terça-feira, 20 de setembro de 2022

MADEM G15: Com a ilustre presença do Coordenador Nacional do MADEM-G15, Camarada Braima Camará, ontem dia 19 deu-se por terminado o ciclo das reuniões do partido com Sector Autónomo de Bissau, culminando na eleição dos delegados que emanam das assembleias de base, secção, setores, e zona que irão fazer parte do IIº Congresso.

 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

O Camarada Sandji Fati viu a sua confiança renovada como Coordenador do SAB com 334 votos favoráveis no universo de 354 eleitores.

Pelas palavras do então coordenador, que concorre à reeleição no evento de dia 30 de setembro a 2 de outubro, as palavras são de apelo ao trabalho, coesão interna e acolhimento a todos aqueles que queiram-se juntar a este projeto politico, que tem como primeiro objetivo a realização do IIº Congresso, de seguida vencer com maioria absoluta nas legislativas de 18 de Dezembro e, por fim eleger o candidato do MADEM-G15 nas presidências.







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Por LUSA   19/09/22

O Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15) da Guiné-Bissau realiza o seu segundo congresso ordinário entre 30 de setembro e 02 de outubro com 2.515 delegados, disse hoje à Lusa o porta-voz da reunião magna, Queba Djaita.

O congresso terá lugar na localidade de Gardete, arredores de Bissau.

Segundo o porta-voz do congresso, Braima Camará, atual coordenador nacional do Madem G-15, "é, até ao momento, único candidato" à liderança do partido que nas últimas eleições legislativas, em 2019, ficou em segundo lugar na votação.

"O lema do congresso é consolidar o partido, promover a unidade nacional e desenvolver a Guiné-Bissau", observou Djaita, que acredita na vitória do Madem G-15 nas próximas eleições legislativas antecipadas, marcadas para 18 de dezembro.

O porta-voz do congresso afirmou que a "vitória eleitoral é possível" com base no "percurso histórico" do partido fundado em 2018, por dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

"O partido participou pela primeira vez em eleições legislativas e ficou em segundo lugar, depois concorreu às eleições presidenciais, com o seu candidato, Umaro Sissoco Embaló, atual Presidente da República", sublinhou Queba Djaita.

Nas eleições legislativas de 2019, o Madem G-15 alcançou 27 dos 102 deputados que compõem a Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento guineense) e atualmente faz parte de uma coligação que governa a Guiné-Bissau.

Queba Djaita defendeu que nas próximas eleições de dezembro, que o partido espera venham a ter lugar na data marcada pelo chefe de Estado, o Madem G-15 "sairá vencedor" por ter "um programa credível e projetos promissores" para desenvolver a Guiné-Bissau.

O partido realiza hoje a conferência para a escolha de delegados do Setor Autónomo de Bissau, depois de ter feito o mesmo processo nas regiões do interior do país.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

GUINÉ-BISSAU: DIRETOR DAS ALFÂNDEGAS DEFENDE REFORMAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

 JORNAL ODEMOCRATA  19/09/2022  

O diretor-geral das Alfândegas, Doménico Sanca, afirmou esta segunda-feira, 19 de setembro de 2022, que a administração pública guineense precisa ser reformada, incluindo as Alfândegas, contudo, alertou que será necessário preparar quadros jovens na área aduaneira, de inspeção e controlo.

Sanca falava na receção dos formados na escola Aduaneira de Burkina Faso, na qual disse que em nenhum momento permitirá que haja desordem nas alfândegas, porque “é uma instituição importante para o Estado no capítulo de arrecadação das receitas”.

Informou que o sistema instalado nas alfândegas não ajuda a instituição, tendo defendido que seja combatido pelos novos quadros para que esse setor possa funcionar melhor.

O diretor-geral das alfândegas frisou que fator humano é extremamente importante e alertou que quem não estiver preparado será afastado.

“Não é possível ter muitas pessoas numa instituição a receberem subsídios todos os meses, mas a maioria não faz o seu trabalho”.

Em nome dos formados, Sansilani Luis Sanca da Silva, agradeceu à direção-geral pelo esforço e engajamento demonstrados e pela aposta na capacitação dos quadros das alfândegas para melhorar a prestação dos seus serviços.

Silva assegurou que colocarão à disposição das alfândegas e do Estado toda a sua energia e o conhecimento adquirido.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A    

Nova York: A Chuva de Bênção Política! - (...) a chegada do Primeiro Magistrado de Nação General do Exército Umaro Sissoco Embaló acaba de chegar à Nova Yorque nesta tarde da Segunda-feira, para participar na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional 19 de Setembro de 2022


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 JORNAL ODEMOCRATA  19/09/2022  

O Presidente da República e presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló, disse esta segunda-feira, 19 de setembro de 2022, que leva para a 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque (Estados Unidos de América) a preocupação da Guiné-Bissau e da sub-região sobre as crises alimentares e energéticas, abalada fortemente pelo conflito entre a Rússia e Ucrânia.  

O debate de alto nível que se inicia na terça-feira (amanhã), na Assembleia Geral da ONU com líderes de todo o mundo, vai ser marcado pela crise de segurança causada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, bem como as crises alimentar, energética e climática, e tensões China-Estados Unidos.

