Aproveito para agradecer à todo o pessoal da NAS BISSAU pela colaboração. A Guine Bissau e que ganha. Obrigado minha esposa Saciana Sami Cassama e aos meus filhos Ibrahim Aliu Soares Cassama e Micaela Soares Cassama respectivamente.
Por Aliu Soares Cassamasexta-feira, 30 de dezembro de 2022
GUERRA NA UCRÂNIA: Explosões em Kyiv. Alarme de ataque aéreo soa (mais um dia) na Ucrânia
© Oleksii Chumachenko/Anadolu Agency via Getty Images
Notícias ao Minuto 30/12/22
O autarca da capital ucraniana pediu aos residentes da cidade que se dirigissem a abrigos e permanecessem em locais seguros até ao término do alarme de ataque aéreo.
Na madrugada desta sexta-feira, as sirenes de ataque aéreo soaram (novamente) em Kyiv, depois de, na quinta-feira, já terem soado em várias regiões ucranianas.
Os moradores da capital foram instados a ir para abrigos antiaéreos esta madrugada, enquanto as sirenes de ataque aéreo soavam pela cidade, reporta a Reuters.
Pelas 02h00 (hora local), foi emitido um alerta sobre as sirenes de ataque aéreo, que indicam a possibilidade de ataque russo, pedindo aos residentes da cidade que se dirigissem aos abrigos e ficassem em locais seguros até ao término do sinal.
"Ataque noturno de drones kamikaze. A Rússia mais uma vez atingiu as nossas instalações de infraestrutura. As forças de defesa aérea foram repelidas por drones. Os serviços de emergência estão a trabalhar no local do acidente", afirmou o autarca da região, Olekskiy Kuleba, numa publicação na rede social do Telegram.
Recorde-se que a manhã de quinta-feira também ficou marcada por ataques em várias regiões da Ucrânia, incluindo a capital, Zhytomyr e Odesa.
Em Kyiv, a administração regional disse que os sistemas de defesa aérea tinham sido ativados para impedir o ataque com mísseis em curso, mas na capital era possível ouvir várias explosões.
Segundo a Força Aérea ucraniana, foram lançados mais de 120 "mísseis de cruzeiro aéreos e marítimos lançados de aeronaves e navios estratégicos" e há ainda a registar ataques de drone durante a noite em várias regiões ucranianas.
Este é o mais recente ataque russo contra infraestruturas vitais em toda a Ucrânia. Moscovo tem lançado ataques deste tipo semanalmente desde outubro.
TikTok banido de telemóveis oficiais do governo dos EUA
© Shutterstock
Notícias ao Minuto 30/12/22
Alguns estados, como a Georgia e o Texas, já começaram a agir mesmo antes de o presidente Joe Biden ter assinado o mais recente pacote de medidas.
O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou um pacote de gastos que, entre as medidas incluídas, prevê que o TikTok seja banido de todos os dispositivos móveis de oficiais do governo no país.
Como nota o site Engadget, os utilizadores norte-americanos poderão continuar a fazer download e a desfrutar da app de vídeos de curta duração, com a medida a dizer respeito apenas aos telemóveis de membros do governo federal do país.
A administração Biden tem agora até fevereiro de 2023 para implementar esta medida e manter os telemóveis governamentais livres da aplicação.
Serve recordar que alguns estados - como a Georgia, South Dakota, Maryland, Texas, entre outros - já começaram a banir a app, pelo que será uma questão de outros estados seguirem este exemplo.
NATO. "É do interesse de todos garantir que Putin não ganha"... O secretário-geral da NATO instou os países aliados a "fazer mais" pela Ucrânia, considerando que o "apoio militar é o caminho mais rápido" para o fim da guerra.
© Sean Gallup/Getty Images
Notícias ao Minuto 30/12/22
O secretário-geral da aliança transatlântica NATO, Jens Stoltenberg, defendeu, esta sexta-feira, que o “apoio militar à Ucrânia é o caminho mais rápido para a paz” e frisou que “é do interesse de todos garantir que a Ucrânia prevalece e Putin não ganha” a guerra.
“Apelo aos aliados para que façam mais. É do interesse de todos, em termos de segurança, garantir que a Ucrânia prevalece e [o presidente russo Vladimir] Putin não ganha”, disse o responsável, em entrevista à agência de notícias alemã DPA, aqui citado pela Reuters.
Stoltenberg reconheceu que “pode parecer paradoxal, mas o apoio militar à Ucrânia é o caminho mais rápido para a paz” e instou os aliados a enviar munições para os sistemas já existentes na Ucrânia.
“Sabemos que a maioria das guerras termina à mesa das negociações - provavelmente esta guerra também - mas sabemos que o que a Ucrânia poderá conseguir nestas negociações depende inextricavelmente da situação militar”, ressalvou.
