quinta-feira, 28 de setembro de 2023

ANTONY BLINKEN: Blinken surpreende e canta 'blues' em jantar diplomático

© Getty Images

Notícias ao Minuto   28/09/23 

O secretário de Estado dos EUA usou a guitarra e a música, mais do que as palavras, para promover uma nova iniciativa dos norte-americanos.

A música e a política nem sempre andaram de braço dado, mas vários líderes tentaram combiná-la de forma divertida. O presidente da Coreia do Sul foi recentemente à Casa Branca e cantou Don McLean; Barack Obama protagonizou um emocionante celebração em que cantou 'Amazing Grace'; o ditador do Turquemenistão tentou várias vezes (e falhou sempre) passar uma imagem de multi-instrumentista; e quem se esquece da 'Marcha do Sporting' assobiada eximiamente pela ministra Mariana Vieira da Silva, no '5 Para A Meia Noite'.

Na quarta-feira, Antony Blinken juntou-se à vasta lista de líderes mundiais que surpreenderam convidados com as suas competências artísticas.

Para promover uma iniciativa denominada 'Global Music Diplomacy Iniciative', o secretário de Estado norte-americano, um dos chefes de diplomacia mais importantes do mundo, decidiu pegar numa guitarra e interpretar o tema 'Hoochie Coochie Man', um clássico dos 'blues' dos anos 60.

"Se isto não limpar a sala, não sei o que o fará", avisou Blinken, antes de substituir a sua voz clara e limpa por aquele som clássico dos 'blues'. Não é exagero dizer que ninguém na sala esperava que o secretário conseguisse cantar assim, mas eis que nunca devemos julgar os diplomatas pela sua capa.

Clique na galeria em cima para ver o vídeo da performance.

No final, Antony Blinken mereceu, claro, uma ovação em pé e um pedido de 'encore' que (infelizmente) não aconteceu.

O momento serviu para marcar o arranque de uma novo programa diplomático dos EUA, que pretende criar bolsas musicais para profissionais do ramo no estrangeiro. A tentativa de usar a música como uma forma de diplomacia também consistirá em enviar músicos conhecidos para programas de aulas e 'masterclasses', e está previsto inclusive que Herbie Hancock seja enviado à Jordânia em outubro.

Foi ainda anunciado um prémio dado pelo governo norte-americano a artistas que usem a música como uma ferramenta para a paz. O primeiro vencedor do galardão foi Quincy Jones.



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𝐀𝐬𝐬𝐨𝐜𝐢𝐚çã𝐨 𝐝𝐨𝐬 𝐏𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐓𝐫𝐚𝐝𝐢𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐚 𝐆𝐮𝐢𝐧é-𝐁𝐢𝐬𝐬𝐚𝐮 𝐀𝐓𝐏-𝐆𝐁, 𝐞𝐬𝐭á 𝐞𝐦 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐞𝐫ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐈𝐦𝐩𝐫𝐞𝐧𝐬𝐚



 Radio Voz Do Povo 

Questão de Salário mínimo na Guiné-Bissau foi o tema central entre o secretário geral de UNTG e o Presidente da República. Umaro Sissoco Embalo recebeu esta quinta-feira em audiência Laureano Pereira.



 Radio Voz Do Povo

A Delegação de Fundo Monetário Internacional foi recebida esta quinta-feira (28.09) em audiência pelo Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo.


  Radio Voz Do Povo

Bancada Parlamentar do MADEM-G15 em conferência de Imprensa.


 Radio Voz Do Povo 

Gabão: Golpistas anunciam redução do recolher obrigatório

© AFP via Getty Images

POR LUSA   28/09/23 

Os militares que a 30 de agosto derrubaram Ali Bongo Ondimba, há 14 anos no poder no Gabão, anunciaram a redução do recolher obrigatório que vigorava há mais de um mês, anunciou hoje a presidência.

Esta medida foi introduzida pelo Governo de Bongo na noite da eleição presidencial de 26 de agosto, das 18h00 às 06h00, horas locais, mesma hora em Lisboa, depois mantida pelos militares, que a reduziram pela primeira vez em 11 de setembro, mas apenas na capital Libreville e nos seus subúrbios, das 22h00 às 06h00.