O chefe de Estado explicou que a reunião da Assembleia Geral da ONU é um encontro da maior diplomacia no mundo, por isso a Guiné-Bissau leva uma mensagem sobre a preocupação da sub-região e que não se limita apenas a concentrar-se na situação da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

“A Guiné-Bissau assume hoje uma função estratégica a nível da CEDEAO e da Presidência da Aliança dos Líderes Africanos para a Malária (ALMA), que é uma função que foi revistada pelas Nações Unidas em 2021 e que deveria ser em Catar, mas que não foi possível. Temos que sentar-nos com o Secretário-geral das Nações Unidas e a sua equipa para analisarmos essa situação que é um assunto muito importante e que abala países menos desenvolvido”, contou.

Informou que a margem da reunião da Assembleia Geral, convocou-se uma cimeira da CEDEAO para discutir a situação no Mali e no Burkina Faso, também vai participar da  7ª reunião anual do Conselho para a Eliminação da Malária na qualidade do Presidente da Aliança dos Líderes Africanos para a Malária. 

Questionado sobre a situação da pequena ilha de Djobel abalada pela inundação que até hoje não houve uma posição do governo, respondeu que o Estado deve pronunciar-se sobre o assunto, tendo lembrado que a Guiné-Bissau é um dos países de risco sobre as mudanças climáticas.

“Se houver um tsunami aqui, será muito complicado. O Governo está a tomar diligências para ver como colmatar essa situação com os nossos parceiros bilaterais e multilaterais”, assegurou.

Sobre as crises alimentares e energética, disse que é uma preocupação global que não é apenas do país. Revelou que tinha agendado um encontro para o dia 22 do mês em curso em Sochi com o Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, mas que acabou por ser adiado devido a sua agenda e que agora as partes estão em conversação para agendar outra data.

“Como sabemos todos, o Presidente Putin é um ator muito bem-posicionado na nossa sub-região, sobretudo no Mali e em outros países. É um ator que não podemos pôr de lado neste processo, por isso temos que abordá-lo, apresentando-lhe a posição da CEDEAO. Até fim do mês haverá uma data para uma deslocação à Rússia, também faremos uma visita à Ucrânia, para vermos como podemos contribuir para a edificação da paz no mundo”, referiu.

Relativamente à comemoração da data de independência, o Chefe de Estado disse que o país e os guineenses estão de parabéns pela comemoração dos 49 anos da independência, tendo avançado que este ano não haverá grandes comemorações com desfiles, mas prometeu mobilizar esforços para comemorar os 50 anos da independência no próximo ano. 

Por: Assana Sambú

ONU disponibiliza 10 milhões de euros para ajuda de emergência à Nigéria

© Reuters

Por LUSA  19/09/22 

O Fundo Central de Resposta a Emergências das Nações Unidas (ONU) disponibilizou 10 milhões de dólares (aproximadamente o mesmo valor em euros) para ajudar a Nigéria a enfrentar uma "crise devastadora de alimentos e nutrição", anunciaram hoje fontes oficiais.

Num 'briefing' à imprensa na sede da ONU em Nova Iorque, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral, António Guterres, indicou que o valor será destinado a "ajudar urgentemente as pessoas que sofrem uma crise devastadora de alimentos e nutrição no nordeste da Nigéria".

Segundo dados das Nações Unidas, cerca de 1,74 milhões de crianças com menos de 5 anos poderão sofrer de desnutrição aguda na região este ano, enquanto mais de 300.000 crianças poderão ficar gravemente desnutridas.

"Os nossos colegas das missões humanitárias enfatizam que, se não forem tomadas medidas imediatas, mais de 5.000 crianças deverão morrer e aqueles que sobreviverem podem enfrentar deficiências ao longo da vida", frisou Dujarric.

"A desnutrição coloca as crianças em maior risco de morrer de infeções comuns", acrescentou.

Os novos fundos alocados pela ONU "aumentarão a capacidade de tratar e identificar a desnutrição aguda", concluiu o porta-voz de Guterres.

O financiamento será usado para prevenção e tratamentos integrados, incluindo soluções locais para melhorar a disponibilidade e acessibilidade a alimentos nutritivos que protejam mulheres e crianças de episódios repetidos de desnutrição aguda.

Esses fundos estão a ser desembolsados aquando de uma alarmante temporada de escassez em que 4,1 milhões de pessoas em todo o nordeste nigeriano enfrentam a dor da fome, de acordo com a avaliação de segurança alimentar e nutricional do relatório "Cadre harmonisé".

Apesar desses esforços, ainda existe uma enorme lacuna de financiamento.

O setor de nutrição tem uma lacuna de financiamento na temporada de escassez de 39 milhões de dólares, ou 57%, segundo dados da ONU.

De acordo com o coordenador residente e humanitário da ONU na Nigéria, Matthias Schmale, é preciso "urgentemente fechar a lacuna de financiamento para aumentar rapidamente a resposta e implementar medidas imediatas para salvar vidas".

"Para as milhares de crianças que tentam sobreviver, é necessário financiamento adicional hoje, não amanhã", exortou, citado em comunicado.


