025

De acordo com o relatório militar, um total de 19 'drones' foram intercetados perto de Moscovo, onde será realizado um desfile militar na sexta-feira para comemorar o 80.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi, um evento para o qual estão convidados cerca de 20 líderes estrangeiros.

O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, declarou no Telegram que os 'drones' abatidos estavam a convergir para a capital a partir de "direções distintas".

Após o início do ataque, à meia-noite, todos os aeroportos de Moscovo suspenderam as operações, que foram retomadas algumas horas depois.

O comando militar russo informou que a maioria dos 'drones' ucranianos foi abatida nas regiões de fronteira com a Ucrânia, como Bryansk (32), Voronezh (22), Belgorod (6), Kursk (1) e Rostov (1).

As defesas antiaéreas intercetaram 'drones' noutras cinco regiões russas: em Penza (10), Kaluga (9), Lipetsk (2), Samara (2) e Vladimir (1).

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma trégua de três dias, no dia 28 de abril, para assinalar o 80.º aniversário da vitória sobre os nazis na II Guerra Mundial.

O cessar-fogo entrará em vigor à meia-noite de quarta para quinta-feira e expirará 72 horas depois, à meia-noite de sábado para domingo, disse o Kremlin, pedindo à Ucrânia que apoie a medida.

No entanto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a iniciativa de Putin como um "gesto teatral" e insistiu na necessidade de um cessar-fogo de pelo menos 30 dias.

"Porquê um cessar-fogo de 30 dias? Porque é impossível acordar o que quer que seja em três, cinco ou sete dias", argumentou o Presidente ucraniano.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: A Presidência da Rússia ameaçou hoje a Ucrânia com uma "resposta adequada" se Kyiv não cumprir a trégua de três dias no 80.º aniversário da derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial. 

Ativista russo de 68 anos compara Putin a Hitler em Moscovo... Os protestos na Rússia são raros devido ao regime político do país.

© Reprodução X/ NEXTA   Notícias ao Minuto  06/05/2025

Um homem de 68 anos esteve a protestar contra Vladimir Putin junto à ponte Bolshoy Moskvoretsky, em Moscovo. O ativista russo empenha um cartaz onde comparava Putin a Adolf Hitler. 

Num vídeo partilhado pelo NEXTA, é possível ver o homem 'pendurado' na ponte, a segurar o cartaz que diz "Putin. Hitler. Para". Depois, atira o cartaz para a água e salta também fazendo-se passar por um "cadáver".

Os serviços médicos foram chamados e o ativista foi tirado da água. No entanto, o seu estado de saúde é desconhecido.

Note-se que este tipo de protestos na Rússia são raros, tendo em conta o regime político vivido no país.

Padrões da superfície de Marte assemelham-se aos da Terra, diz estudo... As características do solo marciano têm uma semelhança impressionante com os padrões de ondas encontrados em climas mais frios da Terra, segundo um novo estudo da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos.

© Shutterstock   Lusa   06/05/2025

Esta descoberta significa que, apesar das suas enormes diferenças planetárias, a Terra e Marte podem ser moldados por algumas das mesmas forças básicas e processos relacionados com o frio.

O artigo, publicado na revista Icarus e citado na segunda-feira pela agência Europa Press, oferece novos conhecimentos sobre o clima passado de Marte e os tipos de ambientes que podem ter albergado vida, bem como novos conhecimentos sobre a física fundamental dos materiais granulares.

Os investigadores usaram imagens de satélite de alta resolução para analisar nove crateras em Marte e compará-las com as da Terra.

Descobriram que as formas onduladas do relevo de Marte têm formas semelhantes e seguem os mesmos padrões geométricos básicos dos lóbulos de soliflução, encontrados em regiões frias e montanhosas da Terra, como o Ártico e as Montanhas Rochosas.

Estes padrões, segundo Glade, "são exemplos grandes, granulares e lentos de padrões comuns encontrados em fluidos do dia-a-dia, como tinta a escorrer pela parede".

A maior diferença é que as versões marcianas são, em média, 2,6 vezes mais altas, apontou.

Os investigadores mostram que esta diferença de altura é exatamente o que seria de esperar se as propriedades físicas do solo e a menor gravidade de Marte permitissem que os lóbulos crescessem antes de entrarem em colapso.

