Admilson Nambeia durante a sua mensagem de último adeus ao seu pai, disse que a única forma de honrar o seu pai, é a permanência de diálogo entre atores políticos do país.
Admilson Nambeia durante a sua mensagem de último adeus ao seu pai, disse que a única forma de honrar o seu pai, é a permanência de diálogo entre atores políticos do país.
EM ATUALIZAÇÃO
As Forças Armadas norte-americanas abateram este sábado o balão de vigilância chinês detetado no leste do país sobre o Oceano Atlântico, avança a CNN Internacional.
Fonte oficial da Casa Branca adiantou que a administração Biden avançou com planos para abater o balão, isto momentos depois de Joe Biden ter garantido à CNN Internacional que os EUA estavam "a tratar disso".
Na quinta-feira, o Pentágono anunciou que tinha detetado um grande aeróstato sobre os EUA, e disse não ter dúvidas de que vinha da China e estava a ser utilizado para fins de espionagem.
Por sua vez, Pequim disse tratar-se de um dirigível civil utilizado principalmente para a investigação meteorológica que se tinha desviado "muito do curso planeado" devido ao vento.
Já na sexta-feira, os Estados Unidos anunciaram ter sido detetado um segundo balão a sobrevoar a América Latina. A informação foi avançada pelo Pentágono, que não especificou a localização exata.
© Reuters
POR LUSA 04/02/23
As autoridades ucranianas anunciaram hoje a libertação de 116 soldados e membros das forças de segurança do seu país, num grupo que inclui "defensores" de Mariupol, Gerson e Bakhmut, enquanto a Rússia divulgou a libertação de 63 militares.
"Conseguimos devolver ao nosso povo, os nossos heróis", anunciou o chefe de gabinete do Presidente, Andriy Yermak, através da sua conta na rede social Telegram.
De acordo com a mesma fonte, nesse grupo, encontram-se 87 soldados das forças armadas, sendo os restantes membros da polícia nacional, do serviço da guarda de fronteiras e dos serviços de emergência.
Junto com a libertação destes soldados, foram devolvidos à Ucrânia os corpos de dois voluntários estrangeiros mortos, identificados como o britânico Christopher Matthew Perry e o neozelandês Andrew Tobias Matthew.
Entre os corpos sem vida está também a devolução de um ucraniano que serviu a Legião Estrangeira Francesa, identificado como Yevgeny Olegovich Kulik.
O Ministério da Defesa da Rússia já tinha anunciado a troca de 63 prisioneiros de guerra russos, pela segunda vez este ano, graças aos esforços de mediação dos Emirados Árabes Unidos, sem informar quantos militares ucranianos foram enviados para Kyiv.
Nesta "troca especial" anunciada hoje por Moscovo e Kyiv, num total de 179 presos de guerra, estão entre os 63 militares russos alguns de "destacada importância" que já estão de volta ao território controlado por a Rússia.
"Como resultado de um complexo processo de negociações, 63 militares das Forças Armadas da Rússia regressaram dos territórios controlados por o regime de Kyiv", anunciou num comunicado.
Segundo o Ministério da Defesa, "neste momento, todos os militares estão em território russo" e "foi-lhes oferecida ajuda psicológica e médica necessária, além da possibilidade que lhes foi dada de comunicarem com a sua família".
"Dentro do grupo de militares russos libertados estão incluídas pessoas de 'categoria sensível', cuja troca foi possível graças aos esforços de mediação das autoridades dos Emirados Árabes Unidos", afirmou o ministério, sem dar mais detalhes.
Na quarta-feira, a provedora da Justiça da Rússia, Tatiana Moskalkova, acusou o lado ucraniano de aplicar dois pesos e duas medidas no processo de troca de prisioneiros, ao priorizar "figuras mediáticas" e riscar das listas soldados rasos e oficiais subalternos.
"Para as autoridades ucranianas, o benefício político está acima da piedade e do humanismo", denunciou a provedora enquanto apontava que isso afeta "a eficácia das trocas".
Neste sentido, a provedora da Justiça russa acrescentou que o processo de troca está a alongar-se, o que afeta os militares gravemente feridos.
Segundo um comunicado emitido pela agência russa TASS, o Ministério da Defesa agradeceu aos Emirados Árabes Unidos os seus esforços de mediação para facilitar o intercâmbio de prisioneiros.
