segunda-feira, 2 de maio de 2022

Ramadão_Eid al-Fitr_Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló no Palácio da República.

Lituânia começou a abastecer gás à Polónia através de novo gasoduto

© Lusa

Por LUSA  02/05/22

A Lituânia inaugurou um gasoduto que permite à Polónia receber, através do terminal do porto lituano de Klaipeda, gás natural liquefeito (GNL) para suprir parte do gás que a Rússia deixou de lhe fornecer, noticiou hoje a imprensa local.

O combustível regaseificado começou a fluir domingo à tarde para a Polónia através do gasoduto construído pela operadora lituana Amber Grid, de acordo com o site da televisão pública LRT.

A construção do gasoduto Polónia-Lituânia começou em 2015 e terminou este ano. O gasoduto percorre 508 quilómetros entre Jauniunai, no sul da Lituânia, e Holowczyce, no leste da Polónia.

"Este é um marco na história do desenvolvimento da independência energética entre a Lituânia e a Polónia, particularmente no contexto da segurança do fornecimento de gás", disse o presidente executivo da Amber Grid, Nemunas Biknius, citado pela imprensa local.

Depois de atingir a capacidade máxima em outubro próximo, prevê-se que o gasoduto transporte 2.000 milhões de metros cúbicos de gás por ano para a Polónia, o equivalente a 10% do consumo anual do país.

A inauguração oficial do gasoduto terá lugar no dia 5 de maio, com a presença dos Presidentes da Lituânia, Letónia e Polónia, bem como do Comissário Europeu da Energia e de vários ministros da Polónia e dos países bálticos.

O gasoduto será ligado à rede e aos sistemas de armazenamento do operador Conexus Baltic Grid, que deverá garantir a procura total de gás dos três países bálticos com GNL fornecido através do porto de Klaipeda.

Mais tarde, será também ligado por esta rede ao terminal de GNL flutuante ligado ao porto estónio de Paldiski, que será gerido pela Estónia e pela Finlândia.

Os planos das repúblicas bálticas para reduzir a sua dependência do gás russo foram acelerados pela invasão da Ucrânia e pelas ameaças de Moscovo de cortar o fornecimento em retaliação pelas sanções.

Os três países foram os primeiros na União Europeia (UE) a pôr fim às importações de gás russo, uma decisão que adotaram em abril passado.


Grupo Wagner está no Mali e na Líbia por "razões comerciais", diz Lavrov

© Getty Images

Por LUSA 02/05/22 

O chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, disse hoje que a empresa paramilitar privada russa Wagner está presente no Mali e na Líbia por "razões de natureza comercial".

Em entrevista à televisão italiana Mediaset, Lavrov reiterou a posição de Moscovo de que a Wagner "não tem nenhuma ligação ao Estado russo".

Acusada de ser próxima do Presidente Vladimir Putin, a empresa Wagner é acusada de empregar mercenários que cometeram abusos no Mali, Líbia e Síria.

Segundo Lavrov, Moscovo deu explicações à França sobre esta questão quando o Governo francês "ficou perturbado porque a Wagner assinou um acordo com o Governo do Mali para a prestação de serviços de segurança".

"O meu caro colega Jean-Yves Le Drian [homólogo francês], assim como [o chefe da diplomacia europeia] Josep Borrell, em setembro de 2021, disseram-me diretamente que a Rússia não tinha nada a fazer na África, nem por meios estatais, nem por meios privados, porque África é uma área [de interesse] da UE e da França", disse Lavrov.

"Também explicámos" que na Líbia "esta empresa militar privada foi convidada pelas autoridades para Tobruk, onde está localizado o parlamento", acrescentou.

"Eles estão lá numa base comercial, e o mesmo se passa no Mali", assegurou o chefe da diplomacia russa.

O governo de Bamaco, resultante de um golpe de Estado bem-sucedido de uma junta militar, evoca por sua vez a presença no seu território de simples conselheiros russos.

Entre "10 mil a 20 mil" mercenários da empresa paramilitar russa Wagner ou combatentes sírios e líbios estão atualmente a lutar ao lado das forças russas na Ucrânia, segundo uma autoridade europeia.