Na Terra, os lóbulos de soliflução formam-se quando o solo congela e descongela parcialmente, soltando o solo o suficiente para que este possa deslizar lentamente pela encosta abaixo ao longo do tempo.

Marte provavelmente passou por ciclos de congelamento e degelo semelhantes aos da Terra, embora os ciclos marcianos tenham sido provavelmente causados pela sublimação (onde o gelo se transforma diretamente em vapor) e não pelo degelo causado pela água líquida.

Investigadores sugerem que Marte pode ter albergado condições frias que moldaram a sua superfície de forma semelhante à da Terra, esclarecendo a evolução climática do planeta, o possível papel da água e onde procurar sinais de vida passada.

"Compreender como estes padrões se formam fornece informações valiosas sobre a história climática de Marte, especialmente a possibilidade de ciclos passados de congelamento e degelo, embora sejam necessárias mais pesquisas para determinar se estas características se formaram recentemente ou há muito tempo", apontou Sleiman.

"Em última análise, esta investigação pode ajudar-nos a identificar pistas sobre ambientes passados ou presentes noutros planetas que podem sustentar ou limitar a vida potencial", acrescentou.


Leia Também: Astrobióloga admite que China pode ganhar corrida para trazer amostras de Marte

Porque há tão poucos edifícios altos na Europa? Estas são as razões

Burj Khalifa  Laika ac, CC BY-SA 2.0 Creative commons    Por  msn.com/pt-pt

A Europa, um continente rico em história e tradição, é caracterizada pela sua arquitetura única e distinta. No entanto, quando comparadas às cidades da América do Norte ou da Ásia, fica claro que quase não há arranha-céus ou edifícios altos nas cidades do Velho Continente.

Dos mil edifícios mais altos do mundo, apenas sete estão na União Europeia. Este fato esconde uma série de razões históricos, culturais, económicos e urbanos que outras latitudes não possuem. Descobre porque há tão poucos edifícios altos na Europa.

  • O top 10 dos edifícios mais altos do mundo
  • Por que não há arranha-céus na Europa?
  • As curiosas regras de Roma, Atenas e Londres
  • Edifícios altos em Portugal
  • Qual é o país tem os edifícios mais altos do mundo?
  • O top 10 dos edifícios mais altos do mundo

No cenário arquitetónico global, os arranha-céus tornaram-se símbolos de poder económico. No entanto, para chegar ao edifício mais alto da Europa, é preciso descer até o 16º lugar, com a Torre Lakhta, em São Petersburgo, na Rússia. Contudo, eis o top 10 dos edifícios mais altos do mundo: 

  1. Burj Khalifa (Dubai, Emirados Árabes Unidos): com 828 metros de altura, é um ícone da modernidade arquitetónica.
  2. Merdeka 118 (Kuala Lumpur, Malásia): conta com 679 metros, é o segundo edifício mais alto do mundo.
  3. Torre de Xangai (Xangai, China): tem 632 metros e ocupa o terceiro lugar no ranking.
  4. Torre do Relógio Real de Meca (Meca, Arábia Saudita): atinge 601 metros e faz parte de um complexo oferecido aos peregrinos.
  5. Ping An Finance Centre (Shenzhen, China): com 599 metros de altura, este edifício é um importante centro financeiro nesta cidade chinesa.
  6. Lotte World Tower (Seul, Coreia do Sul): 555 metros de altura, é um exemplo de como a Coreia do Sul abraçou a verticalidade.
  7. One World Trade Center (Nova York, EUA): conta com 541 metros, é o arranha-céu mais alto do Hemisfério Ocidental.
  8. Guangzhou CTF Finance Centre (Cantão, China): com 530 metros, este edifício combina escritórios, hotéis e residências de luxo.
  9. Tianjin CTF Finance Centre (Tianjin, China): tem 530 metros de comprimento, destaca-se pela sua estrutura elegante e com eficiência energética.
  10. Torre CITIC (Pequim, China): destaca-se pelos seus 528 metros e é o edifício mais alto da capital chinesa, com um design inspirado em vasos.

Por que não há arranha-céus na Europa?

Ao contrário de outras regiões do mundo, como a América do Norte ou a Ásia, onde os arranha-céus são uma característica comum da paisagem urbana, a Europa optou por manter uma silhueta mais baixa e homogénea. 