© Lusa
POR LUSA 04/02/23
Governo da Guiné-Bissau "não pode falhar" na organização das legislativas
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que o Governo "não pode falhar" na organização das próximas eleições legislativas, marcadas para 04 de junho.
"As próximas eleições legislativas são um teste desde logo à capacidade organizativa do Governo e o executivo não pode falhar esses desafios e também um teste à maturidade cívica dos guineenses, um desafio à nossa sociedade civil", disse Umaro Sissoco Embaló.
O chefe de Estado falava no Palácio da Presidência, em Bissau, durante a apresentação de cumprimentos de Ano Novo pelo poder legislativo, poder executivo, chefias militares, governadores regionais e presidente da Câmara Municipal de Bissau.
O Presidente guineense destacou também que é preciso as Forças Armadas do país continuarem a desenvolver uma "cultura de valores essenciais" que lhe são próprios e "disciplina e respeito escrupuloso pela hierarquia", salientando que é uma tarefa permanente e se não houver aquela cultura deixará de haver certamente instituição militar.
"Como comandante supremo das Forças Armadas, renovo o meu compromisso de tudo fazer para que as nossas Forças Armadas estejam cada vez mais capacitadas para a defesa da nossa soberania, do Estado de Direito democrático e da Constituição e dos seus valores", disse Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente guineense recebe ainda hoje cumprimentos da sociedade civil, entidades religiosas, personalidades ligadas às artes e desporto, dos funcionários da Presidência da República e do corpo diplomático, consular e organismos internacionais acreditados no país.
O chefe de Estado dissolveu a Assembleia Nacional em maio e marcou eleições legislativas para 18 de dezembro, mas o Governo, após encontros com os partidos políticos, propôs que fossem adiadas para maio.
Umaro Sissoco Embaló remarcou as eleições para 04 de junho.
cnnportugal.iol.pt, 04/02/23
António Costa anunicou que Portugal já está a coordenar com a Alemanha a recuperação dos carros de combate que serão enviados às Forças Armadas ucranianas
O primeiro-ministro assegurou que Portugal vai ceder às Forças Armadas ucranianas tanques Leopard 2 e adiantou que está neste momento em curso uma operação logística com a Alemanha para recuperação de alguns carros de combate.
Esta decisão do Governo português foi transmitida por António Costa à agência Lusa no final de uma visita que efetuou à missão militar portuguesa na República Centro Africana, em que também procurou salientar que o envio de tanques para a Ucrânia não colocará em causa a capacidade militar nacional em termos de equipamento.
“Estamos neste momento a trabalhar para podermos ter condições de dispensar alguns dos nossos tanques. Sei quantos tanques serão [enviados para a Ucrânia], mas isso será anunciado no momento próprio”, afirmou o líder do executivo.
De acordo com o primeiro-ministro, neste momento, Portugal está a trabalhar com a Alemanha para “permitir uma operação logística de fornecimento de peças, tendo em vista concluir a recuperação de alguns dos carros [de combate] que não estavam operacionais”.
“Uma operação que se destina a ceder à Ucrânia alguns tanques, sem que, naturalmente, Portugal deixe de ter a sua capacidade militar intacta. Obviamente, Portugal tem também obrigações no quadro da NATO, que não podemos deixar de cumprir em termos de disponibilidade de equipamento para intervenções em caso de necessidade”, advertiu.
Interrogado sobre a altura mais provável em que se poderá concretizar o envio desses tanques Leopard 2 para território ucraniano, António Costa observou que “o movimento que está em curso na Europa é no sentido de poder ter o conjunto desses meios disponibilizados até ao final de março”.
Já sobre a controvérsia relacionada com o facto de vários destes tanques Leopard 2, adquiridos pelas Forças Armadas nacionais em 2007, estarem sem manutenção há muitos anos, o primeiro-ministro contrapôs que a expressão “muitos anos é um exagero”.
“Alguns não estão operacionais e, por isso mesmo, temos de trabalhar simultaneamente com quem produz para assegurar a cadeia de abastecimento necessária, tendo em vista recuperar tanques que temos neste momento inoperacionais e podermos dispensar tanques operacionais, ficando nós com a nossa própria capacidade devidamente salvaguardada. É essa operação logística que está em curso”, justificou.
Ainda sobre a questão da inoperacionalidade de alguns dos tanques Leopard 2, António Costa fez a seguinte observação: “Não é só nas peças de automóveis que há falta de componentes”.
