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POR LUSA 26/03/24
O presidente francês Emmanuel Macron felicitou hoje Bassirou Diomaye Faye pela vitória nas eleições presidenciais do Senegal e disse, através de uma mensagem na rede social X, estar ansioso por "trabalhar com ele".
"Parabéns a Bassirou Diomaye Faye pela sua eleição como Presidente da República do Senegal. Envio-lhe os meus melhores votos e estou ansioso por trabalhar com ele", escreveu Macron.
A França, antiga potência colonial do Senegal e o seu principal parceiro político e económico espera manter sólidas relações com o país, apesar de ter acabado de sofrer sérios contratempos na região, nomeadamente ter de romper toda a cooperação militar com o Mali, o Burkina Faso e o Níger.
Vencedor claro da votação realizada no domingo, Bassirou Diomaye Faye garantiu hoje que o Senegal continuará a ser um "aliado seguro e fiável" de todos os parceiros estrangeiros "respeitadores".
O opositor antissistema Bassirou Diomaye Faye, que ainda há dez dias estava na prisão, vai tornar-se Presidente do Senegal após o principal rival ter reconhecido a histórica vitória que alcançou logo à primeira volta nas eleições presidenciais de domingo.
A eleição de Faye, que completou 44 anos na segunda-feira e nunca ocupou antes qualquer cargo eletivo à escala nacional, está a ser descrita como um terramoto político.
Faye tornar-se-á no mais jovem Presidente do Senegal, o quinto da história deste país da África Ocidental com 18 milhões de habitantes.
É a primeira vez, em 12 eleições presidenciais por sufrágio universal, que um candidato da oposição vence à primeira volta.
As eleições foram acompanhadas com atenção no estrangeiro, uma vez que o Senegal é considerado um dos países mais estáveis de uma África Ocidental abalada por golpes de Estado.
Dacar mantém fortes relações com o Ocidente, enquanto a Rússia está a reforçar as suas posições na região.
Desde 2021, o Senegal assistiu a vários episódios de agitação provocados pelo impasse entre Ousmane Sonko e o Governo, combinado com tensões sociais. Em três anos, a agitação causou dezenas de mortes e centenas de detenções.
O país mergulhou numa das crises mais graves das últimas décadas quando o Presidente Sall decidiu, em 03 de fevereiro, adiar as eleições presidenciais previstas para três semanas mais tarde.
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