A idosa mora em uma casa simples, sem condições financeiras para se sustentar e sem ajuda dos filhos!
Contando a um jornalista que foi praticamente abandonada pelos 16 filhos, a senhora de 97 anos viralizou nas redes sociais.
Segundo o La Nación, a triste história foi publicada no TikTok, pelo próprio apresentador de televisão, Jaime Toral, que rapidamente recebeu inúmeros comentários de usuários mostrando empatia pela mulher.
O caso aconteceu no México, onde Isabel Méndez Jiménez contou sua história a Jaime, que costuma criar conteúdos em sua conta no TikTok sobre pessoas em situação de vulnerabilidade.
No vídeo, a senhora desabafa, com lágrimas nos olhos, enquanto explica que teve 16 filhos, mas infelizmente nenhum deles se importa com ela ou ao menos sabe que continua viva.
Segundo a mexicana, seus filhos se casaram com mulheres de fora da comunidade e decidiram acompanhá-las, mudando-se para longe.
Além disso, dona Isabel fala, com muita dor, que quando os homens têm esposas e filhos para sustentar, quem manda é a mulher. Ou seja, deve ser por isso que seus filhos resolveram se mudar para longe, deixando a mãe de lado.
A mãe de oito mulheres e oito homens ficou viúva muito jovem, aos 33 anos, segundo o El Gráfico. Depois foi trabalhar no México e em Chicago, para mandar dinheiro para seus pais que a tinham ajudado com os filhos.
Agora ela tem dificuldades para se sustentar e só conseguiu educar os filhos até a sexta série do ensino fundamental, pois não podia fazer mais nada e se sentia muito cansada.
A idosa ainda contou que os 16 filhos simplesmente se esqueceram dela, mas quando morrer, eles é que terão de enterrá-la. Além disso, Isabel fala que, quando isso acontecer, uma de suas filhas vai pedir apoio da comunidade para ajudar com os custos do funeral.
Jaime Toral gravou três vídeos contando a história de Isabel Méndez Jiménez, todos emocionantes e tristes, que não passaram despercebidos pelos usuários, pois as visualizações ultrapassam 49 milhões, com diversos comentários.
Muitos usuários, tocados pela história, quiseram saber mais da idosa para poder ajudá-la de alguma forma.
Situação precária
Ainda conforme o La Nación, nos vídeos de Jaime Toral, a idosa conta que ganha algumas moedas vendendo toalhas de mesa na comunidade, comprando queijo, tortilhas e carnes para se alimentar.
O apresentador pergunta como dona Isabel come naquelas condições, e mostra a situação da sua casa. Uma panela de feijão é a sua única comida no momento, e é nítido pelas imagens de que a senhora enfrenta muita dificuldade financeira, tendo em vista os poucos móveis, utensílios e outros itens capturados pelo jornalista.
Em outro momento, Isabel conta que está engajada em trabalhos de bordado, embora tenha bastante dificuldade para enxergar. Possivelmente, ela não tenha condições financeiras para poder fazer exames e ter um tratamento adequado, então segue a vida do jeito que pode.
Com idade avançada, Isabel Méndez Jiménez, além da baixa qualidade de vida, ela tem a tristeza como sua companheira, por ter tantos filhos e nenhum carinho ou apoio deles. Por ora, a idosa vive com seus gatinhos e um cachorro, responsáveis por fazer companhia a ela, que foi abandonada pelos próprios filhos.
O processo de recenseamento eleitoral vai começar o mais tardar nos meados de outubro, pouco menos de dois meses para as legislativas de 18 de Dezembro.
Esta afirmação é do Ministro de Administração Territorial e Poder Local.
Fernando Gomes falava a imprensa esta terça-feira em Bissau.
“Fui surpreendido com a chegada primatura dos materiais para o arranque do processo do resenceamento para as eleições deste ano devido o atraso na requisição dos kits. Se tudo correr bem, o processo do resenceamento vai começar o mais tardar até ao meado de outubro”. Garantiu.
É de recordar que o ministro esteve em Portugal há mais de uma semana onde foram assinados parcerias com as diversas câmaras portuguesas.
Estudo publicado na revista Current Biology analisou quatro técnicas para tentar acalmar um bebé para descobrir qual a mais eficaz
Um estudo divulgado esta terça-feira aponta que caminhar durante cinco minutos enquanto se carrega um bebé nos braços permite acalmar a criança, quando esta está inconsolável sem motivo aparente.
Um bebé a chorar e a recusar-se a adormecer, gera uma frustração partilhada por quase todos os país.
Para ajudar os progenitores, uma equipa de investigadores procurou determinar cientificamente qual dos quatro métodos mais utilizados normalmente é o mais eficaz para acalmar um bebé, quando este está inconsolável sem motivo aparente.
