terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Moscovo planeou "absorver" Bielorússia até 2030, revela investigação

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POR LUSA   21/02/23 

A Rússia elaborou uma estratégia em 2021 para "absorver" a Bielorrússia até 2030, assumindo o controlo da política, economia e potencial militar do país vizinho, segundo um documento do Kremlin ao qual o The Dossier Center teve acesso.

Segundo o The Dossier Center, do ex-oligarca e opositor no exílio Mikhail Khodorkovsky, trata-se de um documento desenvolvido pelo Kremlin em conjunto com o Serviço de Espionagem Externa, o Serviço Federal de Segurança (FSB), os serviços secretos militares (GUR) e o Estado-Maior General das Forças Armadas russas que está na posse de jornalistas da Estónia, Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, EUA, Alemanha, Suécia e Polónia.

"O Kremlin deveria adaptar a legislação bielorrussa ao russo, gerir a política externa da república no interesse da Rússia, aumentar a presença militar em território bielorrusso, alcançar a supremacia da língua russa sobre a bielorrussa e dar aos bielorrussos a cidadania russa. Todos estes objetivos foram planeados para serem alcançados em nove anos, até 2030", resume a investigação.

A Rússia já aumentou as tropas russas na Bielorrússia em 2021, sob o pretexto de exercícios militares conjuntos, um prelúdio para o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

O documento estudado pelo The Dossier Center, intitulado "Objetivos estratégicos da Federação Russa na direção da Bielorrússia", estabeleceria objetivos tais como "alinhar a legislação bielorrussa com a legislação russa e subjugar a vida sociopolítica, comercial, científica e cultural da Bielorrússia".

"Toda a estratégia da Administração Presidencial é construída em torno destas áreas. Cada um dos objetivos está dividido em tarefas de urgência variável, até 2022, 2025 e 2030", sublinha.

"Além da harmonização das relações comerciais e económicas, a Rússia planeia estabelecer o controlo no setor político-militar da Bielorrússia até 2030", afirma.

De acordo com a investigação, as tarefas dos serviços secretos russos incluem limitar a influência das forças "nacionalistas e pró-ocidentais", completar a reforma da constituição bielorrussa com base nos seus interesses, e reforçar os sentimentos pró-russos nas elites militares e políticas e entre a população através da introdução de "grupos de influência pró-russos".

Os "objetivos estratégicos" mencionam igualmente a garantia do controlo do espaço de informação da Bielorrússia até ao final desta década e a introdução de um procedimento simplificado para a emissão de passaportes russos a cidadãos bielorrussos "a fim de criar uma camada de russos interessados na integração e círculos empresariais centrados no mercado russo".

As orientações do documento tornariam também a educação "num instrumento" da Rússia na Bielorrússia, uma vez que teria como objetivo abrir pontos de exame de Estado Unificado para a entrada na universidade até 2030.

"Além disso, o Kremlin planeia abrir novos centros de ciência e cultura em Mogilev, Grodno e Vitebsk", acrescenta o The Dossier Center.

A Rússia e a Bielorrússia assinaram um tratado no final dos anos 1990 para criar uma União de Estado sobre integração política e económica, mas foi apenas em 2019 que as duas partes acordaram em 28 programas que foram assinados pelos presidentes russo e bielorrusso, Vladimir Putin e Alexander Lukashenko, em novembro de 2021.

A maioria dos programas diz respeito a questões económicas, tais como a harmonização da legislação aduaneira, fiscal, laboral e de pensões, a integração dos sistemas monetários, a criação de mercados únicos de energia e políticas comuns nos setores industrial e agrícola.

Lukashenko, confrontado com os receios de alguns bielorrussos de perderem a soberania, salientou em várias ocasiões que isto não acontecerá e que a Bielorrússia não será absorvida pela Rússia.


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Putin acusa Ocidente de "querer acabar" com a Rússia para sempre

© Reuters

POR LUSA  21/02/23 

O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou hoje o Ocidente de querer impor à Rússia uma "derrota estratégica" na Ucrânia e acabar com o país "de uma vez por todas".

"[Eles] querem acabar com ela [com a Rússia] de uma vez e para sempre", disse Putin durante o seu discurso sobre o Estado da Nação às duas câmaras do Parlamento.