Uma das principais razões pelas quais a Europa não tem tantos arranha-céus é o forte foco na preservação do património histórico. Muitas cidades europeias são protegidas por leis que restringem a construção de edifícios altos para não alterar seu caráter histórico e cultural. 

Além disso, as regulamentações de planejamento urbano na Europa tendem a favorecer a coesão estética e a integração com o ambiente existente, priorizando a qualidade de vida e o respeito ao passado em detrimento da construção de estruturas imponentes. 

As curiosas regras de Roma, Atenas e Londres

Roma Bert Kaufmann, CC BY-SA 4.0 Creative commons

Na Europa, as cidades desenvolveram regulamentações que refletem a sua história e cultura. Em Roma, os regulamentos de construção são rigorosos para proteger seu património arquitetónico. No centro da capital italiana, nenhum edifício pode ultrapassar a altura da Cúpula da Basílica de São Pedro.

Enquanto isso, Atenas, por sua vez, é uma cidade onde a história antiga encontra a vida moderna. Os regulamentos atenienses são igualmente rigorosos, com regras que limitam a altura dos edifícios para evitar obstruir a vista da Acrópole, um dos monumentos mais emblemáticos do mundo. 

No Reino Unido, Londres introduz regulamentações que visam proteger pontos turísticos importantes, como o Palácio de Westminster e a St. Paul's Cathedral. No entanto, encontrou um equilíbrio ao permitir a construção de arranha-céus em áreas como Canary Wharf e The City. 

Edifícios altos em Portugal

Torre Vasco da Gama  dirk.olbertz, CC BY 2.0 Creative commons

​Portugal possui uma variedade de edifícios notáveis que se destacam pela sua altura e arquitetura. Eis, uma lista dos cinco edifícios mais altos do país, incluindo as suas alturas e localizações:

  • Torre Vasco da Gama: localizada no Parque das Nações, em Lisboa, esta torre tem 145 metros de altura. Construída para a Expo 98, atualmente abriga o hotel Myriad by SANA.
  • Torre de Monsanto: situada em Algés, Oeiras, esta torre atinge 120 metros de altura. Concluída em 2001, é um edifício de escritórios que se destaca na paisagem urbana.
  • Torres São Rafael e São Gabriel: estas torres gémeas localizam-se no Parque das Nações, cada uma com 110 metros de altura. Inauguradas no início dos anos 2000, são conhecidas pela sua arquitetura inspirada na proa de um navio.
  • Torre do Lidador: situada na Maia, esta torre tem 92 metros de altura. Concluída em 2000, é um marco arquitetónico na região norte de Portugal.
  • Sheraton Lisboa Hotel & Spa: este hotel, situado em Lisboa, tem 91 metros de altura. Construído em 1972, foi durante muitos anos o edifício mais alto do país.

Qual é o país tem os edifícios mais altos do mundo?

Xangai  Pixabay

No campo da arquitetura moderna, os arranha-céus tornaram-se um símbolo de desenvolvimento e poder económico. Embora muitos possam pensar automaticamente nos Estados Unidos quando falam sobre estes edifícios, é a Ásia, especificamente a China, que lidera o ranking mundial em termos de quantidade.

A China experimentou um crescimento urbano sem precedentes nas últimas décadas, impulsionado a sua rápida industrialização e urbanização. Cidades como Xangai e Shenzhen são exemplos claros de como o país adotou a verticalidade como uma solução para a crescente demanda do espaço urbano.

Seis dos nove membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) subiram no 'ranking' de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, com Portugal a manter-se na categoria mais elevada e Guiné-Bissau e Moçambique na mais baixa.

© Reuters  Lusa  06/05/2025

 Seis países da CPLP sobem no ranking de Índice de Desenvolvimento Humano

Seis dos nove membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) subiram no 'ranking' de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, com Portugal a manter-se na categoria mais elevada e Guiné-Bissau e Moçambique na mais baixa. 

Os dados constam no Relatório de Desenvolvimento Humano divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que dá conta que, entre os países lusófonos, apenas Cabo Verde desceu na classificação de IDH, passando da posição 131 para a 135, numa avaliação que se centra no desempenho dos países em 2023.

Num 'ranking' liderado pela Islândia, Portugal ocupa agora a 40.ª posição face à 42.ª registada no relatório anterior, seguindo-se o Brasil na lista de Estados da CPLP com melhor índice, subindo do 89.º lugar para o 84.º.