De acordo com um estudo, publicado esta terça-feira na revista Current Biology, caminhar durante cinco minutos enquanto se carrega um bebé nos braços pode ser a solução.
No entanto, antes de colocar o bebé na sua cama, os cientistas recomendam manter a criança imóvel nos braços, durante cinco a oito minutos.
“Criei quatro filhos. Mas mesmo eu não poderia antecipar os principais resultados obtidos neste estudo, até conhecer os dados estatísticos”, realçou Kumi Kuroda, principal autora do estudo, do RIKEN Center for Brain Science no Japão.
A equipa de investigação já tinha estudado um mecanismo semelhante em animais.
Quando, por exemplo, cães ou macacos novos precisam de ser transportados para escapar a uma ameaça, a sua frequência cardíaca tende a cair e estes tornam-se mais dóceis.
Para comparar uma possível reação semelhante em humanos, os cientistas estudaram 21 bebés entre zero e sete meses, com a mãe.
Foram analisadas quatro técnicas: carregar a criança enquanto se caminha, segurá-lo sentado, deitá-lo na cama ou deitá-lo num berço de balanço.
Quando os bebés eram carregados enquanto se caminhava, os seus batimentos cardíacos diminuíam em 30 segundos, assim como num berço de balanço, mas apenas quando não estava parado.
Após cinco minutos, o facto de andar com a criança nos braços permitiu que todas as crianças parassem de chorar e quase metade destas adormecesse.
Mas, uma vez que eram colocados na cama, os bebés tendiam a acordar em 20 segundos, registando-se em mais de um terço destes.
A forma como foram colocados na cama, a postura ou delicadeza de movimento, não teve impacto neste efeito.
A solução, segundo os cientistas, é prolongar o tempo que o bebé dorme antes de o deitar na cama, entre cinco a oito minutos após a caminhada, mas ainda nos braços.
Este período corresponde mais ou menos à duração da primeira fase do sono, ainda leve, observa o estudo.
“Precisamos da ciência para entender os comportamentos de um bebé, porque estes são muito mais diversos e complexos do que pensávamos”, concluiu Kumi Kuroda.
As crianças começaram a ter dificuldades em urinar, febre e vómitos, o que rapidamente levaram à insuficiência renal.
A Gâmbia ordenou, esta terça-feira, a todos os importadores e farmácias que suspendessem a venda de todas as marcas de paracetamol em xarope, revela a agência de notícias Reuters. Em causa está uma possível ligação entre o medicamento e a morte de dezenas de crianças, que está a ser investigada pelo governo.
A investigação foi lançada na passada quinta-feira, pelo chefe do serviço de saúde da Gâmbia, após ter sido detetado um pico de casos de lesão renal aguda entre crianças com menos de cinco anos no final de julho.
Na altura, o regulador de medicamentos do país afirmou não haver dados suficientes para justificar a proibição total de paracetamol em xarope. Também a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou que as provas não indicavam para o paracetamol, mas sim para uma origem infeciosa, como água poluída.
Segundo a Reuters, as crianças começaram a ter dificuldades em urinar, febre e vómitos, o que rapidamente levou à insuficiência renal.
"Até agora, as medidas de estabilização foram concluídas nos distritos com uma área total de mais de 4.000 quilómetros quadrados", anunciou o presidente ucraniano.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou, esta terça-feira, que as Forças Armadas do país já recuperaram o controlo total de quatro mil quilómetros quadrados do território ocupado pelas tropas russas.
Já hoje, Zelensky recebeu os relatórios do coronel-general Oleksander Syrsky, que dão conta dos “sucessos na região de Kharkiv”, e do tenente-general Andriy Kovalchuv, “sobre o movimento das tropas no Sul”.
“A situação no território libertado do nosso Estado foi analisada ao pormenor”, sublinhou o presidente na sua comunicação diária ao país, acrescentando que, “até agora, as medidas de estabilização foram concluídas nos distritos com uma área total de mais de 4.000 quilómetros quadrados”.
“A estabilização continua no território libertado com aproximadamente a mesma dimensão. Restos de ocupantes e grupos de sabotagem estão a ser detetados, os colaboradores estão a ser detidos e a segurança total está a ser restaurada”, frisou.
Zelensky acrescentou que os guardas de fronteira “estão encarregados de proteger a fronteira do Estado nos territórios libertados” e agradeceu ainda a todos os “combatentes que asseguraram uma derrota tão grande e rápida dos invasores no território da região de Kharkiv.”
O Exército ucraniano anunciou pela primeira vez uma contraofensiva no sul, antes de fazer um avanço relâmpago na semana passada na região de Kharkiv, na fronteira com a Rússia no nordeste do país, forçando os soldados de Moscovo a recuar para outras posições.