Leia Também: Guterres elogia Cabo Verde por recuperação pós-pandemia

UCRÂNIA/RÚSSIA: Alemanha fornece à Ucrânia mais quatro veículos de artilharia

© Lusa

Por LUSA  19/09/22 

O Ministério da Defesa alemão informou hoje que vai fornecer à Ucrânia mais quatro veículos de artilharia do tipo 'Panzerhaubitze 2.000', além dos 18 já entregues, num programa conjunto com os Países Baixos.

O Exército alemão vai enviar esses sistemas de artilharia apesar de os 'stocks' se encontrarem em situação "preocupante", indicou o ministério, citado em comunicado.

"O valor de combate dos 'Panzerhaubitze 2.000' facultados pela Alemanha e Países Baixos foi mais do que comprovado", disse a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, acrescentando que Kyiv expressou o desejo de receber mais destes sistemas de artilharia de elevada mobilidade.

A Alemanha vai responder a este pedido "para continuar a apoiar a Ucrânia na sua corajosa luta contra a brutal agressão russa", enfatizou Lambrecht, elevando para 14 o número total de veículos de artilharia doados por Berlim diretamente, sem contar com os cedidos ao abrigo do programa conjunto com os Países Baixos.

Até agora, o Govero alemão também já forneceu a Kyiv, entre outros, 24 viaturas antiaéreas do tipo GEPARD, 500 mísseis antiaéreos Stinger e 2.700 lançadores múltiplos de foguetes antiaéreos STRELA.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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© Getty

Notícias ao Minuto  19/09/22 

Lugansk é uma das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas que compõem uma grande parte da região mais a leste no país.

As autoridades ucranianas afirmaram esta segunda-feira que conseguiram retomar a localidade de Bilohorivka, perto da cidade de Lysychansk, na região de Lugansk. A vitória foi anunciada pelo governador da região, Serhiy Haidai.

No Telegram, Haidai disse que os ucranianos conseguiram o "controlo total" de Bilohorivka - uma pequena vitória que traz ainda mais complicações aos objetivos da Rússia de conquistar o Donbass e segurar as autoproclamadas repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk, que conquistaram no início da guerra.

“[Bilohorivka] é um subúrbio de Lysychansk. Em breve, conseguiremos limpar com uma vassoura estes escumalhas", afirmou o governador, acrescentando que os ucranianos têm de ser "pacientes em antecipação à desocupação em larga escala da região de Lugansk". "Este processo vai ser muito mais difícil do que na região de Kharkiv. Haverá uma luta difícil por cada centímetro de terra de Lugansk”, disse.

Nas imagens partilhadas no Telegram, é possível ver soldados ucranianos a andar por uma rua destruída pelos bombardeamentos, depois da zona ter sido ocupada pelos russos durante dois meses e meio.

A vitória em Lugansk ocorre depois de, em julho, a Ucrânia ter sido obrigada a retirar as suas tropas das cidades de Severodonetsk e Lysychansk, levando a que os russos assumissem o controlo total sobre a região de Lugansk.

No entanto, a recente contraofensiva ucraniana no leste do país, a partir de Kharkiv, resultou na recuperação muito rápida de centenas de vilas e cidades, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky prometeu que o avanço não ficará por aqui.

No entanto, os avanços pelas forças ucranianas na região de Kharkiv, especialmente em Izium, levaram à tenebrosa descoberta de centenas de valas comuns, onde foram encontrados corpos de civis com marcas de tortura cometida por soldados russos - um cenário semelhante ao encontrado em Bucha, quando foram retomadas vilas em torno de Kyiv.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 5.900 mortos entre a população civil ucraniana, segundo contam os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos - incluindo mais de 300 crianças. No entanto, a organização adverte que o real número de mortos civis poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar mortos em zonas ocupadas ou sitiadas pelos russos - em Mariupol, por exemplo, estima-se que tenham morrido milhares de pessoas.


© Getty Images

Por LUSA 19/09/22 

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou hoje um decreto para criar comandos militares em diversas localidades da região de Kherson, alvo de uma contraofensiva por parte das forças ucranianas para reconquistar território desde finais de agosto.

O diploma, publicado pelo gabinete da Presidência ucraniana, prevê a criação de comandos militares em várias localidades dos distritos de Kajovska, Berislav, Skadovsk e Genichesk, entre outros, segundo a agência de notícias UNIAN.

A Ucrânia anunciou em finais de agosto uma contraofensiva em Kherson, situada na costa do mar Negro, depois de romper a primeira linha de defesa das tropas russas.

O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas indicou a 11 de setembro que as forças russas estavam a começar a retirar de várias localidades da região, movimentações que fizeram disparar as especulações sobre um possível ponto de viragem na guerra, já que até agora, os avanços feitos pelos forças ucranianas tinham sido muito escassos.

As primeiras vitórias da Rússia na fase inicial da guerra, que começou no final de fevereiro, foram precisamente cidades do sul e do leste da Ucrânia e, atualmente, as tropas russas controlam cerca de um quinto do território ucraniano.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 208.º dia, 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Leia Também: Mais de 7.000 crianças ucranianas foram deportadas pelas forças russas

Novos satélites para prever o clima lançados a partir do final do ano

© Shutterstock

Por LUSA  19/09/22 

A Organização Europeia para a Exploração de Satélites Meteorológicos anunciou hoje o lançamento, no final do ano, de uma nova geração que melhorará e acelerará o envio de dados a meteorologistas de toda a Europa sobre acontecimentos climáticos graves.