O discurso, primeiro sobre o Estado da Nação feito por Putin em quase dois anos, acontece três dias antes de ser assinalado o primeiro aniversário da ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro de 2022.

O Kremlin não permitiu que meios de comunicação social de países considerados como "inimigos" obtivessem acreditação para fazer a cobertura mediática do discurso.

O dia escolhido para o discurso coincide com a data em que Vladimir Putin assinou o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região do Donbass (leste ucraniano).

Nesse mesmo dia, 21 de fevereiro de 2022, Putin ordenou a mobilização do Exército russo para "manutenção da paz" nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, um prelúdio para o início da ofensiva militar contra a Ucrânia que aconteceria poucos dias depois.


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Human Rights Watch acusa Rússia de crime de guerra na Ucrânia

© ANATOLII STEPANOV/AFP via Getty Images

POR LUSA 21/02/23 

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) acusou hoje a Rússia de ter cometido um crime de guerra no ataque à estação de comboios de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, em abril de 2022.

"Na manhã de 08 de abril, várias centenas de civis estavam à espera na estação quando um míssil balístico equipado com uma ogiva de munições de fragmentação explodiu (...), matando pelo menos 58 civis e ferindo mais de 100. Os comandantes russos responsáveis por ordenar o ataque, que utilizaram uma arma inerentemente indiscriminada num conhecido grande centro de retirada de pessoas, deviam ser investigados e responsabilizados", sustentou a ONG.

"O ataque ilegal e terrível da Rússia à estação ferroviária de Kramatorsk matou e feriu civis que tentavam desesperadamente fugir dos combates", disse um responsável da HRW ligado à investigação de crises e conflitos Richard Weir.

"Os efeitos brutais das munições de fragmentação sobre multidões de pessoas deviam constituir razão suficiente para que as forças russas deixem de utilizar estas armas proibidas", defendeu.

A HRW visitou a cidade de Kramatorsk, na região de Donetsk, entre 14 e 24 de maio, para investigar o ataque e as consequências.

Os investigadores entrevistaram 69 pessoas, incluindo sobreviventes do ataque, familiares dos mortos, socorristas, médicos, pessoal hospitalar, funcionários governamentais e investigadores do Governo ucraniano.

A HRW e a SITU Research analisaram mais de 200 vídeos e fotografias e realizaram uma análise espacial e temporal do ataque. Os investigadores também analisaram imagens de satélite e inspecionaram uma antiga posição militar russa perto da aldeia de Kunie, na região de Kharkiv, um possível local de lançamento do míssil.

Nos dias anteriores ao ataque, dezenas de milhares de pessoas de toda a zona oriental do Donbass viajaram através da estação ferroviária de Kramatorsk, no âmbito de uma retirada encorajada e facilitada pelas autoridades locais.

Na manhã do ataque, mais de 500 civis foram reunidos na estação com os pertences, à espera de comboios para os levar para um local mais seguro no oeste da Ucrânia.

"A Rússia negou ter atacado a estação de comboios de Kramatorsk e afirmou repetidamente que as suas forças já não utilizam o sistema de mísseis Tochka-U. Contudo, a Human Rights Watch encontrou provas de que as forças russas tinham veículos de lançamento Tochka e mísseis Tochka na área em redor da aldeia de Kunie - a noroeste de Kramatorsk e dentro do alcance de tiro de 120 quilómetros da estação de comboios - por volta da altura do ataque, e que as forças russas lançaram regularmente ataques, a partir de posições à volta de Kunie, durante este período", pode ler-se na descrição da investigação da HRW.

"As munições de fragmentação são proibidas pelo direito internacional devido ao efeito indiscriminado generalizado e ao perigo a longo prazo para os civis", sublinhou ainda a ONG.


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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Imagens mostram momento em que novo sismo fez tremer a Turquia

© Reuters

Notícias ao Minuto  20/02/23 

Terramoto foi sentido também noutros países. Nas redes sociais circularam já várias imagens do momento em que o abalo foi sentido.

Um novo sismo de magnitude 6,4 na escala de Richter, abalou, esta segunda-feira, a Turquia, especificamente a província turca de Hatay, uma das mais afetadas pelos sismos de 6 de fevereiro, que mataram pelo menos 44 mil pessoas na Turquia e Síria.

Nas redes sociais já começaram a circular inúmeros vídeos, que mostram a intensidade do abalo e o pânico daqueles que o sentiram. 

