Fonte: Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
ASSINATURA DO PROGRAMA QUADRO DE COOPERAÇÃO NO DOMÍNIO DA DEFESA 2021-2025 ENTRE A GUINÉ-BISSAU E O PORTUGAL
Ministério da Defesa Nacional e Combatentes da Liberdade da Pátria
Os dois ministros de ambos países acabaram de assinar hoje, 14-12-21, o ato aconteceu no salão da reunião do Ministério da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, o acordo baseia-se fundamentalmente a formação local dos militares PRAÇAS, SARGENTOS E OFICIAIS na Escola de Formação de CUMERE.
O Ministro da Defesa Nacional da República Portuguesa, Prof. Dr. João Gomes Cravinho, disse que a cooperação ora retomada testemunha a vontade de dois países irmãos, deixa de ser "abstrato passa para o concreto".
Tenente General, lembrou que a cooperação no domínio da Defesa entre a Guiné-Bissau e o Portugal, estava um pouco estagnada desde o conflito político militar de 7 de junho de 1998.
Se tudo correr como previsto, os militares guineenses beneficiarão de formações e outros apoios técnicos dentro de acordo assinado, concluiu o Ministro Sandji Fati.
Onde neste documento refere a palavra Petróleo? ...Má fé e difamação tem limites ...É um Acordo de Gestão e Cooperação. Para a Agência AGC entre o Senegal e a Guiné-Bissau ...Trata da gestão, não da exploração de Petróleo que nem se sabe ainda se existe ...Haja seriedade...
Guiné-Bissau ratifica o acordo da modalidades da mobilidade dos cidadãos da CPLP
Através de um decreto presidencial e, a partir de Janeiro, pessoas com passaporte diplomático, de serviço e de Estudo podem viajar livremente nos países da língua oficial portuguesa.👇
Reunião entre os combatentes da liberdade da pátria afetos ao MADEM-G15.
Conselho dos veteranos do Madem-G15, reuniram-se em Bafatá, para estudarem estratégias para o partido.
MADEM-G15 I SPERANÇA DI POVO🇬🇼
segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
Dívida pública da Guiné-Bissau é a mais alta do mundo -- FMI
O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional para a Guiné-Bissau disse hoje que a dívida pública do país "é a mais alta do mundo" e aconselhou o Governo a adotar medidas de equilíbrio no próximo Orçamento do Estado.
Em conferência de imprensa sobre a segunda avaliação de um conjunto de metas acordadas com o Governo, visando a retoma do programa de cooperação entre Bissau e o FMI, José Giron considerou que a evolução "é globalmente positiva", mas alertou para a situação da dívida pública.
O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, admitiu que o país ultrapassou o limite máximo da dívida no âmbito dos critérios de convergência da União Económica e Monetária Oeste Africano (UEMOA) fixados em 70%.
Fadiá afirmou que a dívida pública da Guiné-Bissau atualmente é na ordem de 79% do Produto Interno Bruto (PIB), mas acredita que as medidas acordadas com o FMI e plasmadas no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2022 "vão ajudar o país a reduzir gradualmente a divida".
Já em 2022, o ministro das Finanças espera reduzir em um ponto percentual a dívida e em 2026 conta atingir o limite máximo da UEMOA, fazendo situar a dívida pública em 70%, disse.
João Fadiá afirmou que ficou acordado com o FMI que as próximas dívidas devem ser concessionais, com uma taxa de juro baixo e ainda com um prazo de reembolso alargado.
O chefe da missão do FMI para a Guiné-Bissau, que em março deve voltar a avaliar o desempenho macroeconómico do Governo e saber se existem ou não condições para avançar então para as negociações para assinatura de um programa de cooperação financeira, exortou as autoridades a serem equilibrados na execução do OGE.
Congratulou-se com a aprovação do OGE no parlamento e disse não ser sua missão discutir as políticas internas do país, em referência às críticas que os sindicatos da Função Pública fazem ao orçamento, que consideram penalizador para os trabalhadores.
"O FMI é conselheiro do Governo. Sabemos que o orçamento é equilibrado, conforme a nossa recomendação, porque deixa margem para pagar salários, juros da dívida e ainda fazer investimento no país", notou José Giron.