Já questionado sobre se a Rússia estaria a abrandar o ritmo da guerra para se preparar para uma ofensiva na primavera, Stoltenberg alertou para um possível guerra a longo prazo e garantiu que “não há qualquer indicação de que o presidente Putin tenha alterado o seu objetivo geral para esta guerra - controlar a Ucrânia”.
“Isto ainda não acabou. As guerras são imprevisíveis, mas temos de nos preparar a longo prazo e também para novas ofensivas russas. Não devemos subestimar a Rússia”, reiterou, acrescentando ainda que “o fim da guerra poderá não significa um regresso total à normalidade”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Saiba o que deve fazer para dormir melhor nos dias mais frios... Recentemente, um especialista partilhou algumas dicas que vão ser essenciais nos próximos meses.
© Shutterstock
Para quem já tem dificuldades a dormir, o inverno traz ainda mais obstáculos, mas é possível contrariar o frio que se faz sentir. Como? Foi exatamente isso que o jornal britânico Metro perguntou a um especialista em sono. Eis a resposta.
Por exemplo, tomar um banho ou um duche quente, antes de ir para a cama, vai ajudar. É uma forma de aumentar a temperatura corporal, diz Martin Seeley, especialista em sono, acrescentando que este efeito costuma durar cerca de uma hora - tempo suficiente para relaxar e adormecer.
Dormir com um pijama fino não é uma boa ideia. O ideal é vestir peças quentes e apostar em camadas, sem esquecer meias, para não acordar durante a noite com frio. Se quiser estar mais confortável, o melhor é comprar um pijama térmico ou polar, recomenda o especialista.
Fazer exercício, algumas horas antes de ir dormir, ajuda porque é uma forma rápida e eficiente de aumentar a temperatura corporal. Além disso, vai ficar mais cansado, o que é útil nesta altura do dia.
Se estiver a tentar evitar contas de energia altas, garanta que o quarto e a casa, no geral, estão bem isolados. Também é importante fechar bem todas as portas e janelas. Experimente colocar algum tipo de tecido grosso nas aberturas para garantir que o ar frio não entra.
"A melhor forma de garantir uma noite confortável e tranquila durante o inverno é investir num edredom mais grosso - isso ajudará a mantê-lo quente e isolado", aconselha.
No entanto, se não o conseguir fazer, recolha todos os cobertores que tem em casa e coloque-os na cama, vão fazer o mesmo efeito.
Comer refeições completas é essencial nesta altura do ano. Quando não se come o suficiente sente-se frio porque os níveis de açúcar baixos tornam as pessoas mais sensíveis a temperaturas, acrescenta.
O ideal é incorporar na dieta diferentes pratos quentes como estufados, sopas e refeições com alto teor de carboidratos.
Leia Também: Quer dormir melhor? Coma estes snacks antes de ir para a cama
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
OVV: Assaltos e raptos de comerciantes aumentam na Venezuela
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POR LUSA 29/12/22
Os crimes de roubo de viaturas, extorsão, assaltos e raptos de comerciantes estão a aumentar na Venezuela, apesar de nos últimos anos terem registado uma redução significativa.
O alerta foi dado hoje pelo Observatório Venezuelano de Violência (OVV), que atribui a situação à dolarização local da economia que permitiu fazer transações em moeda estrangeira, sem que os comerciantes tenham onde depositar o dinheiro recebido.
"No ano 2022 pode-se observar um aumento geral das atividades de extorsão contra os fatores económicos ou indivíduos que tiveram acesso a dólares ou outras moedas estrangeiras", alertou o presidente do OVV durante a apresentação do relatório "Violência na Venezuela -- 2022".
Sem revelar dados, Roberto Briceño León explicou que esse aumento afeta significativamente "o comércio de bens importados, cujas transações são efetuadas em moeda estrangeira" e que "estão continuamente sujeitas a ameaças verbais diretas, com áudios e vídeos, inclusive de agressões, como a explosão de granadas em instalações comerciais".
"Nos primeiros nove meses deste ano, já tinha sido ultrapassado o número total de assaltos e roubos de veículos reportados em 2021", frisou.
Segundo Briceño León, "a situação de empobrecimento, a destruição ou paralisação generalizada da atividade económica" levaram à redução da atividade criminosa, mas "a dolarização do comércio e do trabalho, as atividades de extração mineira, o branqueamento de capitais, (o tráfico de) drogas, bem como as remessas familiares" explicam "o ressurgimento de crimes e violência que tinham sido significativamente reduzidos".