Sublinhe-se que o sismo atingiu a cidade de Defne pelas 20h04 (17h04 em Lisboa) e foi fortemente sentido nas cidades de Antakya e Adana, a cerca de 200 quilómetros. Além disso, foi relatada uma segunda réplica, de magnitude 5,8, com epicentro em Samanda.

Dados sobre danos ou vítimas permanecem incertos. 

Dados do observatório Kandilli, em Istambul, indicam que o tremor também foi sentido em países vizinhos, como Síria, Jordânia, Israel e Egito.

Pelo menos um prédio já meio desmoronado desabou completamente e destroços de outras infraestruturas afetaram veículos estacionados, relatou a estação turca NTV. 

O vice-presidente turco disse que pelo menos oito pessoas ficaram feridas, segundo a BBC. 

Já do outro lado da fronteira, a Defesa Civil da Síria - organização voluntária - indicou, através do Twitter, que há pessoas feridas devido à queda de pedras ou edifícios, mas o número não é ainda conhecido. 

Ahmet Ovgun Ercan, prestigiado geofísico da Universidade Técnica de Istambul, assegurou à estação HalkTV que este terremoto, que estimou de 17 segundos de duração, é um fenómeno normal e antecipou que alguns edifícios já danificados terão desabado.

Desde o terremoto de 6 de fevereiro, praticamente nenhum dos edifícios de Antaquia está habitável, mas há equipas de trabalho de remoção de entulho que podem ter ficado retidas devido a desabamentos.

"Foi terrível, janelas partidas caíram sobre nós. Todos deixaram as lojas em pânico. Com a escuridão ainda não dá para ver o que aconteceu", realçou Ugur Sahin, repórter do jornal BirGün, à Efe por telefone.

Recorde-se que mais de 44 mil pessoas morreram na Turquia e na Síria na sequência de fortes abalos sísmicos no dia 6: ao terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter - com epicentro em território turco -- seguiram-se várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.


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Cobranças ilícitas: POLÍCIA DE TRÂNSITO LEGITIMA CORRUPÇÃO NAS ESTRADAS DA GUINÉ-BISSAU

JORNAL ODEMOCRATA  20/02/2023 

A prática da emissão de um documento em folha de papel A5 com timbre de provisório “Todos os Documentos” pela Polícia de Trânsito é reveladora de quanto a corrupção e atos ilícitos foram legalizados pelas autoridades policiais, que têm a missão de velar pelo cumprimento das leis.

“Todos os documentos” é uma prática ilegal que os agentes das polícias de trânsito legalizaram nas estradas da Guiné-Bissau para autorizar a circulação de transportes públicos e privados, apenas com um pedaço de papel timbrado, que substitui todos os documentos necessários para a circulação e até o despacho de carros.

“É toda uma ilegalidade escancarada, é a maior corrupção legalizada pelos polícias de trânsito cuja missão é fiscalizar e exigir o cumprimento da lei nas vias públicas”, explicou o responsável do Gabinete Jurídico e do Contencioso do Serviço de Viação e Transportes Terrestres, António Marinho Coia, acrescentando que “do ponto de vista legal, os agentes de Polícias de Trânsito não têm nenhuma competência para emitir quaisquer documentos, incluindo “Todos os Documentos”.

VIAÇÃO QUESTIONA A RAZÃO PELA QUAL A POLÍCIA DE TRÂNSITO EMITE PROVISÓRIAS QUE SUBSTITUEM DOCUMENTOS LEGAIS

Em declarações  à reportagem da Rede de Jornalistas sobre Mercados e Economia Ilícita da Guiné-Bissau (REJOMEI-GB), António Marinho Coia disse que a emissão do comprovativo do despacho compete às alfândegas, o substituto do livrete ou licença e a carta de condução são emitidos exclusivamente pelos Serviços de Viação e Transportes Terrestres”, questionando a razão e o motivo pelos quais a Polícia de Trânsito emite em folhas A5 os substitutos de todos os documentos para substituir documentos legais, usurpando a competência das autoridades responsáveis pela emissão desta documentação.

O jurista, em tom de revolta e de preocupação, afirmou que “estas práticas de corrupção só beneficiam um grupo de indivíduos e lesam de tal maneira o Estado, em termos de arrecadação de receitas, porque poderiam contribuir para o melhoramento das infraestruturas rodoviárias nacionais”.