O ministro das Finanças guineense enalteceu o facto de o FMI ter constatado "evolução positiva" do desempenho macroeconómico do país, o que disse ser fruto de "sacrifícios consentidos", mas também pelo facto de os salários da Função Pública terem sido pagos em 2021.
"É por esta razão que a avaliação do FMI é positiva, como já tinha sido em setembro", considerou João Fadiá.
MB // JH
Veja Também:
FMI conclui missão à GBissau. Foi a segunda avaliação FMI no âmbito do Programa de Referência c/GBis @Radio Bantaba👇
JOSÉ PEDRO SAMBÚ RENUNCIA AO CARGO DO PRESIDENTE COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES
Odemocratagb.com
O novo presidente eleito do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), José Pedro Sambú, renunciou ao cargo de presidente da Comissão Nacional de Eleições.
Na carta dirigida ao presidente da Assembleias Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, José Pedro Sambú escreve que se candidatou ao cargo de presidente do Supremo Tribunal de Justiça “nos termos permitidos” e que a 10 de dezembro saiu vencedor das eleições.
“Pelo fato acima exposto, o signatário vem nos termos e ao abrigo do art. 10º nº 01 da Lei 12\ 2013 de 27 de dezembro – Lei Eleitoral, regime de impedimento, renunciar ao cargo de presidente da Comissão Nacional de Eleições”, lê-se na carta.
Sambú foi eleito presidente da Comissão Nacional de Eleições, numa sessão extraordinária da ANP de 30 de abril de 2018, para um mandato de quatro anos, que terminaria em 30 de abril de 2022.
Por: Filomeno Sambú
VISITA OFICIAL DE MINISTRO DA DEFESA DE PORTUGAL À GUINÉ-BISSAU
Sua Excelência Ministro da Defesa de Portugal Prof. Dr. João Gomes Cravinho, foi recebido hoje, 13-12-21, por Secretária-Geral do Ministério da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Drª Marcelina Santos Ba no aeroporto internacional Osvaldo Vieira.
A visita terá a duração de dois dias e, a mesma terminará com a assinatura de acordo de cooperação militar entre dois ministros Tenente General Sandji Fati e Prof. Dr. João Gomes Cravinho.
Ministério da Defesa Nacional e Combatentes da Liberdade da Pátria
CEDEAO imporá sanções ao Mali caso não haja eleições a 27 de fevereiro
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) advertiu a junta militar no poder do Mali de que imporá novas sanções contra o país, caso não sejam realizadas as eleições marcadas para 27 de fevereiro.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) advertiu a junta militar no poder do Mali de que imporá novas sanções contra o país, caso não sejam realizadas as eleições marcadas para 27 de fevereiro próximo.
A CEDEAO manifestou preocupação pelo facto de o prazo "correr o risco de não ser respeitado" e sublinhou a "necessidade urgente" de que este seja cumprido, num comunicado emitido no final deste domingo, após a 60ª cimeira regular dos líderes do bloco de 15 nações africanas em Abuja, capital da Nigéria.
Instabilidade no Mali preocupa CEDEAO
"Se até ao final de dezembro de 2021 não houver progressos tangíveis na preparação das eleições, serão impostas sanções adicionais a partir de 1 de janeiro de 2022", advertiu a organização.
"Estas sanções incluirão, em particular, sanções económicas e financeiras", afirmou a CEDEAO, em resposta aparente à promessa da junta militar no poder no Mali que de irá fornecer um calendário eleitoral até ao final de janeiro.
Falta de progressos nos preparativos eleitorais
Numa cimeira extraordinária realizada em novembro último, o bloco regional já tinha "lamentado profundamente" a falta de progressos nos preparativos das eleições, pela voz do presidente rotativo da organização, o chefe de Estado ganês, Nana Akufo-Addo, que deu na altura conta da notificação oficial do Mali da sua "incapacidade" de realizar eleições a 27 de fevereiro de 2022.
No final de maio, a CEDEAO suspendeu o Mali de todas as instituições comunitárias, em consequência do duplo golpe de Estado perpetrado pelos militares em agosto de 2020 e em 24 de maio deste ano.
Posteriormente, a instituição decretou sanções contra os membros superiores do governo de transição do Mali.
Na cimeira deste domingo, os líderes da CEDEAO decidiram, por outro lado, manter as sanções contra a junta militar que governa a Guiné-Conacri desde o golpe de Estado de 5 de setembro, que derrubou o então presidente, Alpha Condé.
