sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Hamas diz estar "pronto" para aceitar plano de Trump e libertar reféns... A informação está a ser avançada pela Al Jazeera.

Por LUSA 

O movimento islamita Hamas anunciou, durante a noite desta sexta-feira, que está "pronto" para aceitar o plano para a paz na Faixa de Gaza delineado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e para libertar todos os reféns israelitas - vivos ou mortos. 

"O movimento afirma a sua disponibilidade para entrar imediatamente em negociações através de mediadores para discutir os detalhes deste acordo", afirmou o Hamas num comunicado partilhado no Telegram, citado pela Al Jazeera. 

O grupo islamita afirmou ainda concordar em entregar a administração de Gaza a um organismo independente de tecnocratas palestinianos, "com base no consenso nacional palestiniano e no apoio árabe e islâmico".

"Outras questões mencionadas na proposta do presidente Trump sobre o futuro da Faixa de Gaza e os direitos legítimos do povo palestiniano estão relacionadas com uma posição nacional unificada e com as leis e resoluções internacionais relevantes", acrescentou, frisando que estas questões "serão abordadas através de uma estrutura nacional palestiniana abrangente, na qual o Hamas participará e contribuirá de forma responsável".

Donald Trump fez ultimato ao Hamas: "Última oportunidade"

O anúncio surge após o presidente norte-americano ter feito um ultimato ao grupo islamita palestiniano durante esta sexta-feira. 

Numa mensagem na rede social Truth Social, Trump avisou que, se o acordo "de última hora" não for alcançado, "o caos instalar-se-á contra o Hamas como nunca antes", acrescentando que a maioria dos combatentes do movimento se encontra "cercada e militarmente encurralada", e poderão ser "rapidamente exterminados".

O presidente norte-americano apelou também "a todos os palestinianos inocentes" para que abandonem "imediatamente esta área potencialmente mortal" rumo a zonas mais seguras, sem especificar a que áreas se referia.

O plano de Trump, divulgado na semana passada, propõe um cessar-fogo, a libertação dos reféns em 72 horas e o desarmamento do Hamas, acompanhado de um esquema de reconstrução de Gaza com apoio internacional.

Recorde o plano de Trump, ponto por ponto:

1.º - Gaza será uma zona livre de terrorismo e não representará uma ameaça para Israel.

2.º - Gaza será reconstruída para benefício do seu povo.

3.º - Cessar-fogo imediato e retirada gradual das forças israelitas para preparar a libertação dos reféns.

4.º - Libertação, no prazo de 72 horas, de todos os reféns do Hamas, vivos e mortos.

5.º - Israel vai libertar 250 prisioneiros palestinianos condenados a prisão perpétua e 1.700 residentes de Gaza detidos após os ataques de 07 de outubro.

6.º - O Hamas compromete-se com a coexistência pacífica e com o desarmamento.

7.º - Após a aceitação do acordo, toda a ajuda humanitária necessária será enviada para Gaza.

8.º - A entrada e a distribuição da ajuda humanitária serão realizadas sem interferência e através de agências das Nações Unidas.

9.º - Gaza será gerida por um comité tecnocrático supervisionado por um "Conselho da Paz" internacional, presidido pelo próprio Trump e que inclui o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. Uma Autoridade Palestiniana reformada assumirá o controlo posteriormente.

10.º - Será criado um plano de desenvolvimento económico para Gaza para atrair investimento.

11.º - Será estabelecida uma zona económica especial em Gaza.

12.º - Não haverá deslocação forçada, e aqueles que saírem voluntariamente terão o direito de regressar, embora "as pessoas sejam encorajadas a ficar e tenham a oportunidade de construir uma Gaza melhor".

13.º - O Hamas e outras fações não poderão governar Gaza "direta ou indiretamente", e a Faixa será desmilitarizada sob supervisão internacional.

14.º - Os países da região assegurarão que o Hamas e outros grupos cumprem os seus compromissos e que Gaza não representa uma "ameaça aos seus cidadãos ou vizinhos".

15.º - Uma Força Internacional de Estabilização (ISF, na sigla em inglês), apoiada pelos EUA e pelos parceiros árabes, será enviada para treinar as forças policiais palestinianas e manter a segurança interna e fronteiriça, uma área na qual o Egito e Israel cooperarão.

16.º - Israel não ocupará nem anexará Gaza; retirará gradualmente para transferir o controlo para a ISF e manterá um perímetro de segurança, se necessário.