Com este equipamento será possível prevenir melhor o impacto dos fenómenos climáticos extremos.

O diretor-geral do organismo (Eumetsat), Phil Evans, destacou durante a apresentação do novo sistema, batizado de "Meteosat de terceira geração", o caráter "revolucionário" destes satélites, que poderão "proporcionar dados de maior qualidade, em maior resolução e mais detalhados das nuvens, e de forma mais frequente do que podia fazer-se até agora".

Em concreto, explicou, os serviços meteorológicos europeus chegarão a receber 30 vezes mais informação, com mais qualidade e a um ritmo de uma atualização a cada dois minutos e meio, mais de quatro vezes mais rápido do que agora.

Os novos satélites contam com características como um detetor de raios na atmosfera, que comprova "nuvem a nuvem" e, entre outras funções, "permitirá aos meteorologistas europeus vigiar pela primera vez o ciclo completo de vida de uma tempestade: desde a instabilidade inicial na atmosfera, antes de se formarem sequer as nuvens, até aos raios".

Esta nova generação de satélites ajudará os serviços meteorológicos a dispor da informação que necessitam para "prever de forma precisa e rápida eventos meteorológicos severos em desenvolvimento, para ajudar a manter a salvo as suas comunidades e proteger e impulsionar a economia".

Além dos satélites de imagem, será colocado em órbita um segundo tipo de aparelho que permite captar imagens da atmosfera em três dimensões, para localizar as áreas onde há instabilidade e,portanto, maior probabilidade de se formar uma tempestade, assim como a sua evolução, crescimento e onde vai ser mais intensa.

"Devido ao facto de a mudança climática estar a aumentar tanto a frequência como o impacto destes eventos climáticos severos, compreende-se a importância da previsão do tempo, tanto agora como no futuro", sublinhou Evans, que apontou o desastre causado pelas inundações no centro da Europa no verão de 2021, com mais de 180 mortos.

O sistema procura precisamente reduzir o impacto económico dos fenómenos meteorológicos graves, que causaram perdas económicas de 520.000 milhões de euros no Espaço Económico Europeu nos últimos 40 anos, calcula a Agência Europeia do Meio Ambiente.

O primeiro satélite do sistema, que proporcionará imagens de maior resolução e mais precisas da Europa e de África a cada 10 minutos, será lançado em finais do ano, enquanto o terceiro dos satélites da constelação entrará em órbita e estará operacional por volta de 2026.

Nota à Imprensa!


 Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional  
19 de Setembro de 2022

O Presidente da República da Guiné-Bissau e Presidente em Exercício da CEDEAO, desloca-se à Nova Iorque, para assistir a 77º Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde fará no próximo dia 22 uma intervenção política de fundo, na qual abordará a particular atenção aos problemas relacionados com a pobreza extrema e questões ambientais, a que se juntam  os receios advindos de uma possível utilização nuclear no conflito russo-ucraniano que podem vir a contribuir para deteriorar ainda mais a já preocupante situação do continente africano.

A margem da Assembleia Geral, o Chefe de Estado guineense irá participar na sua qualidade de Presidente em Exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO na Cimeira desta organização regional para discutir a actual situação prevalecente no Mali e no Burkina Faso. 

De igual modo o Presidente Úmaro Sissoco Embaló tomará parte activa na 7ª reunião anual do Conselho para a Eliminação da Malaria ( End Malaria Council, EMC), onde na sua qualidade de Presidente da Aliança dos Lideres Africanos para a Malaria (ALMA) fará um discurso apelando aos paises doadores a contribuirem  com mais recursos financeiros para o chamado Fundo Global, ao qual se pretende doar com cerca de 18 mil milhões de dólares.

VIGÍLIA EM FRENTE DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES A VISTA

Notabanca; 19.09.2022

Os funcionários dos Correios vão fazer amanhã, (terça-feira) uma vigília vestidos de luto a frente do Ministério dos Transportes e Comunicações.

A iniciativa foi revelada esta segunda-feira pelo Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (SITRACORREIOS)Tefna Tambá, numa conferência de imprensa.

Segundo Tambá, os referidos trabalhadores exigem que o Governo continue a atribuir-lhes o subsídio suspenso em Janeiro deste ano e que assine a carta de conforto para que a banca possa conceder empréstimo aos Correios.

 Os funcionários dos Correios estão sem salários há 149 meses e os subsídios que recebiam do Estado correspondem a 60 por cento dos salários.

Tefna Tambá  disse que o encontro com jornalistas visa denunciar vários aspectos que tocam com a instituição nomeadamente a falta de pagamentos de salários, situação da Carreira dos funcionários, a possibilidade da banca  conceder empréstimo aos Correios no valor de três bilhões de francos CFA, para financiar programas de reestruturação da instituição, inativa há vários anos por falência.

O lider sindical referiu  que o Ministério das Finanças tinha disponibilizado um subsídio mensal de 16 milhões de francos aos funcionários, que correspondem a 60 por cento do salários dos mesmos.