Por seu lado, o presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas e Ciclomotoristas da Administração Pública, Privada e Afins (SIMAPA), José Lopes, acusou o governo de encorajar atos de corrupção nas estradas, considerando a ausência da justiça como uma das razões que levou a Polícia de Trânsito a ter coragem de estabelecer nas estradas, há muito tempo, a prática de emissão do provisório “Todos Documentos”.

“A prática não começou agora. Há muito tempo que era bem sabido que os agentes da Polícia de Trânsito  recebiam dinheiro diariamente dos motoristas dos transportes públicos e privados nas estradas”, afirmou José Lopes, apontando a ausência da justiça como uma das razões para a implementação da prática nas estradas nacionais, para substituir os documentos legais emitidos por diferentes departamentos do Estado.  

Para acabar com o fenómeno de “Todos Documentos” nas estradas da Guiné-Bissau, José Lopes apelou aos proprietários das viaturas a pautarem-se pela obtenção de documentos legais para a circulação das suas viaturas nas vias públicas.

FEDERAÇÃO DE MOTORISTAS APELA A CONDUTORES À DENUNCIAREM AS COBRANÇAS ILÍCITAS NAS ESTRADAS

O Secretário-Geral da Federação Nacional dos Motoristas e Transportadores da Guiné-Bissau, Caram Samba Lamine Cassama, aconselhou os motoristas e a população em geral, a denunciarem todas as cobranças ilícitas nas vias públicas, afirmando que “doravante todos os pagamentos de coimas devem ser feitos no tesouro público, de acordo com a orientação do Ministério das Finanças”. 

O sindicalista reconheceu que será difícil acabar com o pagamento de coimas nas vias públicas, mas garante que a sua organização está determinada a trabalhar no sentido de diminuir o fenómeno “Todos Documentos” nas estradas.

Por sua vez, o presidente do Coletivo de Condutores e Proprietários de Transportes Rodoviários, que representa os “Moto-Táxis”, Biró Seide, denunciou que existem. Contudo, lamentou a burocracia que se regista na obtenção de documentos legais pelos seus associados para o exercício das suas atividades.

Em reação à essa denúncia, o jurista do Gabinete Jurídico e Contencioso do Serviço de Viação e Transportes Terrestres, António Coia, criticou a negligência dos proprietários de Moto-Taxis em legalizarem-se para poder exercer melhor as suas atividades, observando as normas que regulamentam o serviço de Moto-Taxis.

Desde 2022 vigora  uma lei que regulamenta a atividade de Moto-Taxi, a qual estabelece que os Moto-Taxis apenas têm o direito de circular nas zonas semi-urbanas, bairros periféricos ou subúrbios de Bissau.

As organizações sindicais de defesa dos motoristas da Guiné-Bissau acusaram as autoridades governamentais de não respeitarem o memorando de entendimento assinado em 2018, que previa a redução de postos de controlo e a criação de guichet único para o pagamento de multas aplicadas aos transportes públicos e privados nas estradas.

Por: Mamudo Dansó

Vice-Coordenador da REJOMEI

Email. rivadanso@gmail.com


Em visita de estado a Jordânia, o Chefe de Estado General Umaro Sissoco Embaló foi condecorado com a Medalha de Ordem do Renascimento do Primeiro Grau e, aproveitou para retribuir com Medalha Amílcar Cabral ao Monarca Jordano o Rei Abdullah-II.

 Radio Voz Do Povo

Primeiro dia do Desfile Nacional do Carnaval 2023 sob lema "Coesão Nacional e Integração Regional".

Radio Voz Do Povo 

Burkina Faso. Pelo menos 51 soldados foram mortos na sexta-feira numa emboscada de supostos 'jihadistas' contra uma unidade militar no norte do Burkina Faso, anunciaram hoje as Forças Armadas do país.

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POR LUSA  20/02/23 

 Burkina Faso. Pelo menos 51 mortos em emboscada a unidade militar

Pelo menos 51 soldados foram mortos na sexta-feira numa emboscada de supostos 'jihadistas' contra uma unidade militar no norte do Burkina Faso, anunciaram hoje as Forças Armadas do país.

Inicialmente a informação era de que oito soldados tinham morrido, mas "no final do dia" de hoje, "43 novos corpos foram encontrados, estabelecendo o número provisório de 51 mortos", disse a mesma fonte através de um comunicado.

