domingo, 10 de fevereiro de 2019

Discurso do Presidente Alberto Nambeia no Círculo Eleitoral 28, concretamente no campo Platine, Cuntum Madina

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Discurso do Presidente Alberto Nambeia, Padrinho de Paz e de estabilidade na Guiné-Bissau, no encerramento da maratona de encontros com jovens e mulheres nos Círculos Eleitorais do SAB


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Prs Bissau 

“Não é a política que faz o candidato virar ladrão: É o seu voto que faz o ladrão virar político! …”

Setor de Mansoa: COMUNIDADE DE CUSSANA PEDE AO GOVERNO CARTEIRAS E ÁGUA POTÁVEL PARA A ESCOLA

[REPORTAGEM] A comunidade da aldeia de Cussana, setor de Mansoa, região de Oio no norte da Guiné-Bissau, pediu ao executivo guineense carteiras e água potável para a escola construída pela comunidade local, com o apoio da missão católica de Mansoa. Para além de carteiras e água potável, a comunidade quer ainda o engajamento das autoridades governativas no que concerne ao fornecimento de painéis solares à escola para que possa eletrificada e, por conseguinte, permitir o funcionamento no período da noite, para cursos de alfabetização.      

Cussana dispõe de uma escola do ensino básico constituída por três pavilhões com telhados em chapas de zinco, como também de um edifício de “Bangalow” que funciona como Jardim de infância, denominado “Jardim Massimo Ascorti”. A escola alberga mais de 830 alunos. A maioria é proveniente das tabancas arredores. A escola ministra anualmente cursos que vão desde o jardim de infância ao sexto ano de escolaridade.

GREVES NA EDUCAÇÃO NÃO IMPEDEM O FUNCIONAMENTO DA ESCOLA GERIDA PELA COMUNIDADE

A escola que é gerida pela comunidade local em colaboração com a igreja católica em regime de autogestão, aplica um preço que ambas as partes consideram simbólico para os alunos. A propina escolar varia de 4 a 10 mil francos CFA, isto é, do jardim à 4ª classe paga-se uma propina anual de quatro mil francos cfa, enquanto os alunos de 5º e 6º anos de escolaridade pagam uma propina de dez mil francos CFA anualmente. 

A nível do funcionamento, a escola trabalha em dois turnos (manhã e a tarde). As aulas do jardim a 4ª classe funcionam no período da manhã, das 08 às 12 horas. Os alunos do 5º e 6º anos frequentam as aulas no período da tarde, das 13 às 17 horas. Segundo a explicação de um dos professores abordado pela repórter de O Democrata, a falta de energia elétrica obriga os professores a deixarem os alunos a sair antes das 18 horas, porque “nessa altura as turmas escurecem totalmente e não conseguem descortinar a escrita dos professores no quadro”.

O professor Flávio Aguibo Tavares revelou que a escola foi construída há anos, graças à iniciativa da comunidade local em colaboração com a igreja católica. Ou seja, as paredes da escola foram feitas pela população e a parte do acabamento da obra foi suportada pela congregação das irmãs imaculadas de Mansoa.  

Segundo Flávio Aguibo Tavares, as dificuldades com que a escola se depara neste momento e que requerem uma intervenção urgente do governo têm a ver com a falta de carteiras, água potável e painéis solares para eletrificar a eletricidade.

Essa preocupação levou a comunidade local a juntar a sua voz à da direção da escola para solicitar o apoio do governo central no sentido de afetar a escola com carteiras, evitando a sobrelotação das salas ou que os alunos continuem a sentar-se três numa só carteira, bem como a abertura de pelo menos um  furo de água potável e painéis solares para a eletricidade e permitir que os professores tenham mais horas letivas e, consequentemente, abrir um curso de alfabetização para os adultos.  

Revelou igualmente que a escola está a ser administrada pelas irmãs em colaboração com a comunidade local por um comité de gestão, por isso conseguem funcionar em pleno durante o ano letivo e sem grandes interrupções, mesmo havendo greves nas escolas públicas.

Avançou que para o presente ano letivo inscreveram-se 830 alunos, a maioria meninas. Lamenta, no entanto, o fato de sempre, nos períodos da campanha de comercialização de castanha de caju, a escola registar quebras (ausências prolongadas, desistências ou faltas recorrentes  de alunos na escola), sobretudo das meninas, que são obrigadas pelos seus pais a deixarem a escola para  a coleta da castanha ,“muitas vezes isso acontece nas aldeias  mais distantes”.