Informou que o referido subsídio devia continuar a ser disponibilizado  até a obtenção do financiamento do projeto de reestruturação da instituição.

“Apartir de Janeiro deste ano, o Ministério das Finanças suspendeu o referido subsídio, alegando o atraso do arranque do projeto de reestruturação dos Correios,”disse Tefna.

Tambá disse que os equipamentos eletrónicos trazidos desde 2015 não funcionaram até ao momento e que já estão a estragar, acrescentando que no Centro de Tratamento das Correspondências existem mais de 35 mil malas e que na Secção de Encomendas em Trânsito há mais de 25 mil que devem ser entregues aos clientes.


SAÚDE E EDUCAÇÃO - MANIFESTAÇÃO CONFIRMADA

 Ditaduraeconsenso.blogspot.com

PTG / SECO BARI - ASSUNTO: PEDIDO DE DEMISSÃO


MADEM G15: Tudo a postos para o início da Conferência regional do Sector Autónomo de Bissau.

“Unidos Rumo à Vitória”

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 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15

ÍNDIA: Nariz e orelhas de homem indiano cortados após filha voltar a casar... Há suspeitas de que os agressores sejam os antigos sogros da filha da vítima.

© ShutterStock

Notícias ao Minuto  19/09/22 

Sukhram Vishnoi, um homem indiano de 55 anos, foi vítima de agressão: o seu nariz e orelhas foram cortados no que se suspeita ser uma vingança por a filha ter voltado a casar.

Vishnoi estava de regresso a casa, no estado de Rajasthan, na terça-feira à noite, quando um grupo de cerca de seis pessoas entrou na sua casa e o atacou, relatou a polícia estatal.

As autoridades, assim como Vishnoi, suspeitam que os autores do crime sejam os antigos sogros da filha que não ficaram satisfeitos com a decisão de que a jovem casasse novamente, noticia o jornal The Times of India.

A jovem tinha já inclusive apresentado um processo contra os ex-sogros, o que levanta suspeitas contra a família em questão. "Os acusados no caso incluem o ex-marido da filha [da vítima] e o seu irmão mais velho", revelou a polícia que está a cargo da investigação.

O homem, que casou a filha seis anos depois de se ter separado do primeiro marido, foi levado para um hospital, na cidade de Jodhpur, em estado crítico, tendo também sofrido uma fratura na perna.

No início de agosto, outro homem teve o nariz cortado por ter cancelado o noivado da filha com um dos acusados. Segundo a polícia, a vítima, identificada como Kamal Singh Bhati, de 55 anos, foi agredida quando cancelou o noivado por temer pela segurança da filha ao alegar que a sobrinha, que se casou com um membro da mesma família, foi morta pelos sogros.

Ukraine government organization: The total combat losses of the enemy from 24.02 to 19.09 were approximately...

@GeneralStaffUA

A Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal informa a todos os estudantes colocados na 1a fase do concurso de acesso ao ensino superior que as matrículas deverão ser realizadas pelos próprios estudantes ou seus procuradores até ao dia 23 de Setembro de 2022.

 Embaixada Da Guiné-Bissau Portugal

Astronomia. Estas são as melhores fotografias do ano... A competição foi promovida pelo The Royal Observatory Greenwich do Reino Unido.

© The Royal Observatory Greenwich

Notícias ao Minuto  19/09/22 

Tal como havia prometido, o The Royal Observatory Greenwich do Reino Unido revelou as fotografias vencedoras da competição que pretende encontrar as melhores fotografias de astronomia captadas durante o ano.

@ROYAL OBSERVATORY GREENWICH Astronomy Photographer of the Year Awards 2022

Ao todo, estavam a competir mais de 3 mil fotografias provenientes de 67 países diferentes mas, entre elas, destacaram-se as imagens que pode ver acima e que foram distinguidas nas várias categorias em competição.

As fotografias não foram apenas distinguidas no site do The Royal Observatory Greenwich do Reino Unido e serão expostas na sala de fotografia do National Maritime Museum em Londres.

Os interessados já podem visitar o museu e ver de perto estas imagens.


Guterres: Educação é a base para sociedades estáveis, pacíficas e prósperas... Secretário-geral fez a afirmação na Cimeira Educação Transformadora

António Guterres, secretário-geral da ONU (Foto de Arquvo)

VOA Português  setembro 19, 2022

NOVA IOQUE — O secretário-geral das Nações Unidas pediu ao mundo que faça mais para fortalecer sistemas educacionais em todo o globo.

Ao dirigir-se aos participantes da Cimeira Educação Transformadora, neste sábado, 17, em Nova Iorque, António Guterres lembrou que o mundo atravessa várias crises.

O secretário-geral ressaltou ainda as dificuldades financeiras sentidas por governos, famílias e negócios e realçou mais do que nunca ser preciso "criar formas inovadoras para se investir em educação".

Guterres lembra que desde o início da pandemia, dois terços dos países tiveram que cortar seus orçamentos para o ensino, mas a educação segue sendo "a base de sociedades pacíficas, estáveis e prósperas".

O antigo primeiro-ministro português acredita que a redução do investimento provoca crises mais sérias no futuro e afirmou que o mundo precisa investir mais em sistemas educacionais.