A Rússia invadiu, na madrugada de 24 de fevereiro, a Ucrânia e em resultado dessa operação já morreram mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

Guterres quer países ricos a investir em África após pandemia e guerra

© REUTERS/Carlo Allegri

Por LUSA  02/05/22

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou hoje aos países ricos para que aumentem os seus investimentos em África, de forma a ajudarem o continente a recuperar dos danos provocados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia.

"Esta guerra está a agravar uma crise tripla -- alimentar, energética e financeira - na região e mais além", disse Guterres no início de uma visita a três países da África Ocidental.

Para o secretário-geral da ONU, os problemas de segurança alimentar de África não serão resolvidos sem "reintegrar a produção agrícola da Ucrânia e a produção de alimentos e fertilizantes da Rússia e da Bielorrússia nos mercados mundiais".

Guterres mostrou-se "determinado a fazer tudo para facilitar um diálogo que possa contribuir para se alcançar este objetivo".

O ex-primeiro-ministro português falava no domingo no Senegal, antes de partilhar o 'Iftar' (jantar que quebra o jejum no Ramadão) com o Presidente Macky Sall, que no início do ano se tornou presidente em exercício da União Africana.

O secretário-geral da ONU deverá viajar hoje para o Níger, onde se reunirá com muçulmanos para marcar o fim do mês do Ramadão, e na terça-feira segue para a Nigéria, onde deverá alertar contra a violência do extremismo islâmico.

Guterres disse estar preocupado com a forma como a guerra na Ucrânia está a afetar o continente africano e disse ter criado o Grupo de Resposta à Crise Global de Alimentação, Energia e Finanças para mobilizar as agências da ONU, os bancos de desenvolvimento e outras organizações internacionais para este problema.

Macky Sall lamentou, por seu lado, o "impacto dramático da guerra nas economias dos países em desenvolvimento".

Guterres pediu ainda a reforma do sistema financeiro global, que disse estar "moralmente falido", e defendeu que todos os mecanismos disponíveis devem ser usados para beneficiar os países em desenvolvimento e de médio rendimento, especialmente em África.

Voltou ainda a apelar à equidade vacinal para ajudar África a recuperar da pandemia.

"É inaceitável que hoje quase 80% da população africana ainda não esteja vacinada", disse, apelando aos países ricos e às farmacêuticas para acelerarem a doação de vacinas e investirem na produção local desses fármacos.

Antes de viajar para o Níger, Guterres também defendeu que as juntas militares no Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali devem devolver o poder aos civis "o mais depressa possível".

"Concordamos com a importância de continuar o diálogo com as autoridades de facto [desses] três países para estabelecer o retorno à ordem constitucional o mais depressa possível", afirmou Guterres em Dacar, após o encontro com Macky Sall.

Enfraquecida pela crise do Sahel, a África Ocidental foi ainda mais desestabilizada pelos golpes militares que ocorreram sucessivamente no Mali (agosto de 2020 a maio de 2021), Guiné-Conacri (setembro de 2021) e Burkina Faso (janeiro de 2022).


Leia Também: ONU quer transição "rápida" no Burkina Faso, Guiné-Conacri e Mali

Qual é o novo perigo digital? ...Saiba por que o sinal de paz e amor nas fotos pode te colocar em perigo:

Rodrigo Faustino

 Segundo pesquisadores do Instituto Nacional de Informática, com sede no Japão, fazer esse gesto pode expor suas informações biométricas.

Esse é um alerta importante, afinal ter a impressão digital de alguém facilita o acesso a dados sigilosos dessa pessoa, incluindo conta bancária.

Os pesquisadores ainda revelaram que que tirar uma foto fazendo esse sinal a pelo menos 3 metros da câmera diminui as chances de sofrer com surpresas indesejadas.

Entretanto, apesar dos sinais alarmantes, seria preciso um criminoso altamente qualificado para acessar uma foto sua e usar o gesto do sinal de paz para recriar sua impressão digital. Seria necessário obter a foto certa e, em seguida, fazer uma recriação intrincada, exata de sua impressão digital.


O Presidente da República, deseja à todos os fieis muçulmanos, votos de felicidades por ocasião de “Eid al-Fitr”

Que Allah guie os Guineenses pelo caminho do perdão e da reconciliação.

Ramadan Kareem!

Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló 

Desejo Boas Festas de Ramadan, com saúde, paz e Unidade Nacional.