“Também para o equipamento militar tem havido falta de componentes. Essa operação logística está em curso e temos trabalhado de forma muito próxima com a Alemanha. Atempadamente, vamos conseguir dar a nossa contribuição para esse esforço coletivo de dotar a Ucrânia de melhores meios para a sua defesa”, acrescentou.
No que respeita à cooperação bilateral com a Ucrânia, o primeiro-ministro realçou o envio por Portugal de material de guerra, mas também o envio de material humanitário e a ajuda humanitária, designadamente ao nível do acolhimento de refugiados.
“Temos também dado um apoio de emergência ao Orçamento da Ucrânia e estão em curso com o Governo ucraniano programas para a reconstrução de escolas numa província. Temos, igualmente, o esforço que resultou do reposicionamento das forças militares no quadro da NATO e que teve como consequência o reforço do flanco oriental onde Portugal está presente agora reforçadamente na Roménia”, assinalou.
António Costa adiantou, ainda, que nos próximos meses irá uma missão de Polícia Aérea para a Lituânia.
“Esta situação está a permitir um maior envolvimento. Por exemplo, a Roménia vai enviar forças para participar na operação da Minusca na República Centro-Africana. Não é propriamente uma contrapartida, mas é também no quadro da cooperação que temos desenvolvido com a Roménia”, completou.
© Lusa
POR LUSA 04/02/23
Os Estados Unidos anunciaram ter sido detetado um segundo balão a sobrevoar a América Latina, indicou o Pentágono, na sexta-feira, sem especificar a localização exata.
"Temos conhecimento de relatos de um balão a sobrevoar a América Latina. Estamos a avaliar se é mais um balão de vigilância chinês", disse o porta-voz do Pentágono, brigadeiro Pat Ryder, numa declaração enviada à imprensa.
Também o jornal La Nacion da Costa Rica publicou um artigo sobre um objeto voador branco, semelhante a um balão de ar quente, avistado sobre o país latino-americano.
Na quinta-feira, o Pentágono indicou estar a seguir os movimentos de um "balão espião" chinês avistado sobre o estado de Montana (nordeste), onde se encontra um dos três locais de silos de mísseis nucleares em solo norte-americano.
Os outros silos estão localizados em dois estados limítrofes do Montana: Dakota do Norte, a leste, e Wyoming, a sul.
O Pentágono adiantou que o balão deslocou-se para leste nas últimas horas e encontra-se agora no centro do país, a mais de 18 mil metros acima do solo.
A presença do balão no espaço aéreo norte-americano desencadeou uma crise diplomática entre Washington e Pequim e levou ao adiamento da viagem prevista do secretário de Estado, Antony Blinken, ao país asiático.
Por seu lado, Pequim admitiu, na sexta-feira, que o balão lhe pertence, mas garantiu tratar-se de "um dirigível civil utilizado para fins de pesquisa meteorológica".
Atual dirigente da CCIAS e Câmara Consular Regional da UEMOA, Jose Lobato foi nomeado em Conselho de Ministros. Lobato foi Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau FFGB e responsável da Confederação Empresarial da CPLP.
© Lusa
POR LUSA 03/02/23
Sistema antiaéreo defenderá de "drones, mísseis e aviões russos"
O sistema de defesa terra-ar de médio alcance MAMBA a fornecer por França e Itália permitirá à Ucrânia "defender-se dos ataques de drones, mísseis e aviões russos", indicou hoje o ministério francês da Defesa e Forças Armadas."O fornecimento desse sistema responde à urgência manifestada pelo ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, aos seus homólogos francês e italiano, de proteger as populações e infraestruturas civis face aos ataques aéreos russos", acrescenta o comunicado.
O ministro francês Sébastien Lecornu e o seu homólogo italiano Guido Crosetto contactaram hoje por telefone para concluir esta entrega, que estava em discussão há várias semanas.
"Os dois ministros finalizaram as discussões técnicas (...) para entregar à Ucrânia na primavera de 2023 o sistema de defesa antiaérea SAMP/T -- MAMBA. Trata-se do primeiro sistema antimísseis europeu de longo alcance, de conceção franco-italiana", precisou o ministério.
O anúncio surge após a vista de Reznikov a Paris esta semana.
