Por Umaro Djau
Sim, os problemas com o sector de saúde nacional da Guiné-Bissau (infra-estruturas, equipamentos, formação, reciclagem, logística, atendimento, disciplina, responsabilização) não são de hoje.
Aliás, os problemas que afectam o país em todas as áreas não são apenas de hoje. E é por isso que são indiscutivelmente considerados de crónicos.
Todavia, se quisermos mudar o paradigma da gestão pública, devemos começar a nos responsabilizar mutuamente, a partir de agora.
As áreas práticas com maiores dificuldades em admitir e aceitar os seus erros são as de saúde e da justiça, de acordo com muitos estudos académicos. Para os interessados, convido-vos à leitura do livro de Matthew Syed, "Black Box Thinking" (Caixa Negra).
De resto, se a culpa continuar sempre a ser de "ontem" (e doutrem), nunca sentiremos a obrigação administrativa, profissional, ética e moral de corrigirmos os erros de "hoje". Claro, é sempre mais fácil culpar o passado do "outro", apesar da nossa suposta colectividade institucional.
Assim, em vez de continuarmos a olhar para o passado para evitar a culpabilidade, comecemos a olhar para o presente. Caso contrário, adiaremos sempre o nosso "começo".
Espero que me entendam.
30 de Janeiro de 2021
Sem comentários:
Enviar um comentário