A organização exigiu ainda um calendário aos militares guineenses para a restauração da ordem constitucional.
Alimentos que podem ser venenosos e a maioria de nós não sabe
Por curapelanatureza.com.br
Você sabia que alguns alimentos comuns em nossa cozinha podem ser altamente perigosos à nossa saúde?
Não é alarmismo, e sim informação útil.
O que acontece é que algumas comidas podem ser bastante tóxicas.
Por isso é muito importante sabermos quais e quando evitá-las.
Veja quais são:
1. Tomate
Algumas pessoas gostam de comer tomate verde.
Mas isso não é nada saudável.
Nos tomates verdes, há muita solanina, uma substância toxica venenosa que, quando ingerida, pode causar sintomas como náusea, vômito, cólicas, diarréia, arritimia, tontura e dor de cabeça.
Em caso extremo, podem acontecer também alucinação, dormência, paralisia e febre.
Mas atenção: este risco de toxidade só existe nos tomates verdes.
Os maduros você pode comer sem medo (especialmente se forem orgânicos).
2. Noz-moscada
Ela pode ser alucinógena e consumir 5 gramas já pode causar cólicas em algumas pessoas.
Achou pouco?
Pois saiba que o consumo de 8 gramas de noz-moscada pode levar qualquer um a ter convulsões.
Apenas uma noz-moscada consumida de uma vez só é capaz de nos levar a uma alteração mental.
3. Batata-inglesa
É o mesmo caso do tomate.
Não é qualquer batata que pode ser tóxica, mas aquelas que vêm com uma pelezinha verde, ou seja, que ainda não está completamente amadurecida.
Você já comprou uma assim?
Em fase de brotamento, isto é, quando está brotando, a batata-inglesa também é tóxica.
O risco também se deve à solanina.
A solanina é tóxica para o organismo humano e não é destruída por processos como o cozimento.
Os principais sintomas de sua intoxicação são diarreias, vômitos e outros problemas gastrintestinais.
4. Amêndoas
Sabemos que há dois tipos de amêndoas: doce e amarga.
As amargas têm cianeto de hidrogênio, o que é perigoso para adultos e crianças.
5. Atum
Ele é perigoso porque absorve o mercúrio do mar, já que infelizmente este está poluído e cheio de metais pesados.
O correto é que os rins eliminem o mercúrio e outras substâncias tóxicas.
Mas, quando os rins estão esgotados, isso não ocorre, e o mercúrio pode chegar ao cérebro, causando vários danos.
O perigo é tanto que a agência americana de alimentos e medicamentos (FDA) recomenda que gestantes e crianças evitem completamente consumir atum.
Castelo Branco e Bissau estabelecem protocolo de cooperação
© Lusa
Por LUSA 13/12/21
A Câmara de Castelo Branco e Bissau (Guiné-Bissau) estabeleceram uma parceria que prevê o reforço dos laços humanos e a cooperação em áreas como o ensino, proteção civil ou capacitação de recursos humanos.
Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Câmara de Castelo Branco referiu que "o acordo visa contribuir no reforço de laços humanos e melhorar a cooperação nas áreas do ambiente e espaços verdes, ordenamento do território, urbanismo e habitação e saneamento básico".
O protocolo de cooperação foi assinado na cidade de Castelo Branco pelo presidente do município português, Leopoldo Rodrigues, e de Bissau, Luís Simão Enchama.
A parceria estabelecida entre as duas autarquias visa ainda a cooperação na área da proteção civil, formação e capacitação de recursos humanos da Câmara de Bissau.
Além disso, prevê também o apoio na integração dos alunos enviados pelo município guineense para estudar no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e o apoio no âmbito da assessoria e consultoria técnico-jurídica.
Leopoldo Rodrigues diferenciou Castelo Branco, enquanto capital de distrito e sede de concelho, pela sua localização privilegiada e realçou o apoio aos investidores que queiram trabalhar com estruturas existentes na cidade, como o Inovcluster, o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar, o Centro de Empresas Inovadoras e a Fábrica da Criatividade.
O autarca realçou ainda o "importante papel" dos equipamentos culturais como dinamizadores turísticos, assim como a importância do IPCB no desenvolvimento da região.
Citado no documento, Luís Simão Enchama lembrou que é a primeira vez que visita Castelo Branco enquanto presidente de Câmara de Bissau e agradeceu o acolhimento.