"O facto que impulsionou o roubo predatório e os homicídios ou lesões associadas, tem sido a posse contínua de 'efetivo' (dinheiro em cash) por indivíduos e comércios, uma vez que recebem os pagamentos em dólares e não têm qualquer possibilidade prática de fazer operações bancárias, de depositar o dinheiro resultante das transações, e devem mantê-lo na sua posse", explicou.
O presidente do OVV insistiu que "o produto das vendas das empresas ou salários" torna-se uma oportunidade para criminosos isolados ou pequenos, enquanto "o crime organizado se concentrou na extorsão".
Por outro lado, estão também a aumentar os assaltos a autocarros, porque há mais dólares nas algibeiras dos trabalhadores que conseguiram dolarizar os seus rendimentos.
"Embora se saiba que o crime de rapto raramente é denunciado, os números oficiais dos casos denunciados nos três primeiros trimestres de 2022 também excederam o número total de raptos registados em 2021", disse.
Segundo Briceño León "os raptos tinham diminuído devido à perda de valor da moeda nacional, a falta de notas (de bolívares) e às restrições à mobilização" impostas pela quarentena da covid-19, mas aumentaram com "a possibilidade de cobrar regate em moeda estrangeira", atraindo novos criminosos à procura de lucros grandes e rápidos para se armarem e consolidarem.
"Assiste-se também a um aumento dos assaltos e extorsão de produtores rurais e transportadores de produtos alimentares (...) que são ameaçados por gangs ou guerrilhas, e pela própria polícia local ou oficiais militares, que umas vezes os protegem e outras lhes extorquem dinheiro", frisou.
O presidente do OVV denunciou que a atuação de funcionários, contrária à lei, impondo sanções, multas e obrigando a entrega de dinheiro e bens para completar ou agilizar trâmites, continua a criar uma situação de desamparo na população e maior desconfiança nas autoridades.
"Em muitas partes do país, a 'alcabala' (ponto de controlo da polícia) é frequentemente visto pela população como o local emblemático da arbitrariedade e abuso policial", frisou.
Por outro lado, explicou que nas regiões fronteiriças há migrantes que ficaram "à mercê de grupos armados irregulares" que "os obrigam a participar em atividades criminosas como o tráfico de droga, prostituição ou incorporação forçada em grupos de guerrilha ou paramilitares".
Roberto Briceño León denunciou ainda que alguns indivíduos têm viajado a outros países para aprenderem novas táticas de atuação criminosa e que algumas organizações criminosas se têm aproveitado dos migrantes.
Leia Também: Quase onze mil pessoas morreram na Venezuela por causas violentas em 2022
Líder do Grupo Wagner eleito 'Pessoa do Ano'. Categoria? Corrupção... O 'Cozinheiro de Putin' foi eleito pelo 'Organised Crime and Corruption Reporting Project', e sucedeu ao presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
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Notícias ao Minuto 29/12/22
Um consórcio de jornalistas de investigação elegeu, esta quinta-feira, o líder do Grupo Wagner como 'A Pessoa do Ano' no crime organizado e corrupção.
"Desde o início da invasão da Rússia na Ucrânia, algumas das batalhas mais ferozes do Kremlin foram combatidas por um exército privado sem leis, e as fileiras repletas de criminosos condenados", começaram por escrever os responsáveis do 'Organised Crime and Corruption Reporting Project' (OCCRP, na sigla em inglês).
Um dos responsáveis pela organização justificou a escolha devido ao "esforço incansável" que Yevgeny Prigozhin tem feito para "alargar o alcance violento e corrupto da Rússia, por roubar para Vladimir Putin e castigar aqueles que resistem".
“Prigozhin é um soldado da corrupção", considerou Drew Sullivan, acrescentando: "Ele combate e mata para criar a corrupção. O Grupo Wagner não é mais do que um grupo de crime organizado aprovado pelo governo russo".
A organização lembrou que o percurso de Prigozhin não se destacou pelo seu passado na prisão - pelo crime de roubo -, nem pelos contratos de milhões com o Estado no seu negócio com restaurantes, nos anos 90 - que acabaram por lhe 'dar' o nome de 'Cozinheiro de Putin'.
De acordo com o que contaram na página, foi apenas depois de 2010 que os seus esquemas ganharam uma dimensão geopolítica - quando abriu uma agência com o objetivo de espalhar propaganda e desinformação, tendo mesmo, sem sucesso, tentado interferir na política dos Estados Unidos.
"Prigozhin já não era um homem que tinha construído a sua riqueza a partir do regime de Putin. Tinha-se tornado um dos seus instrumentos", afirmaram, referindo-se ao Grupo Wagner, composto por mercenários russos que têm atuado também na Ucrânia, mas não só.
A milícia privada tem estado mais presente no continente africano, protegendo os interesses russos em palcos importantes como a República Centro Africana, o Mali e em Cabo Delgado (Moçambique).
