sexta-feira, 12 de abril de 2024

Uma "Legião Estrangeira" para os Emirados Árabes Unidos?

O exército dos Emirados Árabes Unidos tem cerca de 65 mil efetivos, mas cerca de 40% do pessoal é estrangeiroFoto: Dominika Zarzycka/NurPhoto/picture alliance
Por Cathrin Schaer  DW  12/04/2024 

Os Emirados Árabes Unidos são um centro de mercenários em África e no Médio Oriente e querem criar a sua própria versão da Legião Estrangeira Francesa. Que implicações haverá para exércitos privados em áreas de conflito?


O anúncio de emprego intrigou muito mais pessoas do que se esperava, possivelmente porque parecia o início de um filme de ação: "Procura-se operadores para a Legião Estrangeira", dizia.

Os candidatos devem ter menos de 50 anos, ser muito disciplinados, estar em boa forma física, ter pelo menos cinco anos de experiência militar e ser capazes de lidar com "condições de elevado stress". O salário base seria de cerca de 2 mil dólares por mês, mas poderia aumentar se vier a ser destacado fora dos Emirados Árabes Unidos (EAU), para o Iémen ou para a Somália.

O anúncio foi descoberto pela primeira vez pelo site francês Intelligence Online, segundo o qual foi posto a circular por antigos soldados das forças especiais francesas. Investigações posteriores identificaram o anúncio como sendo de uma empresa de consultoria de segurança, a Manar Military Company (MMC), com sede em Abu Dhabi.

A empresa é dirigida por um antigo oficial das forças especiais francesas e está financeiramente ligada a uma família rica e politicamente influente em Abu Dhabi. O anúncio indicava que os Emirados Árabes Unidos pretendiam criar a sua própria legião de elite estrangeira, com 3 mil a 4 mil recrutas, até meados do próximo ano.

Os meios de comunicação social que contactaram a consultora de segurança MMC não conseguiram obter uma resposta direta. Os representantes da empresa afirmaram que o anúncio não era real, que o projeto tinha sido cancelado e que tudo não passava de um exercício de desinformação. A MMC não respondeu aos pedidos de informação solicitados pela DW.

🚨 🇫🇷 🇦🇪 Intelligence Online can reveal that a former French special forces officer is creating a new elite unit for the Emirates of at least 3,000 foreign recruits based on the model of the French Foreign Legion.

No entanto, especialistas disseram à DW que há hipóteses de este projeto - uma legião estrangeira dos Emirados Árabes Unidos - ser real.

A Intelligence Online tem ligações ao setor militar francês e esta fuga de informação é, muito provavelmente, a sua forma de dizer que a França não está satisfeita com o desenvolvimento, disse Andreas Krieg, professor da Escola de Estudos de Segurança do King's College, em Londres.

Os franceses estarão preocupados com o aliciamento do pessoal de segurança para empregos bem remunerados nos Emirados Árabes Unidos (EAU). "Parece algo que os EAU fariam, dada a sua história", concorda Sean McFate, professor da Universidade de Georgetown e autor do livro "As novas regras da guerra".

"Os Emirados têm uma tradição de externalizar o poder militar e têm-no feito de forma intermitente desde 2011", refere. Além disso, "atualmente, quando se ouve falar de mercenários, penso muito mais nos Emirados Árabes do que na Rússia", acrescenta Krieg. "Os Emirados tornaram-se uma espécie de centro de atividades mercenárias no Sul global."

Porque é que os Emirados recorrem a mercenários?

 
Os sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos têm uma população de cerca de 9 milhões de pessoas, mas apenas um milhão é emiradense. Portanto, embora as forças armadas dos EAU  tenham cerca de 65 mil funcionários, entre um terço e 40% são estrangeiros.

Ao mesmo tempo, a liderança dos EAU tem sido agressiva em relação ao que considera seus interesses estratégicos em locais como o Iémen e a costa da Somália. Assim, os mercenários são contratados devido à "aversão a baixas", como afirma o analista Andreas Krieg.

"Os mercenários são atraentes para sociedades muito ricas que querem participar de guerras, mas não querem sangrar", explica McFate.

Outro aspecto da integração de estrangeiros nas forças armadas dos EAU é a "proteção contra golpes". Afinal de contas, por que motivo mercenários bem pagos derrubariam um governo autoritário num país no qual não têm interesses?

E há também a ideia de "negação plausível" que os mercenários oferecem aos seus empregadores se as operações militares forem clandestinas.

A proliferação das empresas militares e de segurança privadas começou com os EUA, que utilizaram empresas como a Blackwater (na foto) no Iraque e no AfeganistãoFoto: Chris Curry/dpa/picture alliance


Desde 2003, o uso das chamadas "empresas privadas de segurança militar", ou PMSCs, explodiu, escreveu o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo num relatório publicado em 2023. "Hoje, as PMSCs operam em quase todos os países do mundo, para uma grande variedade de clientes", afirma o instituto.