17.º - No caso de o Hamas adiar ou rejeitar a proposta, todas as medidas acima referidas serão implementadas nas zonas "livres de terrorismo" que Israel transferiu para as Forças de Segurança Interna (ISF).

18.º - O diálogo inter-religioso será promovido para fomentar a tolerância e a coexistência pacífica entre palestinianos e israelitas.

19.º - À medida que a reconstrução avança e as reformas são implementadas na Autoridade Palestiniana, abrir-se-á a possibilidade de autodeterminação e a criação de um Estado palestiniano.

20.º - Os Estados Unidos estabelecerão um diálogo entre Israel e a Palestina para chegar a acordo sobre um horizonte político que permita uma coexistência pacífica e próspera.

Rússia disponível para apoiar Moçambique contra o terrorismo... O embaixador da Rússia em Maputo declarou a disponibilidade do seu país para partilhar a sua experiência com Moçambique para travar a insurgência armada na província de Cabo Delgado, garantindo ter "nomes dos terroristas" para partilhar.

Por LUSA 

"Eu penso que nós temos uma boa experiência. Nós temos já base certa, informática, que contém os nomes dos terroristas e podemos compartilhar, podemos dar acesso a esta informação aos nossos parceiros", disse Vladimir Taravov, embaixador da Rússia em Moçambique, citado hoje pela comunicação social.

Desde 2017, Cabo Delgado, no norte de Moçambique, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, que chegaram a provocar mais de um milhão de deslocados e pelo menos 349 mortos só em 2024, segundo dados oficiais.

Segundo o diplomata russo, além de informações, aquele país europeu quer partilhar ainda a sua experiência em como "derrubar" o terrorismo em Moçambique, referindo que a Rússia tem "uma boa experiência da luta contra o terrorismo".

"Antes de tudo, nós temos que combinar qual é a ajuda de que necessita agora Moçambique. Qual tecnologia, quais as aparelhagens", avançou o embaixador.

Vladimir Taravov explicou que, com o conflito travado com a Ucrânia, a Rússia busca agora novas oportunidades de cooperação e parcerias em África, sendo Moçambique um parceiro importante também na vertente comercial e política.

"Estamos a preparar uma visita oficial de Estado do Presidente da República de Moçambique [Daniel Chapo] para a Rússia, e [Vladimir] Putin já formulou o convite, para reforçar a nossa relação e também ampliar as relações, não só políticas, mas também económicas", acrescentou.

O responsável assinalou também que atualmente há muitas empresas russas que querem investir em Moçambique e vice-versa.

"Esperamos que os empresários de Moçambique possam investir na Rússia, porque nós temos várias áreas para isso", concluiu.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, anunciou, em junho, em Moscovo, após um encontro com a sua homóloga moçambicana, que a Rússia pode ajudar Moçambique na sua defesa interna e que brevemente irá visitar a nação lusófona.

"Temos uma tradição de cooperação na defesa (...). Confirmamos a nossa prontidão para considerar todos os pedidos dos nossos amigos moçambicanos sobre questões relacionadas com a necessidade de reforçar a sua capacidade de defesa e potencial antiterrorista", salientou o ministro russo.

Lavrov sublinhou que ameaças à segurança, nomeadamente por terrorismo, continuam a afetar Moçambique e outras nações africanas e confirmou que vai visitar Moçambique, sem precisar uma data, após ter sido convidado pela diplomata moçambicana.

A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação moçambicana disse na altura que o país quer atrair o setor privado russo, nomeadamente para a exploração de gás e petróleo.

"Como disse o ministro Sergey Lavrov, as nossas relações político-diplomáticas são muito boas, e as nossas relações a nível partidário são excelentes, assim como as relações interparlamentares (...). Nós estamos a trabalhar juntos para o fortalecimento destas relações, mas também para melhorarmos e consolidarmos a parte económica e comercial", declarou a chefe da diplomacia moçambicana, Maria Santos Lucas, numa conferência de imprensa, no final da reunião com o seu homólogo russo. 

"Sentimos que temos que trazer o setor privado da Rússia para Moçambique", acrescentou.

A província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas desde então.

Só em 2024, pelo menos 349 pessoas morreram em ataques, no norte de Moçambique, a maioria reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo dados divulgados.

Carro de condução autónoma fez manobra ilegal diante da polícia... Os carros de condução autónoma poderão fazer parte do futuro da mobilidade, mas é uma tecnologia relativamente recente que ainda apresenta falhas. É o exemplo de um caso chegado dos Estados Unidos da América.