Iniciativa para levar 700 milhões à escola

António Guterres citou a situação de países em desenvolvimento afectados pela alta do custo de vida e ressaltou o papel da Entidade de Finança Internacional para a Educação.

A iniciativa quer financiar países de rendimento médio baixo, onde vivem 700 milhões de crianças que estão fora da escola.

Nessas nações também se encontram a maioria das crianças refugiadas do mundo.

António Guterres lembrou que a entidade para financiamento não é um novo fundo, mas um mecanismo para providenciar educação de baixo custo.

A expectativa é de que o financiamento chegue a 10 mil milhões de dólares para as gerações de jovens futuras.

No seu discurso, António Guterres elogiou o trabalho do enviado especial para Educação Global, Gordon Brown e pediu o apoio dos países, doadores internacionais e organizações filantrópicas.

GUERRA NA UCRÂNIA: Joe Biden alerta Pequim sobre violação das sanções à Rússia

© Getty

Por LUSA  19/09/22 

O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, disse ter prevenido o seu homólogo chinês, Xi Jinping, para o risco de fuga de investidores se Pequim violar as sanções impostas à Rússia, devido à invasão da Ucrânia.

Num excerto de uma entrevista à cadeia de televisão CBS Joe Biden disse que explicou a Xi Jinping, por telefone, que violar as sanções seria "um enorme erro", notando que não tinha nenhuma indicação até agora de que a China tivesse apoiado ativamente o esforço de guerra russo através do fornecimento de armas.

"Apelei ao Presidente Xi - não para ameaçar, apenas para dizer (...) - que se pensa que os americanos e outros vão continuar a investir na China enquanto vocês violam as sanções contra a Rússia, penso que estão a cometer um erro gigantesco", disse Joe Biden.

"Neste momento, não há qualquer indicação de que eles [os chineses] tenham oferecido armas ou outras coisas de que a Rússia necessita", disse o Presidente dos Estados Unidos.

Biden também rejeitou a ideia de que a aliança entre a China e a Rússia implica que os Estados Unidos estão a travar um novo tipo de guerra fria.

"Não creio que seja uma guerra fria nova ou mais complicada", disse.

A Rússia invadiu a sua vizinha pró-ocidental Ucrânia em 24 de fevereiro, devastando inúmeras cidades e aldeias do país onde os combates continuam.


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© Lusa

Por LUSA  19/09/22 

O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse numa entrevista transmitida no domingo que as tropas norte-americanas defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa.

Questionado no programa "60 Minutos" da CBS se "os americanos defenderiam Taiwan no caso de uma invasão chinesa", o líder dos EUA respondeu: "Sim, se de facto ocorresse um ataque sem precedentes".

O Presidente dos EUA fez questão de sublinhar que não estava a "encorajar" a ilha a declarar a independência. "A decisão é deles", afirmou.

A China considera Taiwan, com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa (1949).

Em sete décadas, o exército comunista nunca conseguiu conquistar a ilha, que permaneceu sob o controlo da República da China - o regime que em tempos governou a China continental e agora apenas governa Taiwan.

Joe Biden já tinha irritado Pequim ao dizer no final de maio que os EUA iriam intervir militarmente em apoio a Taiwan no caso de uma invasão da China comunista.

Depois voltou atrás, afirmando o seu compromisso com a "ambiguidade estratégica", um conceito deliberadamente vago que tem governado a política dos EUA em Taiwan durante décadas.

A "ambiguidade estratégica", que consiste em Washington se abster de dizer se os Estados Unidos interviriam ou não militarmente para defender Taiwan em caso de invasão, tem ajudado até agora a manter uma certa estabilidade na região.

A pressão sobre Taiwan tem aumentado desde que Xi Jinping chegou ao poder em Pequim há uma década.

As tensões atingiram o nível mais alto em décadas no mês passado. A China conduziu exercícios militares em grande escala em torno de Taiwan, uma demonstração de força sem precedentes em retaliação a uma visita a Taipé da líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi.


domingo, 18 de setembro de 2022

ARMADORES CRITICAM “ALUGUER DO MAR” A ESTRANGEIROS E QUE PAÍS GANHA NADA COM O SEU PESCADO

Por: António Nhaga/Simaira de Carvalho JORNAL ODEMOCRATA  18/09/2022  

[REPORTAGEM_setembro de 2022] O presidente da Associação Nacional dos Armadores e Industriais das Pescas (ANAPI), Alberto Pinto Pereira, revelou que a Guiné-Bissau ganha nada com o pescado nacional, porque “o governo continua a alugar o mar a barcos de pescadores estrangeiros”. O armador considerou “errónea” essa situação, porque o pescado nacional deveria ser um produto estratégico da economia nacional, que fortaleceria o Produto Interno Bruto e melhoraria as condições de vida das populações.

Segundo Alberto Pinto Pereira, as populações dos Barcos de países estrangeiros, em particular os países membros da União Europeia que pescam nas zonas marítimas nacionais, têm acesso ao pescado nacional a um preço muito económico.

“Por exemplo, em todo o espaço da União Europeia, um quilo de pescado nacional é comprado a 28 Francos CFA.  No mercado nacional um quilo de pescado nacional é vendido a dois mil Francos CFA” criticou, afirmando que essa disparidade prova que a estratégia nacional de pesca está mal definida, quer no setor público como no setor privado.

