sábado, 17 de dezembro de 2022

UCRÂNIA/RÚSSIA: Zelensky desafia Putin para combate a dois num ringue, "se ele for homem"

© Lusa

POR LUSA  17/12/22 

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desafiou hoje o homólogo russo, Vladimir Putin, para "combate a dois" no ringue, "se ele for um homem", numa entrevista à televisão francesa.

"Um homem, se é um homem de verdade, quando quer enviar uma mensagem a alguém ou se quer bater-lhe, fá-lo sem recorrer aos serviços de um intermediário. Se eu tivesse tal mensagem para enviar a Putin, fá-lo-ia sozinho", disse Zelensky numa entrevista transmitida na televisão pública francesa LCI, citado pela Europa Press.

O líder ucraniano disse que estava pronto para combater a dois com Putin, num combate "a começar amanhã", adiantando que esse encontro "seria a última cimeira do Presidente Putin".

Zelensky respondia assim às noticias sobre uma ordem de Putin dada ao presidente da região russa da Chéchenia, Ramzan Kadyrov, para matar o chefe de Estado ucraniano, pouco depois da invasão russa da Ucrânia a 24 de fevereiro.

O presidente da Ucrânia abordou também a possibilidade da guerra acabar com a morte de Putin: "Quando uma pessoa morre, todas as instituições param."

Para Zelensky, a estratégia de Putin é comparável à da Alemanha nazi. "A Rússia não iniciou uma nova forma de guerra. Está a fazer o que o regime fascista de Hitler fez", disse, referindo-se ao bombardeamento pela Rússia de infraestruturas civis para provocar o pânico entre a população ucraniana.

Quanto às ameaças da Rússia sobre a utilização de armas nucleares, Volodymyr Zelensky salientou que são "um sinal de fraqueza", "desordem mental" e "problemas médicos", referindo que "só os doentes, absolutamente doentes, poderiam dar tal passo".

O chefe de Estado da Ucrânia referiu-se ainda aos mais de dois milhões de ucranianos, muitos deles crianças, que foram deportados para a Rússia desde o inicio da guerra.

"Temos números impressionantes. Estamos a falar de 50.000 a 200.000 crianças, das quais conhecemos os detalhes: nomes, datas de nascimento e assim por diante", disse, adiantando que "muitos são hoje reféns".

Ministro do Turismo Fernando Vaz procedeu este sábado (17.12) a inauguração de uma nova unidade hoteleira na Região de Cacheu norte do país

Radio Voz Do Povo

Braima Camará: Foi com um sentimento de dever cumprido que ontem, dia 16/12/2022 a família Camará inaugurou a Mesquita UNIÃO, na cidade de Geba, Região de Bafatá.

Segundo os desígnios do meu saudoso pai, é na união que se encontram os grandes consensos, a paz e estabilidade de uma família, independentemente da dimensão que tenha. A Guiné-Bissau é minha grande grande família.

Aladje Mama Camará sonhou um dia em ver a sua cidade natal toda unida, sem  fronteiras religiosas, culturais ou classes sociais.

O Patriarca deixou um legado do qual faço questão de seguir. É na diferença  e na tolerância entre os pares, que realça conhecimento e o melhor aprendizado, pois a vida é uma escola de todos os dias .

Com a ajuda  de muitos presentes e, tantos outros hoje ausentes fisicamente, a família Camará abriu as portas da casa de Allah, para todos os que buscam na espiritualidade um caminho de paz na vida.

Aos que vieram do estrangeiro, aos que mesmo dentro da Guiné-Bissau fizeram uns tantos kilometros e, não menos importantes, aos que estavam perto e perto se mantiveram.

Um especial obrigado aos Imames da Mesquita Central de Lisboa e da Damaia, Fodé Traulé e Alassana Baldé, respetivamente que acomodam a nossa grande comunidade nestas cidades .

Agradeço a todos e todas sem exceção, pela vossa estimada presença.

A Mesquita UNIÃO, em memória de Aladje Mama Camará, não é propriedade da família Camará mas sim, de todos aqueles que nela encontram conforto na sua espiritualidade.