Em resposta à emboscada contra a unidade militar na província de Oudalan, na região do Sahel (norte), no dia 17 de fevereiro, as Forças Armadas já tinham dado informação hoje de uma ofensiva aérea do exército, em que "cerca de 60 terroristas foram mortos" quando tentavam "infiltrar-se na direção da fronteira norte".

O exército afirmou na declaração que, na sequência do incidente, foram enviadas unidades para o local do combate, onde foram levadas a cabo operações de varredura.

"As operações continuam e (...) todos os meios estão a ser utilizados para encontrar os soldados que ainda estão desaparecidos", disse, sem especificar o número de pessoas desaparecidas.

O balanço dos 51 soldados mortos ainda é provisório, adianta o Estado-Maior do Exército que, "ao mesmo tempo que expressa o seu pesar" pelas mortes em combate, "convida todas as forças armadas nacionais a manter a mobilização que permitiu alcançar vitórias importantes nas últimas semanas".

O Burkina Faso tem sofrido ataques terroristas frequentes desde abril de 2015, perpetrados por grupos ligados tanto à Al-Qaida como ao Estado Islâmico, especialmente no norte do país.

O país sofreu dois golpes de Estado em 2022: Um em 24 de janeiro, liderado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, e outro em 30 de setembro, pelo capitão Ibrahim Traoré.

A tomada do poder pelos militares aconteceu, em ambas as ocasiões, na sequência do descontentamento entre a população e o exército por causa dos ataques terroristas, que forçaram a deslocação de cerca de 1,9 milhões de pessoas, de acordo com números do Governo.


Cientistas identificam bactérias que protegem contra agentes que causam doença

SIC Notícias   20/02/23

O estudo revela que cinco variantes de diferentes bactérias da microbiota intestinal esgotam os nutrientes necessários para o crescimento de agentes que podem causar doença e que são resistentes a antibióticos.

Cientistas da Fundação para a Promoção da Saúde e Investigação Biomédica da Comunidade Valenciana (Fisabio), em Espanha, identificaram bactérias da microbiota intestinal que protegem contra patógenos, que podem causar doenças, resistentes a antibióticos.

O estudo, realizado pelo grupo de investigação "Microbiota, Infeção e Inflamação", revela que cinco variantes de diferentes bactérias da microbiota intestinal esgotam os nutrientes necessários para o crescimento daqueles patógenos, indica a Fisabio, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Acrescenta que os resultados da investigação podem dar origem a novas estratégias não baseadas em antibióticos para prevenir infeções causadas por organismos multirresistentes.

O trabalho, divulgado na revista científica "Nature Communications", contou com a colaboração de cientistas do Instituto de Investigação Sanitária La Fe, em Valência, do CIBER em Epidemiologia e Saúde Pública e do Centro de Investigação Médica Aplicada da Universidade de Navarra, em Espanha, assim como da Universidade de Lausanne e da Escola Politécnica Federal da mesma cidade suíça.

"Trata-se de uma descoberta relevante, pois a resistência aos antibióticos é um dos mais importantes problemas de saúde pública que a sociedade enfrenta atualmente", refere o investigador Carles Úbeda, que liderou o estudo, citado pela EFE.

Os cientistas descobriram em modelos animais que o agrupamento de estirpes bacterianas dos géneros "Alistipes", "Barnesiella", "Olsenella", "Oscillibacter" e "Flavonifractor", naturalmente presentes na microbiota intestinal, esgotam os nutrientes necessários para o crescimento de bactérias do género "Enterococcus", responsáveis por diversas infeções.

Multirresistentes aos antibióticos, estes patógenos são especialmente afetados pela perda de um tipo de açúcar chamado frutose (existente nos frutos), que se encontra habitualmente na nossa dieta.

A deficiência nutricional impede o crescimento ideal dos patógenos, protegendo assim o organismo contra infeções.

"Utilizando ratinhos, mostrámos que a administração dessas bactérias comensais (que vivem no nosso organismo) diminui a capacidade do patógeno de colonizar o intestino, etapa fundamental para o desenvolvimento da infeção e da transmissão entre pacientes", explica Úbeda.

Estes tipos de patógenos estão entre a terceira e quarta causas mais prevalentes de infeções em doentes hospitalizados e podem causar a morte por dificuldade de tratamento, devido à sua resistência à maioria dos antibióticos disponíveis atualmente.

