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Notícias ao Minuto 13/09/22
"Até agora, as medidas de estabilização foram concluídas nos distritos com uma área total de mais de 4.000 quilómetros quadrados", anunciou o presidente ucraniano.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou, esta terça-feira, que as Forças Armadas do país já recuperaram o controlo total de quatro mil quilómetros quadrados do território ocupado pelas tropas russas.
O número oficial de quilómetros "totalmente controlados" surge depois de o chefe de Estado ter afirmado, na segunda-feira, que o Exército ucraniano já tinha reconquistado, desde início de setembro, quase seis mil quilómetros quadrados de território controlado pela Rússia.
Já hoje, Zelensky recebeu os relatórios do coronel-general Oleksander Syrsky, que dão conta dos “sucessos na região de Kharkiv”, e do tenente-general Andriy Kovalchuv, “sobre o movimento das tropas no Sul”.
“A situação no território libertado do nosso Estado foi analisada ao pormenor”, sublinhou o presidente na sua comunicação diária ao país, acrescentando que, “até agora, as medidas de estabilização foram concluídas nos distritos com uma área total de mais de 4.000 quilómetros quadrados”.
“A estabilização continua no território libertado com aproximadamente a mesma dimensão. Restos de ocupantes e grupos de sabotagem estão a ser detetados, os colaboradores estão a ser detidos e a segurança total está a ser restaurada”, frisou.
Office of the President of Ukraine We have a result in our work on security guarantees. Address by the President, 13.09.2022☝
Zelensky acrescentou que os guardas de fronteira “estão encarregados de proteger a fronteira do Estado nos territórios libertados” e agradeceu ainda a todos os “combatentes que asseguraram uma derrota tão grande e rápida dos invasores no território da região de Kharkiv.”
O Exército ucraniano anunciou pela primeira vez uma contraofensiva no sul, antes de fazer um avanço relâmpago na semana passada na região de Kharkiv, na fronteira com a Rússia no nordeste do país, forçando os soldados de Moscovo a recuar para outras posições.
As autoridades ucranianas também têm relatado sucesso na região de Kherson, no sul, ocupada pela Rússia e na fronteira com a Crimeia anexada e nas regiões orientais sob o controlo de separatistas pró-russos desde 2014.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que 5.827 civis morreram e cerca de oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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Notícias ao Minuto 13/09/22
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev considerou que que "ninguém dará nenhuma ‘garantia’ aos nazis ucranianos" e alertou que o conflito pode escalar e envolver "novos participantes".
O antigo presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que as “garantias de segurança” pedidas esta terça-feira pela Ucrânia aos países aliados para um possível cessar-fogo com a Rússia são “um prelúdio da Terceira Guerra Mundial”.
A afirmação surge após a Presidência da Ucrânia ter publicado, no seu site, um esboço das garantias de segurança exigidas. O documento, intitulado ‘Tratado de Kyiv sobre a Segurança’, foi elaborado por um grupo de especialistas e indica uma lista de possíveis tutores da segurança ucraniana, que inclui os Estados Unidos da América (EUA), o Reino Unido, Turquia, Canadá e Austrália, bem como Estados-membro da União Europeia.
“A camarilha de Kyiv deu origem a um projeto de ‘garantias de segurança’, que, na verdade, são um prelúdio da Terceira Guerra Mundial”, começou por afirmar Medvedev na plataforma Telegram. “É claro que ninguém dará nenhuma ‘garantia’ aos nazis ucranianos”, acrescentou.
O político russo comparou a aplicação de garantias de segurança à Ucrânia ao artigo 5.º do Tratado da NATO, que dita que um ataque a um país membro é um ataque a todos. E alertou: “Se continuarem o bombardeamento desenfreado do regime de Kyiv com os tipos de armas mais perigosas, mais cedo ou mais tarde, a campanha militar passará para outro nível”.
Para Medvedev, o conflito poderá escalar e seguir o “seu próprio cenário militar”, envolvendo "novos participantes", como já aconteceu noutras guerras.
“Então, [os cidadãos dos] países ocidentais não poderão sentar-se nas suas casas e apartamentos limpos, rindo de como enfraqueceram a Rússia por procuração”, afirmou.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que 5.827 civis morreram e cerca de oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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Notícias ao Minuto 13/09/22
Em causa está o pedido de demissão apresentado por deputados municipais de Smolninskoye, um dos municípios de São Petersburgo.
Um grupo de políticos locais de São Petersburgo que pediu a demissão do presidente russo, Vladimir Putin, enfrenta uma possível dissolução do seu conselho distrital, na sequência da decisão de um juiz, esta terça-feira, segundo revelou um dos deputados municipais envolvidos, citado pela Reuters.
Nikita Yuferev, deputado municipal em Smolninskoye (São Petersburgo), revelou que um juiz declarou como inválidas várias reuniões do conselho e abriu caminho para que um governador regional avançasse com a dissolução.
Dmitry Palyuga, deputado do mesmo município, disse ainda que o mesmo tribunal o multou em 47 mil rublos, cerca de 776 euros, por “desacreditar” as autoridades ao pedir a demissão de Putin.
Outros políticos deverão comparecer a tribunal nos próximo dias.
Recorde-se que, na semana passada, um grupo de deputados municipais de Smolninskoye avançou com uma resolução que pedia à Duma a destituição de Putin, com base numa acusação de alta traição devido à invasão da Ucrânia. A resolução foi aprovada pela maioria dos deputados municipais presentes.
Dmitry Palyuga, que agora foi multado, foi detido na altura.
Esta resolução culminou recentemente com uma petição, assinada por deputados de vários distritos municipais de Moscovo, São Petersburgo, e outras regiões, na Rússia. A petição publica exige a demissão do presidente russo, por acreditarem que "as ações do presidente V. Putin prejudicam o futuro da Rússia e dos seus cidadãos".
Já hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, deixou um aviso a estes deputados. “Os russos apoiam o presidente, e isso é confirmado pelo ânimo do povo... O povo está consolidado em torno das decisões do chefe de Estado. Quanto a outros pontos de vista, pontos de vista críticos, desde que estejam dentro da lei, isso é pluralismo, mas a linha é muito, muito ténue, é preciso ter muito cuidado", avisou, citado pela agência Reuters.
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