O DEMOCRATA 13/05/2023
O Supervisor nacional da campanha eleitoral pela Coligação – Plataforma da Aliança Inclusiva – “Terra Ranka”, Geraldo Martins, disse que as decisões que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) tem tomado deixam “perplexo” o projeto político liderado pelo PAIGC.
Para Geraldo Martins, o STJ enquanto bastião e baluarte da justiça e da democracia, que faz todos sentirem que estão a viver numa comunidade, onde os comportamentos erráticos e desviantes são sancionados na justiça e nos fóruns próprios, não pode estar a tomar medidas que vão contra a democracia.
“Quando um órgão que consideramos ser um baluarte da democracia desvirtua as regras é preocupante. A lei eleitoral é clara quando diz que grupos de partidos políticos que queiram formar uma coligação podem fazê-lo e depositar tudo no supremo que por sua vez tem 24 horas para decidir a favor ou contra os termos dessa coligação. O projeto de coligação foi entregue a 25 de março. O Supremo desrespeitou tudo e só depois de 34 dias é que levantou a questão do nosso símbolo”, explicou o também primeiro vice-presidente do PAIGC, durante um evento político realizado pela coligação no círculo eleitoral 28, no bairro de Cuntum, concretamente no “Local Histórico” para assinalar a abertura da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 04 de junho.
A Coligação liderada pelos libertadores reuniu responsáveis de diferentes círculos eleitorais do setor autónomo de Bissau para passar as diretrizes sobre a campanha. PAI – Terra Rankavai proceder abertura oficial da sua campanha eleitoral no círculo 05, na cidade de Bissorã, região de Pio, norte da Guiné-Bissau, no dia 17 do mês em curso.
Martins declarou que uma das prioridades da Coligação é consolidar as instituições para recuperar o que o país perdeu em três anos, nomeadamente as liberdades fundamentais, a liberdade de expressão e as instituições judiciárias que “estão todas sequestradas”.
Destacou ainda como desafios da coligação, lutar contra a fome e valorizar a castanha de cajú junto dos produtores.
“Na governação do PAIGC, a castanha de caju foi comprada a 500 e 1000 francos CFA, mas hoje está a 150 e 200 francos CFA. A fome é evidente e todas as famílias guineenses sentem que estão abandonadas. O grande desafio da coligação e do PAIGC é trabalhar para que essa situação mude e os direitos e liberdades fundamentais sejam respeitados. A nossa mensagem é clara: que os eleitores reflitam bem sobre dois momentos antes e agora, antes de votarem” assinalou, para de seguida, afirmar que a Coligação vai ganhar as eleições legislativas de 04 de junho.
Geraldo justificou a escolha do lugar histórico de Cuntum para o comício inaugural.
“Cada vez que se celebra um acontecimento temos que ter na nossa consciência que estamos livres e independentes graças aos nossos combatentes da liberdade da pátria que se sacrificaram por nós para termos uma nação, a Guiné-Bissau e um povo. A coligação vai ganhar as eleições para dignificá-los. Esse, sim, é o nosso compromisso”, vincou.
Por: Filomeno Sambú
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