Desde há meses que a Ucrânia solicita o reforço do seu sistema de defesa terra-ar, em particular após uma vaga de ataques russos sobre as suas infraestruturas, com uso de drones iranianos.
O MAMBA, equivalente ao sistema Patriot norte-americano, já foi deslocado para a Roménia e instalado na região estratégica do porto de Constança, junto ao mar Negro.
Com este sistema, o seu radar e o sistema múltiplo de oito mísseis Áster com alcance de 100 quilómetros, "podemos contrariar um vasto leque de ameaças aéreas: mísseis balísticos de curto alcance, aviões de caça, helicópteros, drones e mesmo mísseis de cruzeiro com disparos múltiplos", disse em dezembro à agência noticiosa AFP na Roménia um militar francês.
Na terça-feira, a França tinha já anunciado a entrega nas próximas semanas de mais 12 canhões Caesar de 155mm, permitindo a Kiev dispor de 49 exemplares no total, "uma quantidade nada negligenciável", sublinhou Sébastien Lecornu.
Paris também prometeu um radar Ground Master 200 (GM200) produzido pela empresa francesa Thales. Este radar de médio alcance permite detetar um aparelho inimigo a 205 quilómetros e combatê-lo a 100 quilómetros, quer voe a baixa altitude e pouca velocidade como os drones, ou a alta altitude como os aviões de combate.
Segundo o seu fabricante, que já vendeu mais de 60 exemplares no mundo, assegura ainda uma proteção face aos 'rockets' e disparos de artilharia, ao alertar as tropas no terreno dos disparos inimigos. É transportado num camião.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -- , de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
A iniciativa do chefe de Estado vem no decreto presidencial número 10/2023, onde sustenta que, a sua decisão foi na base duma proposta do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam.
"É criada a Secretaria de Estado da Administração do Território e do Poder Local". Lê-se no documento na posse da Rádio Jovem.
© Roman Pilipey/Getty Images
Notícias ao Minuto 03/02/23
UE e Kyiv unidos entre apoio militar e obrigar a Rússia a pagar
A União Europeia (UE) e a Ucrânia concordaram hoje na necessidade de continuar a prestar apoio militar a Kyiv, e em responsabilizar a Rússia pelos crimes cometidos em território ucraniano e pela reconstrução do país.
Da cimeira entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, (em representação dos 27 Estados-membros) e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, resultou uma declaração conjunta que estabelece como uma das prioridades prolongar o "apoio político e militar pelo tempo que for necessário".
"Isto incluiu uma assistência militar de 3.6 mil milhões de euros ao abrigo do Mecanismo Europeu de Paz e o lançamento da Missão de Assistência Militar da UE para treinar numa primeira fase 30.000 militares em 2023", lê-se na declaração conjunta, dividida de 32 pontos.
Parte da declaração é dedicada à vontade que o bloco comunitário e o Kiev têm em fazer a Rússia pagar duplamente: pelos eventuais crimes de guerra cometidos desde 24 de fevereiro e pela reconstrução do país, fustigado por bombardeamentos e combates que ocorreram, muitas vezes, em áreas urbanas.
No documento está assinalado o compromisso de julgar os oficiais de Mosocovo responsáveis "pela grosseira violação da lei internacional".
"A Ucrânia enfatizou a preferência pela criação de um Tribunal Especial. Apoiamos o desenvolvimento de um centro internacional para julgar o crime de agressão na Ucrânia em Haia [Países Baixos] com o propósito de coordenar a investigação do crime de agressão contra a Ucrânia, preservar e guardar provas para julgamentos futuros. O centro vai estar associado à Equipa de Investigação Conjunta apoiada pelo Eurojust [Agência da União Europeia para a Cooperação em Justiça Criminal]", acrescenta-se.
Também é intenção de Bruxelas e de Kiev encontrar maneiras de fazer o Kremlin pagar pela destruição das infraestruturas críticas, habitações, hospitais, escolas, estradas, edifícios governamentais assolados pela guerra.
Von der Leyen têm referido inúmeras vezes que não abdica de fazer "o criminoso pagar e ser responsabilizado".
A manutenção do apoio humanitário e financeiro, a intenção de trabalhar com a Agência Internacional de Energia Atómica para salvaguardar a central nuclear de Zaporíjia e de alcançar um acordo de paz que cumpra as exigências de Kiev, em particular a retirada de todas as tropas russas do território ucraniano, incluindo as zonas anexadas, também estão explanados nesta declaração.