Por esse motivo, encontram-se entre os patógenos multirresistentes de maior prioridade para os quais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), devem ser desenvolvidas novas terapias.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU EFECTUA VISITA DE ESTADO AO REINO DA JORDÂNIA

O momento alto da visita de Estado do Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Umaro Sissoco Embaló à Jordânia foi a recepção no Palácio Real de Amman onde se  realizou o encontro entre as duas delegações.

Durante esta reunião bilateral foram discutidas perspetivas de cooperação nos domínios da Defesa, Segurança e Sector Privado.

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

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No âmbito da visita de Estado que o Chefe de Estado guineense reliza à Jordânia, o Rei Abdullah II agraciou o Presidente Umaro Sissoco Embaló, com a Medalha de "Ordem  do Renascimento" do Primeiro Grau.

 O General Umaro Sissoco Embaló, por sua vez, também atribuiu a Medalha Amilcar Cabral ao monarca jordano, em sinal de retribuição.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Bissau acolhe entre dia 20 a 22 o Seminário das Barreiras Tarifárias e Não Tarifárias da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP)

 Radio Voz Do Povo

Novo sismo de magnitude 6,4 abala sul da Turquia... Terramoto atingiu província de Hatay, a mesma destruída pelo grande terramoto de há duas semanas.

© Reuters

Notícias ao Minuto   20/02/23 

A Turquia foi novamente abalada, esta segunda-feira, por um terremoto de magnitude 6,4 na escala de Richter. 

Segundo as informações divulgadas nas redes sociais, citando a Presidência Turca de Gestão de Emergências e Desastres (AFAD), o sismo ocorreu na província de Hatay, a mesma afetada há duas semanas pelo terramoto que deixou o país em ruínas. 

De acordo com o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico, o sismo desta segunda-feira ocorreu a uma profundidade de dois quilómetros. 

O abalo atingiu a cidade de Defne pelas 20h04 (17h04 em Lisboa) e  foi fortemente sentido nas cidades de Antakya e Adana, a cerca de 200 quilómetros.

Segundo o Al Jazeera, testemunhas indicaram que as equipas de resgate ainda no local devido à catástrofe que afetou o país no início do mês correram para tentar perceber se as pessoas estavam ilesas.

Não há, até ao momento, relato de vítimas, contudo, haverá registo de danos. Imagens divulgadas pela agência Reuters - e que pode ver na fotogaleria aqui - captaram o momento em que as pessoas sentiram o terramoto de hoje, em Antakya.

Recorde-se que o  terramoto de 6 de fevereiro, com epicentro em território turco, e ao qual se seguiram várias réplicas, fez pelo menos 44 mil mortos e mais de 100 mil feridos na Turquia e na Síria, números ainda provisórios e que deverão continuar a aumentar.


Jardim de infância russo com aula para ensinar crianças a manusear armas... Crianças aprenderam "a desmontar e montar uma metralhadora".

© Twitter Francis Scarr/ Jardim de infância 'Planeta da Infância'

Notícias ao Minuto   20/02/23 

Um jardim de infância na cidade russa de Uyar, perto de Krasnoyarsk, recebeu uma aula sobre manuseamento de armas. O momento foi destacado, esta segunda-feira, no Twitter, por Francis Scarr, da BBC Monitoring, um responsável por analisar a televisão estatal da Rússia, que divulgou uma publicação do Telegram do jornal russo 7x7.

"Uma aula de treino foi realizada no jardim de infância da cidade no território de Krasnoyarsk", indica o jornal, acrescentando que a aula teve lugar este mês e que profissionais ensinaram as crianças "a desmontar e montar uma metralhadora".

Além disso, outras crianças "aprenderam a atirar com espingardas em escolas e jardins de infância no Território de Perm".

Recorde-se que a invasão russa à Ucrânia, que dura há quase um ano, causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados da ONU.

A ofensiva, justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.


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Zelensky alerta Macron: Tentar dialogar com Putin é "perda de tempo"

© Getty Images

POR LUSA 20/02/23 

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, avisou esta segunda-feira o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que as aspirações de manter aberto o diálogo com o Presidente russo, Vladimir Putin, são "inúteis" e uma "perda de tempo".