As autoridades ucranianas também têm relatado sucesso na região de Kherson, no sul, ocupada pela Rússia e na fronteira com a Crimeia anexada e nas regiões orientais sob o controlo de separatistas pró-russos desde 2014.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que 5.827 civis morreram e cerca de oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev considerou que que "ninguém dará nenhuma ‘garantia’ aos nazis ucranianos" e alertou que o conflito pode escalar e envolver "novos participantes".
O antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que as “garantias de segurança” pedidas esta terça-feira pela Ucrânia aos países aliados para um possível cessar-fogo com a Rússia são “um prelúdio da Terceira Guerra Mundial”.
A afirmação surge após a Presidência da Ucrânia ter publicado, no seu site, um esboço das garantias de segurança exigidas. O documento, intitulado ‘Tratado de Kyiv sobre a Segurança’, foi elaborado por um grupo de especialistas e indica uma lista de possíveis tutores da segurança ucraniana, que inclui os Estados Unidos da América (EUA), o Reino Unido, Turquia, Canadá e Austrália, bem como Estados-membro da União Europeia.
“A camarilha de Kyiv deu origem a um projeto de ‘garantias de segurança’, que, na verdade, são um prelúdio da Terceira Guerra Mundial”, começou por afirmar Medvedev na plataforma Telegram. “É claro que ninguém dará nenhuma ‘garantia’ aos nazis ucranianos”, acrescentou.
O político russo comparou a aplicação de garantias de segurança à Ucrânia ao artigo 5.º do Tratado da NATO, que dita que um ataque a um país membro é um ataque a todos. E alertou: “Se continuarem o bombardeamento desenfreado do regime de Kyiv com os tipos de armas mais perigosas, mais cedo ou mais tarde, a campanha militar passará para outro nível”.
Para Medvedev, o conflito poderá escalar e seguir o “seu próprio cenário militar”, envolvendo "novos participantes", como já aconteceu noutras guerras.
“Então, [os cidadãos dos] países ocidentais não poderão sentar-se nas suas casas e apartamentos limpos, rindo de como enfraqueceram a Rússia por procuração”, afirmou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que 5.827 civis morreram e cerca de oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Em causa está o pedido de demissão apresentado por deputados municipais de Smolninskoye, um dos municípios de São Petersburgo.
Um grupo de políticos locais de São Petersburgo que pediu a demissão do presidente russo, Vladimir Putin, enfrenta uma possível dissolução do seu conselho distrital, na sequência da decisão de um juiz, esta terça-feira, segundo revelou um dos deputados municipais envolvidos, citado pela Reuters.
Nikita Yuferev, deputado municipal em Smolninskoye (São Petersburgo), revelou que um juiz declarou como inválidas várias reuniões do conselho e abriu caminho para que um governador regional avançasse com a dissolução.
Dmitry Palyuga, deputado do mesmo município, disse ainda que o mesmo tribunal o multou em 47 mil rublos, cerca de 776 euros, por “desacreditar” as autoridades ao pedir a demissão de Putin.
Outros políticos deverão comparecer a tribunal nos próximo dias.
Recorde-se que, na semana passada, um grupo de deputados municipais de Smolninskoye avançou com uma resolução que pedia à Duma a destituição de Putin, com base numa acusação de alta traição devido à invasão da Ucrânia. A resolução foi aprovada pela maioria dos deputados municipais presentes.
Dmitry Palyuga, que agora foi multado, foi detido na altura.
Esta resolução culminou recentemente com uma petição, assinada por deputados de vários distritos municipais de Moscovo, São Petersburgo, e outras regiões, na Rússia. A petição publica exige a demissão do presidente russo, por acreditarem que "as ações do presidente V. Putin prejudicam o futuro da Rússia e dos seus cidadãos".
Já hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, deixou um aviso a estes deputados. “Os russos apoiam o presidente, e isso é confirmado pelo ânimo do povo... O povo está consolidado em torno das decisões do chefe de Estado. Quanto a outros pontos de vista, pontos de vista críticos, desde que estejam dentro da lei, isso é pluralismo, mas a linha é muito, muito ténue, é preciso ter muito cuidado", avisou, citado pela agência Reuters.
O presidente do Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), Domingos de Carvalho, alertou que o início do novo ano letivo 2022/2023 só será efetivo se o governo liquidar todas as dívidas aos professores contratados e novos ingressos, bem como à melhoria de condições de trabalho.
Domingos de Carvalho assegurou que todos os professores selecionados no 2021/2022, em de concurso público e colocados em diferentes escolas a nível nacional, vão continuar a lecionar no novo ano letivo, 2022/ 2023, em regime de novos ingressos.
Em reação esta terça-feira, 13 de setembro, à decisão do governo de suspender a contratação de novos professores no setor, disse que as requalificações e a promoção dos professores são um direito que os assiste, de acordo com o estatuto de carreira docente, que não pode ser violado por ninguém.
