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POR LUSA 09/01/24
A ONU vai pedir à comunidade internacional cerca de 3,75 mil milhões de euros para financiar a ajuda humanitária à Ucrânia em 2024, estimando que mais de 14,6 milhões de pessoas necessitem de assistência, foi hoje divulgado.
Esta verba será formalmente requerida pelo Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês) e pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), por ocasião do lançamento conjunto, na próxima segunda-feira, em Genebra, Suíça, do Plano de Resposta às Necessidades Humanitárias da Ucrânia e do Plano Regional de Resposta aos Refugiados para a Ucrânia para 2024.
Em conferência de imprensa, o porta-voz do gabinete de coordenação humanitária da ONU, Jens Laerke, justificou hoje o montante de 4,1 mil milhões de dólares (aproximadamente 3,75 mil milhões de euros) com o facto de, quase dois anos após o início da invasão russa do território ucraniano, a 24 de fevereiro de 2022, o conflito ter provocado 6,3 milhões de refugiados e 3,7 milhões de pessoas deslocadas internamente, estimando as Nações Unidas que ao longo do corrente ano cerca de 14,6 milhões de pessoas, 40% da população da Ucrânia, necessitem de ajuda humanitária.
"É provável que a atual situação humanitária se deteriore ainda mais este ano se as hostilidades persistirem e se os ataques contra a energia e outras infraestruturas críticas aumentarem durante o inverno", alerta ainda o OCHA, num comunicado hoje divulgado a anunciar o lançamento dos planos de ajuda à Ucrânia.
O evento, que decorrerá na próxima segunda-feira, 15 de janeiro, contará com a participação, entre outros, do subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários e Coordenador da Ajuda de Emergência, Martin Griffiths, do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, da coordenadora humanitária para a Ucrânia, Denise Brown, e da vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, que enfatizarão que a resposta às necessidades mais urgentes na Ucrânia e nos países vizinhos exigirá um apoio reforçado e sustentado dos Estados-membros, do setor privado e dos parceiros.
A ofensiva militar russa no território ucraniano causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 22 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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