Os mercenários são, maioritariamente, compostos por combatentes da guerra no Donbass, que arrancou em 2014.
O 'vencedor' anterior deste prémio foi o aliado de Vladimir Putin, o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Foi entregue a notificação à todos os moradores residentes no troço Aeroporto-Safim que foi publicado o Edital sobre as demolição dos objetos
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O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas manteve ao princípio da tarde de hoje uma reunião com a Associação de Retalhistas tendo como objectivo escutar as preocupações que o sector enfrenta bem como o relacionado com a ocupação dos cacifos no Mercado Central de Bissau.
Presidente de Associação das mulheres, das atividades Económicas (AMAE), Antónia Adama Djaló, considera de positivo o balanço das atividades do ano 2022, e perspectiva para o ano 2023, de realizações de várias conquistas.
GUERRA NA UCRÂNIA: Ataques provocam mais "danos significativos" na rede elétrica
© Reuters
POR LUSA 29/12/22
Os ataques russos com mísseis na Ucrânia causaram hoje "danos significativos" na rede elétrica nacional, já em grande parte danificada na sequência de múltiplos ataques desde outubro, anunciou a empresa que opera o sistema energético ucraniano.
"Infelizmente, devido a danos extensos na rede, é-nos difícil fornecer eletricidade às regiões de Kharkiv, Kiev, Odessa, Mykolaiv, Kherson e Lviv", disse um responsável da Ukrenergo, empresa nacional responsável pelo sistema de abastecimento de energia.
Ainda assim, afirmou, "o inimigo não alcançou o seu objetivo: o sistema funciona" e "parte dele já foi restaurado".
Mais de 120 mísseis russos foram disparados na manhã de hoje pelas forças russas contra várias cidades do país, incluindo Kiev, de acordo com as forças armadas e a presidência ucraniana, ataques que provocaram pelo menos três feridos.
"O inimigo está a atacar a Ucrânia em várias frentes, com mísseis de cruzeiro disparados de aviões e navios", anunciou a Força Aérea ucraniana nas redes sociais.
"Mais de 120 mísseis foram lançados para destruir a infraestrutura civil essencial e matar civis em massa", declarou o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak na rede social Twitter, sem dar um número de possíveis baixas.
O ataque generalizado foi o mais recente de uma série de ataques russos contra infraestruturas vitais em toda a Ucrânia. Moscovo lança estes ataques semanalmente desde outubro, causando 'blackouts' de energia generalizados e cortes no abastecimento de água.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
O futebol sofreu uma das piores derrotas. Morreu o 'rei' Pelé... O antigo futebolista, uma das maiores lendas do desporto-rei, encontrava-se internado desde o passado dia 29 de novembro. Tinha 82 anos.
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Notícias ao Minuto 29/12/22
Edson Arantes do Nascimento, conhecido como Pelé, morreu, esta quinta-feira, aos 82 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A informação foi confirmada pelo seu agente Joe Fraga à Associated Press.
O antigo futebolista, e uma das maiores lendas do desporto-rei, encontrava-se internado desde o passado dia 29 de novembro, com vários problemas renais e cardíacos. Recorde-se que Pelé padecia de cancro do colón e nos últimos dias a doença tinha progredido de forma severa.
Pelé será eternamente recordado pelo homem golo, uma 'fera' nas áreas rivais, capaz de aniquilar qualquer baliza num golpe de 'killer'. Por 756 ocasiões, o astro brasileiro gritou golo e por 818 vezes subiu a um relvado.
Figura incontornável do Santos, onde esteve entre 1956 e 1974, por lá rubricou 642 remates certeiros em 663 encontros. Já na seleção canarinha, onde o antigo brasileiro conquistou três Mundiais (1958, 1962 e 1970), contabilizou 77 tentos em 91 partidas.
Pelé não se resume apenas a números, representa uma bandeira, uma modalidade, uma inspiração para muitos jovens e um nome que nunca será só mais um, porque o ícone brasileiro validou o seu passaporte para o reino dos imortais.
[Notícia em atualização]
Leia Também: Filha de Pelé mostra-se com o pai no hospital. "Seguimos aqui, na luta"
GUERRA NA UCRÂNIA: Associação em Portugal quer que embaixada russa seja centro de refugiados
© Global Imagens
POR LUSA 29/12/22
Os ucranianos que vivem em Portugal vão lançar hoje uma petição para pedir ao Governo português que transforme a embaixada da Rússia num espaço de acolhimento de refugiados e pressione o uso de bens russos para pagar a guerra.
"Criámos uma petição para o Governo português para que transforme a embaixada da Rússia num centro de acolhimento de refugiados ucranianos", afirmou à Lusa o representante da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha.