“Os professores devem estar tranquilos, porque o comunicado de conselho dos ministros do dia 25 de mês passado, que anunciou suspensão de novos ingressos na função pública nos setores de saúde e da educação será anulado, porque essa intenção põe em causa os direitos dos professores”, afirmou, aconselhando todos os professores com grau de licenciatura a apresentarem os seus diplomas, juntamente com uma carta de pedido de requalificação, ao Ministério de Educação Nacional.
Confirmou que os professores contratados do ano letivo 2021/2022 não foram pagos até ao momento, apenas novos ingressos receberam três meses dos seus salários.
Por sua vez, o secretário-geral da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) Malam Ly Baldé, condenou o comunicado do conselho dos ministros do dia 25 de agosto e exigiu do governo a revogação do despacho de ministro de saúde que anuncia o fim de contrato com os técnicos de saúde de 2021, em regime de novos ingressos e contratados.
Malam Ly convidou o governo a convocar a reunião do conselho permanente de concertação social para analisar o conteúdo do comunicado do conselho de ministros que, no entendimento da Confederação, viola os direitos e interesses legítimos dos trabalhadores em geral.
Ly Baldé lamentou que o governo tenha criado a comissão interministerial para análise dos preços dos produtos de primeira necessidade, em usurpação das competências do conselho permanente de concertação social.
A CGSI-GB exige ainda aplicação de estatuto de carreira docente universitário aprovado e promulgado pelo Presidente da República, bem como a acionar os mecanismos de controlo dos preços dos produtos de primeira necessidade no mercado.
O presidente do Sindicato de Base da Guiné-Telecom e Guinetel, Davide Mingo, revelou que os funcionários das duas empresas públicas nacionais de telecomunicações concordam com o estado guineense que pretende vender 80 por cento de ações da Guiné-Telecom e ficar apenas com 20 por cento, para controlar o tráfego de entrada e saída das telecomunicações na Guiné-Bissau, lembrando que a ingerência política levou as duas empresas à falência.
Davide Mingo discorria numa entrevista exclusiva ao semanário O Democrata para falar da assinatura do contrato de prestação de serviços de consultoria entre o governo guineense e a Sociedade Financeira Internacional (SFI) do grupo Banco Mundial, para finalizar o projeto de privatização parcial da Guiné-Telecom e da Guinetel, com vista ao seu relançamento, na qual adiantou que não é possível vender as ações da empresa na sua totalidade, sob pena de permitir que o comprador faça o que quiser do mercado nacional das telecomunicações, tendo afirmado que num dos conselhos de ministros foi aprovado que a Guiné-Telecom será a empresa gestora da infraestrutura das telecomunicações.
“Portanto, o governo entrará com os imóveis, terrenos e a Fibra Ótica. Todos estes imóveis foram calculados e deram esse valor de 20 por cento. Os restantes 80 serão vendidos” explicou, avisando que os trabalhadores daquela empresa não querem que nomeações políticas para a administração das duas empresas sejam feitas como no passado.
“As pessoas nomeadas no passado não trabalharam nada e hoje estão a imputar a responsabilidades aos funcionários em como estes terão roubado o dinheiro. Se o governo tem a plena certeza que a Guiné-Telecom e a Guinetel foram mal administradas, é apenas chamar essas pessoas e responsabilizá-las” insistiu.
Davide Mingo disse que o governo liderado por Aristides Gomes tencionava vender 80 por cento de ações da Guiné-Telecom e ficar com 20 por cento e foi nessas condições que o atual governo rubricou o acordo.
“Queremos desta vez que o governo não tenha poder absoluto para fazer nomeações políticas. Estamos plenamente de acordo com a venda de 80 por cento das ações e ficar com 20 para controlar a entrada e saída das comunicações”, sublinhou.
O sindicalista informou que desde o início do processo, a situação de indemnização dos trabalhadores da Guiné-Telecom estava a ser calculada na medida possível, porque qualquer restruturação pode implicar licenciamentos por motivos econômicos, mas neste momento ainda não falaram deste assunto, apenas abordaram o pagamento de salários em atraso de vários anos, como forma de atenuar a situação em que se encontram os funcionários daquela empresa.
“Temos, neste momento, 15 funcionários numa situação complicada de saúde e 24 na situação de reforma, mas não conseguem receber pensões porque temos dívidas com a previdência social e os restantes estão a dar voltas no sentido de poderem assegurar a família. No primeiro encontro com a delegação de Banco Mundial, informaram-nos que o processo de alienação das ações da Guiné-Telecom não será tão rápido. Neste momento assinaram o acordo de elaboração do caderno de encargos para concluir o processo, depois vão lançar o concurso que terá uma duração de 90 dias, de acordo com a nossa lei. Isso levará tempo, de maneira que é imperativo o executivo acionar mecanismos para resolver situação dos trabalhadores da Guiné-Telecom, pagando os salários em atraso”, apelou.