Bem Haja!

Braima Camará

Detidos dois funcionários do Aeroporto de Lisboa por tráfico de droga

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Notícias ao Minuto  17/12/22 

Foram ainda detidos outras duas pessoas. Eram todas suspeitas de pertencer a um grupo criminoso que, através de voos de linha aérea regular, se dedicavam à introdução de grandes quantidades de produtos estupefacientes em território nacional.

A Polícia Judiciária, no âmbito da 'Operação Limpeza Profunda II', deteve quatro cidadãos portugueses, de 29, 30, 33 e 51 anos, suspeitos de pertencer a um grupo criminoso que, através de voos de linha aérea regular, se dedicava à introdução de grandes quantidades de produtos estupefacientes em território nacional.

Segundo a nota daquela autoridade divulgada este sábado, dois dos detidos, funcionários de uma empresa prestadora de serviços 'de handling' (serviços prestados em terra para apoio às aeronaves, passageiros, bagagem, carga e correio) no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, "retiravam a droga diretamente do porão dos aviões, logo após a sua chegada, desviando-a da fiscalização das bagagens".

Da detenção, em flagrante delito, foi ainda apreendida "uma elevada quantidade de cocaína que, caso chegasse nos circuitos ilícitos de distribuição, seria suficiente para a composição de pelo menos um milhão e cem mil doses individuais", lê-se no comunicado. A droga tinha acabado de chegar a Lisboa, num voo oriundo da América Latina.

Para além da droga, as autoridades apreenderam ainda uma elevada quantidade de dinheiro em notas, três viaturas automóveis de alta cilindrada, telemóveis e diversa documentação.

Os suspeitos foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhes sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

UCRÂNIA: PM da Índia insta Putin a usar caminho do diálogo para terminar guerra

© Sputnik/Sergey Ilyin/Kremlin via REUTERS/CNN

POR LUSA 17/12/22 

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, defendeu sexta-feira, numa conversa telefónica com o Presidente russo, Vladimir Putin, que o diálogo e a diplomacia são o "único caminho a seguir" para terminar com o conflito na Ucrânia.

O chefe do governo indiano reiterou o seu "apelo ao diálogo e à diplomacia como o único caminho a seguir" para acabar com a guerra na Ucrânia, referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia em comunicado.

Ambos os líderes aproveitaram a conversa telefónica para manter conversações sobre a "cooperação em energia, comércio e investimento, cooperação em defesa e segurança e outras áreas-chave", acrescentou o governo indiano.

Modi enumerou as principais prioridades estabelecidas pelo G20, depois do gigante asiático ter assumido a presidência do grupo em 01 de dezembro.

O governante também salientou que espera continuar a trabalhar com a Rússia na Organização de Cooperação de Xangai, liderada este ano pela Índia.

A conversa telefónica decorreu enquanto se regista uma escalada de tensão no conflito na Ucrânia, com o Exército russo a ter executado hoje um novo ataques com mísseis contra Keiv.

A Índia mantém uma aliança histórica com Moscovo, um dos seus principais fornecedores de equipamentos militares, e aumentou as compras de petróleo russo.

Desde abril, as compras de petróleo russo pela Índia passaram de menos de 2% para 12 e 13% atualmente, o que torna a Rússia o segundo maior fornecedor de petróleo graças aos descontos que Nova Deli começou a receber desde o início da invasão da Ucrânia.

Esta relação histórica explica a neutralidade que o país asiático mantém no conflito na Ucrânia, depois de se abster de condenar a invasão russa perante a Assembleia-Geral da ONU, embora Modi tenha tornado pública a sua preocupação com a guerra em setembro, após um encontro com o Presidente russo.

Em novembro, o chefe da diplomacia indiana, Subrahmanyam Jaishankar, visitou Moscovo com o objetivo de aprofundar as alianças comerciais entre as duas potências, através de uma comissão intergovernamental bilateral para a cooperação comercial, económica, científica, tecnológica e cultural.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente Vladimir Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


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