A comunidade, que realiza hoje às 19:30 uma manifestação à porta da embaixada russa em Lisboa, vai questionar o Governo português sobre a embaixada russa em Portugal, já que a Rússia "herdou" o espaço que era da União Soviética, mas sem nunca ter divulgado "as condições dessa transferência do espaço", referiu Pavlo Sadokha.
A "herança" de representações da antiga União Soviética (URSS) pela Rússia está, aliás, a origem de um apelo do Governo de Kiev que os ucranianos em Portugal vão apoiar.
"Entendemos que o lugar da Rússia no Conselho de Segurança da ONU nunca foi juridicamente confirmado depois da queda da União Soviética, que foi quem esteve na fundação das Nações Unidas", explicou o representante da associação.
"Apesar disso, a Rússia tem direito de veto" no Conselho de Segurança, afirmou, indignando-se contra aquilo que considera ser um abuso.
Por isso, os ucranianos em Portugal vão "fazer um apelo ao secretário-geral da ONU, António Guterres, em nome da comunidade, para que ele apoie a expulsão da Rússia da ONU e realize, em fevereiro de 2023, uma 'cimeira da paz'", adiantou Pavlo Sadokha.
O responsável, que representa cerca de 56 mil ucranianos em Portugal, referiu ainda que a petição a entregar ao Governo "também vai pedir que a Rússia comece a pagar a guerra" através do confisco de bens russos no estrangeiro e o seu uso para a reconstrução do território e infraestruturas da Ucrânia.
Além disso, avançou Pavlo Sadokha, a comunidade em Portugal vai aproveitar para reforçar a angariação de fundos para comprar geradores de eletricidade para a Ucrânia.
"Temos já cerca de 10 geradores que vamos levar, no próximo ano, para a Ucrânia, mas são precisos muito mais", disse, lembrando que a Rússia continua a atacar o sistema de fornecimento de energia no país.
"Na minha cidade, em Lviv, 90% do sistema energético está danificado", afirmou, sublinhando considerar que a ação russa constitui "um genocídio", já que "sobreviver na Ucrânia sem aquecimento no inverno é impossível".
A ofensiva militar russa na Ucrânia foi lançada em 24 de fevereiro pela "necessidade de 'desnazificar' e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia", como justificou o Presidente russo, Vladimir Putin.
A guerra, que já dura há mais de 10 meses, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
De acordo com a ONU, a invasão e consequente guerra já causaram a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, dos quais mais de metade para outros países europeus, sendo que há quase 18 milhões de ucranianos a precisar de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de apoio para comer e ter alojamento.
Leia Também: Assim ficou Kyiv depois dos últimos ataques russos
Presidente guineense doa 31 vacas a militares pelas festas do fim de ano
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POR LUSA 29/12/22
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, doou hoje 31 vacas aos militares da Guiné-Bissau e da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) no âmbito das festas do final do ano, anunciou o porta-voz do exército, Samuel Fernandes.
No ato da entrega formal dos animais no Estado-Maior General das Forças Armadas, em Bissau, o general Fernandes afirmou que o Presidente guineense doou as vacas para todas as unidades militares, paramilitares e ainda para o contingente da CEDEAO estacionado no país.
Desde o passado mês de maio que a CEDEAO tem estacionada na Guiné-Bissau a Missão de Estabilização e Segurança na Guiné-Bissau (MSSGB), composta por cerca de 700 militares, oriundos do Burkina Faso, Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Senegal.
Ao receber os animais, o general Saliu Baldé, chefe da divisão da logística das Forças Armadas guineenses, saudou o gesto do Presidente Sissoco Embaló, que atualmente preside à CEDEAO.
"Este gesto parece pequeno, mas é de grande importância, num contexto em que os militares estão de prevenção para garantir a estabilidade e tranquilidade no país", afirmou o general Baldé, aludindo ao facto de todos os militares e policiais permanecerem nas respetivas unidades neste período.
António Correia, adjunto comandante da força da MSSGB, também enalteceu o gesto do Presidente da Guiné-Bissau e considerou que deve ser vista na perspetiva da hospitalidade africana.
"É um grande gesto que dá moral para a tropa, mas também sabemos que é da nossa tradição africana dividir o pão com os irmãos visitantes", observou António Correia.
Nos últimos dias, as Forças Armadas guineenses, coadjuvadas por elementos da CEDEAO, reforçaram o patrulhamento nas ruas de Bissau sobretudo durante o período noturno.
Mais de 300 mil portugueses vivem com chuva dentro de casa
Cada vez mais portugueses vivem em casas onde chove lá dentro. O relatório europeu do Eurostat de 2022 revela que Portugal é o segundo país da União Europeia com mais infiltrações. Pior do que Portugal, só o Chipre.
