© LusaPor LUSA 02/07/22
O chefe das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, disse hoje que a nova visão de cooperação na área da defesa com a Guiné-Bissau está a ser materializada com "ações concretas", após ter entregado material escolar aos militares guineenses.
"Estas são ações concretas que foram realizadas num curto espaço de tempo e que materializam uma nova visão para a cooperação no domínio da defesa entre Portugal e a Guiné-Bissau", afirmou o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA).
O almirante António Silva Ribeiro falava aos jornalistas em Bissau, onde chegou para uma visita de quatro dias, que teve início com a entrega de livros e material escolar ao seu homólogo guineense, Biagué Na N´Tam.
Durante a sua estada em Bissau, o CEMGFA vai também visitar dois centros de saúde, na Marinha e Força Aérea guineense, recuperados com o apoio de Portugal e entregar uma ambulância às Forças Armadas guineenses.
"Esta visita ocorre na sequência de uma outra que eu fiz em novembro, onde trabalhando com as autoridades políticas e com as autoridades militares da Guiné-Bissau foi definido um conjunto de atividades que fazem parte de uma missão de treino que foi desencadeada no início do ano", explicou o almirante, após um encontro com o ministro da Defesa guineense, Marciano Silva Barbeiro.
Segundo o CEMGFA, a missão de treino tem vários objetivos, nomeadamente formação na área da saúde, tendo já sido formados 60 militares guineense, 15 dos quais como formadores, e recuperação de infraestruturas na área da saúde.
"Estamos agora em condições de prosseguir para as outras ações que estão planeadas, nomeadamente a formação de militares da Guiné no Cumeré, a capacitação da Marinha em termos de vigilância marítima e também a formação de elementos da polícia aérea. Estes são os elementos essenciais dessa missão de treino", disse.
"Estes projetos consistem na capacitação concisa, concreta, rápida das Forças Armadas da Guiné-Bissau para adquirirem competência para fazerem um conjunto de atividades, que foram identificadas como prioritárias para a cooperação das Forças Armadas portuguesas", acrescentou.
O ministro da Defesa guineense destacou que a visita do CEMGFA à Guiné-Bissau faz "prova" de que os 30 anos de cooperação técnico-militares entre os dois países, que se assinalam este ano, "valeram a pena".
Marciano Silva Barbeiro destacou também que a visita é a "concretização de uma nova visão de cooperação" entre as Forças Armadas guineenses e portuguesas.
"Hoje está cá de novo com ações concretas, palpáveis, para demonstrar que há um interesse enorme e uma atenção especial do Governo português e as Forças Armadas portuguesas com a Guiné-Bissau", afirmou o ministro da Defesa.
"Prova que no mundo ninguém anda sozinho. Temos de andar com os nossos irmãos, com os nossos parceiros, de mãos dadas para melhor servir o nosso país, o povo e neste caso concreto servir melhor as nossas Forças Armadas", acrescentou.