© Andressa Anholete/Getty Images
Notícias ao Minuto 03/02/23
A cidade italiana de Anguillara Veneta concedeu, em 2021, cidadania honorária ao ex-presidente do Brasil.
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, defendeu, na quinta-feira, que, “por lei”, tem cidadania italiana, uma vez que os seus avós são naturais de uma província do norte de Itália, o que lhe daria “cidadania plena”.
“A minha família é de Pádua. Pela lei, eu sou italiano. Tenho avós nascidos na Itália. A legislação de vocês diz que eu sou italiano. Com pouca burocracia, teria cidadania plena”, afirmou o brasileiro, após ser questionado sobre a sua cidadania por um jornalista italiano do Corriere Della Sera, durante um evento na Flórida, nos Estados Unidos da América (EUA).
Segundo a imprensa brasileira, o bisavô paterno de Jair Bolsonaro nasceu na comuna italiana de Anguillara Veneta, em 1878. A cidade concedeu, inclusive, cidadania honorária ao ex-presidente do Brasil, em 2021.
Já em janeiro, a imprensa italiana avançou que Bolsonaro estava a tentar obter cidadania italiana após os ataques às sedes dos três poderes, em Brasília. A informação acabou por ser desmentida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Antonio Tajani.
Decorridos mais de quarenta dias do recenseamento eleitoral, o partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) diz constatar a não apresentação até à data presente, pelo GTAPE, de um plano operacional do recenseamento, início muito tardio do processo na diáspora – África; e recenseamento no círculo-23, Europa, sem uma data, o que, para este partido, antevê a exclusão da maior parte dos cidadãos com a capacidade eleitoral.
“Alteração do sistema informático do recenseamento, sem que o mesmo tenha sido objeto de auditoria, com a agravante de estar ser, obrigatoriamente, solicitado o número de telefone dos eleitores, o que constitui uma grave violação da privacidade do eleitor nos termos do Artigo 22° da Lei n° 11/2013” Lê-se num comunicado lido esta quinta-feira, 02 de Fevereiro, em conferência de imprensa, pelo porta-voz do partido, Muniro Conté.
O PAIGC denuncia ainda a não entrega, até hoje, dos cartões a um número considerável de cidadãos eleitores já recenseados, assim como movimentações ou deslocações, sem precedentes, de cidadãos com intenção de recensear-se nas zonas diferentes das suas respectivas residências, sob patrocínio de alngus dirigentes do regime com intenção de influenciar os resultados eleitorais, o anuncio e relatos que indicam que o GTAPE estaria a encorajar e orientar os brigadistas a procederem à inscrição de cidadãos estrangeiros e de alguns menores com "peças de identidades duvidosas”.
Perante esses indícios que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde considera" vícios" e que possam vir a desacreditar o processo exige a entrega dos cartões de eleitor, logo após o registo dos cidadãos e o aumento do número dos representantes dos partidos políticos junto do GTAPE no sentido de seguir as operações internas do recenseamento”.
O PAIGC exige ainda que seja feita a auditoria, através de peritos internacionais independentes, dos dados recolhidos pelas diferentes brigadas do censo eleitoral, tendo apelado ao GTAPE a maior abertura e recetividade em relação aos protestos e reclamações formuladas pelos representantes dos partidos políticos.
O PAIGC termina o seu comunicado apelando aos seus militantes, simpatizantes e cidadãos com capacidade eleitoral, a recensear-se.
Refira-se que o recenseamento eleitoral para as eleições legislativas antecipadas marcadas para o dia 4 de junho decorre desde 10 de dezembro.
Por: Mamadi Indjai
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Radio Voz Do Povo /Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15© Reuters
POR LUSA 03/02/23
ONU alerta para ataques com base em etnias na Nigéria
As Nações Unidas alertaram hoje para o agravamento da situação de segurança na Nigéria com o aumento de ataques "baseados na identidade", na sequência da morte de 40 membros da comunidade fulani na semana passada.
"Estas dinâmicas de atingir comunidades com base na identidade, se não forem abordadas, podem alimentar tensões intercomunitárias, recrutamento por grupos armados e ataques de vingança, com um impacto óbvio sobre os civis", disse a conselheira especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio, Alice Nderitu, alertando especificamente para a situação nas regiões centro-oeste e centro-norte do país.