A Guiné-Equatorial manteve-se na 133.ª posição, Cabo Verde desceu da 131.ª para a 135.ª, São Tomé e Príncipe permaneceu no 141.º lugar e Timor Leste subiu do 155.º para o 142.º lugar.

Ainda na lista de países lusófonos que subiram no 'ranking' da PNUD está Angola, que passou da 150.ª posição para a 148.ª, Guiné-Bissau (da 179.ª para 174.ª) e, por último, Moçambique, que subiu uma posição (183 para 182).

Portugal é o único país lusófono na categoria de Desenvolvimento Humano "muito elevado", o Brasil é o único em "elevado", e Guiné-Equatorial, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Timor Leste estão na lista de países que registaram um Desenvolvimento Humano "médio".

Guiné-Bissau e Moçambique são os membros da CPLP incluídos na categoria de Desenvolvimento Humano "baixo", que é encerrada pelo Sudão do Sul na última posição (193.ª).

A África Subsariana é, cronicamente, a região com o mais baixo IDH em todo o mundo.

Os dados integram Relatório de Desenvolvimento Humano de 2025 --- "Uma Questão de Escolha: Pessoas e Possibilidades na era da Inteligência Artificial" ---, que analisa o progresso numa variedade de indicadores conhecidos como Índice de Desenvolvimento Humano, que engloba conquistas em saúde, educação e nível de rendimentos.

O documento revela uma estagnação no IDH em todas as regiões do mundo, ao mesmo tempo que mostra que a Inteligência Artificial (IA) "pode reativar o desenvolvimento".

Em vez de uma recuperação sustentada após o período de crises excecionais de 2020-2021, o relatório revela um progresso "surpreendentemente fraco".

Excluindo os anos de crise da pandemia de covid-19, "o crescimento global do desenvolvimento humano projetado neste ano é o menor desde 1990" diz o documento, indicando ainda um aumento das desigualdades entre países ricos e pobres.

Pelo quarto ano consecutivo, a desigualdade entre países com IDH Baixo e Muito Alto continua a crescer, revertendo uma tendência de longo prazo de redução dessas disparidades.

"Diante desse cenário global turbulento, precisamos urgentemente de explorar novas formas de impulsionar o desenvolvimento," afirmou o chefe global do PNUD, Achim Steiner, apontando para as potencialidades da IA: "Embora a IA não seja uma solução mágica, as escolhas que fizermos poderão reacender o desenvolvimento humano e abrir novos caminhos e possibilidades".

A disponibilidade de dados para o desenvolvimento de IA num país depende de diversos fatores, como por exemplo a disponibilidade de dados, que varia consideravelmente entre países e regiões.

De acordo com o relatório, a África Subsaariana está a progredir na disponibilidade de dados e infraestrutura, mas ainda apresenta grandes lacunas.

Essas disparidades decorrem de diferenças no compromisso dos Governos com dados abertos, capacidades de gestão de dados e acesso à tecnologia.

Em março de 2024, os Estados Unidos hospedavam cerca de metade dos 'data centers' globais, refletindo a concentração dessa infraestrutura.

"Embora a computação em nuvem flexibilize o vínculo entre a localização física dos 'data centers' e o uso de dados, apenas 5% dos talentos de IA de África têm acesso ao poder computacional para tarefas complexas de IA", frisa o relatório.

Contudo, a democratização da IA já está em andamento, diz o relatório, sublinhando que cerca de um em cada cinco inquiridos relatou já utilizar Inteligência Artificial.


O Exército da China vai enviar uma guarda de honra para os desfiles do Dia da Vitória em Moscovo, onde o Presidente chinês, Xi Jinping, deverá comparecer ao lado do homólogo russo, Vladimir Putin, na Praça Vermelha.

© Lusa   06/05/2025

 China envia guarda de honra para desfiles do Dia da Vitória em Moscovo

O Exército da China vai enviar uma guarda de honra para os desfiles do Dia da Vitória em Moscovo, onde o Presidente chinês, Xi Jinping, deverá comparecer ao lado do homólogo russo, Vladimir Putin, na Praça Vermelha.

O Ministério da Defesa da China anunciou, na segunda-feira, que enviará uma guarda de honra para participar nos desfiles militares nas capitais da Rússia e da Bielorrússia, para assinalar o 80.º aniversário da derrota da Alemanha nazi, que se celebra esta sexta-feira.