Por LUSA 

A tecnologia não é à prova de falhas, especialmente quando é mais recente. É o caso dos carros de condução completamente autónoma, que começam a ser uma presença cada vez mais frequente nas estradas - em particular nos Estados Unidos da América, com serviços de robotáxi.

E, recentemente, o Departamento de Polícia de San Bruno, na Califórnia, deparou-se com uma situação caricata durante uma operação de fiscalização.

Os agentes detetaram um automóvel a fazer uma inversão de marcha ilegal à sua frente, num semáforo. Mas não foi por ação de nenhum condutor humano... já que era um carro de condução autónoma da Waymo - sem ninguém a controlá-lo a bordo. Nunca tinha acontecido uma situação assim a nenhum dos agentes de polícia envolvidos.

Não houve multa nem penalização

A lei não permite (pelo menos, por agora) passar uma multa tendo em conta que não seguia um ser humano a bordo e a conduzir. No entanto, a polícia contactou a empresa responsável pela viatura para a notificar da falha no equipamento.

E espera que sejam tomadas medidas: "Que a reprogramação ajude a impedi-los de fazer mais manobras ilegais", escreveu o departamento de polícia nas redes sociais.

No futuro, as empresas poderão ter de responder por infrações de trânsito de veículos autónomos, segundo a publicação da polícia de San Bruno: "Há legislação a ser feita que permitirá aos agentes emitirem notificações às empresas".

Longevidade feminina (também em mamíferos): porque é que as mulheres vivem mais tempo do que os homens?

Por Sicnoticias 

Uma investigação, que contou com participação portuguesa, revela o 'segredo' da longevidade feminina. Por outro lado, conclui que acontece o contrário nas aves: os machos vivem mais tempo do que as fêmeas.

Por que razão vivem, em média, mais as mulheres do que os homens? Um estudo internacional com participação portuguesa avança para algumas explicações, desde a própria genética até à poligamia ou aos cuidados parentais.

Nas cartas que a vida dá, há a perceção de que o trunfo da longevidade pertence às mulheres. E esta é, sobretudo, uma cartada genética preponderante em toda a classe dos mamíferos.

"Continuamos a ver que as mulheres vivem mais do que os homens, em quase todos os países e em todos os períodos históricos e agora conseguimos ver que também é verdade noutras espécies. Os padrões mantêm-se, em que as fêmeas vivem mais tempo nos mamíferos e os machos vivem mais nas aves", afirma Rita Silva, investigadora da Universidade do Porto.

Nas aves é ao contrário: os machos ganham terreno em relação às fêmeas. Tem a ver com os cromossomas sexuais e também com a estratégia de reprodução, ou seja, com o facto de muitas serem monogâmicas.

"Em aves em que muitas espécies vivem com o mesmo parceiro sexual a vida inteira parece que não existe tanto uma diferença entre anos de vida e aqui dá uma vantagem aos machos", acrescenta a investigadora.

O estudo internacional revelou que, em 72% das espécies de mamíferos, as fêmeas viveram em média mais 12 % do tempo do que o outro sexo. E que em 68 % das aves os machos vivem em média mais 5% do tempo do que as fêmeas.

A equipa de investigação liderada pelo instituto Alemão Max Plank e na qual o Cibio-Biopolis participou analisou registos de 1.176 espécies de mamíferos e aves durante mais de cinco anos. Considerou ainda que é bem provável que esta tendência se mantenha no futuro.

O Primeiro-Ministro, Braima Camará, realizou nesta sexta-feira, 3 de outubro, uma visita de constatação às obras de dragagem em curso nos Portos de Bissau. A intervenção do governo visa melhorar a navegabilidade e a capacidade operacional do principal porto do país.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, visitou hoje as novas embarcações hidroambulâncias que reforçarão o acesso aos cuidados de saúde nas zonas insulares da Guiné-Bissau.

Durante a visita às instalações da Marinha de Guerra Nacional, o Chefe de Estado sublinhou a importância deste investimento estratégico, destacando que as embarcações, adquiridas pela Célula de Gestão dos Fundos de Covid-19, representam um instrumento vital para salvar vidas e reduzir desigualdades no acesso à saúde, em especial no Arquipélago dos Bijagós.

Concebidas para responder a situações de emergência, as hidroambulâncias vão permitir o transporte célere de doentes urgentes a partir das ilhas e comunidades isoladas, promovendo maior equidade e presença do Estado nas regiões tradicionalmente afectadas por limitações de mobilidade.