"Será um diálogo inútil. A verdade é que Macron está a perder tempo. Cheguei à conclusão de que não estamos em condições de mudar o comportamento da Rússia", reconheceu o Presidente ucraniano, em declarações ao jornal italiano Corriere della Sera.

Zelensky defende que se Putin decidiu "isolar-se no sonho de reconstruir o antigo império soviético", os restantes países pouco podem fazer para o evitar.

"Quando as sanções económicas foram impostas, houve quem nos acusasse de isolar a Rússia. Mas não era a verdade. Foi a decisão de lançar a guerra que marginalizou Putin", argumentou o Presidente ucraniano.

Questionado sobre as divergências no Governo italiano -- no qual a primeira-ministra, Giorgia Meloni, apoia Kiev, mas dois dos seus principais aliados, Silvio Berlusconi e Matteo Salvini, não escondem a simpatia por Putin -- Zelensky mostrou-se confiante na prevalência da atual linha da diplomacia de Roma.

"É fundamental não perdermos o apoio de Itália e de nenhum outro país (...). Acreditamos que manter o apoio italiano é fundamental para garantir o de outros países e isso vale também para a unidade da Europa, onde a Itália tem um papel de destaque nos campos económico, social e político", explicou o líder ucraniano.

No entanto, Zelensky reconheceu que em futuras conversas com Meloni abordará esse assunto e ironizou que Kiev talvez também deva enviar presentes a Berlusconi, referindo-se a alguns áudios do ex-primeiro-ministro italiano em que este reconheceu ter recebido até 20 garrafas de vodca de Putin.

Zelensky comentou ainda uma recente sondagem na qual apenas 50% dos italianos consideram Putin o agressor no conflito na Ucrânia, dizendo que isso não significa que metade da população italiana seja pró-russa.

"Acho que existe uma parte importante da população que está indiferente, que teme a guerra, teme o custo da energia, teme a inflação. Enfim, gente normal que não quer problemas. O meu esforço é explicar por que nos defendemos", concluiu o Presidente ucraniano.

No domingo, vários 'media' italianos avançaram que Giorgia Meloni desloca-se esta semana a Kiev e que terá um encontro com Zelensky.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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Ministro da Cultura Juventude e Desportos Augusto Gomes assina hoje acordo com o Ministro da Cultura e Patrimonio Histórico de Senegal Aliu Só

 Radio Voz Do Povo 

CCIAS e Ministério da Administração Publica em parceria com as Câmaras “Fundacion INCYDE” de Espanha_Madrid promovem formação de formadores em empreendorismo na Guiné-Bissau.

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Presidente dos EUA já saiu de Kyiv após visita inesperada

© Nic Antaya/Bloomberg via Getty Images

POR LUSA  20/02/23 

A Casa Branca confirmou que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já saiu de Kyiv, após uma visita inesperada de mais de cinco horas à capital ucraniana, onde hoje prometeu que "o mundo está ao lado" da Ucrânia.

"O presidente Biden deixou Kyiv", disse uma fonte da Casa Branca (Presidência), em declarações aos jornalistas, depois de o presidente norte-americano ter passado mais de cinco horas na capital ucraniana, onde se encontrou com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, prestou homenagem aos soldados mortos no confronto com a Rússia e esteve reunido com funcionários da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA).

Tal como não tinham sido dados pormenores sobre o trajeto do presidente norte-americano na entrada em Kyiv, a Casa Branca também não forneceu quaisquer dados sobre a forma como Biden abandonou a capital ucraniana, regressando à Polónia, onde hoje inicia uma visita.

Em Kyiv, Biden lembrou que há um ano as forças russas tentaram tomar a capital ucraniana numa operação relâmpago, tentando destruir os seus pontos vitais, mas falhando o seu objetivo.

"Um ano depois, Kyiv está de pé. A Ucrânia está de pé. A democracia está de pé. Os americanos estão ao vosso lado. O mundo está ao vosso lado", disse Biden.

As autoridades ucranianas retribuíram a homenagem do líder dos EUA, atribuindo a Biden uma placa comemorativa no Passeio do Valor, em Kyiv, que foi hoje inaugurado pelo chefe de Estado norte-americano e pelo presidente ucraniano.

Neste espaço de nomes homenageados, o nome de Biden junta-se ao de outros dirigentes estrangeiros que se têm distinguido pelo apoio à Ucrânia face à invasão russa, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki.