Pequim enviou guardas de honra a Moscovo para um desfile comemorativo do Dia da Vitória em 2015, mas esta será a primeira vez que uma guarda de honra chinesa participará num evento semelhante em Minsk.

Segundo analistas chineses, o gesto visa demonstrar apoio à ordem internacional do pós-Segunda Guerra Mundial, que Pequim considera estar sob ameaça.

Vídeos divulgados nas redes sociais chinesas mostraram os ensaios dos soldados chineses em Minsk e Moscovo na semana passada.

Como parte dos preparativos para o desfile em Moscovo, os soldados chineses ensaiaram a "Canção dos Guerrilheiros" na Praça Vermelha, no domingo, descreveu o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês. A canção patriótica descreve as dificuldades enfrentadas pelos soldados chineses durante a invasão japonesa.

A agência de notícias oficial Xinhua afirmou que este ano é importante para a China e a Rússia, bem como para "todos aqueles que amam a paz em todo o mundo", uma vez que também assinala o 80.º aniversário do fim da invasão do Japão na China.

A Xinhua acrescentou que China e Rússia vão "defender a história escrita com sangue e vidas, e opor-se a qualquer tentativa ou comportamento que procure negar, distorcer ou falsificar a história da Segunda Guerra Mundial".

Pequim já tinha anunciado que Xi visitará a Rússia entre quarta-feira e sábado, e que manterá um "diálogo estratégico" com Putin.

A visita ocorre num momento em que a guerra comercial iniciada pelo então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressiona o sistema comercial internacional e enfraquece a parceria transatlântica --- uma aliança que Pequim e Moscovo há muito consideram uma força dominante a ser contrabalançada no sistema internacional.

Citado pela imprensa local, Zhao Long, diretor-adjunto do Instituto de Estudos Estratégicos e de Segurança Internacional do Instituto de Estudos Internacionais de Xangai, afirmou que uma das principais razões para a celebração deste ano é o facto de "alguns países estarem a tentar distorcer a história e a ordem do pós-guerra" através de sanções unilaterais e guerras tarifárias.

A celebração reflete também a crescente confiança política entre Pequim e Minsk, dado que os dois países reforçaram a cooperação em áreas como o comércio e a segurança nos últimos anos.

A China enviou uma guarda de honra para participar no desfile anual do Dia da Independência da Bielorrússia em 2018, mas não o fez para o desfile do Dia da Vitória do país em 2015.

A China também enviou uma guarda de honra para a cidade de Ho Chi Minh, pela primeira vez na semana passada, para assinalar o 50.º aniversário do fim da Guerra do Vietname (1955--1975).

Zhao afirmou que a participação da China em desfiles militares no estrangeiro visa, provavelmente, demonstrar apoio a uma "visão correta da história do pós-guerra e da equidade e justiça internacionais".


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Ucrânia tem uma nova táctica que ameaça a supremacia da força aérea russa

Por  CNN 

"Este é um momento histórico", afirma o líder dos serviços secretos ucranianos. Russos lamentam "não existirem meios capazes de combater esta ameaça"

A Direção de Informações de Defesa da Ucrânia (GUR) abateu dois caças de combate russos Su-30, na sexta-feira, enquanto sobrevoavam o Mar Negro. Foi a primeira vez na história que um avião de combate é abatido por um drone marítimo. Segundo o líder dos serviços secretos militares, o tenente-general Kyrylo Budanov, a destruição das aeronaves só foi possível com recurso a uma nova tática inovadora que pode vir a alterar a supremacia da força aérea russa na região. 

Os drones marítimos ucranianos, como o MaguraV5, ganharam notoriedade depois de abater com sucesso vários navios da marinha russa. Agora, os serviços secretos ucranianos adaptaram estes drones para serem capazes de disparar mísseis utilizados no combate entre aviões, os mísseis AIM-9 Sidewinder, transformando-os em sistemas de ataque antiaéreo flutuantes.

"Este é um momento histórico", afirmou Budanov à publicação TWZ, acrescentando que a adaptação dos novos drones começou a ser feita no início de janeiro. A CNN não conseguiu verificar de forma independente as alegações da Ucrânia. O Ministério da Defesa da Rússia não comentou o incidente.