Para acabar com a desistência de alunos, em particular das meninas, nos períodos da campanha de comercialização da castanha de cajú, o professor informou que a escola adotou uma estratégia juntamente com o Programa Alimentar Mundial. O plano de distribuição de géneros alimentícios apenas para as menina, de forma a incentivá-las a prosseguirem com os estudos pelo menos até ao sexto ano de escolaridade – nível até ao qual a escola leciona.  

 “Esta iniciativa motiva os pais e encarregados de educação a enviarem as suas filhas para a escola e deixá-las concluir os estudos. Para além desta estratégia sábia, promovemos também um trabalho de sensibilização junto das comunidades. Deparamo-nos com falta de carteiras em algumas salas de aulas. Esta é a nossa maior preocupação de momento. É verdade que temos uma bomba de água, mas estamos a precisar ainda de pelo menos de mais um furo de água, porque a bomba que funciona também é usada pela comunidade local e a população das aldeias vizinhas, criando assim muitas dificuldades às cozinheiras da escola”, revelou o professor.  

Informou, no entanto, que as refeições oferecidas aos alunos são feitas mediante o apoio em géneros alimentícios que a escola recebe do Programa Alimentar Mundial. Frisou ainda que as mulheres contratadas para preparar as refeições de alunos são pagas mensalmente pelos próprios alunos, através de uma contribuição de 200 francos por alunos  no final de cada mês. 

POPULARES DE CUSSANA PEDEM ENSINO SECUNDÁRIO E CENTROS DE FORMAÇÃO


A repórter contatou alguns habitantes da aldeia que fizeram uma radiografia das grandes dificuldades enfrentadas bem como as suas necessidades. Uma das pessoas abordadas pela repórter explicou que a comunidade e as populações das aldeias arredores estão muito preocupadas com as dificuldades ligadas não só à água potável, como também à falta da água para sustentar o sistema de irrigação dos campos hortícolas. 

Sanha Djatá disse que as aldeias arredores recorrem a sua tabanca (Cussana) para procurar água, criando assim a grande dificuldade à população local, sobretudo aos alunos dado que dispõem apenas de uma bomba de água potável.

Acrescentou ainda que a comunidade clama por latrinas e que por isso pedem ajuda das organizações que intervêm nessa área assim como do próprio governo, porque  “a falta de latrinas adequadas pode provocar contaminações na aldeia, devido a defecação ao ar livre, fato que pode causar-lhes sérios problemas de saúde”.

Relativamente à situação da escola que leciona apenas até ao sexto ano, assegurou que estão a lutar junto das autoridades para elevar o nível até ao ensino secundário, mas sustenta que para isso precisa-se mais da intervenção do governo. Defende, no entanto, que dado o crescimento demográfico da população daquela zona “há toda a necessidade de se implementar escolas de formação, cursos superiores ou centro de formação técnico profissional”.

No concernente à situação da seca que afeta as bolanhas, referiu que a seca contribui muito na diminuição de produção do arroz nas bolanhas daquela zona que, segundo a sua explanação, produz atualmente apenas terça parte da produção que costumava ter em cada ano agrícola. E aponta como a principal causa o fecho da ponte de Ensalma pelo fecho no local do canal do Impernal, o que levou ao encerramento do canal que facilitava circulação da grande corrente de água de Ensalma ao rio Mansoa vice-versa e de Mansoa para outros riachos ligados à bacia de rio Mansoa.



Djatá aproveitou a ocasião para exortar as autoridades administrativas no sentido de recuperarem a ponte que liga Cussana e Cussentche construída na época colonial, como também a criação de projetos para a recuperação do rio Mansoa e bolanhas arredores.

Por: Epifania Mendonça

Foto: E.M

OdemocrataGB

NUTRIÇÃO - Três (bons) motivos para comer carne vermelha

Apesar de nos últimos tempos a carne vermelha ter sido demonizada pela maioria dos regimes alimentares, a verdade é que esta variedade quando consumida em moderação tem os seus benefícios para a saúde.


Numa época em que se fala muito sobre benefícios de dietas vegetarianas e vegans, parece não haver quaisquer motivos – para além do sabor – para comer carne vermelha. Mas há, segundo uma reportagem divulgada GQ Brasil.

O Hospital San Paolo, em São Paulo, divulgou para aquela publicação nutrientes que só esta carne fornece.

Mesmo a carne branca não é tão completa quanto a vermelha, embora tenha menos lípidos, gorduras saturadas e colesterol. O valor biológico da proteína da carne branca é inferior ao da vermelha, de acordo com o hospital.