Para os Emirados Árabes Unidos, tudo começou em 2009, quando Erik Prince, ex-membro da Marinha dos EUA e fundador da PMSC Blackwater, criou uma brigada de 800 membros dentro dos Emirados.

Prince acabou por se desentender com os seus empregadores, mas a cooperação lucrativa entre altos funcionários dos EUA e os Emirados Árabes Unidos continua. Em 2019, a agência de notícias Reuters descobriu que os EAU pagaram para criar unidades de guerra cibernética. Em 2022, o jornal norte-americano Washington Post noticiou que os Emirados continuam a pagar ex-funcionários militares séniores dos EUA para obter assistência e instrução.

E há outros exemplos: uma investigação da BBC revelou que os Emirados Árabes Unidos contrataram mercenários, incluindo norte-americanos e israelitas, para realizar assassinatos com motivação política no Iêmen, ou treinaram moradores locais para fazer isso. Os EAU também são conhecidos por serem um centro de logística e financiamento para o famoso grupo mercenário russo Wagner.

O empresário norte-americano Erik Prince também ajudou a criar uma força de polícia marítima anti-pirataria na Somália para os Emirados Árabes UnidosFoto: Jackson Njehia/AP Photo/picture alliance


Uma legião legítima

Caso se concretize, uma legião estrangeira dos Emirados, como foi descrita na oferta de emprego, seria significativamente diferente das anteriores.


"Quando se contratam mercenários, isso traz muitas dores de cabeça", explica McFate, que também trabalhou no setor militar privado. "A maior parte tem a ver com segurança, responsabilidade e traição - o que não é de admirar. Os mercenários são como fogo: Podem incendiar a nossa casa ou acionar uma máquina a vapor", argumenta. "Por isso, uma solução para este problema é ter uma legião estrangeira", conclui.

Os soldados de uma legião estrangeira tendem a ter contratos mais longos, normalmente são parte oficial de um exército nacional e também estão sujeitos a regras e regulamentos locais.

Além disso, uma legião estrangeira é "uma espécie de ruptura com o passado [para os EAU] porque parece ser mais institucionalizada", disse Krieg à DW. "Isso dá-lhes a capacidade de recrutar pessoas de um modo semi-legítimo", disse.

Contingente militar da Infantaria Estrangeira da Legião Estrangeira Francesa durante desfile em Nova Deli, na ÍndiaFoto: Raj K Raj/Hindustan Times/Sipa USA/picture alliance

"Pode até ser uma espécie de mudança de jogo", argumenta. "Porque sempre que alguém denuncia os Emirados pelas suas atividades mercenárias, onde estão a cometer potenciais crimes de guerra ou talvez a facilitá-los, agora que estão a usar um modelo estabelecido como a Legião Estrangeira Francesa, podem desviar as atenções e dizer 'os franceses estão a fazê-lo, porque é que nós não podemos?'", explica.

O analista McFate acredita que, à medida que o mundo se torna mais multipolar e a política externa se torna ainda mais transacional, haverá ainda mais "mercantilização do conflito". Os Emirados Árabes Unidos, com liderança autoritária, muita riqueza e poucas restrições legislativas, estão em posição de explorar esse facto, disse ele.

Andreas Krieg concorda e acrescenta que "a mercantilização das guerras vem ocorrendo nos últimos 20 anos". Agora, "vemos mais sinergias entre entidades públicas e privadas trabalhando juntas na guerra, de modo que já não se pode dizer que se trata apenas de uma questão de Estado ou de uma questão privada. É uma mistura de ambos", explica. "E os Emirados são mestres nisso, tendo explorado essa área cinzenta durante anos", lembra ainda.

A Rússia enviou um sistema antiaéreo e uma centena de instrutores para o Níger, no âmbito de um acordo de cooperação bilateral em matéria de defesa e segurança entre os dois países

© TATYANA MAKEYEVA/AFP via Getty Images

Por Lusa    12/04/24

Moscovo envia sistema antiaéreo e instrutores para o Níger

A Rússia enviou um sistema antiaéreo e uma centena de instrutores para o Níger, no âmbito de um acordo de cooperação bilateral em matéria de defesa e segurança entre os dois países, segundo a junta militar.

A junta militar no poder no Níger confirmou a chegada de uma centena de "instrutores militares" da Rússia ao país, no âmbito de um acordo assinado pelos dois países para o reforço da cooperação em matéria de defesa e segurança e num contexto de relações mais fortes entre ambos os dois países, desde o golpe de Estado de julho de 2023, em que foi derrubado o então presidente eleito, Mohamed Bazoum.

