Domingos Simões Pereira referia a recente declaração de José Mário Vaz, que ter afirmado que “tentou reunir-se com as partes signatárias do Acordo de Conacri em Agosto mas todos estavam no estrangeiro”.
«Esta é uma declaração do presidente da República, portanto engaja só o presidente. A verdade é que nós acreditávamos que todo o povo guineense estava expectante a ouvir do chefe do Estado alguma nota que tranquilizava o povo, que fazia agente acreditar que vamos virar a página e vamos encontrar a solução para este ciclo de instabilidade que já durou muito tempo», conta.
O dirigente político lembrou que a última vez que se ouviu o pronunciamento oficial do presidente foi depois da cimeira da Monróvia, “onde prometeu que num prazo de 90 dias, esta situação ia ser ultrapassada, mas parece que esta sua nova declaração é para garantir que a crise vai-se manter ou seja vai continuar e ele está disponível a alimentá-lo. É triste, infelizmente o presidente não está a dar a mostra de compreender que o povo está cansado desta situação, é preciso realmente tirar o país onde se encontra”.
No que se refere a declaração do presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara que afirma que, agora a situação guineense está estabilizada “e é preciso modificar a Constituição da República para evitar os problemas entre o partido no poder e o Presidente eleito”, o líder dos libertadores mostrou-se reticente em responder esta declaração e no seu entender a única entidade com a competência de afirmar que a situação interna do país está bem é o povo guineense.
«Se consideramos que ele diz isso, mas uma vez, devemos estar atento para que não fazer interpretações um pouco desviado, porque provavelmente para um presidente neste caso da Costa do Marfim, dizer que a situação está bem, é porque está a referir algumas informações que ele recebe, e quem lhe deu esta informação e quem lhe disse que a situação esta completamente bem e controlado. Portanto é bom ter isso tudo em perspectiva para que mais uma vez estamos a desviar do que é essencial, não é do nosso interesse, confrontar um chefe do Estado estrangeiro até porque a única entidade que devia ter a competência de dizer que a situação interna do país está bem, devia ser o povo guineense», aconselha.
Por Braima Sigá
Radiosolmansi
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