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Se tudo tivesse acontecido como o previsto, o 10º congresso do PAIGC estaria a ser encerrado esta segunda-feira.
Na verdade, não há congresso. A sede do PAIGC está ocupada pela polícia que apenas deixa entrar os principais dirigentes como o líder Domingos Simões Pereira.
Os 1400 delegados ao congresso, muitos dos quais vindos do interior da Guiné-Bissau e do estrangeiro, estão a regressar aos locais onde vivem e trabalham.
O partido está a pensar em alternativas para realizar o congresso. Fontes do PAIGC admitem que o congresso poderia ser realizado via internet, através de uma das plataformas de conferências virtuais.
A polícia diz que está na sede da força política em cumprimento de um mandado judicial emitido pelo juiz Lassana Camará, que está a apreciar uma providência cautelar interposta pelo militante do PAIGC, Bolom Conté, que basicamente pediu ao tribunal a suspensão do congresso.
No sábado, dia em que era suposto arrancar o 10º congresso, o ambiente voltou a ser de muita tensão com a polícia a lançar granadas de gás lacrimogéneo, para dispersar um grupo de mulheres do PAIGC, que se sentou na estrada diante da sede do partido.
O grupo de mulheres, onde se destacava Adiatu Djaló, antiga ministra e uma das vice-presidentes do PAIGC, estava a contestar o facto de a polícia não ter deixado que ninguém entrasse na sede do partido.
O PAIGC considera toda a acção da polícia como parte de uma estratégia dos actuais elementos no poder na Guiné-Bissau para impedir a realização do 10º congresso.
Os advogados do partido admitem recorrer ao tribunal da CEDEAO para pedir justiça que dizem que lhes é negada pelos tribunais do país.
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