A responsável explicou que o agravamento da situação de segurança é marcado pela politização das atividades pastoris e de transumância e pelas divisões crescentes, incluindo a estigmatização segundo linhas religiosas e étnicas.
"É um ambiente extremamente volátil e é importante que as eleições gerais a realizar em 25 de fevereiro não desencadeiem violência ou mesmo atrocidades", disse Nderitu, que também apontou para um aumento do discurso do ódio étnico e do incitamento à discriminação.
A conselheira apelou aos líderes políticos nigerianos para honrarem o seu compromisso de conduzir campanhas eleitorais pacíficas e aos líderes tradicionais para agirem no sentido de desanuviar as tensões e evitarem o incitamento à violência.
Nderitu também apelou às autoridades para assegurarem que as operações antiterrorismo sejam conduzidas em conformidade com o direito humanitário.
"Os contínuos níveis elevados de violência contra as comunidades em resposta à transumância, incluindo o discurso do ódio e o incitamento à violência, são particularmente preocupantes no período que antecede as próximas eleições em muitos países da região", disse.
A Nigéria tem assistido a um aumento das tensões intercomunitárias nos últimos anos devido a disputas sobre território e recursos, especialmente face ao impacto da seca. A maioria destes confrontos tem sido entre pastores fulani, na sua maioria muçulmanos, e agricultores do centro do país, a maioria cristãos.
Os fulani queixam-se de marginalização na Nigéria e noutros países da região, enquanto outras comunidades os acusam de serem membros de grupos terroristas que operam na área, porque estes grupos - incluindo a Al-Qaida e os afiliados do Estado Islâmico - aproveitaram o descontentamento dos peul para aumentarem as suas fileiras. Isto também levou a alegações de abusos por parte das forças de segurança contra a comunidade peul.
São 250 chapas do zincos, 4 sacos de arroz, 4 caixas de olho e alguns ropas órgãos.
Radio TV Bantaba© Reuters
POR LUSA 03/02/23
A eventual derrota de Moscovo na guerra em território ucraniano poderá ajudar a Ucrânia a restabelecer a integridade territorial mas não deverá converter-se em "ameaça existencial" para a Rússia, considerou o investigador Arkady Moshes em entrevista à Lusa.
"Quando alguém diz 'derrotar a Rússia', provavelmente não entende o que quer dizer. Porque ninguém, provavelmente no subconsciente, pensa que essa derrota poderia implicar a ocupação da Rússia por tropas da Ucrânia ou outras. Isso é impossível, é um país com armas nucleares", indicou em entrevista por telefone à Lusa o diretor do programa para a Europa de Leste e Rússia do Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais (FIIA), sediado em Helsínquia.
"Assim, por 'derrota' provavelmente quer-se significar uma derrota na linha da frente que poderia ajudar a Ucrânia a restabelecer a sua integridade territorial. Mas não uma derrota que atingisse um nível que se tornasse numa ameaça existencial para a Rússia", precisou.
A perspetiva de um desmembramento da Rússia é afastada pelo investigador, que no entanto define a atual situação de "paradoxal".
"Claro que na Rússia se regista a mobilização de centenas de milhares de homens, para que se tornem soldados profissionais, mas é um paradoxo e uma contradição, porque por outro lado o Governo que fala em ameaça existencial é o mesmo que continua a não designar a guerra como uma guerra".
Desta forma, enfatiza, será contraditório falar em ameaça existencial e em operação militar especial.
Arkady Moshes denota outra contradição na posição do Governo russo na sua relação com a sociedade.
"A mobilização da população foi necessária por não existirem voluntários em número suficiente para combater. É um sério sinal da fraqueza da propaganda a nível interno, algo importante para entender".
De momento, considera, os alertas sobre uma "ameaça existencial" não terão um impacto determinante entre a população.
"É complexo, mas a minha análise sobre a tendência e a disposição da opinião pública na Rússia é que o Governo pode considerar que a atual situação implica uma ameaça existencial para a Rússia, mas a maioria do país não pensa assim. Há cidades perto da linha da frente que têm sido bombardeadas, mas a maioria dos russos prossegue com uma vida normal".
Uma situação algo inversa será a registada na Ucrânia, e quando se cumpriram 11 meses de conflito na sequência da invasão russa de 24 de fevereiro de 2022, apesar de Kiev ser apontado por diversos analistas como intérprete de uma "guerra por procuração" com crescente influência política e militar norte-americana, numa lógica de escalada sem fim.