Frisou ainda o papel que Castelo Branco tem tido ao longo dos anos ao acolher no IPCB os estudantes guineenses e reconheceu "este sinal de aproximação, onde, através do receber, Castelo Branco não está longe de Bissau. Castelo Branco sabe acolher".
Ómicron. Nigéria retalia e planeia restrições aos voos de quatros países
© Getty Images
Notícias ao Minuto 13/12/21
A medida foi anunciada este domingo, pelo ministro da Aviação.
A Nigéria está a planear restringir os voos provenientes da Argentina, Reino Unido, Canadá e Arábia Saudita a partir desta semana, depois destes países terem adicionado a região às suas listas vermelhas perante a deteção da variante Ómicron. A medida foi anunciada este domingo, pelo ministro da Aviação.
“Demos a nossa opinião enquanto ministério de que não é aceitável e recomendámos que esses países, Canadá, Reino Unido, Arábia Saudita e Argentina, sejam também postos na lista vermelha, como fizeram connosco”, disse Hadi Sirika, citado pela Reuters, referindo-se às restrições de movimento impostas a vários países africanos desde a descoberta da nova estripe, que, agora, se encontra em 57 países.
“Entre hoje e segunda-feira, talvez terça-feira no máximo, todos esses países serão colocados na lista vermelha. Quando lá estiverem, significa que estão banidos, e as suas companhias aéreas também”, adiantou.
O Reino Unido foi o primeiro a anunciar uma lista vermelha, o que a Nigéria considera ser injusto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, defendeu que os países deveriam aplicar medidas com base na informação conhecida e nos riscos no que toca a restrição dos voos de outros países devido à Ómicron, incluindo a testagem ou o confinamento de passageiros internacionais, sublinhado que as interdições generalizadas a outros países não impedem a propagação do vírus.
Nigéria - Violência doméstica contra homens
A former House of Reps member who represented Jechira Federal Constituency in Benue State beat her husband to unrecognisable.
By: 9newsng.com
This incident is coming few days after the husband, Mr. David Fiase Aondona, made a post on Facebook alleging threat to his life while asking the public to hold his wife responsible should anything happen to him. Mr. Fiase had accused the wife of trying to kill him with domestic violence.
A tradição de natal mais diferente do mundo!
No dia 25 de dezembro, a comunidade de Chumbivilcas, no Peru, comemora o "Natal" de uma forma diferente. Lá eles celebram o "Takanakuy", que nada mais é que uma reunião onde as pessoas resolvem os problemas do ano que se passou lutando com os punhos. Após todas as desavenças serem resolvidas com socos e pontapés, todos se reúnem para beber juntos.
Quem também tem um natal em família cheio de intrigas?
domingo, 12 de dezembro de 2021
Máscara provoca maior perceção da dor e da raiva por parte do cérebro
© Shutterstock
Notícias ao Minuto 12/12/21
A máscara provoca maior perceção da dor e da raiva por parte do cérebro, que fica mais alerta na procura dos padrões faciais devido à parte inferior da face estar tapada, revela um estudo hoje divulgado.
"A máscara origina ruído comunicacional emocional, porém funciona como motivo para que o cérebro fique mais em alerta na procura dos padrões faciais", refere o estudo científico "A Face das Emoções na Pandemia", desenvolvido pelo investigador João Alves, sob a orientação do professor doutor Freitas-Magalhães e diretor do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab), da Universidade Fernando Pessoa (UFP).
Segundo o estudo, cujas principais conclusões foram divulgadas em comunicado pelo FEELab, o cérebro fica mais instintivo na identificação da dor e da raiva.
"O cérebro facial procura mapear todos os vestígios que permitam identificar com rigor as emoções associadas. Como a máscara é um obstáculo, na parte inferior da face, o cérebro procura e intensifica os marcadores da face superior", afirma o diretor do FEELab, citado no comunicado.
Freitas-Magalhães explica que tal comportamento "é ancestral e evolutivo, particularmente ao reforço instintivo de mapeamento da dor e da raiva no processo seletivo de sobrevivência".
"Estes resultados confirmam o primado da conduta instintiva do cérebro quando em jogo está a sobrevivência humana", conclui o diretor do Laboratório de Expressão Facial da Emoção.