"No âmbito do reforço das capacidades de defesa e de segurança e no quadro do acordo de cooperação militar com a Federação Russa, o Níger acaba de adquirir um sistema antiaéreo de última geração", afirmou a junta, acrescentando que estes aparelhos chegaram ao país "acompanhados de uma centena de instrutores militares russos".

A junta explicou, num comunicado publicado na sua conta na rede social X, que "a missão destes instrutores é instalar o sistema e assegurar a formação das forças armadas do Níger para a sua utilização otimizada".

As autoridades russas não fizeram qualquer comentário até ao momento sobre o assunto.

"Esta aquisição estratégica demonstra a firme vontade das mais altas autoridades de elevar as capacidades defensivas do país a um nível dissuasor, num contexto regional marcado pelo ressurgimento de ameaças assimétricas à segurança", adiantou a junta.

O envio do sistema e a chegada dos 100 instrutores russos "também fazem parte do reforço da parceria militar e técnica com a Rússia", um país que descreveu como "um aliado histórico do Níger em questões de paz e estabilidade".

De acordo com informações veiculadas pelo canal de televisão estatal do Níger, RTN, a instalação do sistema também faz parte dos esforços de Niamey em prosseguir "um novo caminho para diversificar os seus parceiros em vários domínios e para afirmar a sua soberania perante o mundo".

A informação da RTN, também divulgada pela junta militar através da sua conta na rede social X, refere que esta cooperação com Moscovo "é mutuamente benéfica" e diz que os instrutores militares russos são "membros do Ministério da Defesa russo".

Esta ajuda justifica-se ainda com o aumento dos ataques de grupos terroristas nos últimos anos.

O último desses ataques, realizado na segunda-feira, causou a morte de pelo menos seis militares, quando uma bomba explodiu no veículo em que se deslocava quando este passava perto de Tingara, na região de Tillabéri, perto da fronteira com o Mali e o Burkina Faso, segundo disse o exército nigerino na quinta-feira, adiantando que matou mais de 20 suspeitos de terrorismo num bombardeamento subsequente.

A junta militar do Níger - tal como as do Mali e do Burkina Faso - cortou os laços militares com a França e ordenou a saída dos seus militares do país, o que suscitou preocupações em Paris quanto à perda da sua influência tradicional nas suas antigas colónias nesta parte de África e à aproximação destes países à Rússia.

Leia Também: A Rússia admitiu hoje dialogar com a Ucrânia com base nos acordos de Istambul discutidos com Kyiv em março de 2022, desde que tenham em conta "a nova realidade" no terreno.  

EUA dizem que Irão pode atacar Israel nas próximas 48 horas

© Reuters

Notícias ao Minuto 12/04/24

A imprensa dos Estados Unidos está a avançar, esta sexta-feira, que o Irão poderá lançar um ataque em território israelita nas próximas 24 a 48 horas.

Os EUA, recorde-se, têm referido várias vezes que está iminente um ataque do Irão dirigido a Israel.

O The Wall Street Journal avançou que Teerão poderá responder, até sábado, "possivelmente em território israelita", a um ataque aéreo israelita contra um consulado na Síria, que matou 16 pessoas, entre elas vários membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais.

Telavive tem-se preparado para um possível ataque iraniano, ao mesmo tempo que Washington alertou os seus funcionários em Israel para limitarem as suas viagens no país, recomendando manter-se em Telavive, Jerusalém e Be'er Sheva.

O The Wall Street Journal cita informações dos serviços secretos americanos e, ao mesmo tempo, uma fonte próxima à liderança iraniana, que diz que ainda não é certo que o ataque venha a acontecer.

"Como eu disse ao primeiro-ministro [Benjamin] Netanyahu, o nosso compromisso com a segurança de Israel contra estas ameaças do Irão e dos seus proxies [grupos aliados que o país financia em vários países da região] é à prova de bala", disse, na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Já nesta sexta-feira, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, instou os homólogos chinês, turco e saudita a dissuadirem o Irão contra qualquer ataque a Israel.

"Ninguém tem interesse numa escalada" na região e "todos os países devem exortar o Irão a não empreender uma escalada", realçou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas. Além de conversar com os chefes da diplomacia chinês, turco e saudita, Blinken também falou ao telefone com o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, "para reiterar o forte apoio [dos EUA] a Israel perante as ameaças [do Irão]", sublinhou Miller.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, indicou, por sua vez, que Washington alertou o Irão sobre potenciais ataques contra Israel.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, descreveu o ataque ao consulado em Damasco, na Síria, como "um ponto de viragem". A resposta iraniana "chegará", prometeu, "hoje, amanhã, depois de amanhã, numa semana, dez dias…".