Sobre o processo de indemnização dos trabalhadores, Davide Mingo assegurou que foi realizado no passado, o licenciamento de 74 funcionários no quadro do Fundo de Banco Oeste Africano para Desenvolvimento (BOAD), no valor de 7 bilhões de franco CFA, mas depois dos acontecimentos de 12 de abril, o processo foi por água abaixo e os restantes trabalhadores, tanto da Guiné-Telecom como da Guinetel, num total de 312, ficaram não tiveram os seus problemas resolvidos.
O dirigente sindical adiantou que os funcionários das duas empresas deixaram de receber os salários desde 2012, revelando que, em 2019 a 2020, o governo liderado por Aristides Gomes pagou um terço de salário a cada trabalhador, com a promessa de que depois de seis meses, iria concluir o pagamento dos restantes dois terços, explicando que o atual governo se compromete agora em pagar esses dois terços, após a venda dos 80 por cento de ações.
Para a edição desta semana, a Visão convida Carlos Sambu, alto dirigente da juventude do Movimento para Alternância (MADEM G15), mais um jovem guineense para deixar o seu olhar sobre o rumo do país e da Juventude.
Assuntos em análise:
1. Um olhar sobre os preparativos do ll congresso Ordinária de MADEM G15;
2. Participação e posicionamento dos jovens nas fileiras dos Partidos;
3. Desempenho e balanço do Coordenador do MADEM G15 (Divergências e reconciliação com o Presidente da República);
4. Situação e afirmação de jovens políticos guineenses;
5. A Juventude partidária no actual contexto político do País;
6. Um olhar sobre actualidade política ( Entradas do dirigentes no Partido de Renovação Social no MADEM G15, autorização de viagem ao Presidente do PAIGC, escolha do Florentino Mendes Pereira como cabeça de lista do PRS e instalação das estruturas do PTG na Europa)
7. Um olhar sobre a situação actual do país (económica e social);
8. Opinião sobre o desempenho do presidente da República e do governo da iniciativa presidencial.
9. Uma avaliação sobre a liberdade de expressão e de opinião
São estes e outros assuntos ligados a MADEM G15, situação da juventude e vida do país, com o Sr. Carlos Sambu, jovem dirigente do MADEM G15.
Não perca esta quinta-feira, dia 15 de setembro, a partir das 20 horas na Rádio Jovem.
Qual é a pergunta que gostaria de colocar ao Carlos Sambu?
Acompanhe a radio da juventude guineense, em 102.8Mhz, em www.radiojovem.info e na nossa página do Facebook.
Bissau, 13 Set 22(ANG) – O Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas(CEMGFA) advertiu esta segunda-feira aos fuzileiros navais para abdicarem de criar instabilidade no país.
Biaguê Na Ntan falava na cerimônia comemorativa do 53º aniversário dos Fuzileiros Navais sob lema “Fuzileiro presente no mar para combate a criminalidade Marítima e em terra para garantir a segurança interna”.
Na ocasião, acusou os Fuzileiros Navais de serem mentores de mais de cinquenta por cento dos golpes perpretrados no país, tendo afirmado a título de exemplo que o caso 1 de fevereiro foi perpetrado pelos Fuzileiros.
Biaguê Na Ntan pediu aos mesmos para lhe acompanhar na mudança de mentalidade e optar pela formação a fim de estarem mais aptos e preparados para participarem em missões de paz.
Por sua vez, o Chefe de Estado Maior da Armada(CEMA), disse que todos os percursos têm momentos altos e baixos, tendo prometido que os Fuzileiros Navais vão empenhar-se na salvaguarda dos interesses superiores da Nação no mar.
Hélder Nhanque lamentou o estado de degradação físico em que se encontra o aquartelamento da Marinha, frisando contudo esperar que o representante do Governo na cerimônia vai levar em conta as necessidades e dificuldades com que a Marinha e os Fusileiros debatem.
Revelou que o Corpo da Marinha debate com falta de meios materiais para fiscalizar as águas, afirmando que, tudo tem haver com a conjuntura do país.
Helder Nhanque aconselhou o Governo a envidar mais esforço para equipar a Marinha de Guerra.
Questionado sobre a acusação do CEMGFA de que os Fuzileiros são factor de instabilidade no país respondeu que não tem nada para contrariar ao admitir, frisando que, Biaguê Na Ntam conhece muito bem as Forças Armadas.
No final da cerimônia foram entregues certificados de louvor a cinco antigos Fuzileiros sendo quatro homens e uma mulher.
De recordar que o corpo de “Fuzileiros Navais” foi fundado em 1969 por Amílcar Lopes Cabral fundador da nacionalidade guineense, onde enviou 76 militares para a ex. União Soviética e Portugal para se formarem na área de Mar e Guerra.