Patrícia Lima Leitão cnnportugal.iol.pt
Energia - Ministro reconhece insuficiência de 15 furos profundos da água para o abastecimento na cidade de Bissau
Bissau, 29 Dez 22 (ANG) - O ministro da Energia e Indústria, Augusto Poquena disse haver 15 furos profundos da água para o abastecimento regular na cidade de Bissau, mas que não são suficientes para cobrir toda a capital.
A informação vem expressa no relatório de balanço de actividades levadas a cabo pelo Ministério da Energia e Indústria, entre Junho e Dezembro de 2022, enviado hoje à ANG.
Segundo o relatório, durante esse período foram realizadas reparações de avarias dos cabos elétricos e de postos de transformação da energia, feitos acompanhamentos dos projetos geridos por unidades de gestão externa, para além da reorganização da direção de eletricidade e preparativos de assinatura do protocolo de serviços de transporte da energia do Organismo de Integração à Vocação Subregional (OMVG) para subestação de Saltinho.
O documento refere que, através da Direção Geral de Indústria,foi assinado um protocolo de acordo conjunto entre o Ministério da Energia e Industria e o das Finanças sobre a qualidade de alimento a entrar no país.
Indica que outras ações levadas a cabo durante 2022 prestes a terminar, prendem-se com a participação do Diretor Geral da Indústria na Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) sobre a promoção dos produtos industriais, em companhia da Associação das Mulheres de Atividade Económica(AMAE-GB), e realização da reunião com os panificadores no sentido de se melhorar a qualidade de produção de pão.
O relatório elenca as diligências realizadas junto da Organização das Nações Unidas Para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) para a obtenção de financiamentos para atualização da legistação industrial e a política de industrialização que está a ser analisada pela UNIDO.
Em relação a Direção Geral de Propriedade Industrial, o relatório refere que foram realizadas um Workshop de formação e capacitação sobre a noção de Propriedade Intelectual (PI) e a importância da proteção de patentes e modelos de utilidade, para estudantes, universidades, centros de pesquisa em Prabis/Biombo.
A Exposição sobre Panu di Penti da Guiné-Bissau (Patrimonio Cultural Tradicional Nacional) em colaboração com Associação Ñacionalde de Tecelões seguido do Workshop sobre a sua importância na área do artesanato, na sede da OAPI em Bissau, foi outra actividade realizada.
Em relação a Fundação Guineense para o Desenvolvimento Empresarial FUNDEI foram realizadas a formação de formadores na transformação de produtos locais, a formação de formadores especializados em nutriçao e transformação de produtos agrícolas, assim como a formação de especialistas em caju.
Teve lugar hoje, quinta-feira, o último Conselho de Ministros de 2022 em sessão ordinária e, foi presidido pelo Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló. O Comunicado Final na voz de Fernando Vaz, Porta-voz do Governo.
O Presidente do Parlamento Cipriano Cassamá recebe um grupo de partidos políticos sem representação na Assembleia dissolvida, para abordar sobre a situação política do país em particular, sobre a Comissão Nacional das Eleições.
INFORMAÇÃO : São informados a todos os moradores residentes no troço Aeroporto-Safim que foi publicado o Edital sobre a demolição dos objectos visados na berma da referida estrada através de notificação emitida a contar no prazo de 15 dias, hoje dia 29 de Dezembro de 2022
BURKINA FASO: Denunciada tentativa de "desestabilização das instituições do Estado"
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POR LUSA 29/12/22
O Ministério Público militar do Burkina Faso denunciou uma tentativa de "desestabilização das instituições do Estado", envolvendo um oficial superior preso por delitos semelhantes, recentemente libertado e depois novamente detido.
O Ministério Público militar afirmou, numa declaração emitida quarta-feira à noite, que "os primeiros elementos" de uma investigação aberta após a denúncia, "revelam que os militares em conluio com civis estavam a preparar uma desestabilização das instituições do Estado.
Um chefe-adjunto, Charles Neboa, e um sargento, Adama Traoré, são citados como fazendo parte do grupo, de acordo com o denunciante citado pelo procurador militar.
Este grupo "estaria em contacto com a unidade 'Mamba Verde' do tenente-coronel Emmanuel Zoungrana e planeou lançar ataques simultâneos à estação de rádio e televisão do Burkina Faso (RTB), à prisão militar e ao centro correcional (Maca), onde este oficial superior foi detido por atos semelhantes, bem como à residência do chefe de Estado, o capitão Ibrahim Traoré", de acordo com o procurador militar.
O tenente-coronel Zoungrana foi preso pela primeira vez a 14 de janeiro por "tentativa de desestabilização das instituições do Estado", "desvio de bens públicos, falsificação e utilização de falsificações, enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro".