As tensões no Médio Oriente escalaram devido ao conflito em curso entre Israel e o Hamas, que foi desencadeado por um ataque realizado em outubro do ano passado pelo movimento islamita palestiniano.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria, civis, e sequestradas cerca de 240 pessoas, das quais uma grande parte continua na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 30.000 pessoas, também maioritariamente civis.

Israel advertiu na terça-feira que responderá a qualquer retaliação do Irão, onde quer que seja, após o ataque contra o consulado iraniano em Damasco, do qual os israelitas de dissociaram.

O ataque destruiu o consulado iraniano em Damasco e causou 16 mortos, incluindo sete membros do Corpo da Guarda Revolucionária, o Exército ideológico da República Islâmica, segundo uma ONG.

Entre os mortos, estavam o chefe da Força Quds na Síria e no Líbano, general Mohamed Reza Zahedi, o seu adjunto, general Mohamed Hadi Haj Rahimi, e mais cinco oficiais da Guarda Revolucionária iraniana.

Desde então, as autoridades iranianas advertiram que reservavam o direito de responder e o líder supremo, o 'ayatollah' Ali Khamenei, disse que Israel se iria arrepender.

O ataque em Damasco foi o pior golpe para o Irão desde 2020, quando um bombardeamento norte-americano no Iraque matou o general Qasem Soleimani, que comandava a Força Quds da Guarda Revolucionária.


Leia Também: França recomenda que cidadãos evitem Irão, Líbano, Israel e Palestina  

Migrações: UE autoriza revisão das autorizações de trabalho e residência

© Getty Images

Por Lusa   12/04/24

O Conselho da União Europeia (UE) autorizou hoje a revisão de uma diretiva que concede autorização de trabalho e residência e cidadãos de países de fora do bloco comunitário.

Em comunicado, o Conselho anunciou que com a adoção desta diretiva preenche as lacunas que persistiam sobre migrações legais para a UE.

"A diretiva estabelece o procedimento administrativo para a concessão de uma autorização única tanto para o direito de trabalhar como para o direito de permanecer na UE e determina um conjunto comum de direitos para os trabalhadores de países terceiros", sustentou Bruxelas, acrescentando que o processo vai ser simplificado.

Deste modo, o mesmo pedido feito por um cidadão de um país de fora da UE vai servir como autorização de trabalho e de residência, e os prazos vão passar a ser de três meses, assim que um Estado-membro recebe o pedido.

"Se os Estados-Membros optarem por analisar a situação do mercado de trabalho antes de decidirem se concedem ou não a autorização única --- por exemplo, para avaliar a necessidade de um perfil de trabalhador de um país terceiro --- tal deverá ser feito durante este período de 90 dias", acrescentou o Conselho.

Com a alteração os cidadãos a quem seja concedida a autorização poderão mudar de empregador, algo que não era possível até hoje, mas os Estados-membros podem exigir um período mínimo durante o qual o titular da autorização tem de trabalhar para o primeiro empregador.

Se ficarem desempregados, os cidadãos mantém a autorização única durante três meses.

Os Estados-membros têm agora dois anos para transpor a diretiva para as legislações nacionais.


Papa Francisco visita Timor-Leste em 9, 10 e 11 de setembro

© Getty Images

Por Lusa  12/04/24

O Papa Francisco vai visitar Timor-Leste nos dias 9, 10 e 11 de setembro deste ano, no âmbito de um périplo ao sudeste asiático, anunciou hoje o Vaticano.

A visita do Papa Francisco ocorre no âmbito de um périplo que vai fazer à região e incluiu também a Indonésia, que visita entre 3 e 6 de setembro, a Papua Nova Guiné, de 6 a 9, e Singapura, de 11 a 13 de setembro.

O Governo timorense já disponibilizou 10,9 milhões de euros para organizar as atividades de preparação da visita do Papa e uma missão do Vaticano deve visitar o país em junho.

O anúncio foi feito em simultâneo em Díli, através de uma mensagem do cardeal Virgílio do Carmo da Silva, da Arquidiocese de Díli, lida aos jornalistas pelo padre Carlos Ruben.

"A visita do Papa será um evento histórico para o povo timorense, que desejava ardentemente a presença do Santo Padre Francisco nesta terra bendita, onde os povos simples vivem com a originalidade a sua fé em Cristo Jesus", referiu o cardeal, na mensagem

Virgílio do Carmo Silva salientou que a visita do Papa Francisco estava planeada para 2020, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.

"E hoje, agradecemos com imensa alegria a confirmação da sua vinda a Timor-Leste. Em sinal da nossa gratidão e do nosso amor para o Santo Padre, a equipa de preparação da igreja está a trabalhar incansavelmente, em conjunto com a Nunciatura Apostólica, para o bom êxito da realização da visita", salientou, na mensagem lida aos jornalistas.

O cardeal apelou também a todos os timorenses para "colaborarem e trabalharem juntos" na preparação da visita.


