segunda-feira, 28 de novembro de 2022

UCRÂNIA/RÚSSIA: "Tudo está a ser feito para evitar que África sofra" devido à guerra

© Reuters

POR LUSA  28/11/22 

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, reconheceu hoje, em Bruxelas, que a guerra na Ucrânia levantou novos problemas na relação União Europeia (UE)-África, garantindo, porém, que nada afetará a ajuda monetária ao continente.

"Tudo está a ser feito para evitar que África sofra com consequências da guerra na Ucrânia do ponto de vista dos recursos", disse Borrell, acrescentando que "nem um único euro que foi atribuído a África será desviado para a Ucrânia".

O Alto Representante para a Política Externa da UE salientou ainda, em declarações aos jornalistas à entrada de um Conselho de Ministros do Desenvolvimento, que há novos desafios lançados pela crise alimentar e energética em África e ainda pelas consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro deste ano.

Hoje reúnem-se também, em Bruxelas, representantes da Comissão Europeia e da Comissão da União Africana (UA) para debater compromissos de investimento assumidos na cimeira dos dois blocos, em fevereiro, e as relações geopolíticas, no contexto da guerra na Ucrânia.

A reunião, que acontece pela 11.ª vez, vai abordar, ao abrigo da parceria entre a UE e a UA, temas como segurança alimentar, energia, clima, segurança e multilateralismo, e ainda as consequências da agressão russa à Ucrânia, nomeadamente no mercado de cereais e óleos alimentares.

Os compromissos assumidos com a UA na cimeira de fevereiro, ao abrigo da estratégia Portal Global da UE, estarão também em debate na reunião conduzida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo líder da UA, Moussa Faki Mahamat, e na qual participam mais de duas dezenas de comissários dos dois blocos.

A Comissão Europeia apresentou em dezembro de 2021 a estratégia "Global Gateway" (Portal Global) de ajuda da UE ao desenvolvimento, programa que ambiciona mobilizar 300 mil milhões de euros em projetos de infraestruturas em todo o mundo até 2027, em resposta ao investimento chinês.

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