#eidmubarak, #badipovo#braimacamará

 Bá Di Povo

Veja Também:

Registadas duas explosões em Belgorod, avança o governador da região russa

Bombeiros combatem um incêndio num depósito de combustível, que no início de abril terá sido alvo de ataque militar ucraniano na cidade russa de Belgorod, segundo o governador da região, Vyacheslav Gladkov (Getty Images)

SIC Notícias  2 Maio, 2022 

 O responsável local diz que, no domingo, uma pessoa ficou ferida num incêndio que ocorreu em instalações do Ministério da Defesa russo.

Duas explosões ocorreram as últimas horas em Belgorod, região do sul da Rússia na fronteira com a Ucrânia, avançou o governador da região, Vyacheslav Gladkov. No domingo, o mesmo responsável disse que a ofensiva causou um incêndio numa instalação do Ministério da Defesa russo, uma pessoa ficou feridas e sete casas ficaram danificadas.

“Não houve vítimas ou danos”, informou também Gladkov, segundo a Reuters.

No domingo, o governador disse que uma pessoa ficou ferida num incêndio que ocorreu em instalações do Ministério da Defesa russo em Belgorod e que sete casas ficaram danificadas, na sequência da ofensiva ucraniana.

Também nas redes sociais, surgem informações que carecem de confirmação oficial, sobre explosões ouvidas durante a noite na região.

No mês passado, a Rússia acusou a Ucrânia de um ataque de helicóptero a um depósito de combustível em Belgorod, de bombardeamentos a algumas localidades e ataques com mísseis a um depósito de munições. Kiev negou a responsabilidade dos ataques.

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Afundamentos surgem menos de um mês depois da destruição do navio russo Moskva.

A Ilha da Serpente voltou a ser palco de um vídeo impressionante na guerra na Ucrânia, com o governo ucraniano a publicar esta segunda-feira imagens da destruição de dois navios russos no mar Negro.

Através do Twitter, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que a força aérea abateu "dois navios Raptor russos" durante a madrugada. O anúncio também foi feito pelo Telegram, pelo chefe do Estado Maior, Valeriy Zaluzhniy...Ler Mais


A Rússia classificou hoje como um "ato de sabotagem" o colapso parcial de uma ponte ferroviária na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.

Na rede Telegram, o governador de Kursk, Román Starovoit, afirmou que a destruição parcial da ponte ferroviária "foi sabotagem", embora não tenha identificado a autoria do incidente, e indicou que irá ser investigado pelos "especialistas das forças e do corpo de segurança".

A ponte ferroviária era utilizada apenas para transporte de cargas e não houve registo de feridos.

Na sua conta no Telegram, citado pela agência Efe, Róman Starovoit já tinha revelado hoje que um posto fronteiriço na região de Kursk tinha sido alvo de novos ataques com morteiros a partir de território ucraniano...Ler Mais


© Getty Images

NOTÍCIAS AO MINUTO  02/05/22


Depois de relatos sobre a morte do mítico piloto, a Força Aérea Ucraniana desmentiu não só os rumores como a existência do militar, cuja história se tornou épica depois de muitos vídeos partilhados.

No dia 13 de março, um piloto chamado Stepan Tarabalka morreu nos céus ucranianos, depois de uma batalha contra os russos. O britânico The Times noticiou que a morte do major, de 29 anos, era também a morte do 'Fantasma de Kyiv', um mítico piloto que teria aterrorizado a Força Aérea russa ao abater 40 aeronaves.

No entanto, a Força Aérea Ucraniana veio desmentir, mais uma vez, a existência do 'Fantasma'

Através do Twitter, este ramo das forças armadas ucranianas afirmaram que "o 'Fantasma de Kyiv' continua vivo", pois "personifica o espírito coletivo dos pilotos altamente qualificados da Brigada Tática de Aviação, que defenderam com sucesso Kyiv e a região".

Os rumores sobre o 'Fantasma de Kyiv' começaram bem cedo na guerra, ainda em fevereiro, quando o próprio governo ucraniano catalogou com a alcunha um piloto que terá destruído seis aeronaves russas, na região de Lugansk.

Os vídeos virais do alegado piloto mortífero foram-se seguindo, uns atrás dos outros, criando uma imagem épica de um ás dos céus imbatível, digno de filme. Um dos vídeos foi tão partilhado que, pouco tempo depois, o Deutsche Welle analisou-o e confirmou que tinha sido retirado de um videojogo.