Leia Também: O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, pediu hoje aos timorenses para colaborarem para que a visita do Papa Francisco consagre o país como a "terra da fraternidade humana".  

Líder do Hamas diz que continuará negociações apesar da morte dos filhos

© Fatemeh Bahrami/Anadolu via Getty Images

Por Lusa 12/04/24 

O chefe do gabinete político do grupo islamita Hamas garantiu hoje que a morte dos seus filhos e netos num ataque israelita há dois dias não mudará a sua posição e nem afetará as negociações com Israel.

"Os meios de comunicação sociais da ocupação afirmaram que matar (os meus) filhos e netos seria uma forma de pressionar o Hamas a mudar a sua posição nas negociações, mas isso não vai acontecer", disse Ismail Haniyeh ao canal libanês Al-Mayadeen, próximo do Hezbollah.

"Confirmamos o nosso compromisso com a necessidade de declarar um cessar-fogo claro e permanente em Gaza", acrescentou.

Haniyeh declarou que o acordo entre as partes deveria ainda garantir a "retirada completa" das tropas isrelitas e "o regresso dos deslocados (internos) em Gaza sem restrições ou barreiras", assim como o envio de mais ajuda humanitária e o início da reconstrução da Faixa, para depois se chegar a um acordo sobre os reféns e os prisioneiros.

"Se as nossas condições não forem cumpridas, o Hamas não chegará a qualquer acordo", disse Haniyeh, repetindo as exigências que o grupo islamita tem feito a Israel, com a mediação realizada há meses por Qatar, Egito e Estados Unidos.

Além disso, Haniye também pediu a "toda a nação (árabe e islâmica)" que se envolva mais contra "o genocídio em curso", numa referência à guerra na Faixa Gaza onde, em pouco mais de seis meses, cerca de 33.500 pessoas morreram segundo dados do grupo islamita palestiniano.

Além disso, o líder político do Hamas disse que essa guerra causou um "isolamento sem precedentes" na esfera internacional em relação a Israel, apesar de ser o "queridinho do Ocidente", reiterando que os israelitas não conseguiram "nem conseguirão" eliminar o Hamas ou recuperar os reféns se "um acordo decente" não for alcançado.

Leia Também: Hamas alerta que localização de reféns em Gaza exige "tempo e segurança" 

"Pela primeira vez o líder iraniano assumiu que irá haver uma retaliação"

A comentadora da CNN Portugal Sónia Sénica entende que um ataque perpetrado pelo Irão em solo israelita "é um dos cenários possíveis", tendo em conta as ameaças daquele país na sequência do bombardeamento que atingiu a embaixada iraniana na Síria. 

"Eu creio que pela primeira vez o líder iraniano assumiu que irá haver uma retaliação e a questão é perceber que tipo de retaliação ocorrerá", diz. 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Presidente da República Media Encontro entre Sindicatos e Governo para Evitar Greves

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, reuniu hoje os sindicatos e o governo, com foco nas greves anunciadas nos setores da educação e da saúde, visando a convergência de posições e a prevenção de futuras greves. Após a mediação do chefe de Estado, foi alcançado um acordo que suspende as greves anunciadas pela Frente Social.

Por Presidência da República da Guiné-Bissau / Radio Voz Do Povo

É por isto que está a sangrar do nariz. Conheça as principais razões... Pode ser algo comum, mas nunca é um processo que goste de passar. Deste idas à casa de banho ou usar papéis, são várias as formas de o estancar. Veja os principais motivos para tal acontecer.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   11/04/24 

Por vezes, pode acontecer sangrar do nariz sem um motivo aparente. Ainda assim, são várias as razões que podem fazer com que tal aconteça. Uma ida à casa de banho ou colocar lenços acabam por ser algumas das soluções.

O 'website' USA Toda falou com vários especialistas para saber o que pode causar o sangramento do nariz.

"Os sangramentos nasais acontecem por causa de muitos pequenos vasos sanguíneos dentro das cavidades nasais que podem rebentar quando são irritados ou quanto estão secos", revela a médica Neha Pathak.

Lesões que resultam de socos, pancadas ou cotoveladas estão entre as causas mais comuns. Também quando assoa o nariz com muita força pode levar a esta consequência.

"Coçar o nariz é um dos motivos mais comuns de sangramento nasal em crianças", revela o médico Steven Maher. Também um clima seco pode fazer com que as pessoas acabem por ter este problema.

"Os pulmões preferem um ar quente e hidratado", explica Todd Hamilton. "Algumas pessoas também podem ter hemorragias nasais com mais frequência devido a alergias ou porque os seus vasos sanguíneos são simplesmente mais frágeis."