Forum de Dakar : vers une nouvelle stratégie face à la montée de l’insécurité au Sahel ? • RFI
BACIRO DJÁ DENÚNCIA TRÁFICO DE DROGA E LAVAGEM DE DINHEIRO NA GUINÉ-BISSAU
O Presidente da Frente Patriótica de Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Dja, denunciou este sábado, 11 de dezembro de 2021, que há pessoas que estão usar a Guiné-Bissau para fazer o tráfico de droga e a lavagem de dinheiro, embora não tenha avançado com os nomes.
Baciro Dja falava na secção de Cabedu, setor de Bedanda, Região de Tombali, sul do país, na cerimónia de entrega de uma ambulância oferecida pelo seu partido aos populares daquela tabanca para a evacuação dos doentes. Dja disse que há problemas em todos os setores da vida social, acusando os atuais governantes de preocuparem-se apenas em resolver seus problemas pessoais em detrimento dos do povo.
O líder da FREPASNA afirmou que o estado da Guiné-Bissau está dirigido por indivíduos que não estão preparados para governar a nação, adiantando que a política é um ato de seriedade, e, por conseguinte, ela deve ser exercida por pessoas visionárias e sérias com legitimidade histórica, sublinhando que a política deve ser feita com a ética e deontologia, acompanhada com a intelectualidade.
“Conhecemos, na Guiné-Bissau, os partidos políticos de Balantas, Mandingas e Fulas. Isso não é bom para o país, que tem um povo amável. Sempre pautei pela verdade na política, porque é um ato nobre, razão pelo qual fiz tudo para cumprir as minhas promessas com a população guineense”, sublinhou.
Baciro Dja disse que a oferta de ambulância aos populares do setor de Bedanda é um “ato simbólico” para ajudar a população mais necessitada na evacuação dos doentes, devido às dificuldades com que se deparam.
Neste particular, acrescentou que não ofereceu aquela ambulância em troca de votos, mas sim, devido à ligação que tem com aquela zona sul do país.
Para o líder da FREPASNA, a transferência do ato das comemorações do dia da independência é “um insulto” para o povo guineense, desafiando os quadros guineenses [aqueles que não estão a fazer política] para se juntarem à FREPASNA, de forma a desenvolverem a Guiné-Bissau, através das ideias claras.
Mussa Turé, régulo de Cabedu, satisfeito com o apoio, agradeceu o gesto, afirmando que o ex- primeiro-ministro é um “homem de palavra” que cumpri as promessas eleitorais, “com os recursos próprios”, mesmo não estando no poder.
Em nome da juventude do setor de Bedanda, Abduramane Camará, agradeceu também o gesto do líder da FREPASNA, sublinhando que há muitos anos que aquela zona não tem beneficiado da oferta do género, tendo apelado a população de Bedanda a retribuir o apoio nas próximas eleições, apoiando o projeto político de Baciro Djá.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Diretor-geral da agricultura: “GUINÉ-BISSAU PODE ATINGIR ESTE ANO TREZENTAS MIL TONELADAS DE ARROZ PRODUZIDOS LOCALMENTE”
[ENTREVISTA_dezembro_2021] O diretor-geral da agricultura, Júlio Malam Indjai, afirmou que a Guiné-Bissau pode atingir, este ano, os trezentas mil toneladas de arroz produzido localmente. Contudo reconheceu que a quantidade é pouca, porque o ministério quer que a produção deste cereal aumente, o cereal mais consumido pelos guineenses.
A Guiné-Bissau, de acordo com os dados oficiais, importa anualmente entre 110 a 115 mil toneladas de arroz para a comercialização.
Indjai fez estas afirmações na entrevista ao semanário O Democrata para falar da produção agrícola e das expetativas, em termos de colheitas, um pouco por todo o país, tendo em conta que o executivo apoiou os camponeses em sementes agrícolas e implementou algumas técnicas de cultivo inovadoras.
Acrescentou neste particular que o ministério está a trabalhar com o intuito de aumentar a produção de arroz nos próximos anos.
GOVERNO PERSPETIVA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE ARROZ NOS PRÓXIMOS ANOS PARA 700 MIL TONELADAS
O diretor-geral da agricultura disse que aguarda-se, com muita expetativa, que este ano haja uma boa colheita de arroz e que registaram uma boa produção, particularmente, nas zonas por onde passou.