O Presidente da República reafirmou o compromisso do Governo em continuar a modernizar o sector da saúde e apelou ao uso responsável dos equipamentos, fruto de uma gestão rigorosa dos fundos públicos e do apoio dos parceiros da Guiné-Bissau.

O Governo e o FMI em conferência de imprensa conjunta, dedicada ao balanço da Missão de Avaliação do FMI, no quadro do Programa de Facilidade de Crédito Alargado à Guiné-Bissau, para apresentação dos principais resultados da missão e, os progressos alcançados pelo país na execução do programa sobre as reformas económicas e medidas de estabilização financeira.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, condecorou o Presidente do Afreximbank, Benedict Okey Oramah, com a Medalha da Ordem de Mérito, Cooperação e Desenvolvimento.

A distinção, atribuída nos termos do Decreto Presidencial n.º 36/2025, destaca o contributo de Benedict Oramah para o reforço das relações de cooperação entre a Guiné-Bissau e o Afreximbank, bem como o seu papel em prol do desenvolvimento sustentável.

Na cerimónia solene, o Chefe de Estado enalteceu a liderança de Oramah, marcada pelo compromisso com a inclusão bancária, o apoio ao empreendedorismo e o financiamento de projectos estruturantes.

Visivelmente emocionado, Benedict Oramah agradeceu a honra, reafirmando o compromisso do Afreximbank em continuar a apoiar iniciativas que promovam o crescimento económico, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau.

Estiveram presentes no acto o Ministro da Economia, Plano e Integração Regional, Soares Sambú, o Ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té, e membros do Gabinete do Presidente da República.

Presidência da República da Guiné-Bissau

Kyiv denuncia maior ataque russo a infraestruturas de gás desde 2022... A Ucrânia denunciou hoje um "ataque combinado massivo" da Rússia contra instalações de gás em 15 cidades, o maior desde o início do conflito, que provocou vários feridos e provocou danos significativos em infraestruturas energéticas.

© Telegram  Lusa  03/10/2025

Segundo o Exército ucraniano, foram utilizados quase 400 'drones' e 35 mísseis, dos quais 78 'drones' e 18 mísseis atingiram as infraestruturas nas regiões de Poltava, Sumy, Dnipropetrovsk, Odessa, Chernigov e Kyiv.

As zonas de Sumy e Chernigov sofreram os danos "mais significativos", informou a operadora estatal Ukrenergo.

O presidente da empresa energética Naftogaz, Serhi Koretski, classificou o bombardeamento como "o maior ataque maciço à infraestrutura de produção de gás desde o início da guerra", em 2022.

O Serviço de Defesa Civil confirmou pelo menos três feridos na região de Kharkiv, onde um incêndio provocado pelo ataque destruiu ainda uma grande exploração de suínos em Nova Vodolaha.

Moscovo já admitiu o ataque, assegurando ter usado "armas de precisão de longo alcance em terra, ar e mar, bem como 'drones' de ataque" contra o complexo militar-industrial ucraniano e as infraestruturas energéticas que alega servirem para sustentar as operações militares de Kyiv.


Leia Também: Zelensky visita unidade que invadiu região russa de Kursk há um ano

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou hoje em Sumy, no nordeste do país, a primeira unidade militar a entrar na região russa de Kursk, na operação transfronteiriça lançada há um ano pelo Exército.



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A invasão russa da Ucrânia, que já provocou mais de 50 mil vítimas entre mortos e feridos, incluindo três mil crianças, "entrou numa fase ainda mais perigosa e mortal para os civis ucranianos", alertou hoje a ONU.


Número de refugiados na Alemanha atinge número recorde... O número de refugiados que vivem na Alemanha atingiu um recorde de 2,75 milhões no ano passado, subindo dos 2,6 milhões em 2023, de acordo um estudo da Fundação Rockwool em Berlim hoje divulgado.

© Lusa   03/10/2025

Este é também o número mais alto da União Europeia (UE). Em 2010, apenas 600 mil refugiados viviam na Alemanha. 

O diretor e Fundação Rockwool (RFBerlin), Christian Dustmann, saudou o anúncio do ministro do Interior alemão, Alexander Dobrindt, de que os requerentes de asilo teriam acesso ao mercado de trabalho após três meses.

"Considero isso muito positivo. Estudos mostram claramente que longos procedimentos de asilo sem acesso ao mercado de trabalho têm sérias consequências negativas para a integração. Além disso, é difícil entender porque é que solicitantes de asilo frequentemente bem qualificado são privados da oportunidade de contribuir com seu potencial para o mercado de trabalho alemão num estágio inicial", pode ler-se no comunicado.