Mas o que surpreendeu a força aérea russa foi a estratégia utilizada pelo GUR. Os militares ucranianos utilizaram três navios MaguraV7 para o ataque, embora apenas dois estivessem preparados para disparar contra as aeronaves. Segundo um dos principais bloggers militares russos, Vladislav Shurygin, os pilotos ucranianos utilizaram um dos drones para atrair os aviões até estes estarem a uma distância aceitável para disparar os mísseis AIM-9. 

O resultado foi fatal. Num vídeo partilhado pelo GUR nas redes sociais é possível ver o resultado do ataque contra a primeira aeronave, que explode em pleno ar e começa a cair em direção ao mar. Ao contrário da tripulação do segundo Su-30, os pilotos do primeiro caça acabaram por sobreviver, depois de terem sido resgatados por uma embarcação civil, revelou Budanov.

Os analistas russos sublinham que o mais importante não é necessariamente a utilização de um drone naval para abater um alvo aéreo, mas sim o facto de "não existirem meios capazes de combater esta ameaça". Atualmente, as forças russas tentam destruir os drones navais através do uso da metralhadora a bordo dos seus aviões. No entanto, esta tática obriga o avião a aproximar-se dos drones e, agora, também do alcance dos mísseis antiáereos. 

Os bloggers russos dizem agora que a iniciativa no Mar Negro pertence à Ucrânia. Prova disso é o facto de o ataque ter acontecido tão perto do território russo, a cerca de 50 quilómetros da cidade russa de Novorossiysk, na província de Krasnodar. Esta cidade tornou-se o principal porto russo nos últimos dois anos, depois de as autoridades russas terem considerado o porto principal de Sebastopol, na Crimeia, demasiado perigoso para operar, depois de repetidos ataques ucranianos. 

Kiev tem-se virado cada vez mais para os drones para nivelar o campo de ação com a Rússia, que se orgulha de ter recursos humanos e materiais superiores. Desde a anexação ilegal da Crimeia pela Rússia em 2014 - e na sequência de novas perdas após a invasão russa de 2022 -, a Ucrânia deixou de ter uma marinha operacional no Mar Negro.

Os drones provaram ser eficazes contra alguns dos navios mais resistentes da frota do Mar Negro de Moscovo. São controlados à distância através de uma ligação Starlink e podem ser pré-programados para as longas viagens através do Mar Negro.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, realiza de 06 a 10 deste mês visitas à Bielorrússia, Rússia e Osaka, no Japão, onde vai assistir ao dia dedicado ao país na Expo 2025, disse à Lusa fonte oficial.

Por LUSA 

 Presidente da Guiné visita Bielorrússia, Rússia e Japão em maio

O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, realiza de 06 a 10 deste mês visitas à Bielorrússia, Rússia e Osaka, no Japão, onde vai assistir ao dia dedicado ao país na Expo 2025, disse à Lusa fonte oficial.

De acordo com a fonte, Sissoco Embaló viaja esta noite para Minsk, capital da Bielorrússia onde vai realizar, entre terça-feira e quarta-feira uma visita oficial e na sexta-feira, 09, assiste em Moscovo às festividades do Dia da Vitória.

No sábado, Embaló estará em Osaka, no Japão, para participar nas celebrações do dia da Guiné-Bissau na Exposição Mundial sob o lema: "Projetar a Sociedade do Futuro para as Nossas Vidas". 

A comissária do país para a Expo, Carlota Sanca disse que a mascote da Guiné-Bissau será a máscara Kabaro, usada no Entrudo da etnia Bijagó, um dos povos que ainda preservam ritos e costumes da ancestralidade guineense

Carlota Sanca apresentou no dia 14 de abril passado os objetivos e a composição da delegação guineense que estará na Expo 2025 que decorrerá até outubro bem como o formato do pavilhão do país que terá música, produtos da tecelagem e da olaria e ainda exibirá documentários em vídeo sobre o país.

O objetivo da participação da Guiné-Bissau na Expo do Japão será atrair investimentos e turistas japoneses para visitarem o país, segundo Sanca.

Netanyahu reafirma que tropas israelitas vão permanecer em Gaza

Por LUSA 

O primeiro-ministro israelita reiterou hoje que as tropas do país vão permanecer em qualquer território na Faixa de Gaza como parte da nova ofensiva terrestre aprovada pelo gabinete de segurança.