Força Aérea de Kyiv pede 25 sistemas Patriot para travar bombardeamentos

© OLEKSANDR GIMANOV/AFP via Getty Images

POR LUSA   11/04/24  

A Ucrânia precisa de 25 sistemas de mísseis Patriot para proteger as cidades do país, disse hoje o porta-voz da Força Aérea de Kyiv, após mais uma campanha de ataques russos em grande escala contra infraestruturas energéticas.

"A Ucrânia precisa de 25 sistemas de defesa aérea Patriot que possam proteger as nossas cidades de ataques inimigos", afirmou Illia Yevlash, citado pela agência Ukrinform, num 'briefing' com a imprensa, dando conta da necessidade de outros recursos, como sistemas portáteis que possam ser usados por grupos militares móveis.

Segundo o porta-voz, na última noite as forças russas usaram "quase todo o tipo de mísseis disponíveis", incluindo os poderosos mísseis hipersónicos Kh-47 Kinzhal, além de 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), que são muitas vezes disparados para "distrair" as defesas antiaéreas, antes do recurso a armamento mais potente.

"Infelizmente, ainda não somos capazes de repelir totalmente estes ataques inimigos, porque para isso precisamos de sistemas que já provaram a sua eficácia muitas vezes e já os utilizámos", referiu Illia Yevlash, insistindo nos sistemas Patriot: "Precisamos deles hoje para lutar contra estes ataques combinados".

O porta-voz da Força Aérea disse que é necessário desenvolver todo o sistema de defesa aérea de alto escalão, que inclua equipamentos de curto, médio e longo alcance com o apoio de caças.

A Rússia levou a cabo desde o passado mês de março uma campanha agressiva de bombardeamentos contra o sistema energético ucraniano, afetando gravemente a capacidade de geração elétrica do país, ao mesmo tempo que tem visado sobretudo cidades e localidades no nordeste, incluindo Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana.

Nos seus múltiplos ataques, a Rússia deu mais um passo hoje de manhã no seu objetivo de colapsar o sistema elétrico ucraniano ao destruir uma infraestrutura energética chave na até recentemente inexpugnável região de Kyiv.

Segundo confirmou a empresa responsável pela infraestrutura, Centrenergo, os mísseis russos destruíram "completamente" a capacidade de geração de eletricidade da central térmica de Trypillia, a cerca de 45 quilómetros a sul da capital ucraniana.

Esta infraestrutura da Centrenergo - que perdeu toda a sua capacidade de produção com a recente destruição de outra das suas centrais térmicas na região nordeste de Kharkiv - era o principal fornecedor de eletricidade nas regiões centrais de Kyiv, Jitomir e Cherkasy.

Na última noite, nenhum dos seis mísseis Kinzhal lançados pela Rússia foi abatido pelas defesas da Ucrânia, segundo o relatório diário da Força Aérea de Kyiv, que também relata o uso de 20 mísseis de cruzeiro Kh-101 e Kh-555, 12 mísseis antiaéreos S-300, quatro mísseis teleguiados Kh-59 e 40 'drones kamikaze' iranianos Shahed.

Do total de 42 mísseis, as defesas aéreas ucranianas conseguiram intercetar 18, bem como 39 dos 40 'drones' lançados pela Rússia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou hoje a pedir aos aliados o envio urgente de sistemas de defesa aérea adicionais para poder proteger as infraestruturas críticas do país, ao mesmo tempo que as forças terrestres continuam a enfrentar falta de munições para conter as investidas russas no leste da Ucrânia.

Na quarta-feira, o alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, falaram sobre os esforços de Bruxelas para o envio de mísseis Patriot para Kyiv, com vista a reforçar os seus sistemas de defesa aérea devido à falta de ajuda norte-americana.

Numa entrevista hoje divulgada pelo jornal Washington Post, o chefe da diplomacia ucraniana afirmou que Kyiv identificou mais de 100 sistemas de defesa aérea Patriot disponíveis em posse dos aliados, pedindo a transferência de pelo menos sete, um número bastante abaixo do que hoje foi apontado pelo porta-voz da Força Aérea.

"Sinto vontade de bater na parede. Só não entendo por que isso não está a acontecer", declarou.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).



Leia Também: O exército israelita reivindicou hoje ter morto o "principal financiador" do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), no âmbito da ofensiva contra a Faixa de Gaza, onde mais de 33.500 pessoas foram mortas desde outubro.  

Vitorino Indeque "Estamos acompanhar a situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau com grande tristeza"


Por: Júlio Honório Bedam   Rádio Capital Fm   11.04.2024 

Conferência de Imprensa da Frente Social.


Fonte: Rádio Capital Fm  11 .04.2024

MILITARES REAGEM SOBRE RECENTE COMUNICADO DO PAIGC

Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau reagiu sobre as recentes declarações do PAIGC, que acusou a classe castrense de imparcialidade sobre atual.