"O aumento do número de refugiados na Alemanha foi impulsionado principalmente por sírios a partir de 2015 e ucranianos a partir de 2022", destacou o codiretor do Centro de Investigação e Análise da Migração da RFBerlin, Tommaso Frattini.

No entanto, em 2024 o número total de novos pedidos de asilo na Alemanha caiu para 230 mil em comparação com 330 mil em 2023.

Em termos de proporção de refugiados na população, a Alemanha ocupa o terceiro lugar na UE com 3,3%, atrás da República Checa, com 3,6%, e do Chipre com 4,7%.

"Um número particularmente elevado de refugiados vive também na Polónia, onde 1,1 milhões de pessoas encontraram refúgio, a maioria delas provenientes da Ucrânia. A França ocupa o terceiro lugar, com cerca de 720 mil refugiados", lê-se num comunicado da fundação alemã.

No total, o número de refugiados na UE aumentou para 7,8 milhões no ano passado, em comparação com 7,4 milhões em 2023. Este número é quase oito vezes superior ao de 2014, quando cerca de 1,2 milhões de refugiados viviam na União Europeia.

O relatório foi compilado com base em dados do Eurostat e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).


𝗔𝘀𝘀𝗶𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝗖𝗮𝗿𝘁𝗮 𝗱𝗲 𝗣𝗿𝗼𝘁𝗲𝘀𝘁𝗼 𝗱𝗮 𝗝𝘂𝘃𝗲𝗻𝘁𝘂𝗱𝗲 𝗱𝗮 𝗣𝗔𝗜-𝗧𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗥𝗮𝗻𝗸𝗮 𝗮 𝘀𝗲𝗿 𝗲𝗻𝗱𝗲𝗿𝗲𝗰̧𝗮𝗱𝗮 𝗮𝗼 𝗦𝘂𝗽𝗿𝗲𝗺𝗼 𝗧𝗿𝗶𝗯𝘂𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗝𝘂𝘀𝘁𝗶𝗰̧𝗮.

Guiné-Bissau: Presidente Embaló assume papel-chave na campanha para elevar Macky Sall à liderança da ONU

Por  CAP GB 

Bissau, 03-10-2025 - Num movimento que testa a sua influência diplomática e capacidade de mobilização, o presidente da república, Umaro Sissoco Embaló, está a despontar como chefe da orquestra da campanha não declarada do ex-Presidente senegalês Macky Sall para o cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas. De acordo com informações publicadas pela revista Jeune Afrique e citadas pelo site senegalês Seneweb, Embaló está a utilizar a sua rede de contactos e a sua posição para pavimentar o caminho do seu "irmão mais velho" político para o topo da diplomacia global.

Segundo as revelações, Macky Sall, que ainda não é candidato oficial, já iniciou uma campanha discreta para suceder a António Guterres. A pedra angular desta estratégia passa por mobilizar o apoio de um grupo restrito de chefes de Estado africanos, que atuarão como embaixadores informais junto dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido).

É neste ponto que o leadership do Presidente guineense se torna decisivo. A revista Jeune Afrique identifica Umaro Sissoco Embaló como "o mais empenhado" neste papel de lobby, tendo já "multiplicado os contactos" nesse sentido. A investida diplomática de Embaló vai além das conversas nos corredores do poder. Num testemunho direto à publicação, o líder da Guiné-Bissau não poupou elogios ao ex-homem forte do Senegal, apresentando-o como o candidato ideal.

"As Nações Unidas precisam de um secretário-geral respeitado, experiente e credível. Macky Sall preenche todos os requisitos", declarou Embaló, demonstrando total confiança na viabilidade da candidatura. Ele garantiu que Macky Sall poderá contar com o apoio consolidado de África, do mundo muçulmano e da Ásia.

A confiança de presidente cessante, estende-se ao núcleo duro da decisão na ONU, o Conselho de Segurança. Embalo, que tem cultivado relações com diversas potências, partilhou a sua análise geopolítica com a Jeune Afrique, afirmando "Quanto aos membros permanentes do Conselho de Segurança, creio saber que a China, a Rússia e a França se pronunciarão a seu favor."

Esta empreitada  demonstra a capacidade de Embaló em ler a maquina internacional e da sua crença em conseguir articular apoios fundamentais entre potências com interesses por vezes divergentes. A menção a estes três países, em particular, sugere uma estratégia bem definida para angariar o consenso necessário.