Na altura, o Burkina Faso era liderado por Roch Marc Christian Kaboré, presidente eleito em 2015 e reeleito em 2020.
Foi derrubado por um primeiro golpe a 24 de janeiro, que levou ao poder uma junta militar liderada pelo tenente-coronel Damiba, que, por sua vez, foi derrubado pelo capitão Ibrahim Traoré, a 30 de setembro.
Emmanuel Zoungrana tinha sido libertado provisoriamente a 15 de dezembro, antes de ser novamente preso a 27 de dezembro na sua casa em Pabré, cerca de 20 quilómetros a norte de Ouagadougou, "não sem resistência", de acordo com o procurador militar.
Num vídeo amplamente divulgado no Facebook, afirmou ter sido vítima de duas tentativas de envenenamento durante a sua prisão e monitorizado por drones, desde a sua libertação provisória.
O antigo chefe do 12º Regimento de Comando de Infantaria, baseado em Ouahigouya, capital da região norte, o tenente-coronel Zoungrana, 41 anos, passou o testemunho a 21 de dezembro de 2021, antes de regressar a Ouagadougou, onde aguardava uma nova missão.
Um antigo comandante das forças do setor ocidental, empenhado na luta contra o terrorismo neste país mergulhado regularmente no luto por ataques jihadistas, tinha sido condecorado pelos seus feitos de armas, em particular por ter retomado as localidades sitiadas.
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UCRÂNIA: Bielorrússia diz que míssil antiaéreo ucraniano caiu no seu território
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POR LUSA 29/12/22
Um míssil antiaéreo supostamente ucraniano caiu hoje na Bielorrússia, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades militares bielorrussas, que apoiam a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia.
De acordo com um comunicado de imprensa divulgado pelo Ministério da Defesa da Bielorrússia, um míssil lançado por um sistema de defesa aérea S-300 "vindo de território ucraniano" caiu hoje pela manhã em território bielorrusso.
Este é o primeiro incidente deste tipo relatado por Minsk desde o início da ofensiva russa na Ucrânia há mais de 10 meses. A Bielorrússia serve como base de retaguarda para as forças russas.
"O chefe de Estado [bielorrusso, Alexander Lukashenko] foi imediatamente informado do incidente", referiu a nota, acrescentando que o Ministério da Defesa e o Comité de Investigação da Bielorrússia estão a realizar uma investigação para determinar as causas do incidente.
"Duas pistas principais" estão a ser investigadas: ou o míssil se desviou da sua trajetória, caindo por engano na Bielorrússia, ou foi abatido pela defesa antiaérea bielorrussa, referiram os militares.
A agência de notícias estatal Belta publicou fotos de fragmentos de um míssil num campo, que foram retiradas de uma conta na rede social Telegram relacionada com as autoridades bielorrussas.
As autoridades disseram não ter informações sobre feridos ou danos materiais.
Em novembro, a queda de um míssil sobre uma localidade polaca, que vitimou duas pessoas, levantou o temor de a NATO ser arrastada para o conflito na Ucrânia - causando uma grande escalada da tensão na região -, porque a Polónia é protegida por um compromisso de defesa coletiva da Aliança Atlântica.
A Ucrânia acusou a Rússia pela queda deste míssil na Polónia, mas de acordo com o Ocidente e Moscovo, este teria sido lançado por um sistema de defesa antiaérea ucraniano e que se desviou da sua trajetória.
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As mulheres vendedeiras do Mercado Central “Feira de Praça” recebem visita da Ministra da Mulher e Família em jeito de solidariedade e, dar orientações as bideiras no sentido de seguir o caminho em defesa dos seus direitos.
ACOBES em conferência de imprensa sobre os 30 anos da Organização.
ONU suspende temporariamente vários programas de ajuda no Afeganistão
© Getty Images
POR LUSA 29/12/22
A ONU anunciou hoje a suspensão temporária de vários programas de ajuda no Afeganistão devido à falta de pessoal feminino, depois de os talibãs terem proibido as mulheres de trabalhar em organizações não-governamentais (ONG).
"Alguns programas críticos já tiveram de ser temporariamente suspensos devido à falta de pessoal feminino", de acordo com um comunicado dos chefes das principais agências humanitárias da ONU e outras ONG presentes no Afeganistão.
A participação das mulheres é essencial em "todos os aspetos da resposta humanitária no Afeganistão", uma vez que podem aceder a "populações que os homólogos masculinos não podem alcançar", pelo que a participação em programas de ajuda "não é negociável e deve continuar", acrescentou a mesma nota.
Neste sentido, os responsáveis por programas humanitários no Afeganistão lamentaram que a proibição dos Talibãs "tenha consequências imediatas" num país, onde mais de 28 milhões de pessoas necessitam de assistência para sobreviver.
