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Por LUSA 12/09/22
Cinco pessoas foram mortas no domingo quando um comboio de veículos em que seguia um senador da oposição foi atacado no sudeste da Nigéria, numa região abalada pela violência e tensões separatistas, anunciou hoje a polícia.
Os pistoleiros abriram fogo contra o comboio de veículos de Ifeanyi Ubah, senador de um partido marginal, o Partido dos Jovens Progressistas, no estado de Anambra.
"Dois polícias que o escoltavam, dois dos seus ajudantes civis e um transeunte foram mortos no ataque", disse o porta-voz da polícia estatal Tochukwu Ikenga, citado pela agência France-Presse. Dois outros membros da escolta policial foram feridos e levados para o hospital, acrescentou.
O senador escapou "ileso", disse, indicando que está em curso uma investigação para encontrar os agressores e determinar o seu motivo.
O ataque, que ocorreu cinco meses antes das eleições presidenciais e parlamentares, ainda não foi reivindicado.
O sudeste da Nigéria tem sido flagelado por um recrudescimento da violência, imputado pelas autoridades ao Movimento Independente dos Povos Indígenas de Biafra (Ipob).
O Ipob, que procura o renascimento de um estado separado para o grupo étnico Igbo, tem negado repetidamente qualquer responsabilidade pela violência.
Os ataques direcionados já mataram mais de 100 polícias e outras forças de segurança na região desde o início do ano, de acordo com relatos dos meios de comunicação locais.
As prisões também foram invadidas, resultando na libertação de muitos prisioneiros e em múltiplos roubos de armas, tal como os escritórios da comissão eleitoral nacional.
O líder do Ipob, Nnamdi Kanu, foi preso pelo Governo e acusado de traição, depois de ter sido detido no estrangeiro e transportado de volta para a Nigéria.
O separatismo é uma questão sensível na Nigéria, especialmente no sudeste, onde a proclamação da independência de uma República de Biafra levou a uma guerra civil de 30 meses, entre 1967 e 1970. Mais de um milhão de pessoas morreram no conflito, na maioria devido à fome e à doença.
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