A campanha está prestes a entrar numa fase mais concreta. De acordo com as mesmas fontes, o Presidente Umaro Sissoco Embaló deverá desembarcar em Dakar já no próximo dia 6 de outubro. O objetivo central da visita será, presumivelmente, discutir o assunto com o seu homólogo senegalês, o Presidente Bassirou Diomaye Faye.

Esta reunião coloca uma questão política delicada sobre a mesa, o atual líder do Senegal, que sucedeu a Macky Sall após um período de tensão política, irá endossar oficialmente a ambição do seu predecessor uma questão para o sábio responder , certo é que  o apoio do Senegal, o país de origem do candidato, é considerado um elemento vital e simbolicamente inegociável para qualquer tentativa séria. A capacidade de USE em convencer ou negociar este apoio com Faye será um teste à eficácia da sua missão.

A atuação do Presidente Umaro Sissoco Embaló nesta empreitada vai além de um mero gesto de camaradagem. Ela projeta-o como um leader regional ativo, com ambições de ser um broker de influência em assuntos continentais e globais. O sucesso ou fracasso desta missão para colocar Macky Sall à frente da ONU servirá como um barómetro significativo do seu peso diplomático real e da sua capacidade de mobilizar apoios em torno de uma causa de alto nível, solidificando ou não, a sua reputação como um dos principais mediadores políticos em África.

Cerimónia da tomada de posse da Diretoria Nacional de Campanha da PAI-TERRA

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, presidiu à cerimónia solene de tomada de posse dos novos Procuradores-Gerais Adjuntos.

No seu discurso, o Chefe de Estado destacou que a Procuradoria-Geral da República é percebida pelos cidadãos como uma instituição essencial para a defesa dos direitos e das liberdades, contribuindo para uma sociedade mais segura e livre.

O Presidente da República voltou a sublinhar o combate à corrupção, lembrando que este fenómeno compromete a confiança dos cidadãos e das empresas nas instituições públicas e prejudica o desenvolvimento económico do país. É preciso enfrentar a corrupção com coragem e determinação, afirmou.

Por fim, expressou confiança de que o Procurador-Geral da República, os Adjuntos e todos os agentes do Ministério Público formarão uma equipa coesa, empenhada no cumprimento da sua missão constitucional.

Kyiv ataca fábrica química a mais de mil quilómetros a leste de Moscovo... A Ucrânia atacou hoje com drones a fábrica química Azot em Perm, mais de mil quilómetros a leste de Moscovo, anunciou o governador regional.

© Presidência da Ucrânia   Lusa   03/10/2025

"Azot sofreu uma breve interrupção da produção. A fábrica está agora a operar normalmente", afirmou Dmitri Majonin nas redes sociais, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Majonin disse que não havia ameaças ambientais e que a segurança dos residentes não estava em risco.

Um edifício residencial foi danificado, mas "felizmente, não houve vítimas", acrescentou.

A Azot produz principalmente nitrato de amónio, um componente de explosivos, e fertilizante nitrogenado, assim como amoníaco técnico líquido, água amoniacal, ácido nítrico e outros produtos.

O relatório de hoje de manhã do Ministério da Defesa russo sobre os drones ucranianos abatidos na Rússia não mencionou a região de Perm.

O comando militar russo precisou que 11 aparelhos foram intercetados e destruídos sobre as águas do Mar Negro, junto à península da Crimeia, onde as defesas antiaéreas abateram outro drone ucraniano.

Os restantes foram derrubados sobre as regiões de Voronezh, Belgorod e Kursk.

Nos últimos meses, a Ucrânia intensificou os ataques às refinarias de petróleo russas, provocando uma escassez de gasolina e consequente aumento dos preços.

Trata-se da resposta ucraniana à intensificação das operações russas no leste da Ucrânia, no âmbito da guerra desencadeada por Moscovo quando invadiu o país vizinho em fevereiro de 2022.


Guerra na Ucrânia: Nicarágua reconheceu como russo território invadido: Kyiv rompeu relações... O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrí Sibiga, anunciou quinta-feira a rotura das relações diplomáticas com a Nicarágua, explicando que a medida é uma resposta ao reconhecimento como solo russo de território ucraniano invadido pela Rússia.

© Matteo Trevisan/NurPhoto via Getty Images   Lusa   03/10/2025 

"A Ucrânia rompeu oficialmente as relações diplomáticas com a República da Nicarágua", afirmou Sibiga, através da sua conta na rede social X, na qual explicou detalhadamente a decisão de Kyiv. 

