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POR LUSA 24/03/23
Uma cidadã da Guiné-Conacri foi detida no aeroporto de Bissau a tentar embarcar com um passaporte português para Portugal, anunciou hoje o diretor-geral dos Serviços de Fronteiras guineense, que prometeu "tolerância zero" para fraude documental e tráfico.
Lino Leal da Silva, que falava numa conferência de imprensa, após apresentar a cidadã aos jornalistas, explicou que o caso aconteceu na semana passada quando a mulher foi intercetada com o passaporte, que pertence a uma mulher originária de Cabo Verde, mas que tem passaporte português.
"O passaporte pertence à senhora Joana Mendes Silva Lopes Martins. A senhora que tentava embarcar para Portugal com o passaporte da senhora Joana Martins nasceu na Guiné-Conacri e suspeitamos que ela veio de lá para tentar embarcar no nosso aeroporto", afirmou o diretor-geral dos serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras.
Lino Leal da Silva adiantou que atualmente na Guiné-Bissau "a tolerância é zero e o controlo é intransigente" para fraude documental a partir do aeroporto, portos e postos de fronteiras terrestres.
O diretor-geral de Migração, Estrangeiros e Fronteiras guineenses disse que o caso da senhora apanhada com o passaporte que não lhe pertence vai ser encaminhado para a Polícia Judiciária (PJ) para que averigue como conseguiu o documento de outra pessoa.
A PJ guineense irá tentar localizar e responsabilizar a dona do passaporte, que também incorre num crime, notou Lino Leal da Silva.
O responsável aproveitou para desencorajar qualquer tentativa de utilização do aeroporto de Bissau para viagens fraudulentas.
"Não vamos permitir que se estrague o bom nome da Guiné-Bissau. Estamos atentos para fraude documental, tráfico de seres humanos ou de drogas", enfatizou Leal da Silva.
Questionado pela Lusa sobre se o aeroporto Osvaldo Vieira de Bissau tem sido utilizado para tráfico de crianças, o diretor-geral dos serviços de Migração, Estrangeiros e Fronteiras disse que não.
"Tráfico de crianças para a Europa não, dado o nível de controlo montado no nosso aeroporto internacional. É muito difícil alguém embarcar com crianças de forma fraudulenta sem que se saiba", observou Lino Leal da Silva.
O diretor-geral de Migração, Estrangeiros e Fronteiras afirmou, contudo, que a prática poderá estar a ocorrer a partir de "caminhos clandestinos", zonas do território guineense onde não existem serviços de vigilância das autoridades.
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