Arkady Moshes, 56 anos, também membro do Programa de Novas Abordagens sobre Pesquisa e Segurança na Eurásia (PONARS, Eurásia), contesta esta visão.
"Não creio que a Ucrânia seja manipulada, porque a vontade e a disposição para lutar por si e pelo seu país é uma questão nacional. Diria que há um ano ninguém acreditava que a Ucrânia poderia lutar de uma forma tão vigorosa, e sem a vontade para lutar nenhuma influência ou armas norte-americanas seriam capazes de fazer a diferença".
O académico assinala que num conflito com estas características "é preciso haver pessoas prontas a morrer", um fator crucial e que originou equívocos.
"Isso não foi provavelmente entendido pela maioria das pessoas, a começar por Moscovo, mas também nos lembramos como começaram os norte-americanos, a tentar retirar o Governo ucraniano de Kiev", indicou.
"Houve uma má interpretação sobre o empenho dos ucranianos em combater, o fator primordial é a moral das tropas e da população ucranianas e a vontade de combater", concluiu.
© Reuters
POR LUSA 03/02/23
Os Estados Unidos vão aceder ao pedido de Kyiv e enviar mísseis de longo alcance para a Ucrânia, que prepara uma ofensiva na primavera para recuperar o território conquistado pela Rússia no ano passado, revelaram esta quinta-feira autoridades norte-americanas.
Estas novas armas terão aproximadamente o dobro do alcance de qualquer outro armamento ofensivo fornecido pelos norte-americanos a Kyiv, noticiou a agência Associated Press (AP).
O governo liderado por Joe Biden irá fornecer bombas de pequeno diâmetro lançadas desde o solo, como parte de um pacote de ajuda de 2,17 mil milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de euros) que deve ser anunciado esta sexta-feira, segundo várias autoridades norte-americanas.
O pacote militar também incluirá pela primeira vez equipamentos para conectar todos os diferentes sistemas de defesa aérea que os aliados ocidentais entregaram a Kyiv, que permitirá integrá-los às próprias defesas aéreas ucranianas, para ajudar a defender melhor os contínuos ataques de mísseis da Rússia.
Durante meses, as autoridades norte-americanas hesitaram em enviar sistemas de longo alcance à Ucrânia, com receio que fossem utilizados para atingir território russo, aumentando o conflito e atraindo os EUA para a guerra.
As bombas de longo alcance são o sistema avançado mais recente a ser entregue pelos norte-americanos, depois de inicialmente dizerem não, a par dos tanques Abrams e sistema de defesa antimísseis Patriot.
As fontes citadas pela AP garantem, no enanto, que os EUA continuam a rejeitar os pedidos de Kyiv para o envio de aviões de combate F-16.
Este armamento tem um alcance de 150 quilómetros, sendo que atualmente o míssil de maior alcance fornecido pelos EUA tem cerca de 80 quilómetros.
Além do número deste material militar, também não ficou claro esta quinta-feira quanto tempo levará para chegar ao campo de batalha.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
© Getty Images
POR LUSA 02/02/23
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que o seu homólogo do Senegal, Macky Sall, realiza segunda-feira uma visita a Bissau para abordar, entre outros temas, a livre circulação de pessoas e bens entre os dois países.
Umaro Sissoco Embaló falava no aeroporto internacional, em Bissau, à chegada ao país, após visitas de trabalho ao Senegal, França e Espanha.
O Presidente guineense explicou que um dos temas que vai abordar com Macky Sall é a questão da livre circulação de pessoas e bens cuja modalidade atualmente praticada não concorda.
"Não faz sentido dar autorização de apenas 15 dias a um guineense para entrar com o seu carro no Senegal, pelo menos uma autorização de seis meses", afirmou Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente guineense evoca os textos da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO)para lembrar que são de cumprimento obrigatório por todos os países, "sobretudo no capítulo da liberdade de circulação de pessoas e bens".
Umaro Sissoco Embaló é atualmente presidente em exercício da CEDEAO, que além da Guiné-Bissau, junta Cabo Verde, Costa do Marfim, Benim, Burkina-Faso, Libéria, Gâmbia, Guiné-Conacri, Gana, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra-Leoa e Togo.
Macky Sall é também presidente em exercício da União Africana.