O secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), uma das formações políticas que suporta atual executivo, lembrou esta terça-feira, 22 de setembro, à classe política guineense que é preciso "encontrar fórmulas" que permitam dar respostas às crises cíclicas que a Guiné-Bissau enfrenta há mais 45 anos enquanto um Estado "livre e independente".
"É preciso encontrar fórmulas que permitam dar respostas às crises cíclicas que o país tem vivenciado desde a sua independência em 1973 até a presente data, enquanto uma nação livre e independente do colonialismo português", afirmou Florentino Mendes Pereira.
Segundo Mendes Pereira, a "paz e a estabilidade" são fenômenos complexos que requerem ação coletiva e forte compromisso de todos os quadrantes da sociedade guineense para alcance deste "desiderato".
Pereira discursava na abertura da conferência sob lema: "Setembro de Estabilidade para o Desenvolvimento", organizada pelo PRS, no âmbito das celebrações do dia da independência a assinalar-se na próxima quinta-feira.
A celebração da independência do país, acontece, mais uma vez, com a Guiné-Bissau mergulhada numa crise política depois das eleições presidenciais, mas as celebrações do efeméride contará com participação de 5 chefes de Estado da África Ocidental e do chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva.
Nesta senda, o político e antigo ministro da Energia, disse que a deslocação destes chefes de Estado ao país vai reforçar a "consolidação das instituições democráticas" e constitui um forte sinal do reconhecimento da legitimidade das autoridades guineenses.
"A vinda dos presidentes da nossa sub-região para tomarem parte na festa da independência nacional constitui um forte sinal do reconhecimento da legitimidade do Presidente da República e do executivo liderado por Nuno Gomes Nabian. É também um sinal forte do reconhecimento da nossa soberania", vincou Mendes Pereira.
Na presença de vários dirigentes e militantes do partido fundado pelo antigo Presidente da República, Kumba Yala, o secretário geral do PRS fez lembrar aos seus conterrâneos que o dia da independência nacional convida a todos os guineenses a uma reflexão profunda sobre os 47 anos da proclamação da data e projetar o futuro da Guiné-Bissau.
Segundo informação disponível, além dos presidentes do Senegal, Macky Sall e da Nigéria, Muhammadu Buhari, estarão presentes em Bissau os chefes de Estado da Mauritânia, Burkina Faso e Togo.
As celebrações do dia da independência vão decorrer no estádio nacional 24 de setembro, no alto Bandim em Bissau.
A conferência do PRS a decorrer entre hoje e amanhã num dos hotéis da capital guineense, vai abordar vários assuntos da atualidade guineense, entre os quais a independência africana, a pandemia de covid-19, autarquias no sistema eleitoral guineense e o processo da revisão constitucional do país.
Por: Alison Cabral
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