“Houve regularidade de pluvemetria este ano, à semelhança do ano passado. No ano passado houve inundações e cerca de 25 mil hectares de bolanhas de arroz foram destruídas. Este ano felizmente não houve inundações, só que constatamos em algumas zonas a falta de água, nomeadamente na região de Biombo e no setor de Nhacra,” contou, para de seguida assegurar que, na verdade, este ano tanto no Sul, no Norte como no Leste do país vai-se registar boa produção de arroz.
Sobre a produção de amendoim (mancarra), disse que se está a colher o produto um pouco por todo o país e que este ano registou-se um aumento da produção do amendoim, sem avançar pormenores em relação às quantidades. Enfatizou que agora há escassez de espaços para a produção de amendoim, tendo lembrado que anteriormente lavrava-se muito no planalto que agora está a ser invadido por pomares de cajú.
“Os pomares de cajú consumiram grande parte das parcelas que anteriormente eram aproveitadas para outras culturas, sobretudo amendoim, milho, feijão, entre outros”.
Questionado sobre a quantidade da produção agrícola, particularmente do arroz e milho, de acordo com as previsões do ministério, disse que no ano passado tiveram um aumento de sete por cento relativamente ao ano precedente.
“Comparamos as estatísticas dos últimos cinco anos, nós subimos a razão de 15 por cento, não obstante as inundações registadas no ano passado que causaram perdas de cerca de 68 mil toneladas do arroz. Este ano, sem as inundações, acho que a tendência é de aumento. Estamos neste momento em plena colheita do arroz de mangrove, que vai até final deste mês”, contou.
Assegurou que este ano haverá um aumento de quatro por cento em termos de produção de arroz, em comparação com o ano passado. Acrescentou que no ano passado o país atingiu 257 mil toneladas, pelo que se perspetiva que é possível conseguir mais de 300 mil toneladas de arroz, produzido localmente.
“Esta quantidade é pouco para nós, porque queremos fazer crescer a produção deste cereal, se tomarmos em conta que o arroz é o cereal mais consumido pelos guineenses. A média consumível por pessoa por ano, é estimada em 130 quilogramas de arroz. O ministério está empenhado em aumentar a produção do arroz até entre 500 a 700 mil toneladas anuais” disse, acrescentando que no concernente aos outros cereais, como milho, regista-se pouca produção.
INDJAI: “DEVEMOS INVESTIR PESADO NA AGRICULTURA PARA SAIRMOS DA SUBSISTÊNCIA FAMILIAR”
Lamentou a falta de meios para conduzir, no terreno, os inquéritos estatísticos agrícolas para apurar os dados concretos sobre cada cereal, tendo frisado que o “mais correto seria termos o espaço cultivado por cada cultura e contabilizar o rendimento de cada cultura por ano”.
Afiançou que estão a desenvolver um projeto de cooperação técnica com o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) que, segundo a sua explicação, esse projeto vai permitir-lhes exercitar, em termos piloto, numa região e depois procurar financiamento para a implementação do projeto noutras regiões para apuramento de dados estatísticos no domínio agrário.
Interrogado sobre os mecanismos acionados pelo ministério para apoiar os camponeses que correm risco de fome devido à falta de água nas suas bolanhas, respondeu que visitou pessoalmente as bolanhas afetadas por falta de água devido à pouca chuva nos últimos dias.
“Na aldeia de Como de Jangada, na zona de Nhacra, o que passou ali é um caso inédito e pelas informações que nos deram. Disseram que foram os lobos que estiveram na bolanha e retiraram as tampas dos tubos…! Eu não sei até em que medida o lobo pode descer à bolanha e sacar a tampa para fazer escorrer toda a água que estava retida na parcela…” contou, avançando que houve chuva nos últimos tempos que lhes permitiu gerir a água que ficou retida.
“Eu vi que a situação estava a mudar para positiva, portanto já não correm tanto risco de perder a produção. Há parcelas que poderão produzir, embora não em grandes quantidades”, referiu.
Relativamente à situação da região de Biombo e concretamente em ponta Cabral, explicou que deslocou-se também àquela localidade e constatou no terreno que o arroz já estava na sua fase de produção ou na fase leitosa. Portanto “há esperança que eles poderão aproveitar algumas parcelas, infelizmente grande parte está estragada”.