Mas há mais razões para incluir de quando em quando carne vermelha no prato:

  1. A carne vermelha possui ferro, capaz de prevenir a anemia, além de atuar na formação de hemoglobina, responsável por transportar o oxigénio até às células no organismo.
  2. Tem proteínas que contribuem para o desenvolvimento dos músculos, órgãos e tecidos.
  3. “A carne vermelha ainda é a principal fonte de vitamina B12”, alerta Mariele Marcato, nutricionista no Hospital San Paolo. Esta vitamina ajuda na formação do sangue, previne problemas cardíacos e derrames cerebrais, preservando ainda o bom funcionamento do sistema nervoso.

Mas atenção

Por outro lado, há alguns riscos a ter em conta quando se trata do consumo de carne vermelha. Esta deve estar bem passada, mas sem queimar, segundo a nutricionista.

“Existem estudos que apontam que o consumo da crosta queimada da carne pode aumentar consideravelmente o risco de cancro, já que cozinhar esses alimentos a temperaturas elevadas faz com que seus aminoácidos e a creatina, presente nas fibras musculares, reajam e formem aminas heterocíclicas. Essas, por sua vez, são responsáveis pelo aumento do número de tumores”, explica Mariele.

NAOM

Cimeira da União Africana arranca hoje com refugiados na agenda

A 32.ª cimeira da União Africana arranca hoje em Addis Abeba, capital na Etiópia, com a presença de 40 representantes de países africanos e de organizações internacionais, com o tema dos refugiados e deslocados na agenda de trabalhos.


Durante o encontro, que decorre até segunda-feira, o Egito vai assumir a presidência rotativa da organização, com o Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi a substituir o Presidente do Ruanda, Paul Kagame.

São esperados para a cimeira 40 líderes africanos e responsáveis de instituições internacionais, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Em representação dos países lusófonos que integram a organização estarão presentes os primeiros-ministros cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, e são-tomense, Jorge Bom Jesus, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, João Butiam Có.

Moçambique estará representado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

O encontro dos chefes de Estado e de Governo dos 55 Estados-membros da organização acontece num contexto em que a União Africana decidiu dedicar o ano de 2019 aos refugiados, retornados e deslocados internos no continente africano.

Em cima da mesa estará, no âmbito do projeto de reforma da organização, a proposta de criação de um departamento de saúde, assuntos humanitários e desenvolvimento social para tratar as questões dos refugiados e deslocados, retirando-as do atual departamento de assuntos políticos.

África acolhe 6,3 milhões de refugiados e 14,5 milhões de deslocados internos.

A cimeira deverá validar igualmente o consenso obtido, em novembro, sobre a reforma institucional da organização e dar passos no sentido da concretização de projetos como a Zona de Comércio Livre, o Mercado Único de Transportes Aéreos, o protocolo sobre livre circulação de pessoas e o Passaporte Africano.

A União Africana é constituída por 55 países, incluindo Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

24.sapo.pt

Tumultos registados em Bissau visam adiar as eleições, denuncia o Paigc, que aponta o dedo ao Presidente da República e alguns partidos




Aliu Cande

A Procuradoria-Geral da República diz compreender a "frustração" de Fernando Gomes, antigo ministro da Função Pública, por não conseguir "aliciar" o magistrado de processo em que está a ser investigado. A PGR garante que ninguém está acima da lei.





Braima Darame

LIGA GUINEENSE DOS DIREITOS HUMANOS - Detidos em Liberdade!

Depois de uma intensa mediação conjunta que envolveu o gabinete de crise da LGDH, o departamento dos Direitos Humanos de UNIOGBIS e Plataforma das organizações juvenis, 73 dos 77 detidos, foram libertados esta noite pela POP. As organizações estudantis lideradas por Carta 21, foram obrigadas a assinar um termo de responsabilidade, para assegurar que os detidos ora libertados, apresentarão na segunda-feira dia 11 de Fevereiro junto do Ministério de Interior para efeitos de audição.

Entre os detidos, estavam 8 raparigas e 5 menores de 16 anos de idade.

Infelizmente, o Ministério de Interior recusou libertar 4 jovens, alegando que foram detidos com armas brancas, nomeadamente, catanas e facas, por isso, serão encaminhados ao Ministério Público na segunda-feira.

O Gabinete de crise da LGDH vai continuar a trabalhar sem tréguas, até a liberação total de todos os detidos em conexão com os incidentes de ontem. Igualmente, a organização irá fornecer assistência jurídica aos estudantes assim que for necessário.

Pela #Paz, #Justiça e #Direitos #Humanos!



Fonte: Braima Darame