Os militares] "não vão entrar e depois retirar. Esse não é o objetivo", declarou Benjamin Netanyahu, numa mensagem vídeo na rede X, descrevendo a nova campanha como uma "operação enérgica", que inclui a deslocação da população para sul do enclave durante os "ataques poderosos" contra o grupo islamita palestiniano Hamas, segundo uma fonte oficial israelita.

O gabinete de segurança de Israel, que supervisiona a ofensiva na Faixa de Gaza, aprovou esta manhã (hora local) uma expansão das operações no enclave, bem como um plano para retomar a ajuda humanitária à população, bloqueada por completo desde 02 de março.

"Esta foi a recomendação do chefe do Estado-Maior: avançar, como o próprio expressou, para a derrota do Hamas. Ele acredita que isso também nos ajudará a resgatar os reféns ao longo do caminho. Concordo com ele. Não desistiremos deste esforço e não desistiremos de nenhum deles. É isso que estamos a fazer", acrescentou Netanyahu.

Na Faixa de Gaza, 59 reféns, dos quais Israel estima que apenas 24 estejam vivos, permanecem em posse do Hamas, que nas últimas semanas se ofereceu para os libertar em troca da retirada total das tropas israelitas.

O novo plano israelita ameaça um novo acordo de cessar-fogo a curto prazo, uma exigência das famílias dos reféns.

Netanyahu disse ainda que a criação de uma comissão estatal sobre os ataques do Hamas de outubro de 2023 em solo israelita é necessária, mas apenas quando a guerra terminar.

"Dissemos desde o início que o faríamos no final da guerra", afirmou, após críticas internas.

O porta-voz do Exército israelita, Effie Defrin, indicou que a nova ofensiva contra a Faixa de Gaza inclui "um ataque em grande escala e a deslocação da maioria da população palestiniana para uma zona livre" do Hamas.

"Serão realizados ataques aéreos contínuos, os terroristas serão eliminados e as infraestruturas serão desmanteladas", explicou Defrin num vídeo gravado na fronteira com a Faixa de Gaza, no qual afirmou que o regresso dos reféns a Israel também faz parte dos objetivos desta nova operação.

O porta-voz assinalou ainda que as forças israelitas vão seguir o "modelo Rafah", referindo-se à recente anexação da cidade na fronteira com o Egito e bairros vizinhos à chamada "zona tampão", criada por Israel desde que iniciou a ofensiva no enclave.

O modelo passa pela inclusão gradual de partes da Faixa de Gaza na "zona de segurança" israelita assim que as tropas tiverem "destruído todas as infraestruturas do Hamas".

Após ter quebrado o cessar-fogo com o Hamas, em 18 de março, o Exército israelita não só retomou os ataques aéreos diários contra a Faixa de Gaza, como incorporou partes do enclave na "zona de segurança".

Quase 30% do território da Faixa de Gaza faz parte da "zona de segurança", anunciou recentemente o Exército.

"O Hamas cometeu um erro e ainda não compreende a extensão da nossa determinação. O Hamas lançou um ataque hediondo contra nós, e é o Hamas que está a prejudicar os residentes de Gaza", afirmou o porta-voz do Exército.

O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 250 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 51 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, na maioria mulheres e crianças, e deixou o território destruído e a quase totalidade da população deslocada.

As partes mantêm canais de negociação com os mediadores internacionais -- Egito, Qatar e Estados Unidos -- para uma nova suspensão das hostilidades e libertação dos reféns ainda em posse do Hamas, mas não chegaram a acordo.


Leia Também: O secretário-geral da ONU disse "estar alarmado" com o plano do gabinete de segurança israelita de expandir as operações militares destinadas "a conquistar" a Faixa de Gaza, afirmou hoje um porta-voz de António Guterres. 

EUA oferecem 1.000 dólares a imigrantes ilegais que se autodeportem

Por LUSA 

O governo dos EUA anunciou hoje que vai oferecer dinheiro aos imigrantes ilegais que regressem aos seus países, beneficiando aqueles que optem pela autodeportação.

O Departamento de Segurança Interna norte-americano disse em comunicado que a assistência será canalizada através de uma aplicação 'online' e que, no caso daqueles que optarem por saírem pelos seus próprios meios, haverá uma ajuda adicional de mil dólares (cerca de 850 euros) paga aos beneficiários "assim que o seu regresso ao país de origem for confirmado".