Confere o comunicado:👇

Conferência de imprensa de Estado Maior General das Forças Armadas @ Radio TV Bantaba ☝
 Fonte: Notabanca,  / @ Radio TV Bantaba   11.04.2024  

OBSTIPAÇÃO: Comer uma laranja (com casca e tudo) é remédio contra prisão de ventre?... O truque foi partilhado nas redes sociais, mas será que é mesmo benéfico? Uma dietista explica tudo.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto   11/04/24 

Bethany Ugarte-Cameron é uma influencer de saúde. No final do ano passado, partilhou um vídeo com um truque para pôr fim à obstipação. Consistia em comer uma laranja inteira, com casca e tudo, com canela e pimenta caiena. Será que resulta?

A dietista Lauren Manaker assina um artigo no 'website' EatingWell para tentar perceber melhor esta tendência, se vale a pena segui-la ou não. No vídeo, Bethany Ugarte-Cameron lavou a laranja com água morna, cortou-a em fatias, polvilhou com canela e pimenta caiena e comeu com a casca.

Revelou que em apenas cinco ou 10 minutos conseguia resolver o problema da prisão de ventre. "Os ingredientes individuais oferecem vários benefícios à saúde. A polpa e a casca contêm fibras, por exemplo", conta Lauren Manaker.

"As cascas de laranja geralmente contêm resíduos de pesticidas, mas comer uma laranja inteira de vez em quando provavelmente não fará mal", continua.

“Se deseja melhorar a obstipação, em vez de tentar um truque de bem-estar não comprovado, procure o conselho de um profissional médico, como um nutricionista registrado”, conclui.


Leia Também: É isto que um médico faz para emagrecer e aumentar a longevidade  

 

Leia Também: Mudanças simples que ajudam qualquer um a emagrecer (sem fazer dietas) 

 Leia Também: Estudo revela que o envelhecimento acelerado está associado ao risco de cancro em adultos jovens   

Todos intervenientes na fileira de caju podem comprar directamente a castanha junto ao produtor e, também as licenças são para todo o país. A decisão do Governo foi tomada em Conselho de Ministros e, anunciada em Comunicado_ 11.04.2024.

Fonte: Radio Voz Do Povo

EUA: Trump visita restaurante de fast food e oferece batidos a clientes... Elogios, sorrisos e gargalhadas. Assim foi a visita de Trump a Atlanta.

© Twitter

Notícias ao Minuto   11/04/24 

Esta quarta-feira, Donald Trump foi recebido efusivamente num restaurante em Atlanta, no estado norte-americano da Georgia, depois de decidir oferecer batidos aos 30 clientes que estavam no interior do espaço.


"É só pessoas com bom aspeto aqui. Wow", exclamou o antigo presidente dos Estados Unidos, que está novamente na corrida para o mesmo cargo.

"Quero 30 milkshakes [batidos] e também algum frango, pode ser? Vamos cuidar destes clientes", afirmou, após dirigir-se ao balcão do famoso restaurante de fast food.

A seguir, o multimilionário norte-americano passou pelo restaurante cumprimentando e elogiando os que ali se encontravam e faziam questão de o cumprimentar, bem como tirar fotografias.

As imagens proliferaram nas redes sociais com muitos a afirmar que esta terá sido uma forma de Trump angariar mais votos.


Japonês será o primeiro não americano a pousar na Lua

© Shutterstock

POR LUSA    11/04/24 

Um astronauta japonês será o primeiro não americano a pousar na Lua, como parte de uma missão do programa norte-americano Artemis, revelaram esta quarta-feira os líderes dos dois países.

"Dois astronautas japoneses participarão em futuras missões americanas, e um deles será o primeiro não americano a pousar na Lua", frisou o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante uma conferência de imprensa conjunta em Washington com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

O líder japonês, em visita oficial, saudou o "tremendo sucesso no campo espacial", anunciando que o Japão vai fornecer em troca um veículo lunar ultrassofisticado.

O programa norte-americano Artemis visa estabelecer uma presença humana duradoura na Lua, e deve enviar para o satélite terrestre a primeira mulher e a primeira pessoa negra.

Entre 1969 e 1972, o programa Apollo levou à Lua 12 homens norte-americanos, todos brancos. Estas são as únicas 12 pessoas que pisaram solo lunar.

"A América não caminhará mais sozinha na Lua", celebrou o chefe da NASA, Bill Nelson, num vídeo publicado nas redes sociais.

"A diplomacia é boa para as descobertas. E as descobertas são boas para a diplomacia", acrescentou.

A primeira missão Artemis para devolver astronautas à superfície lunar, a Artemis 3, está planeada para 2026.

A China planeja enviar humanos à Lua até 2030.

Tóquio e Washington já cooperam estreitamente no domínio espacial, nomeadamente no âmbito das operações da Estação Espacial Internacional.