Ficou captado em vídeo o momento em que soldados ucranianos deslocam-se a pé e atingem um tanque numa estrada em Kreminnaya.
A ofensiva ucraniana avança, desta vez em Kreminnaya, na autodeterminada República de Luhansk, onde o conflito prossegue.
Entre a recuperação de inúmeros territórios, em especial no leste do país, surge esta terça-feira, um vídeo que mostra uma emboscada que parece ser preparada por soldados ucranianos a um tanque russo.
No vídeo, que pode ver na galeria, os soldados que se deslocam a pé atingem um tanque numa estrada, nesta localidade de Kreminnaya, depois aproximam-se e constatam que o veiculo foi efetivamente eliminado.
Contentes, tiram fotografias do momento e afastam-se da cena a correr, continuando as operações de combate.
William Ruto, durante a sua investidura como Presidente do Quénia, em Nairobi, neste dia 13 de Setembro de 2022.
William Ruto, novo Presidente eleito do Quénia tomou hoje oficialmente posse perante 60 mil pessoas reunidas no estádio de Kasarani, o maior de Nairobi, a capital. Aos 55 anos, William Ruto é o quinto responsável político a chegar ao cargo supremo desde a independência do Quénia em 1963. Ele chega ao poder ao cabo de um processo eleitoral marcado pela contestação e tem pela frente a tarefa de unir um país profundamente dividido e em situação económica precária.
Uma escola corânica no sul da Guiné-Bissau, que, segundo o Ministério Público, mantém em cativeiro 20 crianças talibé, foi desmantelada, disse hoje o governador da região de Quinara, Mamadu Sanha.
Citado pela rádio Sol Mansi (da Igreja Católica), o governador referiu ter sido informado pelos anciãos de Buba, a sede do governo regional de Quinará, e pelo comando local da Guarda Nacional, de que um professor corânico "mantinha em situações deploráveis as crianças".
As crianças talibé são crianças que saem do seu ambiente familiar com o pretexto de estudar o Corão noutra comunidade, mas que frequentemente acabam por ser exploradas.
"Informaram-me que o mestre corânico foi detido, que o caso está sob alçada do Ministério Público. É uma situação lamentável. Todos nós devemos preservar a vida das nossas crianças", observou Mamadu Sanha, recentemente nomeado pelo Governo para o cargo de governador de Quinará.
Sanha disse ser a favor da escolarização das crianças, salientando que deve ser dentro de condições aceitáveis.
Edy Coli, agente da Guarda Nacional que participou na operação de desmantelamento da escola, disse ao correspondente da Sol Mansi em Buba que as crianças "viviam em condições inapropriadas" e que o mestre corânico lhes disse que tinha no local 15, quando na realidade eram 20.
O agente da Guarda Nacional explicou que o caso chegou ao conhecimento da corporação após uma denúncia de um popular que não gostou do tratamento que era dado às crianças.
Ao saírem para constatar a situação na casa do mestre corânico, o próprio delegado local do Ministério Público deparou-se com uma daquelas crianças "de aparentemente 08 anos com um bidão de 25 litros de água à cabeça", contou Edy Coli.
"Ao chegarmos à casa vimos que aquilo não tinha condições nenhumas. Os quartos de dormir não tinham mosquiteiros. O senhor tinha umas tábuas, umas esteiras de tapume, como camas para crianças", relatou o agente da Guarda Nacional.
Quatro das crianças foram encaminhadas para o hospital de Buba, onde o enfermeiro Bendito Jorge Camala disse que "estavam com paludismo muito alto".
Duas das crianças continuam internadas naquele hospital.
O mestre corânico, Ussumane Camará, confirmou que a sua casa não tem condições para albergar as crianças, mas realçou que tudo o que faz é no sentido de evitar que as mesmas sejam levadas para outros países onde vão aprender o Corão.
Camará negou que esteja a sujeitar as crianças a cativeiro.
Deputados de 18 distritos municipais de Moscovo e São Petersburgo, na Rússia, assinaram uma petição pública que exige a demissão do presidente daquele país, Vladimir Putin.
“Nós, os deputados municipais da Rússia, acreditamos que as ações do presidente V. Putin prejudicam o futuro da Rússia e dos seus cidadãos. Exigimos a renúncia de Vladimir Putin do cargo de Presidente da Federação Russa”, lê-se na declaração publicada por Ksenia Torstrem, deputada municipal do distrito de Semenovsky de São Petersburgo, segundo cita o Guardian.
Já ao Insider, a deputada explicou que é “difícil falar publicamente por causa da repressão” e, por isso, foi criado o texto.
“Os deputados ainda não estão proibidos de opinar. E também não é proibido falar da renúncia do presidente. Ele não é um monarca, mas um trabalhador contratado, recebe um salário de nossos impostos”, disse.