As forças ucranianas vieram agora admitir que, apesar de Tarabalka ser, ele próprio, um herói morto em combate, o mito foi uma bem sucedida ação de propaganda.

"O fantasma de Kyiv é um super herói — uma lenda e personagem criada pelos ucranianos", admitiram.

Para trás, fica a campanha de marketing, que colocou frente a frente um superpoder militar, dotado de uma força aérea composta por milhares de aeronaves, contra um único piloto. E fica também a venda de muitas, muitas t-shirts.


Rússia nega fim da guerra a 9 de maio, no Dia da Vitória

© Getty Imagens

Por LUSA  02/05/22 

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo negou que a Rússia pretenda pôr fim à guerra na Ucrânia a 09 de maio, quando se celebra o Dia da Vitória, apesar de analistas preverem o fim do conflito nessa data.

"Os nossos militares não ajustarão artificialmente as suas ações a qualquer data, incluindo o Dia da Vitória", disse Sergei Lavrov numa entrevista à televisão italiana Mediaset, transmitida no domingo, referindo-se à data comemorativa de 09 de maio de 1945 e à rendição nazi aos Aliados, incluindo à antiga União Soviética.

"O ritmo da operação na Ucrânia depende, acima de tudo, da necessidade de minimizar possíveis riscos para a população civil e para os militares russos", acrescentou.

A Rússia celebra geralmente o Dia da Vitória com grande pompa e circunstância, com um grande desfile militar no centro de Moscovo e um discurso do Presidente, Vladimir Putin, saudando o papel de liderança do país na derrota do fascismo na Europa.

Contudo, as celebrações deste ano têm como cenário de fundo uma campanha militar de Moscovo na Ucrânia, que Putin justificou com a necessidade de "desnazificar" a antiga república soviética, com outras referências à Segunda Guerra Mundial.

"Celebraremos solenemente o 09 de maio, como sempre fazemos. Recordemos aqueles que caíram pela libertação da Rússia e de outras repúblicas da ex-URSS [União das Repúblicas Socialistas Soviéticas], pela libertação da Europa do flagelo nazi", disse Lavrov.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


RÚSSIA/UCRÂNIA: G7. Scholz convida Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal para reunião

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Por LUSA  01/05/22 

O chanceler alemão, Olaf Scholz, planeia convidar a Índia, África do Sul, Indonésia e Senegal para a próxima reunião do G7, em junho, para fortalecer a coligação internacional contra a Rússia, noticiou hoje a Bloomberg.

De acordo com esta agência de informação financeira, que cita fontes conhecedoras da decisão, o líder alemão pretende convidar os homólogos da África do Sul, Indonésia e Senegal para o encontro nos Alpes da Baviera, de 26 a 28 de junho, devendo a decisão ser anunciada quando Scholz receber Narendra Modi em Berlim.

Nas últimas semanas, o chanceler alemão hesitou em convidar Modi devido à relutância da Índia em condenar de forma clara a invasão da Ucrânia pela Rússia e ao aumento da venda de crude da Rússia à Índia, mas Scholz decidiu-se pelo convite devido ao aumento da população indiana, à sua longa tradição democrática e ao valor de garantir um parceiro com influência para isolar a Rússia, escreve a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do processo de decisão, que acrescentam a importância da Índia nas questões do clima e de defesa.

Apesar de não serem esperados quaisquer acordos resultantes das reuniões bilaterais de segunda-feira entre os líderes alemão e indiano, as discussões vão centrar-se na facilitação da emigração de trabalhadores indianos qualificados para a Alemanha e na maneira de acelerar a transferência de tecnologia alemã para a Índia, que possa reduzir as nocivas emissões de carbono.

No seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia, Scholz pretende fortalecer os laços económicos e políticos da Alemanha com os países democraticamente eleitos no mundo, e foi por isso que o primeiro destino asiático do sucessor da histórica Angela Merkel foi o Japão, ao passo que os seus antecessores escolheram a China, levando grandes delegações empresariais.

A Índia foi uma das mais de 50 nações que se abstiveram na votação que decidiu a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e está a aumentar as importações energéticas da Rússia, sendo também um importante cliente de armas, argumentando que são necessárias como medida de dissuasão face à China e ao Paquistão.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.