"Esta decisão ocorre como resposta ao reconhecimento da Nicarágua da chamada 'soberania' da Rússia sobre os territórios ucranianos temporariamente ocupados nas regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia, Kherson e Crimeia", afirmou o ministro.

"Consideramos esta decisão como uma tentativa deliberada de minar a soberania da Ucrânia e a sua integridade territorial, uma grosseira violação da Constituição da Ucrânia, da Carta das Nações Unidas e das normas fundamentais do direito internacional", sublinhou o chefe da diplomacia ucraniana.

Sibiga considerou que o reconhecimento dessas regiões ocupadas pela Rússia implica "alinhamento político" do país centro-americano com o "agressor" no conflito russo-ucraniano.

"A decisão da Nicarágua procura legitimar a captura violenta de terra", realçou Sibiga, considerando o pequeno país americano como "cúmplice do crime de agressão contra a Ucrânia".

Concretamente, disse o titular da pasta dos assuntos estrangeiros da Ucrânia a Nicarágua abriu um chamado 'consulado honorário' na Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia em 2014.

"O 'reconhecimento' da Nicarágua da ocupação russa é nulo e sem efeito do ponto de vista jurídico. Não altera nem alterará jamais as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia", frisou o ministro do país liderado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"A Ucrânia continuará a responder com firmeza a qualquer tentativa de minar a sua soberania e integridade territorial", acrescentou.


Leia Também: Ativistas da flotilha transferidos para prisão no sul de Israel

A equipa jurídica que apoia a Flotilha Global Sumud disse hoje que os 473 tripulantes das embarcações detidos pelas forças navais israelitas foram transferidos para uma prisão no deserto de Negev, no sul de Israel.


Hamas promete resposta em breve ao plano de Trump para a Faixa de Gaza... O Hamas prometeu anunciar "muito em breve" a posição do movimento islamita palestiniano sobre o novo plano apresentado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar pôr fim à guerra na Faixa de Gaza.

© Lusa   03/10/2025

No entanto, um dos seus líderes do Hamas, Mohamed Nazzal, sublinhou que o grupo "não aceita ameaças, ditames ou pressões", após pressão de governos e instituições internacionais para aceitar a proposta. 

Numa entrevista à televisão do Qatar Al Jazeera, transmitida na quinta-feira, Nazzal explicou que a resposta do Hamas "não será adiada" e terá em conta os interesses dos palestinianos e as questões estratégicas e políticas.

O dirigente insistiu que o movimento "não aceita a lógica das ameaças, imposições e pressões brandidas como uma espada de Dâmocles" e reiterou o compromisso com a obtenção de um acordo, considerando que "tempo é sangue".

A guerra declarada por Israel em Gaza para erradicar o Hamas - horas após um ataque a território israelita com cerca de 1.200 mortos e 251 reféns - fez, até agora, pelo menos 66.225 mortos e 168.938 feridos, na maioria civis, segundo números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Nazzal indicou ter muitas observações relativamente ao plano, que chegou ao Hamas na noite de segunda-feira, e defendeu o direito do Hamas de expressar opiniões sobre o plano, num contexto de "diálogo e debate".

O dirigente rejeitou ainda a ideia de que uma trégua implique uma renúncia aos direitos dos palestinianos.

Na quinta-feira à noite, a televisão britânica BBC avançou que o líder da ala militar do Hamas em Gaza, Izz al-Din al-Haddad, indicou aos mediadores para um cessar-fogo que não concorda com o plano de Donald Trump.

Al-Haddad disse acreditar que o plano foi elaborado para acabar com o Hamas, independentemente de o movimento islamita palestiniano o aceitar ou não, e que, por isso, está determinado a continuar a lutar.

O plano de 20 pontos do Presidente norte-americano para pôr fim à guerra no enclave, que já foi aceite por Israel, estipula que o Hamas se desarme e não tenha qualquer papel futuro no governo de Gaza.

A BBC noticiou ainda que parte da liderança política do Hamas no Qatar estará aberta a aceitar o plano com ajustes, mas que descobriu que a sua influência é limitada, uma vez que não tem controlo sobre os reféns detidos pelo grupo.

Acredita-se que 48 reféns ainda estão detidos em território palestiniano pelo grupo armado, dos quais apenas 20 estão vivos.

A estação britânica noticiou ainda que apesar da garantia de Trump de que Israel cumpriria os termos, há uma falta de confiança dentro do grupo islamita de que Telavive não retomaria as suas operações militares depois de receber os reféns.

