A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) advertiu a junta militar no poder do Mali de que imporá novas sanções contra o país, caso não sejam realizadas as eleições marcadas para 27 de fevereiro.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) advertiu a junta militar no poder do Mali de que imporá novas sanções contra o país, caso não sejam realizadas as eleições marcadas para 27 de fevereiro próximo.
A CEDEAO manifestou preocupação pelo facto de o prazo "correr o risco de não ser respeitado" e sublinhou a "necessidade urgente" de que este seja cumprido, num comunicado emitido no final deste domingo, após a 60ª cimeira regular dos líderes do bloco de 15 nações africanas em Abuja, capital da Nigéria.
Instabilidade no Mali preocupa CEDEAO
"Se até ao final de dezembro de 2021 não houver progressos tangíveis na preparação das eleições, serão impostas sanções adicionais a partir de 1 de janeiro de 2022", advertiu a organização.
"Estas sanções incluirão, em particular, sanções económicas e financeiras", afirmou a CEDEAO, em resposta aparente à promessa da junta militar no poder no Mali que de irá fornecer um calendário eleitoral até ao final de janeiro.
Falta de progressos nos preparativos eleitorais
Numa cimeira extraordinária realizada em novembro último, o bloco regional já tinha "lamentado profundamente" a falta de progressos nos preparativos das eleições, pela voz do presidente rotativo da organização, o chefe de Estado ganês, Nana Akufo-Addo, que deu na altura conta da notificação oficial do Mali da sua "incapacidade" de realizar eleições a 27 de fevereiro de 2022.
No final de maio, a CEDEAO suspendeu o Mali de todas as instituições comunitárias, em consequência do duplo golpe de Estado perpetrado pelos militares em agosto de 2020 e em 24 de maio deste ano.
Posteriormente, a instituição decretou sanções contra os membros superiores do governo de transição do Mali.
Na cimeira deste domingo, os líderes da CEDEAO decidiram, por outro lado, manter as sanções contra a junta militar que governa a Guiné-Conacri desde o golpe de Estado de 5 de setembro, que derrubou o então presidente, Alpha Condé.
A organização exigiu ainda um calendário aos militares guineenses para a restauração da ordem constitucional.
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