GUINÉ-BISSAU ESPERA HÁ 35 ANOS DE UM PORTO DE PESCA INDUSTRIAL

Na fileira da pesca da Guiné-Bissau, tudo ainda é um desafio, não obstante a inquestionável importância do setor pesqueiro na economia nacional. Por outro lado, quem olha para a fileira pesqueira guineense descobre que há muitos estudos e planos estratégicos que identificaram todos os constrangimentos, quer a nível da pesca industrial, quer na pesca artesanal.

Todos os governantes que chegam ao Ministério das Pescas defendem que a resolução de todos os constrangimentos são “os desafios que estão na ordem do dia do seu executivo”. Mas, tudo não passa de uma mera manifestação de vontade, de “disponibilidade para propor e procurar soluções nacionais” para o setor das pescas. Mas, infelizmente, há 35 anos que se muda de Ministros, nada de vulto mudou. Os guineenses continuam a escutar a mesma música da disponibilidade dos novos titulares que chegam ao Ministério da Pesca a manifestar o desejo e a vontade de implementação “das grandes linhas estratégicas” para colocar um ponto final nos enormes constrangimentos que estão na ordem do dia e que desafiam diariamente os investidores nacionais e estrangeiros que pescam nas águas territoriais do país.

Há 35 anos que todos os guineenses sabem que o maior constrangimento da fileira da pesca nacional é a ausência de um verdadeiro Porto de Pesca industrial no país, para desembarcar peixe da faina industrial e artesanal. O país confronta-se, por outro lado, com uma “adequabilidade e obsolescência da legislação”, que ainda está em vigor no setor pesqueiro nacional. Todavia, os pesquisadores do Centro de Investigação Pesqueira Aplicada (CIPA) não só apresentaram ao governo da Guiné-Bissau, há três décadas, um estudo sobre as espécies de peixes que existem no território marítimo guineense, também apresentaram ao executivo os maiores constrangimentos que existem nas fainas industriais e artesanais.

Os sucessivos Ministros das pescas que titularam essa instituição sabem, há 35 anos, que um dos maiores constrangimentos do setor pesqueiro nacional é a ausência de um porto de pesca industrial para desembarcar o pescado. O que poderia transformar o setor da pesca numa espécie de “Pesca-dólares” da economia nacional, porquanto poderia suportar a maior fatia económica do orçamento geral de Estado e empregar diretamente um número significativo da população ativa da Guiné-Bissau.

Quando se visita e se fala com os vários pesquisadores do CIPA e com o pessoal da Fiscalização Marítima do Ministério das Pescas, o discurso é unânime: “estamos afincadamente a trabalhar no sentido de fazer cumprir, de forma cabal, as leis em vigor, monitorando os intervenientes neste setor para o respeito rigoroso da legislação”. Mas, as opiniões divergem quando se confrontam   vários pesquisadores e técnicos do CIPA, do Ministério das Pescas com a dificuldade de o governo construir, há 35 anos pelo menos, um Porto de Pesca Industrial na Guiné-Bissau para acabar com o maior constrangimento que estrangula diariamente o setor pesqueiro nacional.

Em declaração à reportagem de O Democrata, muitos pesquisadores do CIPA gesticulam ombros e cabeças para provar que também nunca compreenderam a razão de o governo não ser capaz, há 35 anos, de construir um Porto de Pesca Industrial para dinamizar e rentabilizar, de uma vez por todas, a faina industrial e artesanal na economia da Guiné-Bissau. Mas, há outros investigadores do setor que asseguraram, com uma mão no microfone do repórter de O Democrata, para depois confirmarem de forma sorridente que “realmente não compreendem a situação, mas hoje é inegável e inquestionável que estamos a trabalhar para fazer a diferença”.

Também é visível hoje, entre os técnicos da fiscalização e investigadores do CIPA do Ministério das Pescas, uma vontade e uma visão clara da importância do setor das pescas na economia nacional. Todos, sem dúvida, estão adotados de conhecimento técnico e profissional profundo do setor pesqueiro nacional onde trabalham. Todos reconhecem que “o Ministério das Pescas é um setor transversal e um balão de oxigénio para a economia guineense”. Mas, na verdade, não obstante as várias pesquisas do CIPA, a Guiné-Bissau não tem ainda, até hoje, um certificado que a permita exportar o seu pescado para o espaço da União Europeia e toda a Europa em geral.

FALTA DE ABASTECIMENTO DO MERCADO INTERNO  

O abastecimento interno em pescado enfrenta ainda grandes dificuldades para cobrir todo o território nacional. Curiosamente, o país exporta pescado, via Senegal, para os países africanos, asiáticos e europeus. Todavia, até hoje o governo da Guiné-Bissau continua a lutar para encontrar uma estratégia própria e adequada para o abastecimento do pescado no mercado interno.

Esta ausência de estratégia nacional própria do governo para abastecer o mercado interno levou o Presidente da Associação Nacional dos Armadores e Industriais das Pescas (ANAPI), Alberto Pinto Pereira, a acusar os ministros dos sucessivos governos que geriram a pasta das Pescas de falta de interesse em construir um Porto de Pesca Industrial na Guiné-Bissau para desembarcar o pescado em Bissau e abastecer todo o território nacional.