A desconfiança é assente especialmente na recente tentativa israelita de assassinar a liderança do Hamas em Doha num ataque aéreo no mês passado, contra a vontade dos EUA.

Alguns dirigentes do Hamas opõem-se também ao envio, por parte dos EUA e dos países árabes, daquilo que o plano descreve como "uma Força Internacional de Estabilização temporária" para Gaza, que veem como uma nova forma de ocupação, frisou ainda a BBC.

Outro ponto de relutância por parte dos palestinianos é que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, parece ter rejeitado vários dos termos do acordo lançado por Trump.

Num vídeo partilhado na rede social X, insistiu que os militares israelitas poderiam permanecer em partes de Gaza e que Israel afirmou que "resistiria à força" a um Estado palestiniano.

Isto vai contra os termos da estrutura norte-americana, que estipula que as forças israelitas retirariam completamente.

O documento refere ainda que, uma vez concluído o plano, poderá existir um "caminho fiável para a autodeterminação e a criação de um Estado palestiniano".


Leia Também: Trump declara "conflito armado" contra cartéis de droga

Os Estados Unidos (EUA) estão envolvidos num "conflito armado" contra os cartéis de droga na América latina, noticiou hoje a Agence France-Press.


Guerra na Ucrânia: Tráfego aéreo retomado no aeroporto de Munique após sobrevoo de drones... O tráfego aéreo foi retomado esta manhã no aeroporto de Munique, depois de mais de nove horas de suspensão devido ao sobrevoo de drones de origem desconhecida.

© Lusa   03/10/2025 

De acordo com o portal do aeroporto na Internet, os aviões voltaram a levantar voo por volta das 5h50 (4h50 em Lisboa). 

A suspensão não afetou as ligações aéreas existentes entre Munique e as cidades de Lisboa, Porto e Faro, operadas pelas companhias aéreas TAP Portugal, Lufthansa e Condor, segundo os portais dos três aeroportos portugueses na Internet.

A operadora do aeroporto de Munique disse que 17 voos com partida da cidade alemã foram cancelados na noite de quinta-feira, afetando quase três mil passageiros.

As autoridades aeroportuárias ajudaram as pessoas retidas, montando camas de campanha e fornecendo cobertores, bebidas e alimentos.

Outros 15 voos foram desviados para os aeroportos alemães de Estugarda, Nuremberga, e Frankfurt ou para o aeroporto de Viena, capital da Áustria.

As operações foram inicialmente restringidas por volta das 19:30 (18:30 em Lisboa), quando várias pessoas avistaram drones em redor do aeroporto, confirmou um porta-voz da Polícia Federal da Alemanha.

As autoridades bávaras iniciaram uma busca, com o apoio de agentes estaduais e federais, bem como de aeronaves, para tentar identificar os drones e os operadores, mas sem sucesso.

Os drones foram avistados novamente, desta vez sobre o terreno do aeroporto, levando ao encerramento por completo das pistas e pistas de aterragem por volta das 20:30 (19:30 em Lisboa).

A polícia afirmou ainda não ter informações sobre a origem, a quantidade ou o tipo de drone que foi detetado no espaço aéreo do aeroporto.

Este incidente ocorre antes do último fim de semana do Oktoberfest, que atrai centenas de milhares de pessoas todos os dias a Munique.

O festival de cerveja na cidade bávara foi encerrado durante meio dia na quarta-feira, após uma ameaça de bomba.

Em 26 de setembro, foi avistado um grupo de drones sobre o estado de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha. Na altura o Governo alemão declarou que pretendia autorizar as forças armadas a abater estes dispositivos.

No domingo, as Forças Armadas da Dinamarca anunciaram ter avistado drones sobre instalações militares do país, pelo segundo dia consecutivo, depois de várias violações do espaço aéreo europeu por aeronaves russas nos últimos dias.

O surgimento de drones levou o aeroporto de Copenhaga a encerrar o tráfego aéreo durante cerca de quatro horas em 22 de setembro, causando atrasos a aproximadamente 20 mil passageiros.

As autoridades dinamarquesas manifestaram suspeitas de possíveis ligações à Rússia.

A Rússia negou estar envolvida, com a embaixada russa em Copenhaga a denunciar uma "provocação orquestrada".

Estes incidentes acontecem após a incursão de drones russos também na Polónia e na Roménia, além da aproximação de caças russos ao espaço aéreo da Estónia.


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