quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Guiné-Bissau: Confira o discurso de sua excelência Dra. NHIMA SISSÉ.......

Bissau, 05 de Agosto de 2020.

Confira o discurso de sua excelência Dra. NHIMA SISSÉ, Secretária de Estado do Turismo e Artesanato no ato solene de abertura do Atelier de Validação do Plano Diretor Regional de Turismo para o Arquipélago de BOLAMA-BIJAGÓS e Lançamento da Estratégia Nacional de Ecoturismo.
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Exmo. Senhor Ministro do Ambiente e Biodiversidade;
Exmo. Senhor Encarregado do Programa da UICN na Guiné-Bissau;
Exmo. Senhor Diretor-geral do IBAP;
Minhas senhoras e meus senhores.

Permitam-me, antes de mais, felicitar o Senhor Ministro pela iniciativa deste encontro de restituição com os parceiros sobre o Plano Diretor Regional de Turismo na Reserva do Arquipélago de Bolama Bijagós, e toda a equipa técnica envolvida neste trabalho desde o ano passado cuja responsabilidade com o equilíbrio ambiental no nosso país é uma prioridade do Governo. É dessas ações que precisamos, tendo em conta a fragilidade dos nossos ecossistemas. Reconhecido desde 1996 pela UNESCO como Reserva da Biosfera de Arquipélago de Bolama Bijagós, todo o conjunto das ilhas e ilhéus, deve ser uma prioridade de cada cidadão, dada a sua importância ecológica, sociocultural e económica, sendo ainda considerada de arquipélago deltaico com características ecossistémicas distintas que acolhe diferentes populações de mamíferos considerados emblemáticos a nível internacional. 
É por causa dessa importância biológica que o nosso arquipélago merece ser valorizado, e o turismo, apesar de ser às vezes controverso, entra como um ponteiro nesta relação simbiótica afastando, com certeza, o conflito de sustentabilidade através de um turismo responsável. Sim, reconhecemos que entre o turismo e o meio ambiente existe uma relação indissociável, sendo este último o espaço privilegiado para o seu desenvolvimento quando se trata da sustentabilidade. 
Desenvolver o turismo na Guiné-Bissau e sobretudo nos Bijagós, necessita de uma estratégia bem definida que permitirá maior controlo das atividades. A aprovação pelo Governo, da Estratégia Nacional do Desenvolvimento do Ecoturismo, foi um sucesso organizado pelas nossas instituições, em parceria com a UICN a MAVA e outras organizações de índole ambiental, mas não cabe apenas elaborar estratégias, planos e ações, é fundamental a sua aplicabilidade para que os impactos negativos da ação humana possam ser devidamente controlados.

Uma responsabilidade de cofinanciamento entre os parceiros para assegurar o melhor funcionamento das nossas instituições. A Carta da Política Nacional do Ecoturismo, recomendada na Estratégia, deve ser um instrumento importante para reprimir atos clandestinos na Reserva da Biosfera do Arquipélago de Bolama Bijagós, é por isso que o Plano Diretor Regional do Turismo irá contribuir grandemente na busca de soluções sustentáveis para o equilíbrio social, cultural, económico e dos ecossistemas na Guiné-Bissau. É imperativo conhecer os riscos que corremos no âmbito ambiental, se não preservarmos as zonas sensíveis da degradação, trabalhar para reduzir os impactos da erosão costeira que avança no litoral, contribuir massivamente no controlo do uso de resíduos, evitando a proliferação de lixos tanto nas zonas urbanas como no interior.

No domínio social, é importante sensibilizarmos as nossas comunidades sobre os perigos de perda de valores culturais e tradicionais, chamar atenção aos pais e educandos, sobre a necessidade protegerem suas crianças quando se trata de exploração e abuso sexual, eliminar o turismo sexual infantil, a prostituição e tráfico de seres humanos que advém de atividades de viagens e turismo. Atos reprimidos e condenáveis na nossa lei. Devemos apoiar um turismo socialmente responsável capaz de produzir efeitos positivos nas nossas populações mantendo saudável o meio ambiente colaborando equitativamente na promoção de uma economia mais justa.

Os três pilares da estratégia nacional do ecoturismo foram claros e objetivos; é preciso criar condições de acolhimento e estadia de turistas, produzir produtos ecoturísticos e promove-los a nível nacional e internacional, enfim, conservar o património sociocultural e natural, o ecoturismo servir-se-á de fator de desenvolvimento local.

Obrigado e bem-haja a todos!



Gabinete de Imprensa de Secretaria de Estado do Turismo e Artesanato

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