O recolher obrigatório foi mantido mas reduzido das 00h00 às 05h00 em "todo o país", anunciou o coronel Ulrich Manfoumbi Manfoumbi, porta-voz do Comité de Transição e de Restauração das Instituições (CTRI), numa declaração transmitida pela televisão estatal na quarta-feira à noite.

A decisão foi justificada pela "preocupação de aliviar os operadores económicos em todos os setores e tendo em conta os imperativos ligados ao início do novo ano escolar", disse.

A informação foi hoje confirmada à agência AFP pelo porta-voz presidencial.

O exército derrubou Ali Bongo, no poder desde a sua primeira eleição em 2009, após a morte do seu pai Omar Bongo Ondimba, momentos depois de ter sido proclamado reeleito num ato eleitoral considerado fraudulento pelos militares e pela oposição.

O general Brice Oligui Nguema, proclamado presidente da transição, prometeu imediatamente devolver o poder aos civis através de eleições no final de um período não especificado.


OMS preocupada com evolução da covid-19 à medida que inverno se aproxima

 Agência Lusa,  28/09/23

Tedros Adhanom considera que os grupos de vacinação continuam muito baixos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu esta quarta-feira preocupação com a evolução da covid-19, à medida que se aproxima o inverno no hemisfério norte, numa altura em que tem aumentado o número de casos graves e hospitalizações.

“Entre os relativamente poucos países que estão a reportar, tanto as hospitalizações como as entradas em cuidados intensivos têm aumentado nos últimos 28 dias, sobretudo na Europa e na América”, afirmou esta quarta-feira em conferência de imprensa o diretor-geral da OMS.

Tedros Adhanom Ghebreyesus considerou que passados menos de dois anos desde que o mundo se encontrava no pico da pandemia, os níveis de vacinação entre os grupos mais vulneráveis continuam muito baixos.

Dois terços da população mundial têm a vacinação completa e apenas um terço recebeu, pelo menos, uma dose de reforço.

“A covid-19 pode já não ser a crise aguda que era há dois anos, mas isso não significa que possamos ignorá-la”, afirmou Tedros Ghebreyesus.

De acordo com a responsável do departamento técnico anti-covid da OMS, Maria Von Kerkhove, os dados que os cientistas têm disponíveis para vigiar a circulação do vírus são cada vez mais escassos porque os países estão a reduzir a monitorização.

Sabe-se, no entanto, que as subvariantes atualmente em circulação estão relacionadas com a variante Ómicron, sem que nenhuma seja claramente dominante.

BURKINA FASO: Governo de transição do Burkina Faso denuncia tentativa de golpe de Estado

© iStock

POR LUSA    28/09/23 

O Governo de transição do Burkina Faso, instituído após a tomada do poder pelos militares em setembro de 2022, denunciou uma tentativa fracassada de golpe de Estado ocorrida na terça-feira no país.

"O Governo de transição informa que uma tentativa comprovada de golpe de Estado foi frustrada em 26 de setembro de 2023 pelos serviços de informação e segurança", disse o porta-voz do executivo, Jean Emmanuel Ouédraogo, num comunicado divulgado na noite de quarta-feira.

"Neste momento, agentes e outros atores alegadamente envolvidos nesta tentativa de desestabilização foram detidos e outros estão a ser procurados", acrescentou.

Segundo o porta-voz, este tipo de ações representam um "impedimento" para o povo do Burkina Faso alcançar a sua "soberania e a sua libertação total das hordas terroristas que o tentam escravizar", numa referência à violência 'jihadista' que assola o país e a região do Sahel.

O comunicado alertou ainda a população contra os rumores divulgados nas redes sociais sobre um possível motim e garantiu que "as investigações em curso permitirão revelar os instigadores" da tentativa de golpe.

Mais tarde, a Procuradoria Militar de Ouagadougou, a capital do país, confirmou que quatro soldados foram detidos e dois ainda estavam desaparecidos.