“A nossa função é representar os interesses do povo, e vemos que o povo não está satisfeito. E nosso povo é a fonte de poder de acordo com a Constituição. Eu pessoalmente não entendo os motivos das ações de Vladimir Putin. Acho que não se pode ficar no poder por tanto tempo”, acrescentou.
Também Nikita Yurefev, um dos deputados municipais que assinou a petição, partilhou o texto e escreveu: “Todos estão cansados de Putin, ele interfere com todos, tem de sair”.
O presidente do Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau, Carambá Sanhá, insurgiu-se hoje contra a medida do Governo de suspender temporariamente as isenções fiscais e aduaneiras às organizações não-governamentais (ONG) e às entidades religiosas.
O despacho do novo ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, indica que doravante estão suspensas as isenções sobre os bens e produtos de qualquer natureza, importados ou adquiridos no país, por aquelas entidades.
Para o presidente do Movimento da Sociedade Civil, plataforma que congrega cerca de 100 organizações, "a medida é inexistente por falta de enquadramento legal".
"Recebemos com muita consternação esta informação deste despacho. A institucionalização de isenções fiscais e aduaneiras para as ONG e entidades religiosas é da lei número 26/93 e ainda da lei número 02/95 que regula tudo isso", observou Carambá Sanhá.
"São diplomas, leis produzidos em Conselho de Ministros e publicados em forma de leis em Boletim Oficial (equivalente ao Diário da República) que em nenhum podem ser substituídos por um mero despacho", defendeu Sanhá.
O presidente do Movimento da Sociedade Civil considera que o Governo "não se pode esquecer do papel filantrópico" das ONG e entidades religiosas junto da população o que, disse, lhes dá "estatuto de parceiros incontornáveis".
O dirigente da sociedade civil afirmou ainda que a medida do ministro das Finanças "pecou na sua tomada de decisão" que, observou, poderá resultar no descrédito dos parceiros internacionais que apoiam as ONG e as entidades religiosas na Guiné-Bissau.
"O impacto de tudo isso vai ser sentido pela população. As ONG e as entidades religiosas ocupam um grande vazio que o Estado não consegue cobrir", sublinhou Carambá Sanhá.
O presidente do Movimento da Sociedade Civil dá o exemplo de hospitais, escolas e centros de produção, geridos por ONG e entidades religiosas, que, disse, poderão ressentir-se com a medida do Governo.
Carambá Sanhá questionou ainda a legalidade do despacho do ministro das Finanças ao afirmar que a decisão devia merecer um parecer vinculativo dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e o da Economia, Plano e Integração Regional.
Sanhá acha "estranho e caricato" que seja o Ministério das Finanças, última entidade que aplica as isenções fiscais e aduaneiras, a decidir-se pela suspensão, sem antes ter ouvido o Ministério dos Negócios Estrangeiros, proponente da medida nos anos de 1990.
"Queremos aconselhar o ministro (das Finanças) a rever a sua posição e a proporcionar mais controlo de acordo com a lei", na aplicação de isenções, sublinhou Carambá Sanhá.
Cinco pessoas foram mortas no domingo quando um comboio de veículos em que seguia um senador da oposição foi atacado no sudeste da Nigéria, numa região abalada pela violência e tensões separatistas, anunciou hoje a polícia.
Os pistoleiros abriram fogo contra o comboio de veículos de Ifeanyi Ubah, senador de um partido marginal, o Partido dos Jovens Progressistas, no estado de Anambra.
"Dois polícias que o escoltavam, dois dos seus ajudantes civis e um transeunte foram mortos no ataque", disse o porta-voz da polícia estatal Tochukwu Ikenga, citado pela agência France-Presse. Dois outros membros da escolta policial foram feridos e levados para o hospital, acrescentou.
O senador escapou "ileso", disse, indicando que está em curso uma investigação para encontrar os agressores e determinar o seu motivo.
O ataque, que ocorreu cinco meses antes das eleições presidenciais e parlamentares, ainda não foi reivindicado.
O sudeste da Nigéria tem sido flagelado por um recrudescimento da violência, imputado pelas autoridades ao Movimento Independente dos Povos Indígenas de Biafra (Ipob).
O Ipob, que procura o renascimento de um estado separado para o grupo étnico Igbo, tem negado repetidamente qualquer responsabilidade pela violência.
Os ataques direcionados já mataram mais de 100 polícias e outras forças de segurança na região desde o início do ano, de acordo com relatos dos meios de comunicação locais.
As prisões também foram invadidas, resultando na libertação de muitos prisioneiros e em múltiplos roubos de armas, tal como os escritórios da comissão eleitoral nacional.
O líder do Ipob, Nnamdi Kanu, foi preso pelo Governo e acusado de traição, depois de ter sido detido no estrangeiro e transportado de volta para a Nigéria.