Em dezembro passado, Biden recebeu em Washington o presidente Volodymyr Zelensky, naquela que foi a primeira deslocação do líder ucraniano ao estrangeiro desde o início da guerra, em fevereiro do ano passado.

Biden tinha anunciado que ia visitar esta semana a Polónia, país que faz fronteira com o território ucraniano, para analisar a evolução da guerra na Ucrânia.

Na Polónia, Biden vai encontrar-se com o homólogo polaco, Andrzej Duda, "para falar sobre a cooperação bilateral e esforços coletivos para apoiar a Ucrânia e fortalecer as capacidades de dissuasão da NATO", adiantou a Casa Branca quando anunciou a deslocação.

A visita, agendada até quarta-feira, também se destina a assegurar a continuação do envio de milhares de milhões de dólares em ajuda económica e militar à Ucrânia, num momento em que se prevê que a Rússia esteja a planear uma nova ofensiva.

Biden também irá estar com representantes do grupo Bucareste 9, que reúne países do leste europeu que são membros da Aliança Atlântica (Polónia, Roménia, Bulgária, República Checa, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia e Eslováquia).

Para terça-feira está previsto um discurso de Biden em Varsóvia no qual repetirá que os Estados Unidos apoiarão a Ucrânia "o tempo que for necessário", referiu a Casa Branca.


"Objetivo da Rússia era eliminar a Ucrânia do mapa", diz Biden

© Getty Images

Notícias ao Minuto   20/02/23

O presidente norte-americano, Joe Biden, visitou Kyiv, na Ucrânia, na semana que se celebra o marco de um ano da invasão russa ao país.

O presidente norte-americano, Joe Biden, elaborou, em declarações aos jornalistas junto a Volodymyr Zelensky, esta segunda-feira, na Ucrânia, no início da semana em que se celebra o marco de um ano da guerra, que o mundo estava a "preparar-se para a queda de Kyiv", mas errou porque "todos se uniram para ajudar a Ucrânia a defender-se".

Durante a visita à capital ucraniana, Biden apontou ainda que "um ano depois [do início da guerra], Kyiv continua de pé, a Ucrânia continua independente e a democracia prevalece".

Na ótica de Biden, "o objetivo da Rússia era eliminar a Ucrânia do mapa mas isso está a falhar. A Rússia tem perdido território". "A economia da Rússia está isolada e a sofrer as consequências", reforçou.

"Putin achava que a Ucrânia era fraca e o Ocidente estava dividido". "Pensou que poderia sobreviver a nós [EUA], mas não acho que ele esteja a pensar nisso agora", esclareceu ainda.

Biden tem "toda a confiança" de que a Ucrânia prevalecerá contra a Rússia na "maior guerra terrestre da Europa em três quartos de século".

A visita do presidente norte-americano à Ucrânia, a primeira desde a invasão, foi um momento altamente simbólico destinado a demonstrar o apoio americano duradouro ao país e o seu povo.

No discurso, em declarações aos jornalistas, Biden lembrou que falou com Zelensky falaram enquanto ouvia as sirenes de ataque aéreo.

Há um ano, quando a guerra na Ucrânia começou, os presidentes falaram por chamada telefónica quando "o mundo estava prestes a mudar". Nessa altura, recorda que lhe pediu para reunir os líderes do mundo. 

Kyiv "capturou uma parte do meu coração", rematou.

A visita de Biden a Kyiv foi uma 'surpresa' já que a Casa Branca tinha revelado, a semana passada, que Biden não tinha intenção de cruzar a fronteira com a Ucrânia, após ter anunciado que iria visitar a Polónia hoje e amanhã.

Durante a visita, o presidente norte-americano anunciou um pacote de apoio militar à Ucrânia e garantiu ao país o apoio inabalável dos Estados Unidos diante da invasão russa.

A visita de Biden à Polónia, de acordo com a mesma fonte, servirá para assinalar um ano de guerra na Ucrânia e "reafirmar o apoio inabalável dos Estados Unidos à segurança da aliança.


Todo o território ucraniano em alerta vermelho para ataque aéreo com mísseis hipersónicos

As sirenes voltaram a soar por toda a Ucrânia durante a manhã desta segunda-feira, depois de terem descolado na Bielorrússia um caça e um bombardeiro.

Cnnportugal.iol.pt


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