As autoridades revelaram esta informação um dia depois de proibirem a distribuição no país da revista francesa Jeune Afrique, devido a publicação de um artigo que afirmava que as tensões e o descontentamento estão a crescer no Exército.

"Estas declarações lançadas deliberadamente sem qualquer prova têm como único objetivo desacreditar as Forças Armadas nacionais e todas as forças de combate que lutam arduamente pela soberania e dignidade do nosso povo", afirmou Ouédraogo.

O Burkina Faso sofreu dois golpes de Estado no ano passado: um em 24 de janeiro liderado pelo tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, e outro em 30 de setembro, liderado pelo capitão Ibrahim Traoré, atual chefe de Estado.

Estes acontecimentos ocorrem após uma série de golpes de Estado que ocorreram nos últimos anos na região ocidental e central de África, sendo os mais recentes no Níger, em 26 de julho, e no Gabão, em 30 de agosto.



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Kim Jong-un quer mais armas nucleares em resposta a "nova Guerra Fria"

© Lusa

POR LUSA   28/09/23 

O líder norte-coreano apelou para um aumento exponencial da produção de armas nucleares em resposta a uma "nova Guerra Fria", informou hoje a imprensa estatal do país.

Kim Jong-un falava durante uma sessão de dois dias no parlamento norte-coreano, que alterou a constituição para inscrever a política de expansão do programa de armas nucleares do país, de acordo com a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).

A sessão parlamentar, realizada na terça-feira e quarta-feira, ocorreu depois de Kim ter viajado até à Rússia, este mês, para se encontrar com o Presidente russo, Vladimir Putin, e visitar instalações militares e tecnológicas.

A viagem suscitou preocupações no Ocidente sobre uma possível aliança de armamento, segundo a qual a Coreia do Norte forneceria a Putin munições necessárias para alimentar a guerra na Ucrânia, em troca de ajuda económica e tecnologia russa avançada para melhorar os sistemas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.

À medida que a Coreia do Norte põe fim ao confinamento devido à pandemia, Kim tem vindo a reforçar as parcerias com Moscovo e Pequim, tentando sair do isolamento diplomático e juntar-se a uma frente unida contra Washington. Kim descreveu que o mundo está a entrar numa "nova Guerra Fria" e que a Coreia do Norte deve responder reforçando a capacidade nuclear.

Ainda de acordo com a KCNA, os membros da assembleia aprovaram por unanimidade uma nova cláusula na constituição para "assegurar o direito do país à existência e ao desenvolvimento, para dissuadir a guerra e proteger a paz regional e mundial, desenvolvendo rapidamente as armas nucleares a um nível mais avançado".

"A política de construção da força nuclear da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país] tornou-se permanente enquanto lei fundamental do Estado, que ninguém está autorizado a desprezar", declarou o dirigente norte-coreano.

Kim sublinhou ainda a necessidade de "avançar com o trabalho para aumentar exponencialmente a produção de armas nucleares e diversificar os meios de ataque nuclear", notou ainda a agência.

O líder norte-coreano apontou para o que descreveu ser uma ameaça crescente representada por uns Estados Unidos hostis e a expansão da sua colaboração militar com a Coreia do Sul e o Japão, acusando-os de criarem a "versão asiática da NATO, a causa principal da guerra e da agressão".

"Esta é apenas a pior ameaça real, não uma retórica ameaçadora ou uma entidade imaginária", afirmou.

O dirigente pediu aos diplomatas norte-coreanos para que "promovam ainda mais a solidariedade com as nações que se opõem aos EUA e à estratégia de hegemonia do Ocidente".

As tensões na península coreana atingiram o nível mais elevado dos últimos anos, com Pyongyang a testar mais de 100 mísseis desde o início de 2022, e os Estados Unidos, em retaliação, a reforçarem os exercícios militares com os aliados asiáticos.

No ano passado, a assembleia norte-coreana aprovou uma nova doutrina nuclear que autoriza ataques nucleares se a liderança da Coreia do Norte estiver sob ameaça.


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