Os dois países afirmaram que planeiam "aprofundar a sua cooperação na formação de astronautas" para atingir o seu novo objetivo, de acordo com um comunicado conjunto dos dois líderes.

O veículo espacial que o Japão fornecerá será pressurizado, ao contrário dos veículos lunares encomendados pela NASA a empresas privadas norte-americanas.

Num Rover pressurizado, os astronautas não precisarão de utilizar fatos e poderão percorrer distâncias maiores.

"É um habitat móvel, um laboratório, uma casa e um explorador lunar", apontou Bill Nelson.

Dois astronautas deverão poder viver no veículo durante até 30 dias seguidos, explicou NASA, salientando que pretende poder utilizá-lo na missão Artemis 7.

A Agência Espacial Europeia (ESA) também terá assentos reservados nas missões Artemis em troca de contribuições tecnológicas significativas.

O programa Artemis foi inaugurado em 2022 com o Artemis 1, que voou com sucesso uma nave vazia ao redor da Lua.

A Artemis 2 está prevista para 2025 e deverá enviar quatro astronautas numa viagem ao redor da Lua, sem pousar. Na missão estará três norte-americanos e um canadiano, já em treino.

A Artemis 3 deverá então ser a primeira missão tripulada a pousar na superfície lunar desde 1972. A composição de sua tripulação ainda não é conhecida.

Em janeiro, o Japão já se tinha tornado o quinto país a pousar com sucesso na Lua, ao pousar um robô.



Leia Também: Biden anuncia cooperação espacial para levar astronauta japonês à Lua 

Leia Também: Missão chinesa leva três cargas de projetos internacionais à Lua  

TIMOR-LESTE: PR timorense admite "falhanço" da liderança política no combate à pobreza

© Lusa

POR LUSA   11/04/24 

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, admitiu em entrevista à Lusa o "falhanço" da liderança política do país no combate à pobreza e à má nutrição, salientando que não se soube definir a "verdadeira prioridade".

"Num país, como o nosso, em que há recursos financeiros, passados 22 anos não há explicação plausível para que exista extrema pobreza, má nutrição e subnutrição. A explicação é que não decidimos em políticas corretas e em definir prioridades", afirmou José Ramos-Horta.

Segundo o Presidente timorense, "não pode haver desafio maior do que a extrema pobreza, subnutrição. Portanto, houve falhanço na liderança política timorense, não há desculpa possível".

"Temos dinheiro que vem do petróleo e do gás, portanto, não decidimos no que deve ser, o que é a verdadeira prioridade e isso está ligado à educação, está ligado à saúde. Portanto, falhámos", considerou.

José Ramos-Horta disse também que se tivesse sido primeiro-ministro quando o país começou a receber o dinheiro do Fundo Petrolífero teria priorizado a agricultura, segurança alimentar, água potável, educação e saúde.

De acordo com o Presidente timorense, outro setor que tem sido um obstáculo para o desenvolvimento é o da Função Pública, considerando que a atual é um "sorvedouro das riquezas do país", um "obstáculo ao desenvolvimento" e uma "retardadora de muitas iniciativas".

"Nós partidarizamos tudo. É a cultura dos países subdesenvolvidos. Tudo é partidarizado. O atual chefe do Governo, Xanana Gusmão, tenta evitar a partidarização, mas ele próprio não escapa aos 'lobbies' do seu partido, dos seus apoiantes", disse.

Questionado pela Lusa sobre a necessidade de capital humano para desenvolver o país, o chefe de Estado considerou que, apesar da precariedade, ao longo dos últimos anos, foram formados centenas de timorenses "com licenciaturas, mestrados e doutoramentos".

"O problema é que depois o Governo não sabe aproveitar", disse.

Dados do Programa Alimentar Mundial indicam que cerca de 360.000 pessoas em Timor-Leste, com 1,3 milhões de habitantes, enfrentam níveis críticos de insegurança alimentar.

O Banco Mundial recomendou recentemente a Timor-Leste que aumente o investimento para reduzir a fome, a subnutrição e o atraso no crescimento infantil para melhorar o capital humano do país e consequente desenvolvimento económico.



Leia Também: Governo timorense proíbe cães, gatos e macacos soltos em locais públicos 

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência, Patrice Motsepe, o Presidente da Confederação Africana de Futebol, CAF, que se encontra no país para uma visita de trabalho.

Nesta  primeira visita de um líder máximo do organismo que supervisiona o futebol no continente africano , Motsepe aproveitou a oportunidade para informar o chefe de Estado sobre os objetivos da sua visita ao país, tendo destacado entre outros a reabilitação do Estádio 24 de Setembro, de forma a proporcionar um local adequado para a prática do futebol e eventos esportivos de grande porte.

Presidência da República da Guiné-Bissau  / Radio Voz Do Povo