“As medidas que nós podemos acionar relativamente à situação é ver a possibilidade de precaver alguns apoios em termos de alimentos. Primeiro, apoio em géneros alimentícios para os trabalhos de recuperação de diques e em tubos “PVC” para permitir a drenagem das águas em excesso. Quer dizer, retirar a água, se a quantidade for superior em relação ao nível do arroz ou reter a água quando necessário para permanecer nas parcelas a fim de alimentar o ciclo vegetativo da planta”, notou.
Em relação aos relatos de situações de fome em algumas zonas do país, Indjai afirmou que na Guiné-Bissau não se pode falar da fome, dadas às condições do solo e dos recursos de que o país dispõe, contudo, reconheceu que existem dificuldades e ausência de investimento pesado no setor da agricultura.
“Aqui na Guiné-Bissau dificilmente teremos fome. Digo mesmo que a nossa geração não pode confrontar-se com essa situação, porque nós temos a sorte da terra que Deus nos ofereceu e temos apenas que saber gerir o mínimo que temos para podermos, de facto, constituir a nossa economia” enfatizou, para de seguida defender um investimento pesado do Estado no domínio agrário, porque “sem o investimento não podemos criar riquezas, vamos ficar apenas na subsistência familiar”.
Assegurou que o investimento que se requer no setor de agricultura passa pela aquisição de máquinas agrícolas adequadas para revolucionar a agricultura nacional, de forma a modernizá-la e aumentar a produção a fim de aproveitar o mercado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental que conta com mais de 300 milhões de consumidores.
“Temos a perspetiva de aquisição de tratores, moto cultivadores, tubos e moto bombas para a irrigação. Temos mais de 25 mil hectares no vale do rio Geba que podemos explorar para a produção de arroz nas épocas seca e chuvosa. No ano passado, aproveitamos 438 hectares no vale do rio Geba que foram cultivados na época seca, graças ao apoio do ministério das Finanças” revelou, adiantando que este ano se perspetiva aumentar o espaço para que se possa produzir mais e em qualidade.
Explicou que diferentes organizações ou cooperativas agrícolas trabalham naquelas bolanhas de acordo com as suas capacidades técnicas, por isso defende que é preciso o apoio do governo ou dos parceiros, de forma a permitir que os produtores desenvolvam melhor as suas atividades e aumentar a produção.
O diretor-geral da agricultura afirmou que atualmente a zona de maior produção de arroz na Guiné-Bissau é o leste do país, Bafatá e Gabú, que dispõem de vasta área que está a ser aproveitada. O Leste dispõe também de condições para a irrigação do arroz.
Outras zonas, por exemplo Quínara, Cacheu e Oio, dispõem de espaço para a produção da época da seca, mas o grande problema é a água.
“É preciso construir micro barragens e criar condições técnicas para transportar a água que nós desperdiçamos no rio Corubal. A grande quantidade da água que sai do rio Corubal para o mar podia ser reconduzida para as zonas onde há necessidade, NORTE e Sul, onde podemos construir reservatórios de água para a irrigação, o cultivo do arroz e horticultura, bem como para bebedouros para animais”, referiu.
Solicitado a pronunciar-se sobre a situação real do sul do país, que outrora era considerado o celeiro de arroz e hoje ultrapassado pelo leste, explicou que a província Sul continua até hoje a ser o maior celeiro de arroz da Guiné-Bissau, mas atualmente está a confrontar-se com enormes dificuldades, entre as quais, o abandono das bolanhas pelos camponeses.
“O abandono das bolanhas deve-se à diminuição da mão de obra, porque os jovens saíram das tabancas em direção às cidades. O trabalho das bolanhas requer força para lavrar com arado e sobretudo a construção dos diques. Outro aspeto tem a ver com a proliferação do cajú. O seu valor obrigou os camponeses a deixarem as bolanhas e a apostar na produção do cajú”.
Indjai disse que o ministério conseguiu introduzir tratores para a lavoura em algumas localidades do sul do país, de formas a reduzir o esforço físico das populações, porque lavrar com o arado requer muita força. Sublinhou que com a introdução dos tratores e o aumento do espaço para o cultivo é possível chamar aquela zona de celeiro da produção, contudo advertiu que o celeiro só se constitui com duas possibilidades de produção.
“Se a zona leste conseguiu expandir a área de cultivo, poderá ser o celeiro da produção de arroz na Guiné-Bissau”, notou.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S