Alberto Pinto Pereira diz não compreender como e porquê do nosso país continuar a não ter, até hoje, um Porto Industrial de Pesca, não obstante “todo o privilégio da natureza, do Mar que o nosso país possui na África Ocidental”.

Neste sentido, defendeu que “precisamos de um Porto Industrial de Pesca para desembarcarmos os nossos recursos pesqueiros e um certificado sanitário para uma boa fiscalização”.

O presidente da ANAPI lamentou a forma como o pescado nacional é desembarcado e exportado a partir do Porto de Dacar, Senegal.

“O nosso pescado é desembarcado no Porto da pesca industrial do Senegal e é exportado com o certificado sanitário do governo senegalês”, frisou Alberto Pinto Pereira, lamentando que “as exportações do nosso pescado a partir do Porto de Senegal não tenham refletido nos índices económicos do desenvolvimento do nosso país, mas sim no índice da economia do país vizinho”.

Alberto Pinto Pereira revelou que a Guiné-Bissau não ganha nada com o pescado nacional, porque “o governo continua a alugar o mar a barcos de pescadores estrangeiros” e considerou “errónea” essa situação, porque o pescado nacional deveria ser um produto estratégico da economia nacional que fortaleceria o Produto Interno Bruto e melhoraria as condições de vida das populações.

Para Pinto Pereira, a disparidade de preços de venda do pescado ao consumidor final da EU e do mercado nacional prova que a estratégia nacional de pesca está mal definida, quer no setor público como no privado da Guiné-Bissau.

O nosso país celebrou, em 2019, com a União Europeia um acordo de pesca com a duração de cinco anos e a compensação financeira anual é de 15 milhões e 600 mil Euros. Desta verba, 11 milhões são destinados ao Ministério das Finanças e 4 milhões para o apoio ao desenvolvimento da pesca artesanal. A nível da sub-região, o governo celebrou também acordos de pesca com o governo do Senegal no domínio da pesca artesanal, cujo conteúdo centra-se mais na formação em diversas áreas de pesca. Mas, de acordo com o último anuário de inquérito, oficialmente pescam 132 navios nas águas territoriais da Guiné-Bissau. Em termos da abundância de espécies de pescado, o país está na lista dos cinco melhores países da Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO).

Não obstante as enormes dificuldades em abastecer o mercado nacional de pescado, o setor da pesca tem vindo a gerar alguns impactos na economia nacional. Neste momento, emprega mais de 120 mil pessoas e a maioria está na pesca artesanal, sobretudo a população das zonas costeiras. Oferece emprego, particularmente às mulheres que praticam a pesca a pé. Em suma, de acordo com o último inquérito socioeconómico do CIPA, as atividades de pesca contribuíram com cerca de 13 mil toneladas de pescado para o consumo no mercado nacional.

Também quando se fala da questão de repouso biológico, a opinião dos investigadores e dos especialistas do CIPA do Ministério das Pescas é unânime. Todos rejeitam a visão assustadora de que algumas espécies do pescado no nosso país poderão estar no limite de extinção. Para os técnicos, investigadores e os especialistas do CIPA do Ministério das Pescas, o repouso biológico foi estabelecido como forma de permitir que as espécies mais jovens possam reproduzir. O governo terá tomado esta decisão em outubro de 2020 para garantir o futuro da reprodução das espécies de pescado nas águas, mas apenas foi aplicado na prática em janeiro de 2022, proibindo a atividade pesqueira em todas as águas do território nacional.

Os investigadores da CIPA garantem que “a política do governo é de gerir os recursos pesqueiros”. Por isso, estabeleceu o período de repouso biológico na pesca para poder contribuir mais na preservação de recursos pesqueiros para a geração vindoura”. Os investigadores e especialistas do CIPA do Ministério das Pescas sustentam que o repouso biológico é uma forma de “gestão de atividade pesqueira”, estabelecido numa altura em que está a aumentar as necessidades dos seres humanos de consumo de peixe.

Defendem que em todos os países do mundo há a necessidade de gerir a atividade pesqueira, para não ter impactos negativos nas economias nacionais.

“A Guiné-Bissau não foge à regra. É neste sentido que o Ministério das Pescas estabeleceu o período de repouso biológico para permitir que a nova geração de peixes desove e gere mais peixes nas zonas exclusivas das águas territoriais.

MADEM G15: Rumo ao II° Congresso do MADEM-G15, em jeito de agradecimento o alto dirigente do partido Fidélis Forbs, acompanhado pela coordenação política do círculo eleitoral 24, simpatizantes, militantes e amigos, realizaram uma passeata no referido círculo.

Fidélis avaliou os resultados de 2019 como favoráveis, porém ambiciona nestas legislativas superar largamente os números do passado, que só será possível com profunda convicção e trabalho árduo.

 “Os pessimistas servem-nos de barómetro, mas é com os otimistas que vencemos!” palavras do camarada Fidélis Forbs que apela à união e coesão rumo ao congresso que terá lugar dia 30 de setembro a 2 de outubro, seguindo para o objetivo maior, que é ganhar as legislativas de 18 de dezembro com maioria absoluta!


#HoraTchiga

 Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15