Desde que os talibãs proibiram as mulheres de trabalhar em ONG e agências internacionais como a ONU, no sábado passado, várias ONG como Save the Children, CARE e Conselho Norueguês para os Refugiados, entre outras, suspenderam os programas no Afeganistão.
A proibição do governo fundamentalista afegão veio dias depois de terem excluído as mulheres da universidade, alargando um veto ao ensino secundário feminino, imposto quando os talibãs chegaram ao poder, em agosto do ano passado.
Desde então, as mulheres viram os seus direitos restringidos no Afeganistão com restrições como a segregação de género em locais públicos, a imposição do véu e a obrigação de serem acompanhadas por um parente masculino em viagens longas.
GUERRA NA UCRÂNIA: Várias regiões da Ucrânia sob ataque de mísseis russos
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POR LUSA 29/12/22
Várias regiões da Ucrânia, incluindo a capital, estavam hoje sob ataque de mísseis russos, noticiou a agência Associated Press (AP).
Em Kyiv, a administração regional disse que os sistemas de defesa aérea tinham sido ativados para impedir o ataque com mísseis em curso, mas na capital era possível ouvir várias explosões.
As autoridades ucranianas de várias regiões disseram que alguns mísseis russos foram desativados.
Este é o mais recente ataque russo contra infraestruturas vitais em toda a Ucrânia. Moscovo tem lançado ataques deste tipo semanalmente desde outubro.
Nas regiões de Dnipro (centro-leste) e Odessa (sul), entre outras, as autoridades disseram que desligaram o fornecimento de eletricidade para minimizar os danos nas instalações de infraestruturas críticas, se atacadas.
Putin oferece anéis a aliados e é comparado a 'Senhor dos Anéis'
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POR LUSA 29/12/22
A oferta de oito anéis aos ex-líderes da URSS aliados de Moscovo, pelo Presidente da Rússia, resultou em várias interpretações, desde as intenções de Vladimir Putin, às referências à obra "Senhor dos Anéis".
Àmargem de uma cimeira em São Petersburgo da Comunidade de Estados Independentes (CEI), o Kremlin presenteou esta terça-feira os seus aliados com nove anéis de ouro com a inscrição "Feliz Ano Novo 2023" e o emblema da CEI.
Foi dado um anel aos oito chefes de Estado estrangeiros presentes (Bielorrússia, Arménia, Azerbaijão, Tadjiquistão, Quirguistão, Turcomenistão, Uzbequistão e Cazaquistão), bem como a Vladimir Putin.
Desde logo os analistas e comentadores começaram a traçar um paralelo com a obra de J.R.R. Tolkien "O Senhor dos Anéis", onde o mestre do mal, Sauron, oferece nove anéis a governantes humanos que então se tornam seus servos, os "Nazgûls".
A única diferença, no livro, é que Sauron cria secretamente um anel adicional, o anel do poder, que permite controlar todos os outros.
Os críticos do Kremlin, especialmente na Ucrânia, comparam Vladimir Putin a Gollum, uma figura corrompida pelo anel do poder, e o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a Frodo, que decide tornar este anel como um fardo, para destruí-lo.
Desde a ofensiva do Kremlin na Ucrânia, o governo ucraniano compara regularmente a Rússia a "Mordor", o reino de Sauron, e os soldados russos a "Orcs", os soldados de Sauron.
A cientista política russa, Ekaterina Schulmann, acredita que estes nove anéis são uma "piada" visivelmente "consciente" do Kremlin.
Schulmann explicou, através da rede social Telegram, que o emblema da CEI contido nos referidos anéis é uma reminiscência do "Olho de Sauron", retratado na adaptação para o cinema da obra de Tolkien.
Já na rádio russa Kommersant FM, o jornalista Dmitri Drize apontou que a ideia de uma "comunidade do anel", entre os nove líderes "não faz parte da realidade, dadas as circunstâncias atuais".
De resto, diferenças importantes dividem alguns dos chefes de Estado presentes, em particular os líderes da Arménia, Nikol Pashinian, e do Azerbaijão, Ilham Aliev, com visões opostas sobre o enclave separatista de Nagorno-Karabakh.
Dmitri Drize apontou ainda que apenas Alexander Lukashenko, o Presidente bielorrusso, um dos poucos aliados categóricos de Vladimir Putin na sua ofensiva na Ucrânia, foi visto com o pequeno anel no dedo.
Na noite de terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, procurou abreviar as interpretações.
"É apenas uma lembrança de Ano Novo, não há nada de especial nisso", sublinhou, acrescentando que Vladimir Putin não utilizará o seu anel de ouro.