"A autodeportação é uma forma digna de sair dos EUA e permitirá aos estrangeiros indocumentados evitar a interceção do Serviço de Imigração e Alfândega", acrescentou o governo.

De acordo com o Departamento, um hondurenho que comprou um bilhete de Chicago para o seu país natal foi o primeiro a utilizar com sucesso este programa de assistência em viagem.

Os imigrantes indocumentados que expressem a sua decisão de se autodeportarem voluntariamente através da aplicação deixarão de estar no topo da lista de pesquisas dos serviços de imigração, "desde que demonstrem que estão a fazer progressos significativos na conclusão dessa partida", segundo as autoridades norte-americanas.

"A participação no programa de autoexclusão pode ajudar a preservar a capacidade de um estrangeiro indocumentado de regressar legalmente aos EUA no futuro", explicou o governo, que tem tentado cumprir as promessas eleitorais de combate à imigração ilegal do presidente Donald Trump.

As múltiplas detenções e rusgas contra imigrantes ilegais desde que Trump tomou posse, em janeiro passado, suscitaram duras críticas dos opositores do presidente republicano.

"Se estiverem aqui sem documentos, a autodeportação é a melhor, mais segura e mais económica forma de deixar os Estados Unidos e evitar a prisão", acrescentou a secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, no comunicado.

A utilização do programa de assistência financeira também representará uma poupança de 70% para os contribuintes norte-americanos, segundo Noem.

Sonda da antiga União Soviética cai na Terra esta semana... A sonda Cosmos 482, lançada pela antiga União Soviética em 1972 para Vénus, mas que nunca saiu da órbita terrestre, deverá regressar esta semana à terra, uma reentrada descontrolada mas à qual deve "sobreviver".

© Shutterstock  Lusa  05/05/2025

A órbita da sonda está a decair e espera-se que "reentre na atmosfera terrestre algures entre 7 e 13 de maio", disse hoje a NASA na sua página na internet.

Como foi concebida para resistir à passagem pela atmosfera de Vénus, que é mais densa do que a da Terra, "é possível que a sonda (ou partes dela) sobreviva à reentrada na Terra e atinja a superfície".

No entanto, há muitos fatores de incerteza, incluindo o facto de a trajetória de reentrada ser longa e pouco profunda, e não se pode excluir que se parta ou desintegre à medida que atravessa a atmosfera da Terra, disse o astrónomo Marco Langbroek, da Universidade de Delft (Alemanha).

A sonda tem um invólucro protetor de titânio, "uma espécie de cubo metálico, concebido para sobreviver à passagem pela atmosfera de Vénus" e foi equipada com um paraquedas para abrandar a sua velocidade, embora Marco Langbroek, citado pela agência de notícias Efe, duvide que o sistema de lançamento do paraquedas ainda funcione mais de meio século depois.

Como se trata de uma reentrada não controlada, não é possível, nesta fase, dizer "com algum grau de certeza quando e onde" irá ocorrer. A incerteza diminuirá à medida que a data prevista se aproxime, "mas mesmo no próprio dia ainda haverá grandes incertezas", acrescentou.

Marco Langbroek escreveu hoje nas redes sociais que a data mais provável é 10 de maio, com uma margem de erro de 1,5 dias mais cedo ou mais tarde, mas dadas as incertezas, a previsão "é melhor expressa como uma janela de reentrada de vários dias, entre 9 e 13 de maio, em vez de indicar um dia específico".

Os riscos "não são particularmente elevados, mas não são nulos", pois com uma massa de pouco menos de 500 quilos e um tamanho de um metro, são "semelhantes aos de um impacto de um meteorito", declarou o astrónomo, que segue há anos o caso da sonda soviética, na sua página na internet.

O objeto Cosmos 482 foi uma tentativa no âmbito do projeto Venere, com o qual a extinta União Soviética lançou várias sondas para estudar o planeta Vénus, informou a NASA.

Foi lançada em 31 de março de 1972, poucos dias depois da Venere 8, mas não conseguiu sair da órbita baixa da Terra.

Depois de uma aparente tentativa de lançamento numa trajetória de transferência para Vénus, a nave separou-se em quatro pedaços: dois permaneceram na órbita baixa da Terra e desfizeram-se em 48 horas, e os outros (um deles a sonda de aterragem) entraram numa órbita mais alta, de acordo com dados da NASA.