O separatismo é uma questão sensível na Nigéria, especialmente no sudeste, onde a proclamação da independência de uma República de Biafra levou a uma guerra civil de 30 meses, entre 1967 e 1970. Mais de um milhão de pessoas morreram no conflito, na maioria devido à fome e à doença.
Bissau, 12 Set 22 (ANG) - O Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) agendou várias actividades políticas, culturais e desportivas para assinalar a data natalícia do fundador do partido, Amílcar Cabral, dentre as quais, debates subordinados ao tema ”Setembro vitorioso”, entre os dias 12, 19 e 24 do mês em curso.
De acordo com o programa do evento, à que a ANG teve acesso hoje, o PAIGC tomou a iniciativa de realizar essas actividades como forma de não se esquecer do pai fundador da nação guineense e cabo-verdiana.
Amílcar Cabral nasceu a 12 de Setembro de 1924, em Bafatá e aos oito anos de idade sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Santiago), que passou a ser a cidade de sua infância, onde completou o ensino primário.
“De seguida mudou com a Mãe e os irmãos para Mindelo, São Vicente onde veio a terminar o curso liceal em 1943. No ano seguinte, mudou-se para a cidade de Praia, na ilha de Santiago, e começou a trabalhar na Imprensa Nacional, mas só por um ano, pois tendo conseguido uma bolsa de estudos, no ano de 1945 ingressou no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Após graduar-se em 1950, trabalhou por dois anos na Estação Agronómica de Santarém”, refere Arquivos do PAIGC.
A mesma fonte sublinhou que, Amilcar Lopes Cabral foi contratado pelo Ministério do Ultramar como adjunto dos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné e que por isso, regressou a Bissau em 1952 onde iniciou seu trabalho na granja experimental de Pessubé percorrendo grande parte do país, de porta em porta, durante o Recenseamento Agrícola de 1953 adquirindo um conhecimento profundo da realidade social vigente.
“As actividades políticas de Amílcar Cabral , iniciadas já em Portugal, reservam-lhe a antipatia do Governador da colónia, Melo e Alvim, que o obriga a emigrar para Angola. Nesse país, une-se ao MPLA”, segundo Arquivos do PAIGC.
Acresentou que, em 1959, Amílcar Cabral, juntamente com Rafael Barbosa, Aristides Pereira, João Rosa, Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida, Elisée Turpin e outros nacionalistas funda, na clandestinamente, o Partido Africano para a Independência (PAI) e posteriormente, em Dakar, o PAIGC.
“Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conacry, capital da República de Guiné-Cronacri. Em 23 de janeiro de1963 teve início a luta armada que culminaria com a proclamação da independência a 24 de Setembro de 1973. Amilcar Cabral foi assassinado em 20 de Janeiro de 1973 em Conacri(Guiné-Conacri)”, refere o programa das celebrações do 12 de Setembro.
O Governo da Guiné-Bissau decidiu suspender "temporariamente" as isenções fiscais às organizações não-governamentais e às entidades religiosas, segundo um despacho a que Lusa teve hoje acesso.
"Ficam temporariamente suspensas as isenções concedidas às organizações não-governamentais e entidades religiosas incidentes sobre os bens e produtos de qualquer natureza por elas importados ou adquiridos no país", pode ler-se no despacho, com data de 02 de setembro.
No despacho, o Ministério das Finanças explica que a decisão foi tomada no âmbito do "processo de levantamento e de balização das isenções aduaneiras e fiscais concedidas no quadro do Regime Geral de Isenções".
No âmbito daquele processo, o Ministério das Finanças já tinha visado as "franquias diplomáticas sobre os combustíveis, que permitiram que fossem fixadas quantidades dentro dos limites de consumo considerados assertivos".
Na semana passada, o Ministério das Finanças anunciou novos preços de referência para a venda de arroz, farinha e açúcar, depois de o Conselho de Ministros ter decidido suspender a admissão de novos ingressos no setor da saúde e da educação.
O Fundo Monetário Internacional anunciou em junho que iria retomar brevemente a assistência financeira à Guiné-Bissau no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado e destacou no âmbito das consultas do artigo IV que a gestão orçamental sustentável é uma "prioridade" e que a consolidação orçamental deve continuar em 2022 para "conter o elevado risco" de aumento da dívida pública.
Em abril, o FMI estimou que o crescimento económico na Guiné-Bissau tenha acelerado para 5%, mas as perspetivas para 2022 são "mais incertas" devido ao aumento de preços provocados pela guerra na Ucrânia.
As perspetivas, segundo o FMI, tornaram-se mais incertas "dado o impacto potencial do aumento dos preços do petróleo e dos alimentos resultante da guerra na Ucrânia, prevendo-se que o crescimento seja de 3,75% em 2022, com uma inflação superior a 5%, que afetará negativamente os mais vulneráveis".